domingo, 13 de outubro de 2019

SANTA DULCE DOS POBRES!

Santa Dulce dos Pobres

Irmã Dulce é canonizada pelo papa e se torna a primeira santa brasileira

Religiosa baiana (1914-1992) teve dois milagres reconhecidos e passa a ser chamada de Santa Dulce dos Pobres.








Foi na Praça de São Pedro, no Vaticano, repleta de fiéis, que o Papa Francisco canonizou neste domingo (13) cinco beatos da Igreja Católica, incluindo a brasileira Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914-1992), a Irmã Dulce, que passa a ser venerada como Santa Dulce dos Pobres.   

O Pontífice também canonizou o cardeal britânico John Henry Newman (1801-1890), fundador do Oratório de São Filipe Néri; a italiana Giuseppina Vannini (1859-1911), cofundadora da Congregação das Filhas de São Camilo; a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan (1876-1926), fundadora das Irmãs da Sagrada Família; e a suíça Margarita Bays (1815-1879), da Ordem Terceira de São Francisco de Assis. 

Durante a missa de canonização de Irmã Dulce e outros quatro santos, o Papa Francisco afirmou que essas pessoas que se dedicam ao serviço dos mais pobres na vida religiosa fizeram “um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo”.

A santa, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na Bahia.

Francisco disse que, como os leprosos citados nos textos bíblicos, “todos nós precisamos de cura” e somente Jesus oferece essa cura. Por isso, segundo ele, é preciso rezar, pois “a oração é o remédio da alma”.

Além disso, Francisco comentou que é preciso “caminhar juntos” na fé, e não de forma isolada, e acompanhar os “que se perderam no caminho”. Os santos canonizados neste domingo levaram ao mundo essa mensagem, declarou.

“Peçamos para ser, assim, luzes gentis no meio das trevas do mundo”, afirmou. “Hoje, agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que caminharam na fé e agora invocamos como intercessores. Três deles são freiras e mostram-nos que a vida religiosa é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo.”

Veja abaixo a íntegra do sermão do Papa Francisco, fornecida pelo Vaticano:
“A tua fé te salvou. (Lc 17, 19). É o ponto de chegada do Evangelho de hoje, que nos mostra o caminho da fé. Neste percurso de fé, vemos três etapas, vincadas pelos leprosos curados, que invocam, caminham e agradecem.

Primeiro, invocar. Os leprosos encontravam-se numa condição terrível não só pela doença em si, ainda hoje difusa e devendo ser combatida com todos os esforços possíveis, mas pela exclusão social. No tempo de Jesus, eram considerados impuros e, como tais, deviam estar isolados, separados (cf. Lv 13, 46). De facto, quando vão ter com Jesus, vemos que «se mantêm à distância» (Lc 17, 12). Embora a sua condição os coloque de lado, todavia diz o Evangelho que invocam Jesus «gritando» (17, 13) em voz alta. Não se deixam paralisar pelas exclusões dos homens e gritam a Deus, que não exclui ninguém. Assim se reduzem as distâncias, e a pessoa sai da solidão: não se fechando em auto lamentações, nem olhando aos juízos dos outros, mas invocando o Senhor, porque o Senhor ouve o grito de quem está abandonado.

Também nós – todos nós – necessitamos de cura, como aqueles leprosos. Precisamos de ser curados da pouca confiança em nós mesmos, na vida, no futuro; curados de muitos medos; dos vícios de que somos escravos; de tantos fechamentos, dependências e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao telemóvel, à opinião dos outros.”, disse o Papa no sermão.

A cerimônia foi acompanhada por autoridades brasileiras como o vice-presidente, Hamilton Mourão; o governador da Bahia, Rui Costa; o prefeito de Salvador, ACM Neto; e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Antes da missa, a cantora baiana Margareth Menezes, o padre Antonio Maria e o sanfoneiro cearense Waldonys tocaram e cantaram no altar a música oficial da canonização.

Irmã Dulce foi beatificada em 2011, após ter o primeiro milagre reconhecido. A graça alcançada foi a recuperação de uma paciente que teve uma grave hemorragia pós-parto e cujo sangramento subitamente parou, sem intervenção médica. Após beatificada, Dulce Lopes Pontes passou a ser chamada “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”.

Para ser considerada santa, Irmã Dulce precisaria ter um segundo milagre reconhecido, o que ocorreu em maio deste ano. O miraculado, o maestro soteropolitano José Maurício, voltou a enxergar após fazer uma oração para a então beata. Ele teve glaucoma e começou a perder a visão em 1999. Em 2000, ele já estava cego, mas em 2014 voltou a enxergar.

José Maurício foi ao Vaticano para acompanhar a cerimônia de beatificação e chegou a receber a bênção de Papa Francisco durante a missa de canonização.

Além do milagre recebido por José Maurício, outras duas graças alcançadas por devotos após orações a Irmã Dulce estavam sendo analisadas pelo Vaticano para o processo de canonização da religiosa. Os três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em 2014, após análise de profissionais da própria instituição. Os outros dois milagres que ainda não foram confirmados pelo Vaticano continuam sendo analisados.
Vale ressaltar que o Vaticano tem quatro exigências quanto à veracidade de uma graça, até ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.

Trajetória de Irmã Dulce

 Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador. Quando ela tinha 7 anos, sua mãe morreu. Aos 13 anos, ela acolhia mendigos e doentes na casa onde morava com o pai e os irmãos, no bairro de Nazaré, em Salvador (BA). A vida religiosa começou aos 18 anos, quando, após se formar como professora primária, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Somente aos 19 anos, mais especificamente em 13 de agosto de 1933, recebeu o hábito de freira e adotou o nome de Irmã Dulce em homenagem à mãe, que se chamava Dulce Maria; naquele mesmo mês, ela viveu 6 meses em São Cristovão (SE) e depois voltou para Salvador.

No ano de 1935, iniciou a assistência à comunidade carente, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que foi formado no bairro de Itapagipe, na capital baiana. Em 1939, Irmã Dulce invadiu cinco casas, em um local de Salvador conhecido como Ilha dos Ratos. Nos imóveis, ela acolhia enfermos e desabrigados. Ainda na década de 30, ajudou operários do bairro de Itapagipe, em Salvador, a formarem a União Operária São Francisco.
Logo depois, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup, fundou o Círculo Operário da Bahia. Junto aos trabalhadores, ela inaugurou um colégio para os filhos dos operários e ainda ajudou a fundar os cinemas Plataforma e São Caetano, além do Cine Teatro Roma; a renda obtida nos cinemas contribuía para a manutenção do Círculo Operário. Na década de 60 transformou um galinheiro do Convento de Santo Antônio em albergue. Mais tarde, o lugar deu origem ao Hospital Santo Antônio, no Largo de Roma, em Salvador, e as Obras Sociais que levam o nome dela.

Em 13 de março de 1992, faleceu em Salvador na Bahia. Em 2011, foi nomeada beata. Em 13 de outubro de 2019 foi canonizada e se tornou santa com o nome Santa Dulce dos Pobres.

Fonte:
Portal Católico

Fotos acervos Memorial Irmã Dulce:
Irmã Dulce aos 18 anos

Ao se consagrar Freira da Ordem Imaculada Conceição

Irmã Dulce o Papa João Paulo II





O PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CIÊNCIA E SOCIEDADE

Entenda a importância do estudo que rendeu o Nobel de Medicina de 2019.

O prêmio, concedido a dois norte-americanos e um britânico, reconheceu o trabalho de pesquisa que estudou como o oxigênio nas células regulam processos fundamentais do organismo.


Prêmio foi dividido entre dois americanos e um britânico, William Kaelin, Sir Peter Ratcliffe e Gregg Semenza (Foto: Reprodução The Nobel Assembly at Karolinska Institutet)


Anunciado na manhã de segunda-feira (07), o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia foi concedido a William Kaelin, Sir Peter Ratcliffe e Gregg Semenza. Os estudos dos pesquisadores focam na regulação celular do oxigênio disponível.
Imagem de um conjunto de células humanas (Foto: Wikimedia Commons)
Imagem de um conjunto de células humanas (Foto: Wikimedia Commons)
"Graças ao trabalho inovador desses ganhadores do Nobel, sabemos muito mais sobre como diferentes níveis de oxigênio regulam processos fisiológicos fundamentais", disseram os porta-vozes da academia responsável por conceder a honraria, em comunicado.
O oxigênio é essencial para a vida como conhecemos, mas, como qualquer outra substância, sua presença no organismo deve ser equilibrada, pois tanto sua falta quanto seu excesso podem ser prejudiciais para os seres vivos. E é justamente isso que as pesquisas dos vencedores do Nobel investigaram. 
As descobertas foram realizadas na década de 1990, mas as honrarias só foram concedidas agora. Essa demora é natural, pois a Assembléia do Nobel geralmente espera os desdobramentos de uma determinada pesquisa para, então, conceder o prêmio. De acordo com Ralf Pettersson, ex-presidente da o comitê de seleção do Nobel, eles esperam para conceder o prêmio no "ano em que todo o impacto da descoberta se torna evidente".

Representação artística dos glóbulos vermelhos  (Foto: Pixabay)
Representação artística dos glóbulos vermelhos  (Foto: Pixabay)

Aplicações


O comitê do Nobel explicou que as pesquisas têm diversas aplicações, sendo a principal no tratamento de anemia. Em ambientes com menos oxigênio atmosférico, o corpo é forçado a produzir mais glóbulos vermelhos, para que sejam transportados em maior quantidade (para quem não sabe, os glóbulos vermelhos são responsáveis por transportarem o oxigênio pelo nosso corpo). É por isso, por exemplo, que um brasileiro que viaje a uma cidade de alta altitude no Peru ou na Bolívia tem mais dificuldades de respirar: como por aqui temos mais oxigênio atmosférico, precisamos de menos glóbulos vermelhos  para regular a presença da substância em nosso organismo.


Entretanto, depois de um tempo, o corpo se adapta aos ambientes com menos oxigênio disponível por meio da produção de mais glóbulos vermelhos. Gregg Semenza, professor da Universidade Johns Hopkins e um dos ganhadores do Nobel contribuiu justamente nesse aspecto científico: descobriu quais proteínas (complexo HIF) induzem os genes a produzirem mais hemácias (como tão são chamados os glóbulos vermelhos). 
"É um mecanismo fisiológico básico que nos permitiu colonizar a Terra em altitudes diferentes, porque os níveis de oxigênio variam em altitudes diversas. É um sistema exigido para que o corpo funcione normalmente", explicou Patrik Ernfors, um dos membros do comitê do Nobel, em comunicado.
Já Sir Peter Ratcliffe, diretor de pesquisa clínica no Instituto Francis Crick, em Londres, estudou a relação entre esses genes e a quantidade de oxigênio existente no ambiente. Ele chegou à mesma conclusão que seu colega Semenza: essas proteínas existiam em todos os tecidos, e não apenas nos rins, onde o hormônio que leva à produção de células vermelhas é produzido.
Foi aí que o professor da Faculdade de Medicina Universidade de Harvard, William Kaelin Jr., entrou na questão. Sua pesquisa relacionava a presença dos genes mutantes que causam a doença de von Hippel-Lindau (VHL) e o aumento da vulnerabilidade a certos tipos de câncer.
Kaelin percebeu que o gene ligado à doença estava, de alguma forma, envolvido na resposta celular à falta de oxigênio, mas ele não entendia como. Foi só quado os estudos dos três se reuniram que eles perceberam como os níveis de oxigênio regulavam a interação entre o VHL e o HIF.
“Graças a essa pesquisa, sabemos muito mais sobre como os diferentes níveis de oxigênio afetam os processos fisiológicos em nossos corpos. Isso tem implicações enormes para tudo, desde a recuperação de lesões e proteção contra doenças, até a melhoria do desempenho em exercícios”, explicou Bridget Lumb, presidente da Sociedade de Fisiologia do Reino Unido, de acordo com o The Guardian.
Fontes:

Revista Galileu

The Guardian

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

ITAJUÍPE: SELEÇÃO VENCE POJUCA E CRIA VANTAGEM

Selecionado 100% prata da casa!
A Seleção de Itajuípe venceu a equipe de Pojuca por 3 a 1, neste domingo, 06, pela 3ª fase do Campeonato Intermunicipal 2019. Com gols de Dudu, Cascata e Pitoco, Itajuípe sai vencedora do primeiro confronto da fase eliminatória do Intermunicipal 2019.
Logo após o início da partida, a seleção de Itajuípe foi surpreendida com um forte chute de fora da área, que levou o time de Pojuca a abrir o placar, com Gel. A seleção de Itajuípe se recuperou rapidamente e conseguiu equilibrar o confronto com Dudu, que empatou de cabeça aos 33 minutos do primeiro tempo. Ainda na primeira etapa, Cascata faz o gol da virada, colocando Itajuípe à frente na disputa. Dominando o jogo, já no segundo tempo, Itajuípe amplia o placar, com um gol de Pitoco, fechando a partida em 3 x 1, para Itajuípe.
Com a vitória em casa, Itajuípe enfrenta Pojuca pelo jogo de volta com a vantagem de dois gols. Para o prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, “Nossa seleção 100% Itajuípe conseguiu a vitória na partida de hoje, trazendo alegria ao nosso torcedor. Estamos muito felizes, pois nossos atletas da casa, do nosso Projeto 100% Itajuípe, tem trazido excelentes resultados para nossa querida seleção!”, declarou.

Fonte:

RESULTADO DA ELEIÇÃO DO CONSELHO TUTELAR DE ITAJUÍPE

Resultado de imagem para CONSELHO TUTELAR

Apuração Oficial da Eleição do Conselho Tutelar Itajuípe - 2019

CANDIDATOS ELEITOS
1–Cau - 948 votos 
2–Joelma - 862 votos 
3–Chiquinho - 831 votos
4–Tia Jú - 800 votos 
5–Raquel - 733 votos 

SUPLENTES

6–Marcelo - 576 votos 
7– Lurdinha - 512 votos 
8–Junior - 446 votos 
9– Igor - 444 votos 
10– Jéssica - 411 votos 

ELIMINADOS 

11– Elly - 223 votos 
12 – Gil de Curió - 212 votos

GAROTA DE 18 ANOS É UMA DAS PRINCIPAIS APOSTAS DA NASA PARA EXPLORAR MARTE EM 2033

A norte-americana Alyssa Carson realiza treinamentos com a agência espacial: se tudo der certo, ela pode estar na primeira missão tripulada ao Planeta Vermelho.


Alyssa Carson (Foto: Divulgação: Experience Club )
Alyssa Carson (Foto: Divulgação: Experience Club )

O que parecia apenas um sonho inocente de infância se torna cada vez mais realidade para Alyssa Carson: com apenas 18 anos, a garota está sendo treinada pela NASA e a expectativa é que ela seja uma das primeiras pessoas a pisar em Marte — se tudo der certo, Carson deve ser enviada ao Planeta Vermelho em 2033.
A inspiração para virar astronauta veio quando ela tinha 3 anos de idade e estava assistindo o desenho The Backyardigans, que retrata animais vivendo aventuras imaginárias em um quintal. O episódio “Uma Missão à Marte” instigou a curiosidade de Carson, que passou a pesquisar sobre os telescópios e as sondas da NASA.
À GALILEU, ela conta que ainda tem um pôster do desenho em seu quarto. “Não consigo pensar em mais nada que poderia ter feito pensar no espaço, uma vez que a minha família não tinha nenhuma formação nessa área”, diz a jovem.

Alyssa Carson durante aprendizado sobre aviões com o piloto Tom Miller (Foto: NASA)
Alyssa Carson durante aprendizado sobre aviões com o piloto Tom Miller (Foto: NASA)

Quando Carson tinha apenas 16 anos, ela completou os programas espaciais da NASA e foi a mais jovem a se formar na Advanced Space Academy, importante programa de treinamento para astronautas.
Apesar de já estar graduada no curso da NASA, a agência espacial só permite que maiores de idade se inscrevam para serem astronautas, e Carson só recentemente completou 18 anos de idade — em março deste ano. Ela explica que, entre as exigências principais para ser um astronauta, é necessário ter um diploma de ensino superior e contar com vários anos de experiência profissional.
"Ainda não me aplico em todos esses critérios”, explica ela, que cursa o primeiro semestre de graduação em Ciência e Astrobiologia no Florida Institute of Technology.  “Mas já consegui minha licença de pilotagem, fiz treino de mergulho, paraquedas, teste de força-G e de microgravidade, tudo que eu posso para ganhar destaque assim que me inscrever [para ser astronauta]”.

Alyssa durante treino de pilotagem da NASA (Foto: Reprodução/Youtube)
Alyssa durante treino de pilotagem da NASA (Foto: Reprodução/Youtube)



Revista Galileu - Garota em Marte

sábado, 5 de outubro de 2019

VAMOS NOS MOBILIZAR: VEM AI A IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO! QUEM NÃO SE MOBILIZAR VAI PERDER O BONDE DA HISTÓRIA TECNOLÓGICA!!


Onze cidades baianas recebem Conferências Macroterritoriais de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Por: Ascom/Fapesb
Com o objetivo de elaborar a nova política estadual do setor, o Governo da Bahia, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), realiza a IV Conferência Estadual de CT&I. Antes disso, entre os dias 21 e 31 de outubro, onze cidades baianas recebem as conferências macroterritoriais, também chamadas de conferências regionais, quando será possível discutir ideias, iniciar debates, entender as demandas locais, bem como eleger os delegados para o evento estadual, que acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, em Salvador, com o tema “Bahia: Sociedade 5.0”.
De acordo com a secretária da Secti, Adélia Pinheiro, a necessidade desta Conferência surge do impacto das mudanças tecnológicas que fazem parte da contemporaneidade. “A Conferência acontece em um momento de novo paradigma com a reestruturação das relações produtivas, tanto no âmbito do crescimento econômico como de vida social”, disse.
As transformações citadas pela secretária são estruturantes e precisam ser incorporadas no dia a dia para potencializar o desenvolvimento do estado. “Neste cenário, a Bahia e o Nordeste têm um déficit que precisa ser sanado para não ampliar a distância entre nossa região e os demais estados do país”, ressaltou.
Antecedendo a IV Conferência Estadual, os municípios de Feira de Santana, Ilhéus, Eunápolis, Vitória da Conquista, Seabra, Irecê, Barreiras, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Salvador e Serrinha, recebem as Conferências Regionais, a fim de eleger 20 delegados para cada macroterritório das áreas, através de grupos formados por 4 integrantes que ficarão responsáveis por apresentar as demandas de cada região, representando os seguimentos empresarial, acadêmico, poder público, entidades de representação setorial e sociedade civil organizada.
Entre os temas que serão discutidos estão: integração do ecossistema estadual de CT&I; temas estratégicos para pesquisas cientificas e tecnológicas; infraestrutura de CT&I; formação de pessoal para a sociedade 5.0; inovação tecnológica; financiamento de CT&I; tecnologias sociais para o desenvolvimento sustentável; e difusão de conhecimento e popularização da ciência. Detalhes como abertura das inscrições serão divulgadas em breve no site da Secti.
Fonte:

A TECNOLOGIA VAI VENCENDO A SECA A DIA. A NATUREZA NÃO É INIMIGA PRECISA APENAS DE COMPREENSÃO E CONHECIMENTO!


Pesquisa de cientista baiano pode ajudar plantas a sobreviverem na seca.

Projeto tem capacidade para revolucionar mercado da agricultura e melhorar o cenário de sustentabilidade do país.
Com as recentes mudanças climáticas que acometem todo o planeta, somado à realidade de queimadas e degradação de espaços naturais como a região da Amazônia, um cientista baiano, preocupado com o futuro da humanidade, realiza um estudo para tornar a vegetação mais resistente aos solos que se tornam cada dia mais inférteis. Quando concluído, o trabalho promete soluções para que plantas possam crescer em regiões que sofrem com a seca, entre as quais está o semiárido baiano. 
A mente por trás deste projeto, Adailson Feitoza, professor e coordenador do curso engenharia de bioprocessos e biotecnologia, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, afirma que a inspiração surgiu dos dados alarmantes que apontam aumento na variabilidade de chuva e seca até 2050, o que pode, dentre outras coisas, prejudicar a produção agrícola. Para Adailson, umas das maneiras de reverter este cenário é investindo em plantar mais árvores, entretanto, surge o questionamento: como manter produtividade agrícola em solo árido? A partir desta questão que intriga diversos pesquisadores, Adailson pensou numa proposta de estimular micro-organismos que habitam ao redor, e em partes do tecido interno, de plantas típicas da caatinga, para fornecer os nutrientes necessários para diversas espécies. Esta técnica pode auxiliar a vegetação a tolerar as condições climáticas nocivas de uma determinada região.
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e investimentos internos da própria Universidade, a pesquisa teve origem no bioma caatinga e se desenvolveu na Estação Ecológica Raso da Catarina, área considerada uma das mais quentes e com menor índice pluviométrico da Bahia. “Estamos investigando bactérias nativas da caatinga, que sejam tolerantes a condições de seca, como déficit hídrico, salinidade e temperatura elevadas, e que auxiliem o desenvolvimento de culturas como milho, feijão, tomate, em condições consideradas desfavoráveis para o seu desenvolvimento”, explicou.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030 quase metade da população mundial sofrerá com a escassez de água. No futuro, o pesquisador espera encontrar um conjunto de bactérias que possam ser transformadas em um produto comercial e ajude a reparar os danos causados pelas mudanças climáticas que são consequências da degradação do meio ambiente.
Para a experimentação do estudo são utilizadas plantas endêmicas desta região que apresentam um microbioma específico e com características relevantes para a tolerância à seca. O impacto científico proporcionado por este estudo pode gerar uma nova tecnologia, do qual produtores de áreas onde há pouca demanda hídrica consigam manter sua produtividade e com isso gerar lucro e renda. “A tecnologia será voltada para desde os micro e pequenos produtores, até os que produzem em larga escala”.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail .

Fonte: