sábado, 23 de maio de 2020

TEMPO DE "VIDA" DO CORONAVÍRUS EM SUPERFÍCIES PRECISA DE MAIS PESQUISAS. POR ISSO TODO CUIDADO EM MANIPULAR OBJETOS É NECESSÁRIO.

Ilustração: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital


EM PRIMEIRO LUGAR É PRECISO ESCLARECER AS ASPAS EM VIDA. NÃO HÁ CONSENSO SOBRE O VÍRUS POSSUIR VIDA. OU SEJA NÃO SE TEM CERTEZA SE ELE É UM SER VIVO.

Pesquisas têm se debruçado sobre o tempo que o vírus pode sobreviver em uma superfície após ter sido colocado ali por um espirro ou por uma mão infectada, por exemplo.

Um estudo publicado no dia 17 de março 2020, na revista científica New England Journal of Medicine relatou que em materiais como plástico e aço inoxidável, o novo coronavírus pode permanecer por até três dias, ainda que em quantidades muito pequenas. Uma carga viral mais perigosa foi detectada em até 24 horas após o início do experimento.

No papelão, o vírus foi encontrado com uma carga maior por até oito horas. O material mais hostil para o microrganismo foi o cobre, no qual o vírus suportou até 4 horas em quantidade considerada infecciosa.

Cientistas afirmam que os resultados do estudo são ainda muito iniciais e não definitivos, mas oferecem um parâmetro para estabelecer práticas básicas de cuidados com limpeza e manuseio quando recebemos um pacote em casa ou quando trazemos uma sacola do supermercado.

"Limpe a superfície de tudo o que for pegar na mão", diz Bernadette de Melo Franco, microbiologista e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP. "Em materiais como papelão e plástico, que não têm células vivas, o vírus não se multiplica, mas embalagens assim funcionam como um caminhãozinho que carrega o vírus", diz. 

Assim, se a pessoa tocar na superfície que tiver sido contaminada, deve evitar tocar o rosto em seguida e tem de lavar as mãos como é recomendado pelos especialistas – com água e sabão por pelo menos 20 segundos e esfregando todas as áreas.

As sacolas plásticas de supermercado devem ser evitadas e substituídas pelas bolsas reutilizáveis de pano, que precisam ser lavadas com água e sabão antes e depois do uso. 

Para entrega de comida em casa, os especialistas sugerem que o pagamento seja feito pela internet, e que a entrega aconteça sem o contato físico com o entregador, que antes de chegar até a sua casa passou por outras residências e, ainda que não esteja contaminado, pode carregar o vírus.

As embalagens devem ser jogadas fora ou, quando for o caso, higienizadas com álcool 70% ou solução de água sanitária (duas colheres de sopa para cada litro de água). A microbiologista lembra que não há evidência de que os alimentos possam transmitir a doença, mas recomenda a higienização adequada de embalagens e de frutas e vegetais que serão consumidos.

A solução de água sanitária (desde que não contenha alvejante) ou de hipoclorito de sódio (duas colheres de sopa para cada litro de água) pode ser usada para deixar os alimentos em imersão por 15 minutos. É preciso enxaguar em água tratada após o banho.

O tratamento pelo calor, que ocorre quando um alimento é assado, cozido ou frito, também elimina os microorganismos, mas é preciso estar atento ao tempo que o produto leva para ser entregue. Demoras de mais de uma hora podem fazer com que alguns microrganismos se multipliquem e causar gastroenterite ou intoxicação alimentar – e agora é um momento ainda mais crítico para precisar de cuidados médicos e hospitalares. 

Segundo Bernadette, não há evidências científicas de que é possível a transmissão da doença pelo manuseio de papel, como livros e jornais ou revistas impressos. Mas a recomendação da microbiologista é de que as mãos sejam corretamente lavadas antes e depois da leitura como uma medida preventiva.

A Organização Mundial da Saúde diz que o risco de adquirir o vírus que causa a Covid-19 de pacote que foi movimentado, transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas, como é o caso dos jornais, é baixo. Já a International News Association (INMA), uma das principais organizações de mídia do mundo, publicou estudo segundo o qual não houve nenhuma contaminação por jornal até agora no mundo.

"Não existe medida que vá proteger nossa casa totalmente da entrada do vírus, mas podemos reduzir esse risco ao mínimo possível mantendo hábitos de higiene mais rigorosos", acrescenta Franco.

Ainda não se sabe qual a carga mínima do novo coronavírus necessária para iniciar uma infecção, mas para outros tipos de vírus cargas menores do que 100 doses infecciosas por mililitro do material – ou litro de ar – raramente chegam a causar doença.

"Mas isso não significa que essas doses menores não podem infectar uma pessoa. Ainda não temos essa informação para o coronavírus", alerta Jônatas Abrahão, virologista e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Para ele, a principal maneira de transmissão conhecida é o contato físico com as superfícies, é ali que deve estar o principal cuidado com a limpeza. "É melhor partir do princípio que tudo o que entra em casa pode estar contaminado."

Os resultados do estudo mostram que as diferenças de resistência entre o novo coronavírus e seu antecessor, o Sars-Cov-1, não são significativas. "São características evolutivas do vírus que o tornam mais eficiente para causar infecção", diz Natália Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Mesmo que o novo coronavírus não esteja completamente decifrado pela ciência, Pasternak diz que não é hora de histeria. "Limpar as superfícies e lavar as mãos são o suficiente para matar o vírus. O que mais precisamos para enfrentar a pandemia é bom senso.”


Com informações de:
Folha de Pernambuco

quarta-feira, 20 de maio de 2020

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ADIA ENEM. A PRESSÃO SOCIAL FOI MAIOR QUE A INSENSATEZ MINISTERIAL!


VITÓRIA DA SOCIEDADE

O Ministério da Educação (MEC) anunciou em comunicado oficial nesta quarta-feira, 20, que vai adiar o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2020, por 30 a 60 dias.

“Atento às demandas da sociedade e às manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia do coronavírus no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) decidiram pelo adiamento da aplicação dos exames nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”.

Informações:

Portal MEC

Exame - ENEM ADIADO

segunda-feira, 18 de maio de 2020

A FALTA DE RESPONSABILIDADE DOS BRASILEIROS CHEGA AO EXTREMO DE PRODUZIR E "REQUENTAR" NOTÍCIAS FALSAS PARA FAZER VALER SEU PONTO DE VISTA. MESMO QUE ISSO IMPLIQUE COLOCAR EM PERIGO VIDAS! A GUERRA POLÍTICA-PARTIDÁRIA-IDEOLÓGICA NESSE MOMENTO AINDA VAI CAUSAR UMA GRANDE TRAGÉDIA NACIONAL.



Começou mais uma FAKE NEWS a circular nas redes sociais uma notícia sobre suposta aprovação, pela Food and Drug Administration dos EUA, da droga anti-malárica cloroquina para tratamento da COVID-19. Ela foi atualizada, acrescentando mais texto para se adaptar ao momento.

O FDA, a agência americana de regulamentação de remédios, aprovou o uso de hidroxicloroquina em todos os pacientes com o Covid-19. O CEO da Novartis anunciou que já tem em mãos os resultados de pesquisas que comprovam que a hidroxicloroquina mata o vírus. Tanto que a empresa vai doar 130 milhões de doses. O custo médio do medicamento no mundo é de US$ 4,65 por mês. Ou seja, tudo indica que a solução vai chegar bem antes do que muita gente gostaria. Talvez seja, inclusive, decisiva para reverter o cenário apocalíptico previsto para as próximas semanas e mudar o curso deste rio. […] Pois por trás disso, para os que querem continuar lucrando, e enfatizo o politicamente, com o pânico e o desespero, o pensamento que predomina é: “A cura não pode chegar tão rapidamente assim!” Mas, se Deus quiser, já chegou. DIVULGUE AGORA”
ATUALIZAÇÃO 19/05/2020.
Já circula nas redes sociais esse mesmo texto enxertado com o seguinte: "O fato é que, desde o começo, do coronavírus o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro mandou o Exército e a Fio Cruz produzir em larga escala a Cloroquina como a cura para esse vírus terrível e o seu próprio ministro foi contra como toda oposição, o que é o  politicamente correto para salvar o povo da morte. Portanto, para muitos agentes políticos (tanto os que militam em partidos, quanto os que estão no comando de instituições como OMS ou nas redações dos jornais) as notícias acima são, na verdade, um desastre."

A “Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade” interceptou essa fake-news…

Foi fácil e simples identificar a suposta fonte. Uma reportagem do Correio Braziliense (12/03/2019) reproduziu matéria da Agência Estado que, por sua vez, referia ao jornalismo investigativo da Folha de S. Paulo.


Naomar Almeida-Filho*


O que é um ensaio clínico controlado. 

Em Epidemiologia, num importante capítulo chamado de Epidemiologia Clínica que depois evoluiu para a “Medicina Baseada em Evidências”, preferimos chamá-los de “estudos de intervenção” .

Nesses estudos, pesquisadoras/es pretendem testar o efeito real (eficácia ou efetividade) de procedimentos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos. O objetivo é identificar efeitos isolados e significativos de um remédio, uma vacina ou qualquer procedimento clínico ou cirúrgico, mediante comparação entre um grupo de participantes que recebem a intervenção e outro formado por sujeitos não-expostos à intervenção, para comparação.

Para termos confiança nas conclusões, precisamos introduzir controles rigorosos no experimento: 

(a) nas variáveis estudadas; 
(b) na composição dos grupos; 
(c) na medida do efeito esperado. 

Em primeiro lugar, com relação ao controle das variáveis, os estudos de intervenção podem ser classificados como controlados ou não-controlados, sendo desejada a presença de grupo de controle. Um estudo sem grupo de controle é praticamente inútil porque nunca poderemos afirmar conclusivamente que o efeito positivo (melhora ou cura) foi devido à intervenção. Se aplicarmos compressas quentes a todos os pacientes de Covid-19 que chegam num dado hospital e 80% se curam, não é possível atribuir às compressas qualquer efeito terapêutico real.

Em segundo lugar, é preciso também controlar a composição dos grupos. Nesse critério, os estudos de intervenção podem ser: 

1) randomizado – com grupos de casos e de controles selecionados por sorteio (sem interferência do pesquisador); 

2) pareado – estudo com grupos constituídos por pares de casos, garantindo composição rigorosamente equivalente em termos de variáveis selecionadas; 

3) rotativo – estudo com estrutura baseada na alternância de grupos, em que os participantes que compõem o grupo experimental são alocados, após um certo período, para o grupo controle, e vice-versa. 

Estudos com grupos experimentais escolhidos a partir de critérios de disponibilidade ou conveniência têm menor poder conclusivo.

Por último, considerando o controle da medida do desfecho dos estudos de intervenção: 

1) duplo-cego – a alocação dos grupos e as medidas são todas feitas às cegas (ou seja, nem os avaliadores nem os participantes têm conhecimento da alocação dos grupos); 

2) simples-cego – os participantes não têm conhecimento de sua pertinência aos grupos da pesquisa; 

3) aberto – quando todos os envolvidos têm acesso a informações capazes de indicar a alocação dos grupos experimental e de controle. Estudos abertos são vulneráveis à possibilidade de contaminação dos dados pela vontade do experimentador, que poderá, mesmo inconscientemente, interferir nos resultados.

Neste momento, em todo o mundo, milhões de médicos e profissionais de saúde estão cuidando de milhões de pessoas, milhares de pesquisadoras/es (clínicos, epidemiologistas, sanitaristas e outros cientistas) estão lidando com milhares de casos graves, investigando centenas de pistas terapêuticas, com dezenas de esquemas ainda sendo testados. Muitos são cientistas brasileiros, apesar do recente empenho do governo federal em desfinanciar e sucatear nosso parque científico. 

Notícias falsas como esta ainda vão circular por muito tempo, na medida em que, para diminuir o medo e a ansiedade, qualquer dose de esperança parece funcionar.


Professor titular de Epidemiologia do Instituto de Saúde Coletiva - UFBA


domingo, 17 de maio de 2020

RECONSTRUÇÃO DO PAÍS PRECISA ESTAR BASEADA NA CIÊNCIA

Brics avança na cooperação em ciência e tecnologia | BizMeet

Análise do Ipea mostra que entre 2015 e 2019 o setor perdeu 40% do valor real dos recursos federais.

É possível que o novo coronavírus faça parte da vida em sociedade por muito tempo além dos inicialmente imaginados dois anos para desenvolvimento, produção e distribuição de vacina ou tratamento.

Quando superada a surpresa pandêmica, no entanto, será necessário elevar ao topo da agenda política uma ampla reestruturação da saúde pública. Requer prioridade absoluta, porque se trata do mais grave problema de defesa e fere o caráter essencial do Estado moderno — a garantia da vida e da saúde dos cidadãos.

São muitas as fragilidades brasileiras em condições sanitárias, biossegurança, vigilância epidemiológica e assistência médico-hospitalar. Negligências históricas estão aí expostas na tragédia social e no desastre econômico em curso.

Paradoxalmente, o país dispõe de uma base legislativa, científica, tecnológica e empresarial razoável para iniciativas coordenadas na área. Possui, também, um Sistema Único de Saúde (SUS) cuja eficácia está sendo testada, com êxito, nessa pandemia. E há uma comunidade de pesquisadores em unidades de excelência, como a Fiocruz, cujo trabalho consolidou o Brasil como potência científica, como qualifica a revista britânica “The Lancet”, líder no setor há 197 anos.

O desafio é político. Trata-se de rever prioridades educacionais, sanitárias e de desenvolvimento das ciências, das básicas à epidemiologia, com reestruturação do complexo de laboratórios e da base médico-hospitalar do SUS. 

É preciso estimular a integração em bases competitivas de toda a cadeia, da pesquisa à produção tecnológica da saúde. Além disso, é fundamental empreender a universalização da rede de saneamento.

Não falta dinheiro, falta governo. Análise do Ipea revela como as ciências foram relegadas à irrelevância na última década e meia. Em 2002 a área absorvia 0,79% do Orçamento da União. A partir de 2004, houve uma desidratação contínua. Entre 2015 e 2019, o setor perdeu 40% do valor real dos recursos federais 

No ano passado, o governo julgou mais importante liberar gastos na burocracia da Advocacia-Geral da União (61% de execução orçamentária) do que investir em ciência e tecnologia (46%).

Há meio século o país se mantém num crescimento econômico pífio, com expansão do PIB à média inferior a 2,5% ao ano. Ainda assim, é capaz de sustentar investimentos militares meritórios, como o programa de submarinos nucleares.

Agora, o cenário mudou radicalmente, com vulnerabilidades na soberania expostas e realçadas pelo histórico desmazelo na educação, na saúde, na ciência e na tecnologia.

A crise deflagrada pela pandemia é didática. Ultrapassada a emergência, a reconstrução precisa estar focada na Ciência, principal arma de defesa e de progresso.

Com informações de:

O Globo - Opinião



sexta-feira, 15 de maio de 2020

quinta-feira, 14 de maio de 2020

A HIDROXICLOROQUINA SERVIU ATÉ O MOMENTO APENAS PARA DISCURSO POLÍTICO E DESVIO DE ATENÇÃO. APENAS NA PROMESSA! NADA CONCLUSIVO. O DISTANCIAMENTO SOCIAL AINDA É O DE MELHOR EFICÁCIA E COMPROVADA.



A Hidroxicloroquina se transformou numa polêmica nacional quando o presidente do Brasil seguindo o estilo do presidente estadunidense e sem base médico-científico começou a pregar que o medicamento era uma possível solução para a COVID-19. De entrevista com medicamento exposto até desentendimento com o ministro da saúde ocorreu.   

Vários países iniciaram estudos e aplicação da Cloroquina, muitos desistiram após início do tratamento, muitos continuaram e NENHUM DEU O VEREDICTO que a sociedade espera: TRATA OU CURA. Sempre resultados inconclusivos ou precisando de mais estudos aprofundados. 
 
A empresa PREVENT SENIOR, na sexta-feira 17 de abril, publicou na medRxiv, plataforma online que recebe artigos médicos antes de serem revisados e publicados em grandes periódicos científicos, um estudo sobre o uso da Hidroxicloroquina associada a Azitromicina.  Foi manchete em vários meios de comunicações, principalmente daqueles que apoiavam incondicionalmente seu uso nos pacientes com a COVID-19. Antes já era tratada como grande "salvadora", até teorias de conspiração para seu não uso foi jogada nas redes sociais, porém a comunidade científica não havia endossado ainda seu uso, apesar de ser uma medicação antiga no mercado, para tratamento de outras doenças. 

Passado o euforismo estratégico, a realidade começou a se impor sem clemência ou piedade. O Leito de Procusto, não perdoa aqueles que nele não se ajustam. O primeiro ponto que naquele momento lançava dúvidas quanto a eficácia específica do estudo/tratamento, foi admitido no próprio estudo: OS PACIENTES APRESENTAVAM SINTOMAS SIMILARES AO DA COVID-19 OU OUTRA ENFERMIDADE RESPIRATÓRIA, MAS NÃO HAVIAM SIDO TESTADOS ANTES PARA CONFIRMAREM A INFECÇÃO PELO SARS CoV2. E pelo tempo passado, parece, ao menos esse BLOG não teve acesso a informações posteriores, que os pacientes tivessem sido testados posteriormente para identificar se tinham o anticorpo ao SARS CoV2

Na Ciência, os resultados são o fim último da pesquisa, mas é a METODOLOGIA que o valida enquanto estudo/pesquisa. A pesquisa já nasce com um problema metodológico: NÃO SE SABIA QUEM TINHA OU NÃO A COVID-19. Um problema na origem. Está se aplicando um medicamento sem se saber se o paciente é portador da enfermidade a qual se busca estudar. 

“De uma maneira muito responsável, não consideramos que seja um estudo definitivo”. “Cabe numa situação dramática de uma pandemia. Apesar de não ser um estudo definitivo, perfeito metodologicamente, traz uma luz ao tema. Numa situação de normalidade, não faria sentido isso.” Palavras do Dr. Ricardo Esper, responsável pelo estudo.

A infecção pelo novo coronavírus é, por padrão, confirmada a partir de testes RT-PCRmais confiáveis do que os testes rápidos. Este estudo apresenta muitos problemas metodológicos. O estudo não é duplo-cego [quando nem os pacientes nem os pesquisadores sabem se os pacientes estão tomando a droga ou placebo], todo mundo sabe tudo que está acontecendo.

Já no dia 09 de maio um novo estudo apresenta um resultado onde não se confirma absolutamente nada do já esperado. O estudo observacional (ou seja, analisou informações de 1.376 pacientes que tinham sido tratados no Hospital Presbiteriano de Nova York (que é associado à Universidade Columbia e à Weill Cornell Medicine) entre 7 de março e 8 de abril (com acompanhamento até 25 de abril). O estudo publicado pelo The New England Journal of Medicine, por seu desenho, não coloca ainda um ponto final na questão da eficácia (ou falta de) da hidroxicloroquina.

Em síntese o uso ou não da hidroxicloroquina FICA A CRITÉRIO MÉDICO E DA CONCORDÂNCIA DO PACIENTE OU FAMILIARES. Nada diferente disso pode ser atestado como fato científico até o presente momento.














Folha -UOL 15/05/2020

Exame - Abril 15/05/2020