Este Blog se destina a Divulgação Científica, Popularização da Ciência, Geopolítica e esclarecimento político nesse momento que as fake news dominam os noticiários.
Pesquisa de cientista baiano pode ajudar plantas a sobreviverem na seca.
Projeto tem capacidade para revolucionar mercado da agricultura e melhorar o cenário de sustentabilidade do país.
Com as recentes mudanças climáticas que acometem todo o planeta, somado à realidade de queimadas e degradação de espaços naturais como a região da Amazônia, um cientista baiano, preocupado com o futuro da humanidade, realiza um estudo para tornar a vegetação mais resistente aos solos que se tornam cada dia mais inférteis. Quando concluído, o trabalho promete soluções para que plantas possam crescer em regiões que sofrem com a seca, entre as quais está o semiárido baiano.
A mente por trás deste projeto, Adailson Feitoza, professor e coordenador do curso engenharia de bioprocessos e biotecnologia, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, afirma que a inspiração surgiu dos dados alarmantes que apontam aumento na variabilidade de chuva e seca até 2050, o que pode, dentre outras coisas, prejudicar a produção agrícola. Para Adailson, umas das maneiras de reverter este cenário é investindo em plantar mais árvores, entretanto, surge o questionamento: como manter produtividade agrícola em solo árido? A partir desta questão que intriga diversos pesquisadores, Adailson pensou numa proposta de estimular micro-organismos que habitam ao redor, e em partes do tecido interno, de plantas típicas da caatinga, para fornecer os nutrientes necessários para diversas espécies. Esta técnica pode auxiliar a vegetação a tolerar as condições climáticas nocivas de uma determinada região.
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e investimentos internos da própria Universidade, a pesquisa teve origem no bioma caatinga e se desenvolveu na Estação Ecológica Raso da Catarina, área considerada uma das mais quentes e com menor índice pluviométrico da Bahia. “Estamos investigando bactérias nativas da caatinga, que sejam tolerantes a condições de seca, como déficit hídrico, salinidade e temperatura elevadas, e que auxiliem o desenvolvimento de culturas como milho, feijão, tomate, em condições consideradas desfavoráveis para o seu desenvolvimento”, explicou.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030 quase metade da população mundial sofrerá com a escassez de água. No futuro, o pesquisador espera encontrar um conjunto de bactérias que possam ser transformadas em um produto comercial e ajude a reparar os danos causados pelas mudanças climáticas que são consequências da degradação do meio ambiente.
Para a experimentação do estudo são utilizadas plantas endêmicas desta região que apresentam um microbioma específico e com características relevantes para a tolerância à seca. O impacto científico proporcionado por este estudo pode gerar uma nova tecnologia, do qual produtores de áreas onde há pouca demanda hídrica consigam manter sua produtividade e com isso gerar lucro e renda. “A tecnologia será voltada para desde os micro e pequenos produtores, até os que produzem em larga escala”.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail .
Pesquisadores descobriram que Andrômeda já "devorou" duas galáxias-anãs e poderá absorver a nossa galáxia daqui a 4,5 bilhões de anos.
Um estudo, publicado
na Revista Nature, mostrou que em um passado distante, a Galáxia de
Andrômeda já engoliu duas galáxias-anãs e seus sistemas estelares. A
"próxima refeição" da devoradora cósmica será a nossa galáxia, a Via
Láctea, daqui a 4,5 bilhões de anos.
Os astrônomos
identificaram as estrelas engolidas por Andrômeda, formando a primeira
evidência das colisões múltiplas que ocorreram no passado. De acordo com a
pesquisa, a Via Láctea também já demonstrou um comportamento similar: há
mais de 10 bilhões de anos, ela se colidiu com outras galáxias, de modo que
incluiu algumas estrelas durante seu processo de desenvolvimento.
No
caso do halo da Galáxia de Andrômeda, os cientistas descobriram aglomerados
globulares — enormes coleções em formato esférico que reúnem pelo menos 100 mil
estrelas. Formações do tipo tendem a incluir astros muito antigos, sendo que algumas
delas chegam a ter a idade do Universo.
Os
cientistas observaram esses aglomerados globulares usando informações de
equipamentos como o Telescópio Canadá-França-Havaí, localizado em Mauna Kea, no
Havaí. Além disso, eles utilizaram os telescópios do Observatório Gemini e do
Observatório W. M. Keck para analisar a movimentação dos aglomerados no halo de
Andrômeda.
Os pesquisadores
também constataram, por meio das órbitas dos aglomerados globulares, que as
galáxias-anãs engolidas por Andrômeda vieram de regiões completamente
diferentes. “As galáxias que foram consumidas eram menores do que Andrômeda”,
contou ao portal ScienceAlert o astrofísico
Geraint Lewis, da Universidade de Sidney, na Austrália.
A POLUIÇÃO NÃO É FENÔMENO ESTÁTICO. NÃO HÁ SOLUÇÃO ISOLADA. A TERRA É UM SISTEMA FECHADO. NÃO EXISTE O "BOTAR PARA FORA"!
Matéria produzida pela BBC - Mundo.
Por Lioman Lima
2 novembro 2017
O gigantesco 'mar de lixo' no Caribe com plástico, animais mortos e até corpos.
Imagens da 'ilha de lixo' no Mar do Caribe viralizaram recentemente | Foto: Cortesia de Caroline Power
Latas, potes, talheres de plástico, roupas velhas, seringas e até animais mortos...
Essa é a cena típica de qualquer lixeira. Mas esta não uma lixeira qualquer.
Trata-se de uma ilha de lixo que flutua no Mar do Caribe, entre as costas de Honduras e Guatemala, um camada de objetos descartados que periodicamente chega às praias e que, ultimamente, tornou-se uma fonte de tensão nas relações bilaterais entre os dois países.
Embora não seja um fenômeno novo, ele é desconhecido de grande parte da comunidade internacional. Até por isso, as imagens do "mar de lixo" no norte de Honduras viralizaram nas redes sociais nas últimas semanas.
A fotógrafa britânica Caroline Power publicou várias fotos que mostravam as águas próximas à ilha turística de Roatán, cobertas de uma massa de detritos de todos os tipos.
Os governos da Guatemala e de Honduras fizeram uma reunião para tentar resolver o problema | Foto: Cortesia de Caroline Power
Após a publicação das fotos e a chegada do lixo flutuante em vários municípios da costa norte hondurenha, ambos os governos realizaram uma reunião para discutir possíveis soluções para o imbróglio que se estende há mais de três anos, de acordo com as autoridades locais.
Mas as conversas ficaram mais tensas em um ponto fundamental: quem é o principal responsável pelos derramamentos?
De um lado, Honduras acusa seu vizinho de causar a poluição que atinge as praias de Omoa, Puerto Cortés e as Ilhas da Baía. Do outro, a Guatemala diz que é o país vizinho que derrama o lixo que o afeta.
Após as reuniões bilaterais, o governo de Tegucigalpa deu a seu vizinho guatemalteco cinco semanas para controlar os vazamentos.
Caso contrário, dizem, eles recorrerão a organizações e tratados internacionais.
Os efeitos
Carlos Fonseca vive há 60 anos na comunidade de Travesía, no município de Puerto Cortés, no norte de Honduras, e diz que há alguns anos passou a ser rotina limpar o lixo que chega à sua casa.
"Nas estações chuvosas, limpamos logo cedo e à tarde está cheio de lixo de novo, como se não tivéssemos feito nada. São pilhas e pilhas de lixo por todos os lados", conta à BBC Mundo.
Fonseca diz que são os vizinhos que, na maioria dos casos, são encarregados de limpar o lixo que chega à praia, ante a passividade das autoridades municipais.
Materiais de plástico se acumulam em 'ilha de lixo' próximos à Roatán, ilha turística de Honduras | Foto: Cortesia de Caroline Power
"É uma situação infeliz, porque é lixo, traz doenças. Não sei se é daqui ou da Guatemala, mas para a gente é um pesadelo", diz ele.
José Antonio Galdames, ministro dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de Honduras, disse à BBC que o problema do lixo que chega ao país está se tornando "insustentável" não só para o município de Omoa, um dos mais afetados, mas também para algumas ilhas e praias que constituem alguns dos principais destinos turísticos da nação centro-americana.
Na opinião do ministro, a presença de detritos flutuantes tem um impacto negativo em quatro dimensões básicas, pois gera danos ambientais, ecológicos, econômicos e de saúde.
"As pessoas não querem ir à praia porque têm medo da contaminação. Não é bom se deitar em uma areia onde você coloca suas costas e há uma agulha embaixo, ou você entra na água e fica com medo de encontrar algo contaminado", afirma.
Os governos de Honduras e Guatemala fizeram acusações mútuas sobre a origem do lixo | Foto: Cortesia de Caroline Power
Ian Drysdale, engenheiro ambiental que coordena uma iniciativa para a proteção do Sistema Arrecifal Mesoamericano, garante que essa barreira de coral, a segunda maior do mundo, é uma das principais afetadas pelo lixo.
"Devido aos movimentos das correntes marinhas, isso pode ter um impacto negativo em toda a barreira, tanto na parte que pertence a Honduras quanto na que pertence à Guatemala. Eu já encontrei lixo diversas vezes na região dos recifes de coral", conta à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Atrás do 'culpado'
Mas de onde vem tanto lixo?
Galdames diz que por trás da poluição atual está o lixo que arrasa o rio Motagua, que atravessa a maior parte da Guatemala e desemboca em Honduras.
"A maior parte da bacia do Motagua está no lado guatemalteco. Dos 95 municípios que estão ao longo do rio, 27 estão despejando resíduos sólidos. Nós temos apenas 3 municípios que fazem fronteira com o rio. Por isso, 86% das descargas provêm deles", diz o ministro hondurenho.
Autoridades dizem que a 'ilha de lixo' causa uma série de problemas ambientais, ecológicos, econômicos e de saúde | Foto: Cortesia de Caroline Power
Ele acrescenta que, quando as autoridades de seu ministério realizam inspeções, geralmente encontram objetos escritos "Made in Guatemala".
Mas isso, afirma, não é o pior.
"Estamos recebendo roupas, plástico, lixo hospitalar, objetos manchados com sangue, agulhas, seringas, animais e até mesmo corpos humanos", diz.
A versão do ministro indica que, na ausência de aterros na maioria dessas comunidades na Guatemala, na época de chuvas, a água drena o lixo para o rio, que o leva ao mar e depois, pelo movimento das correntes marinhas, se move para alguns municípios e ilhas de Honduras.
Rafael Maldonado, do Centro de Ação Jurídica Ambiental e Social da Guatemala, apoia essa teoria e acrescenta que, por trás dessa situação, há políticas equivocadas de sucessivos governos do país.
"A responsabilidade por este conflito do lixo é do governo guatemalteco, que durante anos evitou tomar medidas para evitar novos despejos nos rios", diz ele.
De acordo com o especialista, para evitar o investimento público milionário para criar um sistema capaz de evitar que o lixo termine nos rios, as autoridades da Guatemala adiam desde 2006 um regulamento para evitar a contaminação do Caribe.
"O que está acontecendo em Honduras é o resultado de uma má gestão ambiental na Guatemala. Honduras está recebendo o lixo de grande parte da Guatemala, incluindo a capital, que despeja seu lixo no rio Motagua e o leva para o mar. Isso acontece há anos e os governos não deram qualquer importância para não ter que fazer o investimento necessário", diz ele.
Após as reuniões bilaterais, o governo de Tegucigalpa deu a seu vizinho guatemalteco cinco semanas para controlar os vazamentos | Foto: Cortesia de Caroline Power
No entanto, o Ministro do Meio Ambiente da Guatemala, Sydney Alexander Samuels, considera que seu país está tomando as medidas necessárias para controlar os despejos no Caribe e garante que os rios hondurenhos são os principais responsáveis pela atual situação.
"As acusações só levam em conta a parte da Guatemala. Eles também devem considerar o que estão fazendo. Eles têm um rio lá, o Chamelecón, que é praticamente um esgoto de Puerto Cortés e San Pedro Sula. A maior parte do lixo que chegou a Roatán é de Honduras", disse ele à BBC Mundo.
Samuels sustenta que seu governo nunca recebeu informações sobre a citada descoberta de corpos humanos entre no lixo transportado pelo rio.
"Eu nunca ouvi falar de cadáveres humanos lá. Se for esse o caso, teria que ser investigado de onde eles vieram. Eu não tinha ouvido isso", diz ele.
"Sim, nós contaminamos o Mar do Caribe através do rio Motagua. Mas eu esclareço que não é só o Motagua, mas também Chamelecón e Ulúa (dois rios de Honduras), e também asseguro que no próximo ano já não estaremos transportando lixo para esse mar, pois teremos toda a infraestrutura para que isso não aconteça", afirma.
O engenheiro ambiental consultado pela BBC, por outro lado, também acredita que Honduras tem responsabilidade no atual "mar de lixo".
"Há muitas comunidades em Honduras que não tem nem sequer um caminhão para coletar o lixo. A gente despeja o lixo nos rios e mais de 80% dos rios hondurenhos fluem para o Mar do Caribe. Esse costume de culpar o outro pela sua responsabilidade é muito comum. Acho que o problema do lixo é de todos", diz ele.
O lixo flutuante chega a várias localidades da costa norte do Caribe | Foto: Cortesia de Caroline Power
Pressões e soluções
Além da disputa em torno das responsabilidades, outro tema que gera polêmica entre os dois países são as possíveis soluções para essa situação.
O ministro do Meio Ambiente de Honduras, embora não queira ignorar o trabalho do país vizinho para conter o despejo, questiona que as propostas da Guatemala estão orientadas "a médio e longo prazo".
"Eles estão falando sobre as soluções que entrarão em vigor em 2018. Mas nós pedimos para que eles tomem medidas imediatas: limpar os rios, limpar as praias, parar de jogar o lixo nos rios e fechar os despejos clandestinos. E que estabeleçam um sistema de alerta precoce para que possamos estar preparados para saber que o lixo chegará", diz ele.
"Não estamos à procura de problemas, não estamos à procura de ações judiciais. Estamos procurando responsabilidades comuns, mas diferenciadas, esse é o princípio. Se você tiver responsabilidade em 86% dessa bacia, deve ser sua responsabilidade procurar uma solução", acrescenta.
Galdames afirma que, se ele não receber uma resposta positiva até o final de novembro, seu país tomará medidas antes das organizações internacionais.
Além da disputa de responsabilidades, outro tema que gera polêmica entre os dois países são as possíveis soluções para essa situação | Foto: Cortesia de Caroline Power
"Se eles não fizerem nada em cinco semanas, nos reservamos o direito de proceder de acordo com o estabelecido nos acordos internacionais que existem em águas marítimas, áreas de fronteira compartilhada e todos os acordos internacionais relacionados à proteção da diversidade biológica", diz.
Mas do lado guatemalteco, medidas imediatas não são contempladas.
"Eu acredito que não há moral aqui para estar falando sobre isso que eles vão processar a Guatemala ou que eles querem compensação, como eles tentaram mencionar, porque eu acredito que os rios deles são os que estão despejando. Nós já estamos agindo e vamos resolver esse problema até agosto do ano que vem. Não sei o que Honduras está fazendo. Honduras não está fazendo absolutamente nada", disse o ministro Samuels.
Guatemala diz que vai controlar o despejo de lixo no mar do Caribe a partir do próximo ano | Foto: Cortesia de Caroline Power
"Com que moral eles vêm nos dizer que querem medidas de curto prazo. O que eles querem? Concretamente, não há respostas. O curto prazo é agosto de 2018. Eles não têm nada, nem curto, nem médio, nem longo ou qualquer coisa. Essa é a questão que precisa ser esclarecida", acrescenta.
Mas enquanto o fim da disputa sobre o despejo de lixo entre os dois países ainda é incerto e se contemplam soluções a nível governamental, um rio silencioso de lixo flutuante continua a chegar às praias de Honduras.
"Agora, chegou uma frente fria e isso vai trazer mais chuva. E sabemos que quando chove a praia fica cheia de lixo. É assim há anos", diz Carlos Fonseca, da comunidade de Travesia.
Por que os coelhos podem ter a chave da origem do orgasmo feminino.
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Cientistas investigam por que as mulheres têm orgasmos se eles não cumprem uma função reprodutiva.
É um grande mistério evolutivo.
Por que as mulheres têm orgasmos se eles não cumprem uma função reprodutiva?
O orgasmo masculino está ligado à ejaculação, mas o feminino não parece ter um propósito específico. Por isso, existem muitas teorias sobre a origem do clímax sexual da mulher.
Uma delas, por exemplo, aponta que as contrações causadas pelo orgasmo podem ajudar a "sugar" o esperma e transportá-lo mais profundamente pelo canal vaginal, o que aumentaria a probabilidade de concepção.
Outra sugere que o orgasmo estabelece um vínculo afetivo mais intenso entre o casal.
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O orgasmo nas mulheres seria um vestígio de mecanismos desenvolvidos para gerar a ovulação durante o coito, segundo estudo.
As mulheres ovulam espontaneamente, em um certo período do ciclo menstrual, independentemente de fazerem sexo ou não.
Mas no caso de outras espécies, como coelhos e gatos, é a atividade sexual que desencadeia a ovulação.
O mecanismo é chamado de "ovulação induzida por relações sexuais" ou CIO (copulation induced ovulation), na sigla em inglês.
A nova hipótese afirma que "os mecanismos neuroendocrinológicos envolvidos no orgasmo feminino se derivam evolutivamente dos mecanismos que causam ovulação em animais com CIO", disse Günter Wagner, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Yale e coautor do estudo.
Os cientistas apontam que o orgasmo nas mulheres seria um vestígio de mecanismos fisiológicos desenvolvidos para desencadear a ovulação durante a relação sexual.
"Sabemos que existe um reflexo em coelhos. A questão é se poderia ser o mesmo [processo], que perdeu sua função nos humanos", disse Mihaela Pavlicev, coautora do estudo.
Experimentos com coelhos
Wagner e Pavlicev afirmam ter estabelecido que o mecanismo CIO em coelhos e o orgasmo feminino são homólogos; em outras palavras, têm uma origem evolutiva comum.
Para provar essa relação, Pavlicev e seus colegas submeteram coelhas a uma série de experimentos. Em um deles, os cientistas deram aos animais um antidepressivo, a fluoxetina, que reduz a frequência de orgasmos nas mulheres.
Se a fluoxetina tem esse efeito em humanos, também afetaria a ovulação dos coelhos devido à origem evolutiva comum, estimaram os pesquisadores.
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Nos coelhos e em outras espécies, é a atividade sexual que desencadeia a ovulação.
E em coelhas tratadas com fluoxetina, a ovulação caiu 30% em comparação ao grupo de controle.
Por que o impacto não foi maior? Os autores do estudo apontam que os coelhos quebram a fluoxetina em seu corpo com mais eficiência do que as mulheres.
Outros cientistas que não participaram do estudo observaram que uma redução de 30% na ovulação de coelhos não é suficiente para provar que o CIO (copulation induced ovulation) e o orgasmo em mulheres têm a mesma origem evolutiva.
O próximo passo, segundo Wagner, é repetir os testes com outras espécies nas quais a relação sexual desencadeia a ovulação.
Para os pesquisadores, o importante é que a grande questão "como o orgasmo feminino evoluiu?" deu lugar a outra mais específica: por que o orgasmo se mantém nas humanas quando sua função na ovulação não existe mais?
Após a Bahia não aderir ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, proposto pelo Governo Federal, via Ministério da Educação, o governador Rui Costa se pronunciou sobre a decisão. Segundo Rui, a adesão à iniciativa, que pretende instalar 216 escolas cívico-militares em todo o país até 2023 não traria nenhum benefício concreto ou recurso adicional para a educação do estado.
“O que essa adesão vai trazer para a Bahia? O que eles estão oferecendo? Vai oferecer recursos? A implantação é apenas de metodologia? Se assim for, nós já temos 18 escolas militares funcionando na Bahia, há muitos anos, e funcionam muito bem! Temos ainda parceria com a escola militar do Exército. Participar apenas do marketing não faz sentido”, questionou o chefe do executivo baiano.
Na declaração dada durante a edição desta terça (1º) do “Papo Correria”, programa transmitido ao vivo em suas redes sociais, Rui Costa ainda disse que estaria disposto a aceitar a proposta, desde que haja repasse efetivo de recursos. “Se o Governo Federal quiser oferecer uma escola nova ao estado da Bahia, montar uma escola militar ou mandar recursos para reformar escolas, eu estou aceitando na hora, mas só participar de marketing, não dá”, completou.
Fabricante revela em primeira mão segredos do novo caça russo MiG-35.
MARIA ALEKSÁNDROVA
Corporação MiG divulgou as características técnicas do caça de quarta geração.
A empresa russa MiG, responsável pelo projeto e fabricação do caça MiG-35, publicou pela primeira vez os dados técnicos da nova aeronave. Tecnologias de caças de quinta geração foram usadas para criar o dispositivo, segundo a “Rossiyskaya Gazeta”. O modelo pré-produção do MiG-35 já está em fase de teste.
O novo caça é capaz de destruir alvos aéreos de dia e à noite, bem como em condições climáticas difíceis, revelou o jornal russo. Também pode abater alvos na superfície e debaixo d’água.
A ideia é que o MiG-35 seja usado para objetivos diversos: ganhar superioridade aérea na luta contra caças de quarta e quinta geração, interceptar meios modernos de ataque aéreo, e realizar ataques com armas de alta precisão sem entrar na zona de defesa aérea, reconhecimento aéreo e ações em grupo.
De difícil detecção por radares, o MiG-35 também possui aviônicos de nova geração.
A tripulação do novo caça é composta por uma ou duas pessoas.
O avião de combate tem peso máximo de decolagem de 24.500 kg e carga externa máxima de 6.500 kg. Pode atingir velocidade de até 2.100 km/h, o teto do voo é estimado em 16 quilômetros e o alcance máximo de voo é de 3.000 quilômetros.
O Brasil precisará qualificar 10,5 milhões de trabalhadores industriais até 2023 para suprir a demanda de profissões ligadas à tecnologia. A conclusão consta do Mapa do Trabalho Industrial 2019–2023, lançado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para orientar a oferta de cursos da instituição nos próximos anos.
Segundo o levantamento, a maior parte desses 10,5 milhões de profissionais ligados à indústria precisará passar por cursos de reciclagem ou de aperfeiçoamento, tanto para dar conta da modernização de postos existentes como para repor vagas existentes de trabalhadores que se aposentarão ou se desligarão dos serviços. O estudo, no entanto, detectou o potencial de criação de 33.453 vagas relacionadas às mudanças tecnológicas.
Em números absolutos, as maiores gerações de emprego ocorrerão nas ocupações de instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (14.367), operadores de máquinas de usinagem (5.356) e técnicos mecânicos na manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos (3.560). Essas funções exigem nível técnico ou qualificação de mais de 200 horas.
Em taxas percentuais, o maior crescimento no número de empregados nos próximos quatro anos deverá beneficiar o mercado de condutores de processos robotizados (22,9%), de nível superior. Em seguida, vêm técnicos em mecânica veicular (19,9%) e mais duas ocupações de nível superior: engenheiros ambientais e afins (19,4%) e pesquisadores de engenharia e tecnologia (17,9%). Os desempenhos são superiores à estimativa de 8,5% de crescimento dos empregos na indústria entre 2019 e 2023.
Transversalidade
Em relação à necessidade total de capacitação de trabalhadores (empregados atuais e novos), o Senai constatou que as funções transversais, que permitem ao profissional trabalhar em indústrias de qualquer área exigirão a maior demanda de formação profissional. Dos 10,5 milhões de trabalhadores que precisam ser qualificados, 1,7 milhão atuam nessa categoria, que abrange profissionais de pesquisa e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas industriais, entre outras carreiras.
As demais ocupações que demandarão formação profissional nos próximos anos são metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil) e energia e telecomunicações (359 mil). Embora essas funções se caracterizem por conhecimentos de base industrial, esses trabalhadores podem atuar tanto na indústria quanto em outros setores.
Apenas nos empregos de nível superior, as áreas que mais precisarão de profissionais qualificados até 2023 são informática (368 mil), gestão (254,8 mil), construção (81 mil), metalmecânica (56,4 mil) e produção (40,3 mil). No nível técnico, as demandas se concentram nos segmentos de logística e transporte (495,2 mil), metalmecânica (217,7 mil), energia e telecomunicações (181,4 mil), eletroeletrônica (160,4 mil), informática (160 mil) e construção (120,9 mil).