quarta-feira, 1 de julho de 2020

IMPÉRIO DO MALI NA ÁFRICA: O PODEROSO IMPÉRIO DE MANSA MUÇA, O HOMEM MAIS RICO QUE JÁ EXISTIU.

Mansa Muça
Mansa Muça - Wikimedia Commons

Responsável por domínios diversos na África e pela disseminação do islamismo, esse império foi um dos mais importantes da História.

O Império do Mali (1235-1670) foi o maior que a África já viu. Composto por forças militares e riquezas raras, a entidade política, que fora governada pelo homem mais rico da História, Mansa Muça no século 14, entrou nos livros como uma potência na região do Saara fundada por Sundiara Queira em 1235 e expandiu costumes por todo o Norte da África, chegando a ter como centro Tombuktu, uma das cidades mais importantes.

Seu líder mais famoso foi Muça I, o mansa (espécie de imperador) que colaborou com diversas dominações malinesas para além do território do antecessor Império de Gana, e ficou globalmente famoso por suas viagens, incluindo a Haje (peregrinação a Meca) promissora e a conquista de incontáveis riquezas.

Os feitos do Emir do Mali foram relatados por diversos estudiosos árabes, principalmente porque o mundo muçulmano apontou todos os olhos ao Império, diante das dimensões. Nomes como al-Umari, Ibn Khaldun, Al-Ducali e Ibn Batutta escreveram sobre a história de Mansa Muça e sua linhagem. Afinal, seu tio-avô havia fundado aquele que, em sua época, era a maior referência de poder político do mundo conhecido.

Peregrinação de Mansa Muça / Crédito: Getty Images

Seu governo ficou conhecido como a Era de Ouro do Mali, quando aprofundou e disseminou costumes islâmicos e tornou o império um expoente da fé em Allah. Além  disso, também desenvolveu o comércio e as relações diplomáticas do país. A potência era temida e respeitada por toda a África, o que fazia com que o monarca tivesse muito cuidado. Ele sempre encarregava um porta-voz para proferir as ordens nas instâncias do governo.

Poder

Muça chegou ao poder de forma incomum. O processo se deu através de uma articulação para torná-lo vice-rei, e assim herdeiro, durante uma das viagens do monarca anterior.

Esse mandatário, que não fora retratado nos escritos, teria, inicialmente, realizado a litúrgica peregrinação à cidade sagrada dos muçulmanos, Meca, e, depois, comandaria uma comissão que alcançou — apesar de seu ceticismo — aquele que era o “oceano que circunda a Terra”, segundo al-Umari, ou seja, o Atlântico.

Um dos feitos mais relevantes de Muça, que colocou o Mali no centro da geopolítica muçulmana, foi uma peregrinação em 1324, em que, com uma procissão de 60 mil homens e 12 mil escravos, chegou a Meca oferecendo presentes e alianças com os mais diversos territórios.

A haje de Muça criou uma serie de aliados. Por onde passava, oferecia ouro e auxílio. Sua influência no Egito dominado pelos turcos, onde acampou por três dias, alterou completamente a economia.

Ápice do Império Mali / Crédito: Wikimedia Commons


O Império de Muça também disseminou uma etiqueta tradicional que implicava numa série de reverências a ele, exigindo grandes demonstrações de submissão. "Ninguém foi autorizado a aparecer em presença do rei com suas sandálias. Ninguém foi autorizado a espirrar na presença do rei, e quando o próprio rei espirrou, os presentes batem em seus peitos com as mãos”, afirma Nehemia Levtzion, em Ancient Ghana and Mali.

Enquanto ocorria a peregrinação, o Império continuou atuando no sentido de retomar dominações e criar novos núcleos de expansão, incluindo a cidade de Gao, tomada pelo general Sagmandia enquanto o rei viajava. Com o retorno do rei, a corte foi recomposta em Niani e os escribas, sacerdotes e arquitetos retomaram as ações em peso.

Por isso, seu governo ficou marcado por grandes obras de infraestrutura e de mesquitas nos grandes centros. Ordenou construções em seu palácio que possibilitaram maior articulação com outros impérios e admiração da comunidade local, incluindo salões impressionantes. Influenciou o desenvolvimento do grande centro africano, Tombuktu, com prédios religiosos, bibliotecas e instâncias administrativas.

Houve um gigantesco avanço do desenvolvimento urbano e da articulação entre as cidades. O Império se tornou mais coeso e articulado. Além disso, o povoamento do país aumentou e, como consequência, a produção, e o Delta do Níger se tornou um dos polos do mundo.

Iluminura de Mansa Muça / Crédito: Wikimedia Commons


Outro marco importante do Império do Mali sob Mansa Muça foi a globalização de Tombuktu. Diante de seu poder, a mais relevante localidade do Norte da África, se tronou polo comercial, cultural, intelectual, diplomático e, inclusive, religioso.

Os fluxos de comércio das caravanas do Saara passaram a ter o local como entreposto importante e, com isso, as universidades e centros de socialização se tronaram expoentes de disseminação do islamismo. Foi reerguida lá, nessa época, a importante Universidade de Sancoré.

Aventuras na História


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MAÇONARIA SOLIDÁRIA: FILANTROPIA E CARIDADE NA SOCIEDADE GRAPIÚNA. A EMPATIA PROTAGONIZANDO AÇÃO DE CIDADANIA!



CAMPANHA MAÇONARIA SOLIDÁRIA PROMOVE DRIVE THRU PARA ARRECADAÇÃO DE COBERTORES E ALIMENTOS.

No dia 04 de Julho, a Loja Maçônica Antônio da Silva Costa, Itabuna – Bahia, promove a campanha “Maçonaria Solidária” que por meio de um Drive Thru estará arrecadando cobertores, agasalhos, gêneros alimentícios e de higiene pessoal para as pessoas menos favorecidas de nossa comunidade. 

A iniciativa, idealizada e organizada pela Comissão de Beneficência da Loja Maçônica Antônio da Silva Costa, acontece em pleno inverno e em meio a Pandemia do Novo Coronavírus, tempo em que os menos favorecidos estão mais fragilizados. 

A campanha “Maçonaria Solidária está propondo uma ação conjunta entre a Loja Maçônica Antônio da Silva Costa e a comunidade grapiúna. "O intuito é que ambas se aliem por um propósito em que não haja barreiras físicas ou institucionais, uma vez que busca o bem do seu próximo", ressalta o Venerável Mestre Wanderlei de Souza Machado Júnior. 

As doações de cobertores, agasalhos, gêneros alimentícios e de higiene pessoal poderão ser feitas:

DATA: 04 de Julho de 2020;
HORÁRIO: das 8:30min às 16 horas; 
LOCAL: estacionamento da Câmara de Vereadores. 

No estacionamento será montado um Drive Thru para que as pessoas façam suas doações de carro, moto ou bicicleta, sem aglomerações e respeitando todas medidas sanitárias de prevenção ao Novo Coronavírus. 

Os cobertores e agasalhos arrecadados na campanha serão distribuídos às pessoas em condição de rua, já os gêneros alimentícios e de higiene pessoal serão distribuídos em comunidades carentes de Itabuna.  


terça-feira, 30 de junho de 2020

PENALTY INVESTE R$ 43,7 MILHÕES NA AMPLIAÇÃO DE UNIDADES NA BAHIA E GERA 235 NOVOS EMPREGOS.

Fábrica da Penalty(Divulgação)

A Bahia vai receber investimentos de R$ 45,7 milhões vindos de três fábricas que serão ampliadas. A Cambuci, gestora da marca de material esportivo Penalty, será responsável pela maior fatia desse montante. O valor de R$ 43,7 milhões será aplicado nas unidades instaladas no Sul do Estado, localizadas em Itabuna e Itajuípe. Já as Indústrias Reunidas Santos Carvalho vão investir R$ 2 milhões para ampliar indústria em Feira de Santana. Os protocolos de intenções foram assinados na segunda-feira (29), na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE). 

“Se uma empresa amplia seus investimentos, é sinal de que os negócios vão bem e sinaliza uma retomada de crescimento econômico no Estado pós-pandemia. Hoje anunciamos três empreendimentos que serão ampliados no interior do Estado. O trabalho de atração de investimentos do Governo do Estado, por meio da SDE, não para por aqui. Além de atrair novas empresas, mantemos o ambiente de negócios saudável para que outros investimentos possam ser ampliados, gerando oportunidade de emprego para o povo baiano”, afirma o vice-governador João Leão, titular da pasta.

A unidade da Penalty em Itabuna, destinada à fabricação de bolas, receberá investimentos de R$ 31 milhões e produzirá 725,6 mil produtos a mais por ano. Além de manter os 352 empregos diretos, vai gerar 127 novas vagas. Em Itajuípe, onde são produzidos confecções, meias e equipamentos, serão investidos R$ 12,7 milhões. Com a ampliação e modernização, a capacidade de produção terá um aumento de 5,5 milhões de peças ao ano e a geração de 108 novos empregos diretos, além de manter os 202 existentes.

“Devemos aumentar significativamente nossa produção nas unidades da Bahia. Aumentaremos a contratação de pessoal e iremos incrementar as exportações com a valorização do dólar, principalmente para nossa unidade na Argentina, que é própria para América Latina e países da Europa. A retomada será moderada em função da pandemia, mas com incremento na produção”, afirma Roberto Estefano, diretor de Relações com o Mercado da Cambuci.

Feira de Santana

Em Feira de Santana, as Indústrias Reunidas Santos Carvalho vão investir R$ 2 milhões na sua ampliação, com incremento da capacidade de produção de 195,3 mil fardos/ano, 206 mil litros/ano e 21,8 mil caixas/ano. A unidade industrial é responsável pela fabricação de removedor, querosene, lubrificante KO e óleo de jacarandá, vaselina KO, naftalina, água sanitária, pedra sanitária, prendedor de roupas, hastes flexíveis, palito de churrasco, palito de dente, álcool e cloro em gel. Serão criados 20 empregos e mantidos 16 já existentes.

Anota Bahia

Bahia Sem Fronteiras

segunda-feira, 29 de junho de 2020

MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DA COVID-19 CUSTARÁ US$ (3.000) OU APROXIMADAMENTE R$ 15.000 (REAIS)

(Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)

A Gilead Sciences, farmacêutica que fabrica o remdesivir, disse que o remédio vai custar mais de 3.200 dólares (ou 17.000 reais) nos Estados Unidos, para um tratamento padrão de paciente com plano de saúde. Em países em desenvolvimento, fica abaixo desse valor, pouco mais de 2.000 dólares o tratamento de cinco dias (ou cerca de 11.000 reais). O remédio vem sendo testado com sucesso contra o coronavírus, e resultados mostram que tem sido capaz de reduzir o tempo de internação.

Os preços foram divulgados pela empresa nesta segunda-feira, 29. O remédio passará a ser cobrado em julho nos EUA, mas ainda será o governo americano quem decidirá os hospitais para os quais entregá-lo. Até lá, o governo americano vem usando doações feitas pela Gilead. O remdesivir foi autorizado para uso emergencial em maio.

A Gilead afirmou que vai oferecer um preço menor para pacientes de programas governamentais nos Estados Unidos e para outros países em desenvolvimento. O preço para estes compradores será de 390 dólares por dose — ou cerca de 2.340 dólares por paciente em um tratamento comum, de cinco dias, que usa seis doses do remédio.

Com informações de:

Exame


domingo, 28 de junho de 2020

CORONAVÍRUS VOLTA A AMEAÇAR A CHINA E PAÍS ISOLA MEIO MILHÃO DE PESSOAS


(Kevin Frayer/Getty Images)

China quase conseguiu conter a pandemia, mas os 300 novos casos na capital em pouco mais de duas semanas deixou os chineses preocupados.

O novo coronavírus voltou a deixar a China em estado de alerta. Neste domingo (28), segundo a agência de notícias francesa AFP, uma região próxima a Pequim foi isolada por conta da covid-19, deixando quase meio milhão de pessoas sem contato com outras províncias chinesas. A área foi atingida em junho por um novo surto do vírus.

A China quase conseguiu conter a pandemia, mas os 300 novos casos na capital em pouco mais de duas semanas deixou os chineses preocupados com uma provável segunda onda da doença.

Nesta manhã, a farmacêutica chinesa Sinopharm afirmou que sua vacina desenvolvida contra o novo coronavírus é segura e se mostrou capaz de criar anticorpos fortes nas fases 1 e 2 de testes. Todos os participantes da testagem receberam duas doses da vacina com intervalos de 3 a 4 semanas e desenvolveram anticorpos capazes de neutralizar o vírus.

Com informações:

Exame


sexta-feira, 26 de junho de 2020

CIÊNCIA É TUDO DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA E INOVAÇÕES.



O episódio desta semana fala sobre a Tecnologia Nuclear no Brasil. Não perca! Sábado (27), às 8h30 (horário de Brasília) na TV BRASIL.


Como sintonizar a TV Brasil?

POR QUE A PANDEMIA NÃO ARREFECE NO BRASIL. E ONDE ELA CRESCE MAIS.

Foto: Kateryna Kon

Alta de 22% nos registros de infectados pelo coronavírus no País frustrou tendência de estabilização esperada pelo Ministério da Saúde. Regiões Centro-Oeste e Sul apresentam aumento mais expressivo

A estabilização da pandemia do novo coronavírus no Brasil, esperada pelo Ministério da Saúde para o mês de junho, não se confirmou por causa de um aumento de 22% no número de casos de infecção na semana de 14 a 20 de junho, em comparação com a semana anterior. Os sinais de uma possível desaceleração da doença no país haviam sido reconhecidos pela própria OMS (Organização Mundial de Saúde).

Segundo especialistas, a reabertura prematura das atividades econômicas em algumas regiões pode ter contribuído para frustrar a formação de um platô na curva de casos. Esse platô ocorre quando os registros permanecem altos, mas sem grandes oscilações, até começarem a cair gradualmente, indicando que a pandemia passou pelo pico.

O Ministério da Saúde havia chamado a atenção para o início da estabilização, mas ressaltou que era necessário esperar até duas semanas para que a tendência se confirmasse, o que não ocorreu.

Leia mais em: 

Nexo Jornal