Este Blog se destina a Divulgação Científica, Popularização da Ciência, Geopolítica e esclarecimento político nesse momento que as fake news dominam os noticiários.
segunda-feira, 27 de julho de 2020
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE RETOMADA DO ANO LETIVO
quarta-feira, 22 de julho de 2020
PROFESSORES APRESENTAM PROJETOS SOBRE A ÁGUA E SEQUÊNCIA DIDÁTICA EM LIVE PROMOVIDA PELA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA
segunda-feira, 20 de julho de 2020
MINISTRO DA EDUCAÇÃO TESTOU POSITIVO PARA COVID-19. VOTAÇÃO DO FUNDEB ADIADA PARA AMANHÃ!
Foto Reprodução |
A notícia vem em semana decisiva para a educação no Congresso Nacional, que começa hoje a discutir a PEC 15/15 para renovar e ampliar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O fundo financia 60% da educação brasileira.
Após um ano e meio de discussões, o governo apresentou de supetão no último sábado, 18, uma proposta alternativa àquela que vem sendo debatida no parlamento há pelo menos cinco anos.
Mais cedo, aliados do presidente tentaram adiar a votação na Câmara dos Deputados para a semana que vem, argumentando a necessidade de participação do novo ministro da Educação. Por hora, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou a votação para amanhã.
domingo, 19 de julho de 2020
QUANDO A CIÊNCIA NÃO É OUVIDA, RESTAM: A SORTE, A FÉ E A ESPERANÇA DE SE TER EM MÃOS UM BILHETE PREMIADO.
“Apesar de amplamente divulgado, o alerta de entidades científicas catarinenses e brasileiras contra o uso da ivermectina na prevenção da covid-19 não foi suficiente para impedir o uso descontrolado desse vermífugo por parte da população de Santa Catarina”, apontam André Ramos, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Santa Catarina (SBPC-SC), e Guilherme Pasetto Fadanni, pesquisador do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos
Apesar de ter sido amplamente divulgado, via imprensa e redes sociais, um alerta de entidades científicas contra o uso da Ivermectina na prevenção da covid-19, em um manifesto (veja link do documento original abaixo) assinado por diversas entidades catarinenses e brasileiras, incluindo a Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Regional de SC (SBPC-SC), além de Programas, Departamentos e Núcleos de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a propaganda irresponsável feita por alguns médicos e gestores públicos teve efeito ainda mais forte do que o argumento científico e da razão.
O resultado observado foi uma corrida às farmácias e um consumo descontrolado e em massa do medicamento para vermes em Santa Catarina.
Um fato omitido (propositalmente ou por desconhecimento) pelos médicos e gestores públicos que alardeiam os efeitos supostamente inibitórios do vermífugo Ivermectina na multiplicação do vírus SARS-CoV-2, é que esse efeito, observado somente in vitro (ou seja, fora de um organismo animal ou humano) ocorre em doses muito mais altas do que aquelas toleradas por seres humanos.
No entanto, há uma informação ainda mais relevante que está sendo escondida nessa propaganda desesperada: é o fato de que em pesquisas por novos medicamentos, as chances de que uma droga que teve um novo efeito verificado in vitro, venha a confirmar esse efeito terapêutico quando for testado em pessoas reais (em um processo que envolve longas pesquisas clínicas chamadas de Fases I, II e III), é ínfimo.
Podemos estimar que uma porcentagem muito pequena (algo em torno de 1%) dos fármacos que forneceram resultados promissores in vitro (fora de animais ou de pessoas), chegará um dia a ser usada para tratar pacientes humanos.
Dito de outra maneira, considerando-se uma droga candidata como a Ivermectina, que forneceu resultados promissores em um estudo in vitro, podemos inferir que ela tem uma probabilidade em torno de 99% de nunca vir a ter sua eficácia e segurança comprovadas para tratar Covid-19 em humanos, restando apenas algo em torno de 1% de esperança para seus usuários de que ela realmente venha a ter algum efeito desejado.
Isso ocorre porque, entre os efeitos observados in vitro e aqueles desejados clinicamente, há uma infinidade de fatores a serem superados e demonstrados cientificamente, como a forma de administração, o espectro de doses, a absorção da droga, sua farmacocinética, sua farmacodinâmica, sua eficácia, sua toxicidade, suas interações medicamentosas e, enfim, seus efeitos adversos em humanos.
Quando a Ciência não é ouvida, restam: a sorte, a fé e a esperança de se ter em mãos um bilhete premiado.
Leia na íntegra o manifesto dos cientistas de 7 de julho de 2020:
Assista reportagem do Jornal do Almoço -NSC(SC):
André Ramos (PhD) é secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Santa Catarina (SBPC-SC)
Guilherme Pasetto Fadanni, pesquisador do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP)
sábado, 18 de julho de 2020
NÃO SE COMBATE COVID SEM AS CIÊNCIAS SOCIAIS
A mortalidade por covid-19 no Estado de São Paulo está concentrada na periferia, tendo como fatores principais as condições precárias de saneamento, habitação e transporte coletivo. Foi o que afirmou o médico patologista Paulo Saldiva, durante o primeiro painel da Mini Reunião Anual Virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Com o tema “A Situação da Pandemia da Covid-19”, coordenado pela bioquímica Selma Bezerra Jeronimo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o painel teve como expositores, além de Saldiva, o pneumologista Marcelo Amato, da Universidade de São Paulo (USP), a biocientista Daniela Barretto Barbosa Trivella, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o infectologista Estevão Portela Nunes, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na linha de frente do enfrentamento à covid-19, estes profissionais apresentaram seus estudos e as últimas descobertas sobre a pandemia. Saldiva explicou que o perfil dos mais atingidos pela doença na cidade foi obtido em entrevistas com as famílias de 70 pessoas mortas, da qual foram feitas autópsias para pesquisa sobre o coronavírus.
As vítimas fatais, relatou, estavam cientes da necessidade de isolamento, mas não conseguiram “pagar o preço”, pois, ou não tinham condições de evitar o convívio com outras pessoas por habitarem casas pequenas, ou foram obrigados a frequentar o transporte público já que “têm que trabalhar de manhã para comprar o almoço”.
Ao fazer uma análise histórica, Saldiva frisou que a desigualdade e as condições de saneamento da população sempre estiveram na raiz da disseminação de epidemias no mundo. Ele explicou que os vírus sempre mutaram e se disseminaram devido ao adensamento populacional e aos fluxos migratórios. No entanto, alertou que o fenômeno está se acelerando. “De duas pandemias virais no século passado, passamos a duas por década, isso impõe desafios à ciência que são, primeiro, testagem e verificação de vírus em todos os países”, afirmou o médico.
Saldiva disse que, embora torça para que se encontre uma vacina, não será o suficiente, visto que algumas doenças para as quais já se havia encontrado vacina – como sarampo e poliomielite – voltaram a circular no mundo devido à falta de estrutura de saúde nos países onde elas são endêmicas e que tornaram a vacina ineficaz.
Apontou a influência dos aspectos culturais antivacina e anticiência – “o antavirus (sem ‘h’) da ignorância circula enormemente e é transmitido pelas redes sociais”, ironizou. Ele chamou a atenção para a necessidade de investimentos constantes no sistema de produção de vacinas que, no Brasil, foi em grande parte sucateado. Além da vacina que, para Saldiva, “não pode ser tratada como commodity, mas sim como um bem comum”, tem que haver maior cooperação internacional, financiamento e ocupação dos espaços de saúde que envolve as humanidades. “Não se controla as epidemias sem antropologia, história e urbanismo”, concluiu.
Medicamentos
A pesquisadora no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Daniela Barretto Barbosa Trivella, relatou a evolução dos estudos sobre o vírus que estão sendo desenvolvidos no Sirius, o maior acelerador de elétrons da América Latina, e as estratégias farmacológicas adotadas para combater os sintomas da covid-19. O acelerador, sediado no CNPEM em Campinas (SP) e vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizou semana passada os primeiros experimentos em uma nova estação de trabalho chamada Manacá, capaz de revelar detalhes da estrutura de moléculas biológicas, como proteínas virais.
“Uma das coisas importantes quando a gente se coloca frente a uma pandemia como essa é entender o máximo possível do agente causador da doença, como o ciclo de vida ocorre e como podemos, a partir dessa informação, racionalizar e interferir nesse ciclo de vida do vírus”, comentou Trivella.
Segundo ela, os estudos visam encontrar substâncias capazes de bloquear a maturação das proteínas que envolvem o material genético do vírus e que viabilizam sua interação com o corpo humano. “Isso nos dá a visão de raio x do vírus que traz nossa pesquisa para outro patamar”, comentou.
Enquanto as pesquisas tentam desvendar os mecanismos de ataque do coronavírus, a primeira estratégia da comunidade científica, segundo Trivella, tem sido o reposicionamento de fármacos, o que envolve medicamentos já aprovados para outras doenças, com eficácia comprovada em evitar a replicação dos vírus em células. Atualmente, de acordo com a pesquisadora, há dez substâncias em estudo no mundo, entre elas a cloroquina e a hidroxicloroquina. “A hidroxicloroquina foi retirado da iniciativa porque não vem mostrando bons resultados”, afirmou.
Ventiladores
O médico pneumologista Marcelo Brito, do HC/USP, explicou como um dos equipamentos mais importantes no combate à covid-19 e às demais síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), os ventiladores, podem causar lesões posteriores. “Os pacientes sobreviventes da covid, que precisaram do auxílio de ventiladores, têm fibrose pulmonar muito extensa, seis meses depois”, relatou.
Para Brito, a pandemia trouxe desafios enormes, tanto para quem está fora, quanto para quem está dentro do ventilador porque a força que o paciente faz para respirar não é visível e pode causar lesões.
No entanto, afirmou, não é possível generalizar as respostas, elas têm que ser individualizadas de acordo com as condições do paciente. “Percebemos que quando a gente vai mapear os doentes, existe uma variabilidade individual tremenda”. Ele defendeu que se apliquem terapias adequadas às condições de cada pessoa, porque cada um tem uma fisiologia própria que deve ser respeitada, “mais ainda na covid-19, que é uma doença inflamatória na qual o erro do ventilador se soma à doença.”
Testagem
Ao analisar os testes existentes para detecção da doença, o infectologista Estevão Portela Nunes, da Fiocruz, disse que os mais utilizados, os PCR, têm mais eficácia nos primeiros dias da doença. “A partir do sétimo, oitavo dia, a gente tem dificuldade de ter o diagnóstico pelo PCR e vamos precisar de outras ferramentas para identificar os pacientes”.
Ele criticou a grande quantidade de testes sorológicos aprovados pela Anvisa hoje disponíveis no varejo e que, na visão dele, não trazem resultados confiáveis. “Fomos invadidos por diversos métodos, todos com sensibilidade não tão boa e que vai caindo com o tempo”, afirmou.
Assista ao debate na íntegra no canal do YouTube:
sexta-feira, 10 de julho de 2020
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA PROMOVEU MAIS UM ENCONTRO DO PROJETO EducAcão ComVIDA. EVENTO VOLTADO PARA A DIVULGAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA REDE ESTADUAL DE ENSINO.
8ª FECIBA |
8ª FECIBA |
quarta-feira, 8 de julho de 2020
ENEM OCORRERÁ EM JANEIRO DE 2021.
Adiado por causa da pandemia do novo coronavírus, o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2020, será aplicado em janeiro e fevereiro de 2021. As datas definidas foram 17 e 24 de janeiro para a prova física e 31 de janeiro e 07 de fevereiro para a prova digital. Os resultados da prova sairão em 29 de março de 2021.
O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira, 8, pelo secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Antonio Paulo Vogel, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes.
A definição da data vem duas semanas após a divulgação da pesquisa com os inscritos. A maioria preferia que a prova acontecesse em março, mas a necessidade de ajuste do calendário com as universidades do país forçou a antecipação do exame.
A coletiva foi conduzida pelo
secretário-executivo da pasta porque até agora o MEC segue ministro, após a
saída de Abraham Weintraub em 18 de junho e a queda de Carlos Alberto Decotelli
no último dia 30.