
Este Blog se destina a Divulgação Científica, Popularização da Ciência, Geopolítica e esclarecimento político nesse momento que as fake news dominam os noticiários.
domingo, 24 de maio de 2020
URUÇUCA: ONDE A COVID-19, ESTÁ FAZENDO UM GRANDE ESTRAGO E MOSTRA TODA A FRAGILIDADE DO NOSSO SISTEMA DE SAÚDE.

sábado, 23 de maio de 2020
TEMPO DE "VIDA" DO CORONAVÍRUS EM SUPERFÍCIES PRECISA DE MAIS PESQUISAS. POR ISSO TODO CUIDADO EM MANIPULAR OBJETOS É NECESSÁRIO.
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Ilustração: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital |
Pesquisas
têm se debruçado sobre o tempo que o vírus pode sobreviver em uma superfície
após ter sido colocado ali por um espirro ou por uma mão infectada, por
exemplo.
Um
estudo publicado no dia 17 de março 2020, na revista científica New England Journal of Medicine relatou
que em materiais como plástico e aço inoxidável, o novo coronavírus pode
permanecer por até três dias, ainda que em quantidades muito pequenas. Uma
carga viral mais perigosa foi detectada em até 24 horas após o início do
experimento.
No papelão, o vírus foi encontrado com uma carga maior por até oito horas. O material mais hostil para o microrganismo foi o cobre, no qual o vírus suportou até 4 horas em quantidade considerada infecciosa.
Cientistas afirmam que os resultados do estudo são ainda muito iniciais e não definitivos, mas oferecem um parâmetro para estabelecer práticas básicas de cuidados com limpeza e manuseio quando recebemos um pacote em casa ou quando trazemos uma sacola do supermercado.
"Limpe a superfície de tudo o que for pegar na mão", diz Bernadette de Melo Franco, microbiologista e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP. "Em materiais como papelão e plástico, que não têm células vivas, o vírus não se multiplica, mas embalagens assim funcionam como um caminhãozinho que carrega o vírus", diz.
Assim, se a pessoa tocar na superfície que tiver sido contaminada, deve evitar tocar o rosto em seguida e tem de lavar as mãos como é recomendado pelos especialistas – com água e sabão por pelo menos 20 segundos e esfregando todas as áreas.
As sacolas plásticas de supermercado devem ser evitadas e substituídas pelas bolsas reutilizáveis de pano, que precisam ser lavadas com água e sabão antes e depois do uso.
Para entrega de comida em casa, os especialistas sugerem que o pagamento seja feito pela internet, e que a entrega aconteça sem o contato físico com o entregador, que antes de chegar até a sua casa passou por outras residências e, ainda que não esteja contaminado, pode carregar o vírus.
As embalagens devem ser jogadas fora ou, quando for o caso, higienizadas com álcool 70% ou solução de água sanitária (duas colheres de sopa para cada litro de água). A microbiologista lembra que não há evidência de que os alimentos possam transmitir a doença, mas recomenda a higienização adequada de embalagens e de frutas e vegetais que serão consumidos.
A solução de água sanitária (desde que não contenha alvejante) ou de hipoclorito de sódio (duas colheres de sopa para cada litro de água) pode ser usada para deixar os alimentos em imersão por 15 minutos. É preciso enxaguar em água tratada após o banho.
O tratamento pelo calor, que ocorre quando um alimento é assado, cozido ou frito, também elimina os microorganismos, mas é preciso estar atento ao tempo que o produto leva para ser entregue. Demoras de mais de uma hora podem fazer com que alguns microrganismos se multipliquem e causar gastroenterite ou intoxicação alimentar – e agora é um momento ainda mais crítico para precisar de cuidados médicos e hospitalares.
Segundo Bernadette, não há evidências científicas de que é possível a transmissão da doença pelo manuseio de papel, como livros e jornais ou revistas impressos. Mas a recomendação da microbiologista é de que as mãos sejam corretamente lavadas antes e depois da leitura como uma medida preventiva.
A Organização Mundial da Saúde diz que o risco de adquirir o vírus que causa a Covid-19 de pacote que foi movimentado, transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas, como é o caso dos jornais, é baixo. Já a International News Association (INMA), uma das principais organizações de mídia do mundo, publicou estudo segundo o qual não houve nenhuma contaminação por jornal até agora no mundo.
"Não existe medida que vá proteger nossa casa totalmente da entrada do vírus, mas podemos reduzir esse risco ao mínimo possível mantendo hábitos de higiene mais rigorosos", acrescenta Franco.
Ainda não se sabe qual a carga mínima do novo coronavírus necessária para iniciar uma infecção, mas para outros tipos de vírus cargas menores do que 100 doses infecciosas por mililitro do material – ou litro de ar – raramente chegam a causar doença.
"Mas isso não significa que essas doses menores não podem infectar uma pessoa. Ainda não temos essa informação para o coronavírus", alerta Jônatas Abrahão, virologista e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Para ele, a principal maneira de transmissão conhecida é o contato físico com as superfícies, é ali que deve estar o principal cuidado com a limpeza. "É melhor partir do princípio que tudo o que entra em casa pode estar contaminado."
Os resultados do estudo mostram que as diferenças de resistência entre o novo coronavírus e seu antecessor, o Sars-Cov-1, não são significativas. "São características evolutivas do vírus que o tornam mais eficiente para causar infecção", diz Natália Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Mesmo que o novo coronavírus não esteja completamente decifrado pela ciência, Pasternak diz que não é hora de histeria. "Limpar as superfícies e lavar as mãos são o suficiente para matar o vírus. O que mais precisamos para enfrentar a pandemia é bom senso.”
sexta-feira, 22 de maio de 2020
quarta-feira, 20 de maio de 2020
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ADIA ENEM. A PRESSÃO SOCIAL FOI MAIOR QUE A INSENSATEZ MINISTERIAL!
VITÓRIA DA SOCIEDADE
O Ministério da
Educação (MEC) anunciou em comunicado oficial nesta quarta-feira, 20, que vai
adiar o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2020, por 30 a 60 dias.
“Atento às demandas da
sociedade e às manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da
pandemia do coronavírus no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e
o Ministério da Educação (MEC) decidiram pelo adiamento da aplicação dos exames
nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em
relação ao que foi previsto nos editais”.
Informações:
Exame - ENEM ADIADOsegunda-feira, 18 de maio de 2020
A FALTA DE RESPONSABILIDADE DOS BRASILEIROS CHEGA AO EXTREMO DE PRODUZIR E "REQUENTAR" NOTÍCIAS FALSAS PARA FAZER VALER SEU PONTO DE VISTA. MESMO QUE ISSO IMPLIQUE COLOCAR EM PERIGO VIDAS! A GUERRA POLÍTICA-PARTIDÁRIA-IDEOLÓGICA NESSE MOMENTO AINDA VAI CAUSAR UMA GRANDE TRAGÉDIA NACIONAL.
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domingo, 17 de maio de 2020
RECONSTRUÇÃO DO PAÍS PRECISA ESTAR BASEADA NA CIÊNCIA
Análise do Ipea mostra que entre 2015 e 2019 o setor perdeu 40% do valor real dos recursos federais.
É possível que o novo coronavírus faça parte da vida em sociedade por muito tempo além dos inicialmente imaginados dois anos para desenvolvimento, produção e distribuição de vacina ou tratamento.
Quando superada a surpresa pandêmica, no entanto, será necessário elevar ao topo da agenda política uma ampla reestruturação da saúde pública. Requer prioridade absoluta, porque se trata do mais grave problema de defesa e fere o caráter essencial do Estado moderno — a garantia da vida e da saúde dos cidadãos.
São muitas as fragilidades brasileiras em condições sanitárias, biossegurança, vigilância epidemiológica e assistência médico-hospitalar. Negligências históricas estão aí expostas na tragédia social e no desastre econômico em curso.
Paradoxalmente, o país dispõe de uma base legislativa, científica, tecnológica e empresarial razoável para iniciativas coordenadas na área. Possui, também, um Sistema Único de Saúde (SUS) cuja eficácia está sendo testada, com êxito, nessa pandemia. E há uma comunidade de pesquisadores em unidades de excelência, como a Fiocruz, cujo trabalho consolidou o Brasil como potência científica, como qualifica a revista britânica “The Lancet”, líder no setor há 197 anos.
O desafio é político. Trata-se de rever prioridades educacionais, sanitárias e de desenvolvimento das ciências, das básicas à epidemiologia, com reestruturação do complexo de laboratórios e da base médico-hospitalar do SUS.
É preciso estimular a integração em bases competitivas de toda a cadeia, da pesquisa à produção tecnológica da saúde. Além disso, é fundamental empreender a universalização da rede de saneamento.
Não falta dinheiro, falta governo. Análise do Ipea revela como as ciências foram relegadas à irrelevância na última década e meia. Em 2002 a área absorvia 0,79% do Orçamento da União. A partir de 2004, houve uma desidratação contínua. Entre 2015 e 2019, o setor perdeu 40% do valor real dos recursos federais
No ano passado, o governo julgou mais importante liberar gastos na burocracia da Advocacia-Geral da União (61% de execução orçamentária) do que investir em ciência e tecnologia (46%).
Há meio século o país se mantém num crescimento econômico pífio, com expansão do PIB à média inferior a 2,5% ao ano. Ainda assim, é capaz de sustentar investimentos militares meritórios, como o programa de submarinos nucleares.
Agora, o cenário mudou radicalmente, com vulnerabilidades na soberania expostas e realçadas pelo histórico desmazelo na educação, na saúde, na ciência e na tecnologia.
A crise
deflagrada pela pandemia é didática. Ultrapassada a emergência, a reconstrução
precisa estar focada na Ciência, principal arma de defesa e de progresso.
Com informações de:
O Globo - Opinião