sábado, 31 de março de 2018

Eleições na Rússia: Por que Putin é tão popular?

  • Progresso econômico, controle da imprensa e populismo patriótico garantem estabilidade longevidade de Putin no poder
  • Putin assumiu o governo pela primeira vez como primeiro-ministro em 1999 e, logo em seguida, em 2000, foi eleito presidente. Sua ascensão aconteceu em um momento muito específico da história russa, o fim da desastrosa década de 1990 Seu antecessor, Boris Iéltsin, assumiu a Presidência com grandes promessas de modernização e crescimento após a queda da União Soviéticaem 1991. Sua era, contudo, foi de grande decepção e dificuldades para os cidadãos da maior nação do planeta — com colapso econômico, inflação altíssima, queda na expectativa de vida, desastre na saúde pública, alta criminalidade e surgimento de oligarquias. Já era de se esperar que a transição do comunismo para uma economia capitalista não seria simples, mas as expectativas da população eram muito altas.
  • Então veio a era Putin. O presidente nacionalizou as grandes companhias de petróleo que haviam sido privatizadas e reconquistou o poder das mãos dos oligarcas. Os anos que se seguiram foram de grande crescimento econômico, em larga medida por conta da valorização do preço do barril de petróleo – principal base da economia russa – no mercado mundial nos anos 2000.
  • O caixa do governo foi usado para investir no setor humano e pela primeira vez uma classe média começou a emergir. Com maior estabilidade econômica e política, a vida dos cidadãos melhorou consideravelmente e o presidente ganhou todos os créditos pela mudança. “Os cidadãos são totalmente gratos a Putin por tudo isso; ele passou a ser visto quase que como uma figura religiosa”, diz Mohsin Hashim, professor de ciência política e especialista em Rússia do Muhlenberg College, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos.
  • Nacionalismo

    Contudo, com a crise global de 2008, a economia russa voltou a enfrentar grandes problemas, e Putin, novas cobranças. Contudo, ele tinha outra grande carta na manga quando retornou à Presidência em 2012 após fazer uma pausa e ocupar o cargo de premiê: o incentivo ao nacionalismo e ao patriotismo no país.
    O presidente se aproximou mais da Igreja Ortodoxa e voltou a promover a Rússia como uma grande potência conquistadora e poderosa, assim como a antiga União Soviética. Putin emprega e fala sobre os símbolos do czarismo com frequência e trouxe o hino soviético de volta, implantando sua melodia no hino nacional.
    “Ele não revive o comunismo, mas revive essa ideia da Rússia como uma grande potência”, diz Hashim. Além disso, Putin ressuscitou a rejeição aos valores ocidentais entre a população, que ainda guardava resquícios patrióticos da era soviética.
    O Kremlin usa o fracasso da era Iéltsin para incentivar a antipatia pela União Europeia e pelos Estados Unidos, que segundo o governo “roubaram” alguns dos países satélites da Rússia e levaram a economia a um colapso. As sanções empregadas pelos europeus e americanos também são utilizadas para criar a imagem de um inimigo externo, que quer prejudicar os russos a todo custo.
  • O Kremlin também faz de tudo para assegurar a liderança do atual presidente. Candidatos considerados uma ameaça são impedidos de concorrer às eleições pelo Comitê Eleitoral Central.
    “Em seu governo, Putin enfraqueceu a sociedade civil. Há relatos de agressões brutais contra indivíduos e até assassinatos de oponentes políticos”, diz o cientista político Mohsin Hashim.
    líder opositor Alexey Navalny teve sua candidatura negada por condenações criminais passadas, mas garante que o pleito é uma farsa e que a decisão foi motivada politicamente.

*O MEDO DA INTELIGÊNCIA*

NÃO MORRA SEM LER...

_O artigo que se segue tem mais de 25 anos. Foi escrito no extinto Jornal da Bahia (Brasil), em 1979. Mas parece que foi redigido hoje. O autor é José Alberto Gueiros

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetas políticas. 

O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas são medíocres e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui noutros países. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:

"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência."

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. 

Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. 

Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra”.

O problema é que os inteligentes não gostam de brilhar. Que Deus os proteja para que as cobras não os ataquem.

in JORNAL DA BAHIA - Sábado, 23/09/79

Geopolítica dos EUA é ameaça ao pré-sal.


A estratégia dos EUA é a de impedir o surgimento de potências regionais em áreas de abundância de recursos naturais.

A geopolítica estratégica dos Estados Unidos é ameaça à soberania do Brasil sobre o pré-sal. Esta é a principal conclusão da palestra do professor Raphael Padula, da UFRJ, no seminário “Uma estratégia para o Brasil, um plano para a Petrobras”, promovido pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) e pelo Programa de Pós-graduação  em Economia Política Internacional da UFRJ, nesta quarta-feira (23), no Clube de Engenharia (RJ). Segundo Padula, a geopolítica dos EUA, no século XXI, tem como foco a garantia de acesso a recursos naturais indispensáveis tanto para eles, como para os aliados.

Entre os 10 maiores importadores de petróleo, apenas China e Índia podem ser considerados fora do controle estratégico dos EUA. Para o professor isto explica a importância da “tutela” que garante aos norte-americanos o apoio dos países aliados na defesa de seus interesses diretamente ligados às questões neoliberais, de garantia de mercados às empresas e serviços dos EUA.
Para confirmar seu raciocínio, Padula relatou as mudanças na política externa dos EUA no século passado, no pós-guerra e depois da dissolução da União Soviética. O fim da guerra fria levou a maior potência do planeta a eleger novas ameaças à paz mundial, da qual se julga o grande defensor, como o narcotráfico e o terrorismo.
Mas os altíssimos níveis de desenvolvimento da China trouxeram um novo ator ao cenário mundial que, associado ao nacionalismo de Vladmir Putin, na potência militar da Rússia, fazem frente ao poderio norte-americano. A China já é o segundo maior consumidor de recursos naturais do planeta, e tem poucas reservas. A Rússia, além do arsenal atômico, tem reservas de hidro carburetos indispensáveis, principalmente à Europa ocidental, grande aliada dos EUA.
Diante deste cenário e coerente com sua geopolítica, os Estados Unidos reforçam sua política intervencionista de garantir o acesso aos recursos naturais, tendo seus aliados como parceiros, diante da fragilidade deles na obtenção destes recursos.
No final da palestra, Padula trouxe esse cenário para a realidade da América Latina e, principalmente, para o Brasil. Segundo ele, a estratégia dos EUA é a de impedir o surgimento de potências regionais em áreas de abundância de recursos naturais. Geograficamente, o Brasil está estrategicamente localizado, além de possuir um território que representa mais de 50% do subcontinente sul-americano e com reservas consideráveis das principais commodities minerais.
Assim, o modelo proposto para a nossa região, segundo Padula, insere-se dentro da geopolítica dos EUA como países que devem ter suas Forças Armadas voltadas para o controle de conflitos internos, combate ao narcotráfico e ao terrorismo, mas incapazes de defender suas riquezas naturais. Papel que caberia aos Estados Unidos. Além disto, é necessário impedir o fortalecimento de associações como o Mercosul e a Unasul, contrapondo isto a políticas apenas de livre comércio.
Raphael Padula demonstrou como o giro na política externa brasileira, a partir de 2003, até então totalmente favorável aos interesses da geopolítica dos EUA, passa a incomodar a grande potência. O Brasil assume seu papel de protagonista em seu entorno estratégico, reforçando o ideal integrador do Mercosul, além de um espaço de livre comércio e expandindo suas ações rumo à África ocidental, vizinha do Atlântico sul.
Com a descoberta do pré-sal, as decisões brasileiras sobre a forma de exploração desta riqueza elevaram as tensões entre diplomáticas entre Brasil e EUA. O emergente protagonismo do primo pobre do sul incomodou. O primo rico tratou de reativar a 4ª Frota Naval, específica para o Atlântico sul; rejeitou a resolução da ONU que garantia o direito brasileiro nas 200 milhas continentais. E espionou, como revelado no caso Wikileakes.
Raphael Padula encerrou sua palestra afirmando que os interesses da geopolítica americana não podem permitir o surgimento de uma potência regional, detentora de recursos minerais estratégicos e, ao mesmo tempo, com uma empresa pública eficiente como operadora única da maior reserva de petróleo descoberta neste século. 

FONTE:
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Geopolitica-dos-EUA-e-ameaca-ao-pre-sal/4/34663

MBL frauda Facebook pra espalhar fake news e pode ser banido da plataforma

Com essa comprovação de fraude às regras do Facebook duas questões se colocam. A primeira é que a plataforma não é segura e não consegue fazer valer suas regras. A segunda é em relação ao uso das punições.
  
A estratégia digital do Movimento Brasil Livre (MBL) envolve o uso de aplicativos que burlam as mudanças no algoritmo do Facebook, que desde o início deste ano diminuiu o alcance de páginas. Segundo reportagem de Gabriel Cariello e Marco Grillo, do Globo, a página do movimento utilizou um aplicativo chamado Voxer para fazer compartilhamentos de postagens em massa.
Esse aplicativo, no entanto, foi desativado pela rede social por violar as normas do Facebook. “O aplicativo Voxer foi removido por ferir nossas políticas para desenvolvedores, que visam garantir a privacidade e proteger os dados das pessoas”, afirmou o Facebook ao Globo.
Até o momento a plataforma, porém, não havia banido as páginas do MBL, que foram as que se beneficiaram do app. Em grupos de whatsapp já se inicia um movimento para que isso aconteça.
Como o MBL burlou o Facebook
Entre os dias 16 e 28 de março, cerca de 400 perfis compartilharam 16 postagens de forma idêntica. Entre elas, uma com a mensagem “Lula na cadeia!” e um vídeo sobre Lula com a legenda: “Você é a favor da prisão em segunda instância?”. A resposta foi publicada pelo Voxer de forma automática no perfil dos seguidores: “SIM!!” – todas as reproduções tinham as letras maiúsculas e as duas exclamações no final.
A página do MBL foi uma das principais propagadoras da postagem falsa contra Marielle Franco. A calúnia publicada pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Marília Castro Neves, foi compartilhada na página Ceticismo Político. A página foi removida do Facebook, pois pertencia a um perfil fake, criado por Carlos Augusto de Moraes Afonso, sócio de dirigentes do MBL em duas empresas de tecnologia da informação.
O MBL surgiu em 2014 com a principal bandeira de tirar Dilma Rousseff da Presidência da República. Hoje o movimento está focado na defesa da prisão de Lula.

FONTE: 
https://oglobo.globo.com/brasil/mbl-usa-aplicativo-irregular-para-compartilhar-conteudo-no-facebook-22540709
Com essa comprovação de fraude às regras do Facebook duas questões se colocam. A primeira é que a plataforma não é segura e não consegue fazer valer suas regras. A segunda é em relação ao uso das punições. Se apenas banir a empresa que se utilizou do aplicativo e não páginas como a do MBL que distribuíram fake news com a sua contratação, o Facebook perde completamente a possibilidade de continuar debatendo o tema.

FACEBOOK TIRA DO AR PÁGINAS LIGADAS A BOLSONARO.

O Facebook tirou do ar duas páginas ligadas ao deputado Jair Bolsonaro, que, juntas, têm mais de 900 mil seguidores. Uma delas, a “Jair Bolsonaro presidente 2018”, tinha 845.610 seguidores. A outra, “Jair Bolsonaro presidente 2.0”, contava com 71.445. Em meio à maior crise de sua história, a rede social de Mark Zuckerberg tenta demonstrar que combate as notícias falsas e o discurso de ódio.
247 – O Facebook tirou do ar duas páginas ligadas ao deputado Jair Bolsonaro, que, juntas, têm mais de 900 mil seguidores. Uma delas, a “Jair Bolsonaro presidente 2018”, tinha 845.610 seguidores. A outra, “Jair Bolsonaro presidente 2.0”, contava com 71.445. Em meio à maior crise de sua história, a rede social de Mark Zuckerberg tenta demonstrar que combate as notícias falsas e o discurso de ódio.
As informações são da jornalista Isadora Peron, no Estado de S. Paulo:
Pelo menos duas páginas no Facebook de apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) saíram do ar esta semana.
Uma delas, a “Jair Bolsonaro presidente 2018”, tinha 845.610 seguidores. A outra, “Jair Bolsonaro presidente 2.0”, contava com 71.445.
A Coluna acessou essas duas páginas na última segunda-feira. Nesta sexta, no entanto, a mensagem que aparece é “Esta Página não está disponível” e que “O link que você seguiu pode estar quebrado ou a página pode ter sido removida”.
Segundo o professor Pablo Ortellado, da USP, “as páginas eram usadas para disseminar o ecossistema de sites de notícias ultra-engajadas do Bolsonaro, como AconteceuAi, HojeNoticias e PlantaoNews”.
Procurado, o Facebook não comentou o assunto. A assessoria de Bolsonaro também não se manifestou.

 
FONTE: https://www.brasil247.com

Estado vai ter programa de internet na educação em parceria com o Google.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, em parceria com o Google, lança o projeto e-Nova Educação na próxima quarta-feira (4), às 9h, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. O projeto é inovador e levará as tecnologias digitais para a sala de aula, integrando acesso a internet de alta velocidade com os dispositivos móveis, dentro da proposta de propiciar a contextualização da Educação no Século XXI. A iniciativa também contempla formação de professores.
Para o secretário Walter Pinheiro, o e-Nova Educação é um marco na contextualização dos processos de ensino e aprendizagem na rede estadual. “É uma iniciativa estratégica que estamos implementando para fortalecer o eixo pedagógico das escolas, por meio de um conjunto de aplicativos de última geração, configurando uma rede social de conhecimentos que integra estudantes e professores à realidade do mundo em que vivemos. Esse projeto potencializa os processos de inovação nas escolas e contribui efetivamente na preparação dos estudantes para a vida e para o mundo do trabalho”, afirma
O lançamento do e-Nova terá a presença do principal executivo mundial do Google for Education, Bram Bout, bem como dos diretores para o Mercado Internacional, John Vamvakitis; para a América Latina, Rodrigo Pimentel; e para o Brasil, Alexandre Campos Silva.
Na fase piloto, o e-Nova Educação contemplou escolas de 11 municípios baianos (Salvador, Feira de Santana, Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas, Jequié, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Senhor do Bonfim e Luís Eduardo Magalhães), englobando 20 escolas das mais variadas modalidades de ensino, desde Centros Noturnos de Educação até escolas regulares, passando também por Centros de Educação Profissional dentre outros. Nessa etapa foram adquiridos 300 Chromebooks para utilização no teste e em processos de formação.
Segundo o coordenador-geral de Articulação de Projetos para a Educação da Secretaria da Educação do Estado, Rogério Quintella, a meta é chegar a 500 unidades escolares até o início do segundo semestre de 2018, já tendo sido adquiridos 14 mil Chromebooks a serem distribuídos entre estas escolas.
Formação
No fim de 2017, na etapa piloto, foram formados cerca de 650 educadores, 130 dos quais tentaram e tiveram sucesso na obtenção da certificação internacional. “Nesta semana, já superada a fase de projeto piloto, temos 24 mil professores concluindo o primeiro dos dois módulos que compõem a formação inicial para o uso pedagógico dessas tecnologias educacionais, sob a responsabilidade da Ufba, em parceria com o Instituto Paramitas”, explica Quintella.
Fonte: Ascom/Secretaria da Educação

sexta-feira, 30 de março de 2018

SOBRE O DIA 2 DE ABRIL


Criados há pouco mais de um mês, dois grupos de WhatsApp (“Combustível Itabuna” e “De Olho No Combustível Itabuna / Ilhéus”) estão preparando para a próxima segunda-feira (2 de abril), a primeira grande ação de protesto contra os valores de combustível praticados em Itabuna. Os grupos reúnem mais de 500 pessoas que monitoram em tempo real os valores oferecidos pelos postos.


Tendo tido repercussão considerável, esse monitoramento acirrou a livre concorrência e há cerca de 10 dias, alguns estabelecimentos chegaram a oferecer gasolina comum por R$3,75 o litro, valores bem mais interessantes que o de R$4,49 que chega a ser oferecido em um posto de gasolina localizado na Avenida Ibicaraí, em frente à fábrica da Nestlé.


Nesta semana que antecedeu o feriadão da Semana Santa, porém, todos os estabelecimentos de Itabuna, impreterivelmente, voltaram a oferecer gasolina por valores acima de R$4,12 o litro. Orientados pelos principais articuladores dos grupos, os participantes foram instados a boicotar esses preços, substituindo a gasolina por etanol, nos veículos cujos motores estão adaptados para essa capacidade. O etanol é, hoje, um dos combustíveis de menor valor nos postos de abastecimento, sendo encontrado por até R$3,26 o litro. O consumo deste combustível, porém, é um pouco menos interessante já que o seu processo de combustão acontece mais rapidamente do que a gasolina. Especialistas do setor garantem que, para quem precisa utilizar os seus veículos em trechos urbanos, pistas asfaltadas e em velocidades médias entre 30 e 60 quilômetros, vale a pena investir no etanol.


É preciso que os interessados em buscar valores mais acessíveis nos combustíveis estejam atentos e não se enganem se acham que, após o protesto do dia 2 de abril, todos os postos de Itabuna estarão com valores mais atraentes, voltando atrás na tentativa de extorquir de todo modo possível os consumidores.


O protesto é simples: os organizadores do grupo querem reunir, às 18h, próximo à Rodoviária, a maior quantidade possível de motoristas e motociclistas. A ideia é escolher um posto em Itabuna e todos irão abastecer R$0,50 e ainda pedir a emissão da Nota Fiscal em todos os abastecimentos. Esse tipo de ação é importante, principalmente para que se tenha uma noção clara de qual é o valor REAL do combustível e em qual percentagem os impostos tributados incidem sobre o valor final do produto.


Mas, para além do chamamento de atenção de toda a sociedade, os grupos buscam, sobretudo, mostrar UNIÃO  e COESÃO, dando visibilidade à uma CARTELA DE CLIENTES que pode reunir mais de 1.000 consumidores em potencial. ESSE É O PRINCIPAL OBJETIVO DO PROTESTO.


Nenhum dono de posto, por mais interessado que esteja em aumentar os seus lucros, irá desconsiderar um grupo organizado que pode estar fidelizado a um determinado estabelecimento (ou a um grupo de estabelecimentos), caso haja a possibilidade de negociação de combustível com preço bom e qualidade atestada.


Mas, para isso, é necessário reunir a maior quantidade possível de consumidores. Esse tipo de ação aconteceu há alguns dias em cidades como Eunápolis e Porto Seguro, duas das cidades que despontam entre aquelas que possuem os valores mais altos de combustível no Estado da Bahia. Só que, nessas ações, não se propôs o vislumbramento de que aquele grupo que protestou seria o mesmo que buscaria a oferta de valores melhores.


Se pelo menos 200 motoristas e motociclistas participarem do protesto, assegura-se que os articuladores dos dois grupos terão uma força maior para buscar preços mais acessíveis, que serão oferecidos, sobretudo, para todos os consumidores que estiverem devidamente identificados como pertencentes à CARTA DE CLIENTES ora proposta.


Para isso, adesivos foram confeccionados e espera-se que sejam fixados nos veículos no dia do protesto. Mas, ratifica-se:  A IDEIA SÓ SURTIRÁ O EFEITO DESEJADO SE A QUANTIDADE DE PESSOAS PARTICIPANDO DO PROTESTO FOR GRANDE.


Portanto, no dia 2 de abril de 2018 (segunda-feira), FAÇA UM ESFORÇO E PARTICIPE! Alguns donos de postos não podem ditar QUANTO os consumidores de toda uma cidade devem desembolsar para usufruírem de seus direitos de ir e vir com um pouco mais de conforto, lembrando que a questão dos combustíveis atinge diretamente os donos de veículos, mas repercute diretamente em todos os outros setores das relações de consumo, especialmente os de transporte de mercadorias, já que serviços de fretagem também influenciam nos preços finais de todo e qualquer produto comercializável. A questão, portanto, perpassa pelo preço do combustível, mas pode influenciar também nos índices gerais de inflação registrados, provocando queda nos números a partir da comercialização de um combustível mais barato.


A ideia da união em torno de combustível mais barato está respaldada, sobretudo, nos resultados positivos que já foram conquistados: hoje Itabuna tem um público mais atento à qualidade dos produtos e às possibilidades de comércio fraudulento (especialmente para as bombas de combustível que podem estar oferecendo uma quantidade menor de combustível). Para além disso, ter tido um momento em que os valores tiveram quedas de 30% a 35% foi magnificamente especial. Essa queda há de ser ainda mais especial, a partir do que acontecer no dia 2 de abril. ‘CONSUMIDORES CONSCIENTES’: ‘JUNTOS, SOMOS FORTES!’.

FONTE: Grupo de WhatsApp.