quarta-feira, 2 de novembro de 2016




HOSPITAL DR. MONTIVAL LUCAS
FECHARÁ AS PORTAS ATÉ O FINAL DO ANO.
Caso a situação administrativo-financeira continue.

No dia 31/10/2016, estive no hospital para averiguar uma informação de que o hospital estava sem médico completando 08 dias, isso foi no sábado.
Foi confirmado pela funcionária que me atendeu, que de fato estava completando 10 dias sem médico. Motivo: O DE SEMPRE. A prefeitura não realizou o repasse.

Virou brincadeira de mau gosto a situação. Já não é mais uma situação de se analisar é de se PREOCUPAR.

O fato é que o hospital sem médico já não chama mais a atenção da sociedade. Virou lugar comum. Nos venceram pelo cansaço, tanto a direção do hospital como a prefeitura.

Cada um com suas “razões” e povo (um detalhe sem importância), tanto sem importância que nada é feito. ESTAMOS SEM MÉDICO. Pronto!!
Quem tiver sua dor que MORRA!!

A prefeitura não repassa por que alega não ter recursos, o hospital também não viabiliza alternativas por que entende que é responsabilidade da prefeitura os plantões considerando que a gestão assumiu o compromisso e a Câmara de Vereadores tem ciência e anuência.

Enfim, MORRAM!!

Mas, nessa história toda existem fatos bizarros.

No sábado recebi em minha casa 02 pessoas que vieram me cobrar alguma posição já que deixei público que havia me associado ao hospital.

As duas eram pessoas que participaram de um movimento no passado que fechou a ponte, queimou pneus, etc... Porém, como tudo em Itajuípe, sempre tem um lado obscuro, ficou claro qual era a intenção daquela ação.

Hoje essas pessoas, já não compactuam com a atual gestão, por entender que, apesar da prefeitura não está repassando o recurso, a gestão tem deixado a desejar.

Saindo do hospital foi a secretaria da igreja matriz e lá chegando encontrei EXPOSTO PARA O PÚBLICO um balancete das receitas e despesas da Paróquia. Tudo muito transparente. De imediato fotografei e enviei para a pessoa que me recebeu no hospital para mostrar a ela, como se fazia aquilo que eu havia cobrado fazia mais de 3 meses.

Quando toquei nesse assunto no hospital, a reposta que obtive foi: “O ESTATUTO NÃO PREVÊ BALANCETES MENSAIS, PRESTA-SE CONTAS NO FINAL DA GESTÃO COMO REZA O ESTATUTO”.
TRANSPARÊNCIA ZERO.

Da igreja fui a prefeitura e lá conversei com os prepostos que estão respondendo pela administrativo da prefeitura, já que tanto a prefeita quanto o vice-prefeito não se encontram na cidade.

O diálogo caminhou para uma única conclusão pessoal baseada nas falas que ouvi das duas partes: o HOSPITAL FECHARÁ AS PORTAS, NÃO HÁ OUTRA SAÍDA. A situação financeira da prefeitura não respalda maiores esperanças. 

O quadro é triste. Me foi mostrado os valores dos repasses recebido pela prefeitura esse ano. NENHUM MÊS passou de 03 milhões de reais. Mas os jogadores para a galera GRITAM MAIS DE 03 MILHÕES.

Teve mês de receber 2,2 milhões de reais. Só a folha de funcionários alcança 1,7 milhões.

Não sai dali contente, mas compreendendo o quadro. E para o ano que vem a receita será menor. Pois, tudo é calculado pelo ano anterior.
A prefeitura assumiu o compromisso de repassar 10 mil reais a cada 10 dias do mês. Já se encontrava com 05 repasses em atraso. Assim sendo os médicos, resolveram parar as atividades. Certos também. Têm seus compromissos a quitar como qualquer um.

Está estabelecido o imbróglio.

O hospital não pode pagar os plantões médicos.

A prefeitura não repassa.

Os médicos param.

E a comunidade? Ah, a comunidade é um detalhe!

Hoje pela manhã dois vereadores me procuraram preocupados com a situação. Minha fala foi simples: VAI FECHAR!

Foi a partir desses encontros que tomei conhecimento de mais situações que me preocuparam muito mais.

Conversei com os nobres e alertei: Se o hospital não consegue pagar os plantões médicos, depende da prefeitura e os médicos param de trabalhar! Como pagar as despesas fixas e os salários dos técnicos de enfermagem, enfermeiros, vigilantes, zeladores e demais funcionários? Se quem faz a receita financeira da entidade são os médicos com internamentos, procedimentos, atendimentos, etc.?

Se os médicos param, como já estão parados a 10 dias, como pagar uma folha de funcionários e despesas fixas de 30 dias? ESSA CONTA NÃO FECHA!

Se o hospital não tem dinheiro para garantir o pagamento de quem gera receitas para ele (os médicos). Vai pagar os funcionários com qual dinheiro se não faturou?

Por isso meu prognóstico de fechamento. Sem plantões, sem faturamento; sem faturamento não paga as contas. Não pagando as contas, os fornecedores não vendem. Os funcionários entram em greve por falta de salários.

QUERO VER RESOLVER!! QUERO VER RESOLVER!!!

Hoje soube que o décimo terceiro salário já não é pago. E outras vantagens LEGAIS também. Ou seja. Quando esses funcionários saírem será mais causas trabalhistas a “descascar”.

Sou sócio recente da Associação Mantenedora do Hospital.

Mas questiono: onde estão os associados mais antigos, aqueles que elegeram a atual gestão, que aprovaram as diversas mudanças estatutárias. 

O Conselho Fiscal? Enfim, todos os que de uma forma ou de outra são os responsáveis pela entidade mantenedora do hospital? Precisamos encontrar essas pessoas. Precisamos delas para buscar caminhos.

Hoje pela tarde, foi postado num grupo de WhatsApp, que o hospital estava fechado e lacrado. Fui lá de imediato e encontrei o hospital aberto, com seus funcionários em seus postos, e inclusive realizando pequeno atendimento ambulatorial de enfermagem. 

Na oportunidade obtive informações que foram realizadas pequenas cirurgias pelo SUS e de que havia uma promessa de algum repasse para o hospital entre hoje e amanhã.

Quem duvida que o hospital poderá fechar, fique em casa esperando: ACONTECERÁ.

Quem acredita que poderá acontecer, junte-se e tente: IMPEDIR.

Se não agirmos agora, poderemos não ter o porquê para agir mais tarde.

Dentre as diversas informações obtidas para essa crise hospitalar a relação desgastada entre a presidente atual do hospital e o vice-prefeito me foi relatada. O que é estranho, pois, segundo informações a senhora presidente era ligada ao vice-prefeito.

A pergunta é? O que azedou essa relação?

Enfim.

NA BRIGA DA ONDA COM O ROCHEDO. QUEM LEVA A PORRADA É A OSTRA.

HISTÓRIA

 enterro da sra. Patrícia Silva Santos
                                                      enterro da sra. Patrícia Silva Santos

Fato ocorrido e esquecido. Tão esquecido que estamos a mais de 10 dias sem médicos.

FONTE: http://www.webnewssul.com.br/noticia/2160-moradora-do-bairro-beira-rio-morre-por-falta-de-atendimento-medico-no-hospital-dr-montival-lucas.html


QUEM SE IMPORTA?

FONTE:http://tomribeiro.blog.br/populacao-itajuipense-fica-sem-atendimento-medico/

Basta uma pesquisa no Google, que quem quiser fazer um histórico da crise do Hospital Dr. Montival Lucas, encontrará farto material.


O processo é histórico e se arrasta a anos. Entra gestão e sai gestão e o problema continua. Não é privilégio de nenhuma gestão viver uma crise. TODAS PASSAM. Porém, um fato posso falar sem medo algum de errar: NOS ÚLTIMOS 15 ANOS, ISSO SE TORNOU UMA CONSTANTE E COM AGRAVAMENTO.

A fala embaixo é para lembrar à prefeita e ao nosso vice-prefeito, que a memória humana é falha, mas a tecnologia guarda tudo! Ocorreu em 26/05/2014. Na matéria sobre o seguinte fato - 

DR. ALEXANDRE RANDOW DOA MATERIAL HOSPITALAR E CIRÚRGICO AO H.M.L



"A felicidade estava estampada nos olhos do Presidente da Associação Beneficente de Itajuípe, mantenedora do Hospital Dr. Montival Lucas, Antônio Jorge (Jorjão). “É muito difícil administrar um Hospital com poucos recursos, operando quase que no vermelho. Mas é um desafio que vale a pena ser enfrentado, é o único Hospital da cidade, que socorre principalmente os menos favorecidos, os pequenos casos mais urgentes. Mesmo assim, com a união dos esforços, o apoio incondicional da Prefeitura Municipal de Itajuípe, tocamos os atendimentos para a comunidade”. Pontuou Jorjão."

FONTE: http://ascompmitajuipe.blogspot.com.br/2014/05/dr-alexandre-randow-doa-material.html<acessado em 02/11/2016, às 07:45>


Sempre disse que você Jorjão, é o homem certo para as horas incertas. Estamos nessas horas!!! Não decepcione!


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Luiz Alberto Moniz Bandeira

"O Estado brasileiro parece desintegrar-se", diz historiador.

O historiador e cientista político baiano Luiz Alberto Moniz Bandeira tem seu livro mais recente lançado no Brasil: A desordem mundial (Ed. Civilização Brasileira), um amplo estudo do caótico cenário internacional. Aos 80 anos, ele também tem sido homenageado pela sua vasta obra e história de vida de intelectual engajado. Em junho, foi homenageado pela União Brasileira de Escritores. No dia 4, a homenagem é na Usp. Da Alemanha, onde vive, ele concedeu esta entrevista.
Em seu livro A desordem mundial, o senhor aborda diversos pontos de tensão ao redor do mundo. O mundo retrocedeu na busca pela paz entre as nações? Como o Brasil do golpe parlamentar / impeachment se encaixa neste complicado tabuleiro de xadrez?
Desde o governo do presidente Lula da Silva, o Brasil, conquanto mantivesse boas relações com os Estados Unidos, inflectiu em sua política exterior no sentido de maior entendimento com a China e a Rússia e empenhou-se na conquista dos mercados da América do Sul e África, a favorecer as empresas nacionais, como todos os governos o fazem. Ao mesmo tempo, reativou a indústria bélica, com a construção do submarino atômico e outros convencionais, em conexão com a França, a compra dos helicópteros da Rússia e dos jatos da Suécia, países que aceitaram transferir a tecnologia, como determinou a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada pelo Decreto Nº 6.703, de 18 De dezembro de 2008. E essa transferência de tecnologia, que os Estados Unidos não aceitam realizar, é necessária, indispensável, ao desenvolvimento econômico e à defesa do Brasil, pois “la souveraineté est la grande muraille de la patrie”, conforme o grande jurista Rui Barbosa proclamou, ao defender, na Conferência de Haia (2007), a igualdade dos Estados soberanos. Outrossim, ele advertiu, citando Eduardo Prado, autor da obra A ilusão Americana, que não se toma a sério a lei das nações, senão entre as potências cujas forças se equilibram. Esta lição devia pautar a estratégia de segurança e defesa nacional. O Brasil é e sempre foi um pivot country no hemisfério sul devido à sua dimensão geográfica, demográfica e econômica, a maior do hemisfério, abaixo dos Estados Unidos, apesar da assimetria. E constituiu com a Rússia, Índia e China o bloco denominado BRIC, contraposto, virtualmente, à hegemonia dos Estados Unidos, e abrir uma alternativa à preponderância do dólar nas finanças e no comércio internacional. Tais fatores, inter alia, como a exploração do petróleo pré-sal sob o controle da Petrobrás, dentro de um contexto em que os Estados Unidos deflagraram outra guerra fria contra a Rússia e, também, contra a China, concorreram para que interesses estrangeiros, aliados a poderoso segmento do empresariado brasileiro, sobretudo do Sul do país, encorajassem e financiassem o golpe parlamentar, conjugando a mídia e o judiciário, com o apoio de vastas camadas das classes médias.
Como o senhor viu o processo do impeachment e a  ascensão de Michel Temer ao poder? Como em 1964, há quem diga que o golpe / impeachment atende a interesses norte-americanos - desta feita, no pré-sal. O senhor acredita nesta hipótese?
O Estado brasileiro parece desintegrar-se. Nem durante a ditadura militar a Polícia Federal invadiu o Congresso. Ela ganhou uma autonomia, que não podia ter, não respeita governo nem a Constituição, e muitos de seus agentes são treinados e conectados com o FBI, DEA, CIA etc. Os promotores-públicos e juízes, por sua vez, passam por cima das leis, extrapolam, como senhores de um poder absoluto e incontestável. Estão incólumes. Quase nunca são penalizados. E, quando o são, afastados das funções, continuam a receber suas elevadas remunerações, dez vezes ou mais superiores aos dos juízes da Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e outros países altamente desenvolvidos, segundo a European Commission for the Efficiency of Justice (CEPEJ) e outras fontes. Certos magistrados do STF comportam-se como políticos partidários. Outros, que se deviam resguardar, fazem declarações públicas, antecipando julgamentos, e afiguram como se estivessem intimidados pela grande mídia, um oligopólio, uníssono na condenação, aprovação ou omissão de fatos. O Congresso está pervertido, muito dinheiro correu para a efetivação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, canalizado pela CIA e ONGs, financiadas sustentadas pelas fundações de George Soros, USAID e National Endowment for Democracy (NED), dos Estados Unidos. E esse golpe de Estado, que começou com as demonstrações em São Paulo, no estilo recomendado pelo professor Gene Sharp, no seu manual Da Ditadura à Democracia, traduzido para 24 idiomas, atendeu a interesses estrangeiros, entre os quais, mas não apenas, não o único, a exploração das camadas de pré-sal, que, de acordo com a Lei 12.351 estaria a cargo da Petrobras, como operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha de produção, condição esta anulada pelo projeto 4.567, em tramitação na Câmara de Deputados. Todo o alicerce da república, proclamada com o golpe de Estado de 1889, está podre. É um lodaçal.
Como o senhor vê o juiz Sergio Moro? Herói inquestionável para uns, inquisidor a serviço da plutocracia para outros, ele é sinônimo de polêmica, inclusive, por que passou por um estágio no FBI, segundo a filosofa Marilena Chauí.
O que Marilena Chauí disse é, virtualmente, certo. De qualquer modo, o fato é que o juiz Sérgio Moro, condutor do processo contra a Petrobras e contra as grandes construtoras nacionais, realizou cursos no Departamento de Estado, em 2007. No ano seguinte, em 2008, o juiz Sérgio Moro passou um mês num programa especial de treinamento na Escola de Direito de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele Lemke. E, em outubro de 2009, participou da conferência regional sobre “Illicit Financial Crimes”, promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos Estados Unidos. A Agência Nacional de Segurança (NSA), que monitorou as comunicações da Petrobras, descobriu a ocorrência de irregularidades e corrupção de alguns militantes do PT e, possivelmente, passou informação sobre o doleiro Alberto Yousseff, a delegado da Polícia e ao juiz Sérgio Moro, de Curitiba, já treinado em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação, inclusive com demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar terceiros). Não sem motivo o juiz Sérgio Moro foi eleito como um dos dez homens mais influentes do mundo pela revista Time. Seu parceiro, o procurador-geral Rodrigo Janot, acompanhado por investigadores federais da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, em fevereiro de 2015, foi a Washington buscar dados contra a Petrobrás e lá se reuniu com o Departamento de Justiça, o diretor-geral do FBI, James Comey, e funcionários da Securities and Exchange Commission (SEC). Sérgio Moro e o procurador-geral da República Rodrigo Janot atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos, sem qualquer discrição, contra as companhias brasileiras, atacando a indústria bélica nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. E ainda mais eles e agentes da Polícia Federal vazam, seletivamente, informações para a mídia, com base em delações obtidas sob ameaças e coerção, com o objetivo de envolver, sobretudo, o ex-presidente Lula. Os danos que causaram e estão a causar à economia brasileira, interna e externamente, superam, em uma escala muito maior, imensurável, todos os prejuízos que a corrupção, que eles dizem combater. E continua a campanha para desestruturar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África.
No Brasil e no mundo, parece estar ocorrendo uma espécie de levante conservador antiprogressista. Quem o senhor acha que está por trás da paranoia anticomunista que desenterraram lá dos anos 1950 em pleno século 21? A quais interesses serve este tipo de manipulação da opinião pública?
Não estou a ver nenhuma paranoia anticomunista no Brasil nem na Europa. Em São Paulo, os grupos de pessoas que levantaram a questão do comunismo, nas demonstrações contra a presidente Dilma Rousseff, eram inexpressivos e ninguém levou a sério. Aldo Rabelo, dirigente do PC do B, foi ministro da Defesa do Brasil e nenhum problema houve com as Forças Armadas. Como o notável historiador Eric Hobsbawm, que conheci em Londres em 1978, disse certa vez à agência de notícias Telam, da Argentina, “já não existe esquerda tal como era”, seja socialdemocrata ou comunista. Ou está fragmentada ou desapareceu. Ele toda a razão tinha. Entretanto, o elevado desenvolvimento tecnológico favoreceu a concentração de riqueza e de poder e as disparidades sociais aumentaram ainda mais nos países da periferia do sistema capitalista, alimentando o fundamentalismo religioso, em meio à instabilidade política. E oito anos após o colapso financeiro de 2007/2008, mais de 44 milhões de pessoas estão desempregadas nos países da Europa e nos Estados Unidos. Mesmo assim, as grandes corporações bancárias e industriais, o capital financeiro internacional, tratam de impor ao país reformas no sentido de acabar com os direitos sociais, conquistados pela classe trabalhadora ao longo do século XX. E, ainda mais, os Estados Unidos pretendem eliminar a legislação nacional dos diversos países para que os interesses das megacorporações multinacionais, do capital financeiro, sobrepujam a soberania dos Estados nacionais nas relações econômicas e comerciais, conforme estatuídas nos dos Tratado de Parceria Transatlântica (TPA), Tratado Trans-Pacífico (TTO) e Tratado Internacional de Serviços (TISA). Mas a resistência aumenta.
Numan Kurtulmus, vice-premiê turco, declarou (no dia 20 de outubro), que a operação para libertar Mossul (Iraque) do Estado Islâmico e a guerra na Síria podem levar Estados Unidos e Rússia a um conflito direto, uma “3ª Guerra Mundial”. E ainda há a situação complicada na Ucrânia. Isto vai de encontro ao tópico das “guerras por procuração” que o senhor desenvolve em seu livro. Estamos a caminho de um conflito global?
O polo maior de tensão não é Mossul. É Aleppo, na Síria. Lá os Estados Unidos estão em um beco sem saída. A cidade, a segunda maior e mais importante da Síria, sob intenso bombardeio, está na iminência de cair sob o domínio completo das forças de Bashar al-Assad. E se Aleppo cair, Damasco, que já conquistou Latakia, Homs e Hama, dominará praticamente toda a Síria. Essas cidades concentram 70% da população e os mais significativos redutos industriais e praças de comércio do país, cujo resto do território é quase todo deserto. Os Estados Unidos, entretanto, continuam a sustentar a resistência dos que chamam de “rebeldes moderados”, na verdade, terroristas da Jabhat Fatah al-Sham (Frente da Conquista da Síria), Jabhat al-Nusra, ramo de al-Qaeda na Síria, Ahrar al-Sham e mais diversos grupos jihadistas. Por volta do dia 20 de outubro de 2016, a Rússia enviou dois maiores navios de sua Marinha de Guerra, o cruzador de combate Pyotr Velikiy (099), movido a energia nuclear, e o porta-aviões Almirante Kuznetsov para o leste do Mediterrâneo, com a tarefa de instituir uma zona de exclusão naval de 1.500km, ao longo do litoral da Síria, e enfrentar qualquer ataque de países do Ocidente contra Damasco. Por outro lado, uma fragata da Marinha de Guerra da Alemanha e o porta-aviões Charles de Gaulle já se dirigiram para a mesma região. Quanto à Ucrânia, Washington está consciente de que a Rússia não vai devolver a Criméia e Kiev alternativa não tem senão reconhecer a autonomia da região de Donbass, Donetsk e Luhansk. Não creio, porém, que a Rússia e os Estados Unidos/OTAN cheguem, diretamente, a qualquer confronto armado seja por causa da Ucrânia ou da Síria. Uma guerra nuclear aniquilaria toda a humanidade.
Há quem defenda os Estados Unidos como o país mais democrático do planeta. Mas logo no primeiro capítulo do seu livro, o senhor relata uma tentativa de golpe fascista em 1934, alinhado ao governo alemão hitlerista e bancado pela elite econômica ianque. Há ainda o histórico de intervenções (abertas ou secretas) que os EUA praticam em todo o mundo, inclusive no Brasil, sempre vendendo sua ideia de “democracia”, também amplamente documentado em sua obra. O mundo ficaria melhor sem essa política intervencionista? Ou ela serve ao equilíbrio de poder?
Os Estados Unidos, devido às suas tradições culturais e políticas e ao elevado desenvolvimento do capitalismo, precisavam e precisam conservar a mantra do “excepcionalismo”, do exemplo de democracia perfeita etc. Porém, a suposição de que lá nunca houve golpes de Estado não corresponde propriamente aos fatos históricos. Se nos Estados Unidos não houve golpes militares, ocorreram quatro assassinatos de presidentes e cinco atentados, que fracassaram. Constituíram atos de violência e aparentemente resultaram de conspirações, para mudança de governo. Abraham Lincoln (1865), James Garfield (1881), William McKinley (1901) e John F. Kennedy (1963) foram assinados. E Andrew Jackson (1835), Franklin D. Roosevelt (1933) (como presidente eleito), Harry S Truman (1950), Gerald Ford (1975) e Ronald Reagan (1981) sofreram tentativas de assassinato. No entanto, na América espanhola, apesar da instabilidade, nunca geralmente ocorreu a necessidade de matar o presidente, o que só ocorreu em meio de uma revolução ou de um golpe militar, como, e.g., no Chile (Manuel de Balmaceda, 1891), Bolívia (Gualberto Villarroel, 1946) e Chile (Salvador Allende, 1943) . Quase sempre bastou que o Exército se rebelasse, desse um golpe e expulsasse ou exilasse o presidente. É necessário, entretanto, não esquecer que os golpes de Estado, ocorridos, sobretudo, a partir da Segunda Guerra Mundial, como no Brasil, Argentina, Chile etc., foram encorajados pelos Estados Unidos, cujas intervenções, diretas e/ou indiretas, só produziram, desde o fim da Guerra Fria, guerras, terror, caos e catástrofes humanitárias.
A onda do ódio conservador atualmente em voga tem dado força a candidatos de perfil bastante controverso, como Donald Trump, Marine Le Pen e no Brasil, Jair Bolsonaro. O senhor acredita que eles possam chegar ao poder em seus países? Que consequências adviriam da eleição deles?
Jair Bolsonaro é caricatura, comparado com Donald Trump e Marine Le Pen. Não creio que esse coronel, uma reminiscência grotesca do que houve de pior na ditadura militar, pudesse ser eleito presidente no Brasil. Os fatores que alimentam as candidaturas de Donald Trump (Hillary Clinton é uma excrescência neoconservadora, responsável também pela sangueira na Líbia) e Marine le Pen são outros e diversos. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, do Partido Democrata, é igual ou pior que seu antecessor George W. Bush, neoconservador do Partido Republicano. Na França, François Hollande, do Partido Socialista, é da mesma laia que seu adversário conservador e colonialista Nicolás Sarkozy. Entre les deux mon cœur balance. Je ne sais pas laquell au pis-aller. E daí é que Marine le Pen desponta.
O senhor será homenageado pelos seus 80 anos na USP. Como se sente?
Sinto-me confortado. É um reconhecimento de minha obra. Fiz meu doutoramento na Universidade de São Paulo, onde sempre tive e tenho muitos amigos desde meus 20 anos de idade. Sinto muitas saudades e, infelizmente, meu coração, enfermo, não mais me permite voar cerca de 11/12 horas para rever o Brasil. Morei muitos anos em São Paulo e lá vivi, clandestinamente, durante a ditadura militar. E profundamente grato sou as homenagens que meus queridos amigos e colegas da União Brasileira de Escritores (UBE) e a Universidade de São estão prestar-me, aos meus 80 anos. Vejo que meu trabalho, ao longo de tantas décadas, não foi em vão. Frutificou.
Qual sua relação com a Bahia hoje? O senhor tem memória afetiva daqui? Sente falta?
Apesar de viver tantos anos longe, nunca deixei de amar a Bahia, onde nasci e me criei, até 18/19 anos de idade, quando passei para o Rio de Janeiro e São Paulo e então me tornei citizen of the world. Porém meus vínculos com a Bahia nunca se desvaneceram. São e continuam profundos. Sou descendente de Garcia d’Ávila, da Casa da Torre, e de Diogo Moniz Barreto, que chegou à Bahia com Tomé de Sousa e foi primeiro alcaide-mor de Salvador. Aí estão minhas raízes, que se alastraram pelo Recôncavo e adjacências. Tenho muitas saudades da Bahia, a Bahia histórica, a Bahia que sempre cultivou a cultura e deu ao Brasil grandes escritores, poetas, romancistas, e homens de ciência. Na Bahia, recebi uma educação humanística, desde o Colégio da Bahia, até o primeiro ano, na Faculdade de Direito, no Portão da Piedade, o que me valeu para toda a minha vida e carreira acadêmica, como cientista político e historiador. Nas duas instituições de ensino tive excelentes professores, dos quais guardo as melhores recordações. E sinto muito orgulho por haver recebido da Faculdade de Filosofia e Ciências Humana da UFBA, importante universidade de meu Estado natal, ora sob a gestão do eminente reitor, Prof. Dr. João Carlos Salles, o título de Dr. honoris causa. Sim, sinto falta de tudo, que tive, na minha infância e adolescência, da comida, das moquecas, mas, até hoje, conquanto a viver na Alemanha há mais de 20 anos, não dispenso a pimenta e a farinha.
FONTE: http://atarde.uol.com.br/cultura/literatura/noticias/1812096-o-estado-brasileiro-parece-desintegrarse-diz-historiador<acesso em 31/10/2016>

domingo, 30 de outubro de 2016


Na semana em que inicia-se a votação da PEC 241, o Cofecon posiciona-se contrário à proposta, relembrando a Carta do XXV Since.

O Conselho Federal de Economia, entidade representativa dos 230 mil economistas brasileiros, posiciona-se francamente contra a PEC 241, posicionamento adotado no 25º Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia, realizado de 31 de agosto a 2 de setembro em Natal (RN) e que reuniu cerca de 200 economistas representando os 26 Conselhos Regionais de Economia.

Somos os primeiros a defender que o Brasil precisa retomar o quanto antes o crescimento econômico, mas não a qualquer preço, e sim preservando a inclusão social e avançando na distribuição social e espacial da renda.

A sociedade brasileira fez uma opção em 1988, inserindo na Constituição um sistema de seguridade social e de educação pública que, naturalmente, demanda vultosos recursos. Mas é este sistema que hoje, mesmo com forte queda do PIB e do nível de emprego, impede que tenhamos hordas de flagelados, saques a supermercados e quebra-quebras nas periferias das metrópoles, como ocorreu em passado recente.

Não obstante os avanços nas últimas décadas, o Brasil persiste como um dos países de maior desigualdade social. Um dos principais mecanismos de concentração da renda e da riqueza, senão o principal, é nosso modelo tributário, altamente regressivo, economicamente irracional e socialmente injusto.

No atual momento de crise fiscal, não há como atender às crescentes demandas sociais sem mexer em nosso modelo tributário, no qual 72% da arrecadação de tributos se dão sobre o consumo (56%) e sobre a renda do trabalho (16%), ficando a tributação sobre a renda do capital e a riqueza com apenas 28%, na contramão do restante do mundo. Na média dos países da OCDE, por exemplo, a tributação sobre a renda do capital representa 67% do total dos tributos arrecadados, restando apenas 33% sobre consumo e renda do trabalho.

Contudo, em lugar deste debate, adota-se o caminho mais fácil, jogando o ônus nos ombros dos mais pobres. Dessa forma, o governo traça um falso diagnóstico, identificando uma suposta e inexistente gastança do setor público, em particular em relação às despesas com saúde, educação, previdência e assistência social, responsabilizando-as pelo aumento do déficit público, omitindo-se as efetivas razões, que são os gastos com juros da dívida pública (responsáveis por 80% do déficit nominal), as excessivas renúncias fiscais, o baixo nível de combate à sonegação fiscal, a frustração da receita e o elevado grau de corrupção.

Para buscar o reequilíbrio das contas públicas, propõe um conjunto de ações cujos efeitos negativos recairão sobre a população mais vulnerável, sendo a PEC 241 a principal delas, propondo o congelamento em valores reais das despesas, incluindo os recursos destinados à saúde e à educação, configurando-se em medida inaceitável, tendo em vista que o atual volume de recursos para essas áreas já é insuficiente para ofertar à população um serviço de melhor qualidade e que atenda de forma plena a demanda.

Segundo o Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, estima-se que a medida, caso implementada, reduzirá em R$ 650 bilhões os recursos do setor nos próximos 20 anos, recursos esses já insuficientes para atender uma população que envelhece rapidamente, demandando investimentos crescentes.
FONTE: 
http://cofecon.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3382%3Acofecon-diz-nao-a-pec-241&catid=206%3Anotas-oficiais&Itemid=840

ACESSADO EM: 30/10/2016











































































































































































































quinta-feira, 27 de outubro de 2016

VAMOS PRESTIGIAR ALUNOS BAIANOS - VAMOS VOTAR



Mostratec é uma feira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato, na cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil. Destina-se a apresentação de projetos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento humano, realizados por jovens cientistas do ensino médio e da educação profissional técnica de nível médio.
A Mostratec conta com a participação de 640 projetos de pesquisa 420 da Mostratec + 220 da Mostratec Júnior), do Brasil e de vários países, além de eventos integrados como: SIET- Seminário Internacional de Educação Tecnológica, Mostratec Júnior,  Robótica Educacional e atividades esportivas e culturais.
A Feira promove integração entre as instituições de ensino, a pesquisa e o meio empresarial, possibilitando o desenvolvimento, a aplicação e a divulgação de novas tecnologias.
A cada ano, vem aumentando o número de visitantes e participantes, dentre eles empresários, autoridades nacionais e internacionais, profissionais de diversas áreas, educadores, estudantes, imprensa e comunidade em geral, tornando a Mostratec um dos principais eventos educacionais do país.

A Mostratec tem como objetivos:

a) estimular estudantes na atividade de iniciação científica e tecnológica de forma acelerar o processo de expansão e renovação no quadro de pesquisadores;
b) conduzir à sistematização e à institucionalização da pesquisa no ensino médio e profissional de nível técnico;
c) estimular a imaginação, o prazer e a curiosidade através da pesquisa científica e tecnológica;
d) promover a integração entre instituições de ensino, pesquisa e meio empresarial, possibilitando o desenvolvimento, a aplicação e a divulgação de novas tecnologias;
e) possibilitar aos expositores e professores a integração com colegas de outras instituições de ensino de modo a ampliar suas relações e possibilitar o contato com outras culturas;
f) proporcionar o intercâmbio e a participação de alunos e professores em feiras afiliadas (nacionais e internacionais).
Fonte: http://www.mostratec.com.br/pt-br/mostratec/sobre-a-mostratec
AGORA VAMOS AO QUE INTERESSA:
Os ESTUDANTES/PESQUISADORES, Bruno Rai Santos Silva e Mariana de Oliveira Neris. Estão na MOSTRATEC, com o trabalho:  Trânsito acessível : um processo para a humanização da população de cegos e deficientes visuais. 
Eles são estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional Álvaro Melo Vieira. CEEPAMEV. Uma escola pública estadual de Ilhéus. 
Eles estão representando juntamente com outros trabalhos a educação da Bahia. 
Eles estão concorrendo como melhor projeto pela VOTAÇÃO POPULAR. Vamos votar!!

Sou Formador Regional do Programa Ciência na Escola(PCE).
Programa da SEC, do Estado da Bahia, que trabalha buscando estimular professores e alunos na Iniciação Científica, Pesquisa e Empreendedorismo na Educação Básica.
O link para votar é este:
https://www.facebook.com/MostratecLiberato/
http://www.slideshare.net/MichelPoletto/votao-popular-67677744
É só escrever o número do projeto o dele é 89
Vamos votar!!

Olha eles ai!!!




SEGUNDO ENCONTRO DE ESTUDO DA PEC 241


Ontem 26 de outubro, sob o convite do grupo de WhatsApp, TRIBUNA POPULAR, realizou-se o segundo encontro de diálogo sobre a PEC 241.

No encontro anterior fizemos a leitura completa do texto da PEC, buscamos nos apropriar do texto e de suas entrelinhas.

Hoje, inciamos a leitura da carta de encaminhamento que Henrique Meirelles fez, apresentando a PEC ao então presidente em exercício Michel Temer.

A carta apresenta 25 tópicos. Trabalhamos os abaixo citados:



2. Faz-se necessária mudança de rumos nas contas públicas, para que o País consiga, com a maior brevidade possível, restabelecer a confiança na sustentabilidade dos gastos e da dívida pública. É importante destacar que, dado o quadro de agudo desequilíbrio fiscal que se desenvolveu nos últimos anos, esse instrumento é essencial para recolocar a economia em trajetória de crescimento, com geração de renda e empregos. Corrigir o desequilíbrio das contas públicas é condição necessária para retirar a economia brasileira da situação crítica que Vossa Excelência recebeu ao assumir a Presidência da República. 

Acima é defendida ainda de forma incipiente o equilíbrio fiscal. Nessa justificativa ele relaciona o desequilíbrio fiscal com o não crescimento econômico do país. O desemprego e a não geração de renda são consequência do desequilíbrio das contas públicas.

4. A raiz do problema fiscal do Governo Federal está no crescimento acelerado da despesa pública primária. No período 2008-2015, essa despesa cresceu 51% acima da inflação, enquanto a receita evoluiu apenas 14,5%. Torna-se, portanto, necessário estabilizar o crescimento da despesa primária, como instrumento para conter a expansão da dívida pública. Esse é o objetivo desta Proposta de Emenda à Constituição. 

Nesse tópico ele faz um comparativo entre o crescimento da despesa e receita. Aqui ele indica que a despesa foi despesa EFETIVAMENTE, já que não resultou em retorno via receita. A grosso modo, insinua duas possibilidades: ou se gastou mal ou os investimentos ainda não apresentaram retorno econômico. 
Nossa reunião achou pertinente que esses 51% fossem detalhados, em quais setores e houve crescimentos maiores de despesas para se tentar compreender o fenômeno.



5. O atual quadro constitucional e legal também faz com que a despesa pública seja procíclica, ou seja, a despesa tende a crescer quando a economia cresce e vice-versa. O governo, em vez de atuar como estabilizador das altas e baixas do ciclo econômico, contribui para acentuar a volatilidade da economia: estimula a economia quando ela já está crescendo e é obrigado a fazer ajuste fiscal quando ela está em recessão. A face mais visível desse processo são as grandes variações de taxas de juros e de taxas de desemprego, assim como crises fiscais recorrentes. A esse respeito, cabe mencionar a vinculação do volume de recursos destinados a saúde e educação a um percentual da receita. 

Aqui ele faz uma avaliação crítica na inflexibilidade da legislação em não se poder fazer os ajustes necessários tanto para quando a economia está em expansão tanto para quando está desacelerada. E uma sutil crítica ao volume(percentual) de recursos direcionados para a saúde e educação. Que não sofrem influências dos ciclos econômicos, segundo ele.


7. Nos últimos anos, aumentaram-se gastos presentes e futuros, em diversas políticas públicas, sem levar em conta as restrições naturais impostas pela capacidade de crescimento da economia, ou seja, pelo crescimento da receita. É fundamental para o equilíbrio macroeconômico que a despesa pública seja gerida numa perspectiva global. Nesse sentido, qualquer iniciativa que implique aumento de gastos não deve ser analisada isoladamente, haja vista que essa abordagem tende a levar a conclusões equivocadas sobre seus benefícios e custos. De fato, nossa experiência ensinou que o processo descentralizado e disperso de criação de novas despesas gerou crescimento acelerado e descontrolado do gasto. Isso posto, faz-se necessário a introdução de limites ao crescimento da despesa global, ao mesmo tempo em que se preservam as prerrogativas dos poderes constituídos para alocarem os recursos públicos de acordo com as prioridades da população e a legislação vigente. 

Vimos que o texto como um todo expõe a necessidade de controlar o gasto público. A proposta é trabalhar despesa e receita em conjunto. As variáveis ponderadas ao mesmo tempo.
Aqui ele trata do cerne da questão: TETO PARA O GASTO PÚBLICO. DENTRO DO TETO PODE HAVER REMANEJAMENTO.


21. Um desafio que se precisa enfrentar é que, para sair do viés procíclico da despesa pública, é essencial alterarmos a regra de fixação do gasto mínimo em algumas áreas. Isso porque a Constituição estabelece que as despesas com saúde e educação devem ter um piso, fixado como proporção da receita fiscal. É preciso alterar esse sistema, justamente para evitar que nos momentos de forte expansão econômica seja obrigatório o aumento de gastos nessas áreas e, quando da reversão do ciclo econômico, os gastos tenham que desacelerar bruscamente. Esse tipo de vinculação cria problemas fiscais e é fonte de ineficiência na aplicação de recursos públicos. Note-se que estamos tratando aqui de limite mínimo de gastos, o que não impede a sociedade, por meio de seus representantes, de definir despesa mais elevada para saúde e educação; desde que consistentes com o limite total de gastos. 

Analisamos o texto acima e vimos mais uma vez o teto do gasto público como centro. Mas, aqui o texto já fala nos percentuais mínimos da educação e saúde que devem ser alterados. Ele considera que nos momentos de crescimento econômico os percentuais fixos alocam muitos recursos e quando em crise, os recursos minguam, mas as despesas fixas não. E sem a liberdade de mexer no piso, para ele fica complicado reorganizar as contas. Passa ao congresso a decisão das prioridades. Mas não abre mão do teto dos gastos. Remanejar dentro do teto.

Bem, esses foram os tópicos analisados ontem 26/10.

No próximo encontro avançaremos mais em outros tópicos. 

Não postei aqui toda a discussão SAUDÁVEL QUE TIVEMOS. Mas posso afirmar, está sendo altamente esclarecedora.

Mateus Mala, filho da amiga Celsa e do saudoso amigo Dr. Matos. Um rapaz que vem se revelando a cada encontro. Sua sede de aprender, de escutar, opinar com segurança está sendo um diferencial. Parabéns!!

Esperamos contar com maior números de presentes no próximo encontro.

A cada dia um novo aprendizado. 

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."

Paulo Freire



Os presentes do último encontro.
Ivan e Vildásio não foram sobram 50 pães. Viu!!!







quarta-feira, 26 de outubro de 2016

FERIADO NO MUNICÍPIO DE ITAJUÍPE

UTILIDADE PÚBLICA

Conforme Decreto Municipal 029/2016, de 12 de fevereiro de 2016, firmado pelo prefeito em exercício, Antonio Jorge Rodrigues Neto, será feriado no município de Itajuípe o dia 28/10/2016, sexta-feira, dia do servidor público e dia 30/10/2016, domingo, dia do caixeiro(comerciário).

O decreto ainda trata do feriado de 03 de junho, dedicado ao padroeiro do município de do dia 12 de dezembro, emancipação política de Itajuípe.

O feriado do dia 30/10, é uma ingratidão!! No domingo! Brincadeira de mau gosto sr. prefeito!! Decretar feriado no domingo, dá até tristeza no coração do comerciário. 

No mais, PARABÉNS A TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS PELO NOSSO DIA. Tanto na esfera federal, estadual e municipal. 

Porém, pouco teremos a comemorar diante da aprovação da PEC 241, em segunda votação na Câmara dos Deputados. SEM NENHUMA EMENDA. Do jeito que o executivo enviou foi aprovada em primeira e segunda votações. 

Tempos difíceis surgem no horizonte. 

O Senado Federal é a última esperança dos que se posicionam contra essa aprovação e o último teste de fogo dos partidários dessa Emenda Constitucional.

Os lados se articulam para o enfrentamento final. Quem tiver maior poder de mobilização, levará a vitória.

O governo conta com sua base parlamentar; gelatinosa, pontual, fisiológica e com a grande mídia escrita, oral e virtual.

O povo conta com: os estudantes, mídia virtual, redes sociais e uma minoria parlamentar combativa, mas extremamente reduzida. A julgar pela aprovação do impeachment da presidenta Dilma.

Foram 61 votos a favor. Se foram a favor ontem, acessando esse governo que ai está, serão contra agora? Difícil, Mas não impossível!!  

Aguardemos.