quarta-feira, 21 de agosto de 2019

CONHEÇA 5 CIVILIZAÇÕES AFRICANAS TÃO IMPRESSIONANTES QUANTO A DO EGITO.

O continente Africano guarda a memória e o poder de povos milenares. Por quê nós não sabemos disso? Por quê não estudamos esses Reinos? 

Desconhecidos pela maioria das pessoas, inúmeros reinos floresceram no continente africano durante a Antiguidade e Idade Média, controlando rotas comerciais e o poder local.
Conheça alguns desses Impérios, que produziram grandes monumentos e marcaram o território até os dias atuais.
1. Reino de Gana
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Império de Gana / Crédito: answersafrica.com
O antigo Império de Gana, que teve seu apogeu entre os anos de 700 e 1200 da Era Cristã, ficava próximo a uma imensa mina de ouro na África Ocidental e era tão rico que até seus cães usavam coleiras de metal precioso. Com planejamento estratégico, líderes poderosos e uma abundância em recursos naturais, Gana logo se tornou uma grande influência no território africano.
Negociando com europeus e norte-africanos, Gana importava livros, tecidos e cavalos em troca de ouro e marfim, e comerciantes árabes passavam meses viajando em busca de negociações. O antigo império controlava o comércio de todo o ouro e sal da região, e uma boa proporção do então recém-descoberto elemento ferro, que aumentou sua influência e poder. Sendo um entreposto comercial, Gana controlava o comércio entre produtos árabes ao norte e ouro e marfim ao sul.
Apesar de ter detido muitas invasões, Gana acabou por desmoronar em 1240. Isolado do comércio e enfraquecido pelos seus rivais, o reino foi absorvido pelo crescente Império do Mali.

2. Império do Mali
Império Mali / Crédito: Reprodução
O Império do Mali floresceu entre os séculos 13 e 16. Fundado por Sundiata Keita, também conhecido como Rei Leão, o império se localizava ao sul do Saara Ocidental, estrategicamente localizado junto a minas de ouro e campos férteis próximos ao rio Níger.
Embora o Rei Leão tenha sido um governante impressionante, o império prosperou sob o governo de Mansa Musa, que detém o título de homem mais rico da história, com fortuna equivalente a US$ 400 bilhões. Musa também fez de Timbuktu, a capital do Mali, um dos principais centros de educação e cultura na África, permitindo que estudiosos de todo o continente viessem se aprimorar.
Como Benim, o Mali teve sucesso no comércio devido à sua localização no rio Níger. No entanto, foi saqueada por invasores do Marrocos em 1593, o que enfraqueceu o império e o fez deixar de ser esta importante entidade política.
3. Reino de Kush
Reino de Kush / Crédito: Wikimedia Commons
Relativamente desconhecido fora da África, o antigo reino de Kush dominava uma região na época chamada Núbia, e que hoje faz parte do Sudão. A princípio colônia do Egito, Kush mais tarde veio a dominar boa parte do vale do rio Nilo, e sua civilização mesclava cultura egípcia com a de outros povos africanos. Esse reino teve seu equivalente aos faraós, realizando a mumificação de mortos, construção de pirâmides e adoração a deuses. No entanto, existiam diferenças fundamentais entre os Kuchitas e os Egípcios.
Economicamente, o ferro havia se tornado um enorme recurso para Kush, enquanto os egípcios ainda estavam a descobrir as maravilhas desse metal. Socialmente, as mulheres tinham papel de maior relevância política, e as rainhas muitas vezes sucediam os reis no papel de governante. Exemplo disso é que uma das maiores pirâmides de Kush foi construída para homenagear uma governante feminina.
Kush também era famoso por seus arqueiros, frequentemente retratados em obras de arte. Teoriza-se que sua cultura declinou após ser invadida, por volta do ano 350 da era cristã, pelo Império de Axum, o que deu origem a uma nova sociedade denominada Ballana.
4. Império de Songhai
Império de Songhai / Crédito: Reprodução
A sede do império Songhai ficava onde atualmente é a região central do Mali, se estendendo para oeste em direção à costa atlântica, e para leste na direção dos atuais Níger e Nigéria. Com uma duração de quase 800 anos, o reino foi considerado um dos maiores impérios do mundo entre os séculos 15 e 16.
Tal como outros reinos africanos, Songhai derivou a maior parte de sua riqueza do comércio, que era extremamente seguro devido ao exército de 200.000 pessoas localizado ao longo de suas fronteiras. O império submetia milhares de etnias, mantidas juntas por uma burocracia governamental centralizada.
As dificuldades no controle do Império, que atingia enormes proporções, foram a causa de sua queda. Songhai entrou em conflitos internos que, em fins do século 16, levaram ao seu desmembramento em grupos menores.
5. Reino de Axum

Reino de Axum / Crédito: Reprodução

Enquanto uma revolução cristã ocorria na Europa, um poderoso reino emergia no continente africano. Na atual Etiópia, o Império Axum tornou-se um dos maiores mercados do nordeste da África, com grande poder comercial e naval, dominando a costa do Mar Vermelho durante séculos. Os vestígios deste reino datam de 5 a.C., mas seu apogeu se deu por volta de meados do século 4 d.C., quando os Axumitas levaram o reino Kush, seu rival, à ruína.
Influenciando outras superpotências na África, Europa e Ásia, esse império contava com uma multidão de visitantes estrangeiros. Um escritor persa saudou Axum como “uma das quatro maiores potências do mundo”. Ainda assim, pouco se sabe sobre essa impressionante civilização africana. 
O reino de Axum continuou imponente até o século 11 d.C., época em que o islamismo já havia se expandido pela Península Arábica e conquistado boa parte dos territórios do reino. A população do Império foi forçada ao isolamento político, o que levou seu declínio comercial e cultural.


COMO A PESTE BUBÔNICA SE ESPALHOU PELA EUROPA? UMA PANDEMIA!

Uma tentativa de restaurar o Império Romano do Ocidente ajudou ter espalhado uma praga que matou metade dos europeus.
Uniforme de médicos que cuidavam de pacientes infectados pela peste

Era o início da Alta Idade Média, ou Idade das Trevas, período que foi marcado pelo abandono das cidades, estagnação da economia e miséria da população. Numa tentativa de restaurar o Império Romano do Ocidente, o imperador bizantino Justiniano, colocou o continente todo em guerra.
Foi nessa época que os europeus tiveram de enfrentar a primeira pandemia da história. Foi a chamada Praga de Justiniano, a primeira epidemia de peste bubônica, que voltaria a assolar a Europa séculos depois, entre 1346 e 1352.
A praga, transmitida por pulgas de ratos infectados, vindos dos navios, tinha surgido no Egito. Passou pelo Oriente Médio e chegou à capital do Império Bizantino, Constantinopla, em 540, matando 5 mil moradores por dia, e eliminando metade da população (estimada entre 500 mil e 1 milhão de pessoas) da cidade. A doença se espalhou também pela Síria, Europa e atual Turquia.
Meio século depois, haviam morrido em decorrência da doença entre 25 e 100 milhões de pessoas. "É difícil precisar dados estatísticos, mas é possível afirmar que 40% da população de toda a área mediterrânea foi dizimada por volta do ano 600", afirma Celso Taveira, doutor em história bizantina e professor da Universidade Federal de Ouro Preto.
A peste bubônica, que mais tarde ficou conhecida como peste negra, ataca os nódulos linfáticos, localizados em axilas, virilhas e pescoço, que incham e formam enormes bolhas de pus. As extremidades do corpo são atacadas por necrose, o que dava aos infectados uma aparência aterradora, algo como mortos-vivos.
Devido à sua mobilidade, as tropas justinianas podem ter ajudado a propagar a doença, mas foram também extremamente afetadas por ela. O exército foi assolado pela praga e até o próprio imperador contraiu a doença, mas sobreviveu. O impacto na população europeia e, consequentemente, nas guerras travadas por Justiniano se deu de várias formas. Constantinopla chegou a ser fechada e a entrada de navios foi proibida, fazendo com que as pessoas passassem a morrer de fome.
Em questões militares, com a falta de pessoal para as batalhas, a situação foi de estagnação e derrotas. A praga afetou também os persas, que contraíram a doença durante a guerra contra os bizantinos, em 543. Com o enfraquecimento do exército, Justiniano viu-se incapaz de dar continuidade aos combates e foi forçado a firmar um acordo de paz com o rei persa, Cosroes, em 545.
Alguns historiadores acreditam que os danos causados aos persas e bizantinos os tornaram vulneráveis às conquistas muçulmanas no século seguinte. Estima-se que a pandemia tenha durado mais de 200 anos. "Não se pode falar de uma epidemia que durou de um período a outro, mas que ela mudava de lugar", afirma Silvia Waisse, professora de história da ciência da PUC-SP.
Na pandemia do século 6, nem a imperatriz Teodora escapou. Alguns a culparam, dizendo que a praga era uma punição divina por sua promiscuidade. Não passava pela cabeça dos médicos que pulgas, ratos e organismos invisíveis pudessem causar o mal. "A noção de que havia alguma coisa que se transmitia só se estabeleceu no final do século 15", diz Silvia.
O (quase) retorno do Império Romano
Em 285, tentando organizar o caos administrativo do decadente Estado romano, o imperador Diocleciano dividiu o Império em duas partes, Ocidente e Oriente. Roma - e, com isso, o Império Romano do Ocidente - caiu nas mãos dos bárbaros em 476, mas a parte oriental sobreviveu. A capital, na cidade de Constantinopla, foi chamada de Bizâncio até 330 - daí o nome Império Bizantino, que, aliás, não era usado pelos bizantinos. Para eles era Império Romano e ponto, mesmo depois de mudarem a língua oficial para o grego, em 620.
A peste foi um imenso revés na campanha de Justiniano para restaurar o Império Romano às suas antigas fronteiras. Iniciada em 527, e contando com generais legendários, como Belisário e Narses, Justiniano retomaria dos bárbaros toda a Itália, norte da África e parte da península Ibérica. No entanto, pelo impacto brutal da doença, e problemas políticos e econômicos, a reunificação de Roma seria efêmera.
A Itália seria perdida para os lombardos em 568, meros 3 anos após a morte de Justiniano, e o Império Romano do Oriente sofreria grandes derrotas para os povos islâmicos a partir do século 8, até a queda de Constantinopla para os turcos otomanos, em 1453. Os gregos viveram sob domínio otomano até 1822, quando declararam independência e iniciaram uma guerra contra os turcos com o apoio de países europeus.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

CONSÓRCIO NORDESTE NÃO É SEPARATISMO: É AUTONOMIA E UNIÃO EM PROL DO FEDERALISMO!

CAMILO SANTANA (CE), FLÁVIO DINO (MA) E FÁTIMA BEZERRA (RN) EM EDIÇÃO DOS DIÁLOGOS CAPITAIS SOBRE O CONSÓRCIO NORDESTE.


O Consórcio Nordeste, segundo o governador, quer atrair investimentos do setor privado para a região com mediação estratégica do Estado

O governador Flávio Dino (PCdoB-MA) rejeitou, em discurso nesta terça-feira 20, que o projeto Consórcio Nordeste tenha propósito separatista, mas sim “diferente”. Dino participou do evento Diálogos Capitais, da revista CartaCapital, em São Paulo, junto aos governadores Camilo Santana (PT-CE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Wellington Dias (PT-PI).

“Não temos nenhuma perspectiva separatista”, disse o governador. “O consórcio representa esta perspectiva democrática que não significa oposição, mas sim, diferença. Nós acreditamos na democracia, no pluralismo e na limitação do poder, de quem quer que seja”, declarou. O Consórcio Nordeste é uma iniciativa de estados do Nordeste para atrair investimentos e alavancar projetos de forma integrada.
Em seguida, o governador destacou a perspectiva “popular” do Consórcio Nordeste A ideia é atrair investimentos do setor privado para a região com mediação estratégica do Estado.
“Nós, orgulhosamente, não aderimos aos modismos que acham que o Estado nada tem a dizer na conjuntura atual. Não aderimos que o mercado pode tudo e vai resolver tudo”, declarou. “Socialistas utópicos, pré-Marx, já diziam que era o papel indissociável dos governos. A urna corrige o papel do mercado.”
Dino enumerou as prioridades do Consórcio e reforçou a necessidade de construir diálogo com as empresas privadas para o desenvolvimento nacional. “Nós sabemos o lugar insubstituível do capital privado e das empresas, mas, para que ele possa se desenvolver em sua plenitude, é preciso que haja uma instância pública, apta em fazer a compatibilização de múltiplos interesses legítimos na sociedade. Nós acreditamos em soberania energética, em bolsas de pós graduação, em desenvolvimento nacional”, disse.
O governador do Piauí, Wellington Dias, destacou que as principais oportunidades na região estão no setor de geração e distribuição de energia. “O que está apontado é que essa região do Brasil tem condição de gerar 80% da energia necessária até 2030”, afirmou.

FONTE:
Carta Capital - Consórcio Nordeste

NÃO HÁ OUTRO CAMINHO: A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL SE APROXIMA! EUA e CHINA, VÃO SE ENFRENTAR.

Rússia e China denunciam escalada militar após teste de míssil nos EUA. A guerra comercial entre EUA e China, será o pano de fundo desse conflito inexorável!



FOTO: SCOTT HOWE / DOD / AFP

Cette photo fournie par le ministère américain de la Défense montre le décollage d'un missile de croisière conventionnel américain depuis l'île de San Nicolas (Californie, ouest des Etats-Unis) pour un test, le 18 août 2019.

O teste marcou o fim do tratado sobre armas nucleares de médio alcance entre os EUA e a Rússia.


Rússia e China condenaram nesta terça-feira 20 o primeiro teste dos Estados Unidos de um míssil de médio alcance desde a Guerra Fria, ao mesmo tempo que denunciaram o risco de uma “escalada” de tensões militares e de retomada da corrida armamentista.
O teste marca o fim do tratado de desarmamento INF, que aboliu o uso pelos Estados Unidos e Rússia de mísseis terrestres com alcance de 500 a 5.500 quilômetros, oficialmente suspenso há menos de um mês pelas duas potências rivais.
O teste americano, que teve sucesso, aconteceu no domingo na ilha de San Nicolas, na costa da Califórnia, às 14H30 locais (18H30 de Brasília), segundo o Pentágono. O projétil era uma “variação de um míssil de cruzeiro de ataque terra-terra Tomahawk”.
Imagens publicadas pelo exército americano mostram o míssil disparado a partir de um sistema de lançamento vertical Mark 41.
“Lamentamos tudo isto. O governo dos Estados Unidos toma de maneira flagrante o caminho de uma escalada de tensões militares, mas não cederemos à provocação”, declarou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov.
O governo da China criticou uma “escalada de confrontos militares que terá graves consequências negativas para a segurança regional e internacional”. Pequim acusou Washington de buscar “a superioridade militar unilateral”.

EUA e Rússia rompem tratado

Rússia e Estados Unidos concretizaram no início de agosto o abandono do tratado sobre armas nucleares de médio alcance (INF), cuja assinatura no período final da Guerra Fria em 1987 acabou com a crise dos mísseis europeus, provocada pelo deslocamento na Europa dos SS-20 soviéticos com ogivas nucleares.
O presidente americano Donald Trump criticou o tratado no dia 1 de fevereiro e Moscou fez o mesmo no dia seguinte. Os países trocaram acusações de violação do texto.
Os americanos questionam especialmente o míssil russo 9M729, que tem alcance, segundo Washington, de 1.500 km, o que Moscou nega, insistindo que o novo projétil tem alcance máximo de “480 km”.
A Rússia denuncia o sistema de defesa antimísseis americano Aegis Ashore, instalado na Polônia e na Romênia.
As forças dos Estados Unidos posicionam há muito tempo mísseis de cruzeiro de médio alcance a bordo de navios de guerra, que geralmente são disparados a partir de sistemas Mark 41.
A novidade no teste de domingo foi o sistema de lançamento instalado em terra. O míssil era convencional, mas qualquer míssil pode posteriormente ser equipado com uma ogiva nuclear.
Para Riabkov, o “prazo extremamente apertado” que Washington precisou para executar com sucesso o teste demonstra que o governo americano já estava preparado para o fim do tratado.
O diplomata afirmou que o uso do Tomahawk e do Mark 41 significa que “estes sistemas serão utilizados para o lançamento não apenas de mísseis interceptores, mas também de mísseis de cruzeiro”, que têm longo alcance.

“Evitar o caos”

O presidente russo, Vladimir Putin, que visitou a França na segunda-feira 19, acusou Washington de “não ouvir” Moscou. “Os europeus devem nos escutar e reagir”, disse.
No início do mês, Putin solicitou a Washington um “diálogo sério” sobre o desarmamento para “evitar o caos”. Ele propôs uma moratória sobre a instalação das armas nucleares proibidas pelo tratado INF.
Putin ordenou em fevereiro o desenvolvimento de novos tipos de mísseis terrestres em dois anos, especialmente adaptando aparelhos de médio alcance já existentes mas posicionados no mar ou ar.
Também ameaçou instalar novas armas “invencíveis” desenvolvidas por seu país para atacar os “centros de decisão” nos países ocidentais.
Agora resta em vigor apenas um acordo nuclear entre os dois países: o tratado START, que mantém os arsenais nucleares dos dois países abaixo do nível da Guerra Fria e que expira em 2021.
FONTES:

domingo, 18 de agosto de 2019

PARA FINALMENTE ENTENDER A TEORIA DA RELATIVIDADE DE ALBERT EINSTEIN!

Resultado de imagem para teoria da relatividade Einstein


ASSISTA O VÍDEO E COMPREENDA DE UMA VEZ POR TODAS ESSA TEORIA! 




A teoria da relatividade geral de Albert Einstein, publicada em 1915, revolucionou completamente a compreensão da ciência sobre o universo.
Ela só foi confirmada pela primeira vez em 1919, com um experimento feito durante um eclipse total do Sol em Sobral, no Ceará, e na Ilha de Príncipe, no arquipélago de São Tomé e Príncipe.
A partir daí, o então desconhecido físico alemão se transformou em uma celebridade mundial, e passou a ser parado na rua para dar autógrafos.
Mas o que exatamente é essa teoria e por que foi tão revolucionária?
Até o início do século 20, a Física era regida pelas leis de Isaac Newton.
O físico e matemático inglês dizia que a gravidade era uma força causada pela massa dos objetos e fazia com que eles fossem atraídos um em direção ao outro. O objeto com mais massa atrai mais intensamente.
Por isso, nos mantemos sobre o chão na Terra. Ela nos atrai para o seu centro. Por isso também os planetas se movem ao redor do Sol.
Mas imagine que o Sol, de repente, desaparecesse por completo.
Segundo a teoria de Newton, os planetas do Sistema Solar sairiam instantaneamente de suas órbitas, já que não haveria mais a força de gravidade do Sol atraindo-os.
Para ele, a gravidade era uma força de ação imediata, independente da distância entre os corpos.
Mas Einstein encontrou um problema: segundo seus cálculos, a luz era a coisa mais rápida do Universo. Nenhum corpo com massa alcançava uma velocidade superior à da luz. Nem a gravidade.
Nos dez anos que passou pensando nisso, entre 1905 e 1915, o físico alemão criou a teoria da relatividade geral.
Ele imaginou as três dimensões do espaço e a dimensão do tempo juntas, como uma espécie de tecido que nos rodeia e que é deformado pela presença dos corpos celestes massivos, como os planetas e estrelas.
Essas deformações criam o que nós sentimos como força de gravidade
Então a Terra e os outros planetas permanecem em órbita não porque o Sol simplesmente os atrai, como pensava Newton.
Para Einstein, isso acontece porque o Sol é uma estrela tão massiva que os outros corpos seguem a curvatura que ela gera no tecido do espaço-tempo.
A relatividade geral permitiu explicar desde o nascimento do Universo até a órbita dos planetas e os buracos negros.
Até hoje, algumas de suas previsões são testadas e confirmadas pelos cientistas, que se surpreendem com a precisão das ideias do físico alemão.
Por causa dela, ele se tornou uma das figuras mais icônicas da ciência mundial.
Roteiro: Camilla Costa e Ana Pais
Voz: Camilla Costa
Design, Animação e som: Kako Abraham
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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

TERRA AMEAÇADA!!! A VIDA PODE SER EXTINTA?

Cientista está “100% certa” de que um asteroide colidirá com a Terra.

Apesar da certeza que o choque vai acontecer, cientista não acredita que o planeta será destruído - Foto: NASA/Reprodução
Apesar da certeza que o choque vai acontecer, cientista não acredita que o planeta será destruído - Foto: NASA/Reprodução


  • Já temos tecnologia suficiente para detectar a aproximação do corpo rochoso
  • Organização trabalha para prevenir desastres causados por choques com asteroides.

No último sábado (10), um asteroide maior que a Torre Eiffel se aproximou da Terra. Ele viajava a 16,7 mil quilômetros por hora e, se estivesse em rota de colisão, atingiria o planeta com uma força explosiva 500 vezes maior que a da bomba atômica de Hiroshima. Felizmente, o corpo conhecido como 2006 QQ23 passou a 7,4 milhões de quilômetros de distância da Terra. Não foi dessa vez que um gigantesco corpo celeste colidiu com o nosso planeta – mas, segundo a cientista Danica Remy, essa hora vai chegar.
"É 100% certo que seremos atingidos, mas não é 100% certo quando", disse a presidente da organização B612 Foundation, em entrevista à NBC News. A fundação trabalha justamente para proteger a Terra de colisões com asteroides.
Ela afirma que, com a tecnologia de que hoje dispõem as agências espaciais, é possível detectar corpos rochosos que se aproximam do nosso planeta. Por isso, a especialista acredita que, mesmo em caso de choque, o planeta não será destruído.
Mas a cientista destaca o perigo de asteroides menores: “O tipo de destruição que veremos é em nível regional, não no mundo inteiro. Mas ainda teremos um impacto global sobre transportes, redes de comunicação e clima.”
Como proteger a Terra dos choques? Para Remy, a solução é catalogar todos os asteroides. A NASA concorda: pelo menos 95% dos asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro já foram identificados pela instituição, e nenhum deles apresenta risco para a Terra. Também já foi desenvolvida uma tecnologia para desviar a trajetória dos corpos celestes, que deve usada em 2021 no asteroide Didymos.

FONTE:

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ÍNDIA TEM REDUÇÃO DA MISÉRIA E BAIXA MOBILIDADE SOCIAL

País tirou 170 milhões de pessoas da pobreza desde a década de 1990, mas desigualdade subiu ao mesmo tempo que gerou bilionários.


Vista panorâmica de favela em Mumbai, na Índia, e indianos no dia a dia de suas atividades na comunidade - Moment Open/Getty Images e Puint Paranjpe/AFP

A mansão de Mukesh Ambani, homem mais rico da Índia, é uma das residências mais caras do mundo. Batizada de Antilia, está avaliada em US$ 2 bilhões (R$ 7,6 bilhões) só perde para o Palácio de Buckingham, onde vive a rainha da Inglaterra.
Uma única família de cinco pessoas ocupa os 27 andares de Antilia. Seis deles são estacionamentos para abrigar a coleção de carros dos Ambani. Há um cinema para 50 pessoas, clube com sala de ginástica e quadra de basquete.
Da calçada onde monta seu "escritório", o vendedor de chá Radeshyam Sahu, 45, consegue ver os últimos andares de Antilia. Todas as manhãs, Sahu sai de sua quitinete, onde divide um banheiro no corredor com outras quatro famílias, e vai até o bairro chique de Cumbala Hill para vender copinhos de chá a 6 rúpias (R$ 0,30) aos passantes.
Sahu só estudou até a primeira série, ganha 7.000 rúpias (R$ 390) por mês e tem pouca esperança de progredir.
Na Índia, histórias de ascensão social e econômica como a do primeiro-ministro Narendra Modi, que começou a vida vendendo chá como Sahu e chegou ao posto de líder do país, são cada vez mais improváveis.
A probabilidade de um indiano nascido de pais pobres subir na vida é cada vez menor, principalmente para aqueles com baixa escolaridade. Apenas 8% dos indianos cujos pais estavam no índice de escolaridade 50% mais baixo conseguiram chegar aos 25% superiores, enquanto na maioria dos países, essa taxa é de 12%, segundo levantamento do Banco Mundial. Fatores como religião e casta também colaboram para a Índia ter um dos menores índices de mobilidade social do mundo.
Desde a liberalização da economia nos anos 1990, no entanto, a Índia tirou 170 milhões de pessoas da pobreza. Mas a desigualdade subiu.
Segundo o Relatório da Desigualdade Global, enquanto a renda dos 10% mais ricos no país aumentou 390% entre 1980 e 2014, a dos 50% mais pobres subiu 90%. Isso é menos que a metade do crescimento médio da renda em todos os estratos no período, de 190%.
Até os anos 1980, a Índia era conhecida como Raj das Licenças (reino das licenças). A política econômica era estatista, com proteção a indústrias locais, restrição a investimento estrangeiro e planejamento centralizado. Nos anos 1970 e 1980, quando a economia ainda sofria grande intervenção do governo, o crescimento do PIB era baixo conhecido como taxa hindu, não passava de 3,5%, mas a desigualdade também era baixa.
Com a liberalização e desburocratização dos anos 1980 e 1990, a economia ganhou eficiência por causa da entrada da concorrência e reformas pró-mercado.
Mas a Índia passou de um Raj das Licenças para um Raj dos Bilionários. Nos anos 1990, havia apenas dois indianos na lista da Forbes de bilionários.
Hoje, há 106 bilionários indianos na lista da Forbes entre eles Mukesh Amabani, dono das Indústrias Reliance e da mansão-prédio Antilia.
Nos últimos anos, o crescimento do país acelerou e superou 8% em vários momentos. Em 2015, a desigualdade na Índia atingiu o maior nível desde 1922.
Parte dessa concentração de renda deve-se ao modelo de desenvolvimento adotado pela Índia.
Ao contrário da China, a Índia não conseguiu desenvolver um setor grande de manufatura após a liberalização. A indústria é um grande empregador, que poderia absorver boa parte das milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas. No entanto, o crescimento indiano foi puxado pelo setor de tecnologia da informação, que não gera um número suficiente de empregos para grandes parcelas da população que não têm qualificação.
Essas pessoas continuam presas à agricultura, que vive uma crise de preços e cresce sistematicamente abaixo do PIB. Isso não deve mudar tão logo 66% da população indiana ainda vive na zona rural.
Sem emprego ou qualificação, grande parte da população da zona rural que migra para as cidades acaba morando em favelas como Dharavi, a maior da Índia.
Asha Jayawant Bagul, 65, veio de um vilarejo em Maharashtra, estado onde fica Mumbai, há cerca de 30 anos, e se estabeleceu em Dharavi.
Com 1 milhão de habitantes, é a terceira maior favela do mundo atrás apenas de Neza no México, e Orangi Town em Karachi, Paquistão. Ganhou fama como cenário do filme "Quem Quer Ser um Milionário".
A grande maioria dos moradores de Dharavi precisa usar os malcheirosos banheiros públicos espalhados pela favela. Não há saneamento básico e o esgoto corre ao ar livre.
Asha perdeu o marido há quatro anos, e seus dois filhos jovens já haviam morrido. Hoje, divide um cômodo em Dharavi com a filha, Shashikala, 30, e o neto, Mangesh, 9.
Shashikala é costureira e ganha 7.000 rúpias (R$ 390) por mês. Asha trabalhava como faxineira, mas teve que parar porque tem um problema de quadril e precisa de cirurgia. Não consegue ser operada nem no hospital público, onde os pacientes precisam pagar pelos materiais cirúrgicos e medicamentos. "É muito gasto para pouco dinheiro, a gente sempre acaba indo dormir com fome", diz Shashikala.
Asha Jayawant Bagul, que divide cômodo em favela com a filha, Shashikala - Javed Atique/Folhapress
O grande desejo de Asha é comer uma maçã. A caixa custa 200 rúpias (R$ 11). "Faz tanto tempo que não como fruta que até esqueci os nomes. Faz anos que não como uma maçã", diz Asha. Ela e a filha nunca foram ao cinema nem a um restaurante. A diversão da família é assistir a novelas e desenhos animados na pequena TV de tubo.
Arvind Panagariya, que foi vice-presidente da comissão de planejamento no governo Modi e continua muito próximo do primeiro-ministro, acredita que desigualdade de renda em si não é um problema. "Não existe nenhum país no mundo que cresça mais de 7% ao ano durante uma década sem ter aumento de alguns indicadores de desigualdade", disse à Folha Panagariya, atualmente professor de Economia na Universidade Columbia.
De 2004 a 2014, Índia registrou maior crescimento de sua história, média de 8% ao ano. "Na minha visão, para um país em desenvolvimento, combater a pobreza é muito mais importante do que ficar obcecado com a desigualdade. Se o crescimento está ajudando a reduzir pobreza, o que certamente é verdade na Índia, mesmo que a desigualdade aumente, ainda é melhor do que não ter redução de pobreza e ter uma distribuição mais equitativa. Nos anos 1950, nós éramos todos pobres e, portanto, havia uma distribuição bastante igualitária (de pobreza)", diz Panagariya.
Já Montek Singh Ahluwalia, que foi vice-presidente da comissão de planejamento no governo anterior, do partido do Congresso, tem visão oposta.
"É errado dizer que a desigualdade não importa. A desigualdade pode nutrir uma sensação de injustiça; quando isso acontece, o aumento da desigualdade é um problema mesmo que haja redução da pobreza", disse à Folha Ahluwalia, que foi diretor do escritório de avaliação independente do FMI.
O fato é que o país não tem gerado empregos suficientes para os cerca de 10 milhões de jovens que entram no mercado de trabalho todos os anos.
A taxa de desemprego está em 6,1%, a mais alta desde 1972. Comparada aos 12% registrados no Brasil, pode não parecer tão alta. Mas o índice era de apenas 2,2% em 2012.
Hoje, é particularmente alto entre jovens de 15 a 29 anos na área urbana, 18,7% dos homens dessa faixa etária e 27,2% das mulheres estão procurando emprego. Na zona rural, 18,7% dos homens e 13,6% das mulheres.
Neste país de 1,3 bilhão de habitantes, empregos formais são muito disputados. Em janeiro, por exemplo, 7.000 pessoas a maioria com nível superiorcandidataram-se a 13 vagas de garçom em um refeitório público em Maharashtra. Um concurso das Ferrovias Indianas para contratar 63 mil faxineiros, carregadores e porteiros atraiu 19 milhões de candidatos no fim do ano passado.
Há quem entreveja a possibilidade de uma vida melhor, só para retroceder tudo de novo.
Kaikasha Sheikh, 26, tirou toda a família da favela ao conseguir um emprego de comissária de bordo na Jet Airways.
Depois de dois anos, começou a engordar, por causa de hipotireoidismo, e a companhia a demitiu, alegando que ela não poderia mais voar por causa do problema de saúde.
Kaikasha está tentando arrumar outro emprego em companhia aérea, mas está difícil. Já se candidatou a vagas em todas, e nada. Vem fazendo bicos em eventos.
O pai não trabalha há anos. A irmã de 19 anos faz curso de esteticista e o irmão de 17 estuda animação. Kaikasha paga o aluguel, o curso da irmã, a conta de luz e a comida. Está endividada.
"Vai ser muito difícil voltar para Andheri (favela no norte de Mumbai), vi como a vida pode ser melhor fora da favela", diz.
A mãe dela pagou os estudos da filha em uma escola bilíngue (hindi e inglês) trabalhando como diarista. "Quando arrumei emprego, disse a ela, mãe, te devo tudo, você trabalhou duro para eu poder estudar, então, agora, você pode parar e descansar."
Ela tirava entre 45 mil e 60 mil rúpias (R$ 2.500 e R$ 3.300) por mês, dependendo de quanto voava. Queria fazer voos internacionais, mas, como morava na favela, seu pedido de passaporte foi rejeitado duas vezes.
Conseguiu mudar com a família para o apartamento de classe média baixa em que vive hoje, e finalmente tirou o passaporte. Mas foi demitida antes de realizar seu sonho de viajar para fora.
"Nós já temos uma desigualdade muito importante por causa do regime de castas", diz Rayaprol Nagaraj, professor de economia do Instituto de Pesquisas de Desenvolvimento Indira Gandhi, ligado ao Banco Central do país.
"A liberalização trouxe crescimento, mas apenas os trabalhadores mais qualificados se beneficiaram. Pusemos todos os ovos na mesma cesta, achando que seríamos uma potência do software, mas precisamos empregar milhões de pessoas."
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