segunda-feira, 17 de agosto de 2020

ITABUNA: SEM LEITOS DE UTI PARA O COVID-19. UM ALERTA AOS MUNICÍPIOS QUE PACTUAM SAÚDE COM ITABUNA E NÃO POSSUEM LEITOS DE UTI!

ITABUNA CONFIRMA 226 CASOS DE CORONAVÍRUS EM 24H E FICA SEM VAGA DE UTI

O município de Itabuna confirmou mais 226 novos casos de coronavírus (Covid-19) em 24 horas e encerra a noite deste domingo (16) com todas as vagas de UTI para pacientes vítimas da covid-19 ocupadas, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O número de infectados pela covid-19 em Itabuna desde o início da pandemia eram 7.213 ontem (15). Hoje, o total de infectados saltou para 7.439. São 3.982 pacientes em recuperação e 3.290 curados da doença, conforme critérios da SMS.

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, todos os 33 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes vítimas do coronavírus, incluindo os pediátricos, estão ocupados em Itabuna. A rede inclui os leitos de UTI dos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes, ambos da Santa Casa, e Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), mantido pelo município.

As quatro vagas de leitos de atendimento Semi-Intensivo também estão com pacientes internados. Outros 58 pacientes estão internados em leitos clínicos (enfermaria), destinados a casos menos graves de covid-19. Há somente 11 leitos clínicos disponíveis. É o pior quadro já enfrentado por Itabuna desde o início da pandemia. O município registrou até agora um total de 167 óbitos pela covid-19.

FONTE: Blog Pimenta

segunda-feira, 27 de julho de 2020

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE RETOMADA DO ANO LETIVO

Início

Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, o Governo do Estado da Bahia vem tomando todas as providências para salvar vidas humanas e proteger a população, sempre em conformidade com as orientações da Secretaria da Saúde do Estado (SESAB), de médicos e da comunidade científica nacional e internacional.
 
Desta forma, a Secretaria da Educação da Bahia (SEC) vem a público reafirmar o compromisso inquebrantável com a preservação das vidas dos estudantes, professores, gestores e servidores, ao passo em que informa o que se segue.
 
- O retorno às aulas ainda não está definido;
 
- As aulas só serão retomadas em condições de segurança, em consonância com o restante do país e seguindo as melhores práticas e experiências do mundo, de forma segura e sustentável;
 
- A definição do momento do retorno às aulas se dará a partir da indicação das autoridades de Saúde do Governo do Estado, no tempo adequado e seguindo os protocolos de segurança;
 
- Os protocolos de segurança e o calendário de retorno às aulas serão debatidos com entidades e instituições pertinentes (UPB, UNDIME, UNCME, SINPRO, APLB, SINEPE, Conselho Estadual de Educação do Estado da Bahia, Fórum Estadual da Educação, Fórum de Gestores e universidades públicas e privadas, além de representações estudantis, seguindo a prática do diálogo, da colaboração e da construção coletiva.
 
- A Secretaria da Educação do Estado da Bahia adverte sobre a disseminação de notícias falsas. Um fragmento de documento interno, retirado de seu contexto, está sendo usado para desinformar a população, criando a falsa ideia de retorno iminente às aulas. Tal documento, um exercício meramente hipotético de calendário feito com os professores para construir, conjuntamente, as “Trilhas do Saber”, traz expressamente o aviso de que “até que os indicadores de monitoramento da COVID-19 se estabilizem no Estado, não há previsão de retorno” - trecho omitido propositadamente para induzir os leitores a erro. 
 
Por fim, a SEC reafirma que o Governo da Bahia continua trabalhando para salvar vidas, ao tempo em que conclama a população a permanecer em suas casas e, se precisar sair, que use máscaras, mantendo o distanciamento e as medidas de proteção necessárias.

Com informação:

quarta-feira, 22 de julho de 2020

PROFESSORES APRESENTAM PROJETOS SOBRE A ÁGUA E SEQUÊNCIA DIDÁTICA EM LIVE PROMOVIDA PELA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


Professores da rede estadual de ensino participaram, nesta quarta-feira (22), de uma live sobre o tema "Sequência didática na prática: aplicação colaborativa da SD: Água, recurso infinito?", transmitida no YouTube, no canal do Instituto Anísio Teixeira (IAT). 

A atividade integra uma série de lives do projeto "EducAção ComVIDA: arte, cultura, esporte, saúde, ciência e educação ambiental e saúde na escola", que tem o objetivo de estabelecer, a partir de temas semanais, um diálogo com a rede de Educação do Estado, incluindo professores, estudantes, família e demais profissionais de área. 
 
A professora de Biologia e Iniciação Científica, Cida Nunes, que ensina no Colégio Estadual Vila São Joaquim, em Sobradinho, compartilhou a sua experiência com um projeto exitoso desenvolvido de forma interdisciplinar. "Dialoguei sobre o projeto 'Uso racional da água para produção de alimentos', que foi realizado a partir de uma visita à uma estação de tratamento de água. Esse projeto demostra a possibilidade de produção de alimentos para consumo e venda do excedente, no qual envolve conteúdos de Matemática, sustentabilidade e tecnologia", relatou, destacando que o projeto foi premiado na Feira Baiana de Matemática, na Feira Nacional de Matemática e, também, teve destaque na Feira Internacional Ciência Jovem.  
 
O professor de Física, Thalisson Andrade Mirabeau, do Colégio Estadual de Pau da Lima, em Salvador, contextualizou a temática da água na disciplina. "Dentro da Física, podemos aproveitar o contexto para abordar a importância da água como uma substância termoreguladora do nosso planeta e destacar as características físicas que dão a ela este papel. 

A água é o material que possui o segundo maior calor específico que se tem conhecimento, só perdendo para a amônia. É mais difícil elevar ou reduzir a temperatura de corpos feitos de água ou que a contenham. Esta característica nos permite discutir até os efeitos climáticos da continentalidade e maritimidade e explicar o porquê das regiões litorâneas possuírem pequena amplitude térmica. Enfim, as possibilidades de discussões que o tema permite, dentro da Física, são inúmeras". 
 
Já o professor de Língua Portuguesa, Eliudson Sousa, do Complexo Integrado de Educação (CEI) de Itabuna, abordou sobre gêneros textuais. "Na live, tive a oportunidade de sugerir um trabalho interdisciplinar, entre áreas do conhecimento distintas, na perspectiva do uso dos gêneros textuais como elemento integrador dos conteúdos abordados. O gênero textual permite tal abordagem, uma vez que compreende as práticas de linguagem desenvolvidas no contexto discursivo, o que perpassa qualquer disciplina escolar. Na escola, é possível, portanto, estudar os gêneros contidos na Sequência Didática em questão, tanto nas aulas de Biologia, como nas de Português, por exemplo".
 
A live também contou com as participações dos professores Jorman dos Santos, do Colégio Estadual Enedina Olinda, localizado em Buerarema; Margarete Araújo, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Gestão e Tecnologia da Informação Alvaro Melo Vieira, em Ilhéus; Marília Fontes, vice-diretora do Colégio Estadual de Pau da Lima, em Salvador; Lázaro Lima, do Colégio Estadual de Vila de Abrantes, em Camaçari; e Luiz Carlos Ribeiro, do Complexo Integrado de Educação de Itabuna (CIEI).

A execução da Sequência Didática, foi feita em três etapas:

1- Apresentação teórica da SD;

2- Execução do experimento existente na SD. Mostrando em primeiro plano que é possível realizar experimentos de iniciação científica em sala de aula com recursos simples;

3- Diálogos interdisciplinares: professores de componentes curriculares diversos, apresentaram suas possibilidades de interdisciplinaridade a partir de um único tema.

Com colaboração:




segunda-feira, 20 de julho de 2020

MINISTRO DA EDUCAÇÃO TESTOU POSITIVO PARA COVID-19. VOTAÇÃO DO FUNDEB ADIADA PARA AMANHÃ!

Milton Ribeiro, pastor vai assumir o MEC
Foto Reprodução

O recém-empossado ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou nesta segunda-feira, 20, que contraiu o novo coronavírus. Em publicação no Twitter, ele informou que está “medicado”, sem detalhar o tratamento, e que vai trabalhar remotamente.

A notícia vem em semana decisiva para a educação no Congresso Nacional, que começa hoje a discutir a PEC 15/15 para renovar e ampliar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O fundo financia 60% da educação brasileira.

Após um ano e meio de discussões, o governo apresentou de supetão no último sábado, 18, uma proposta alternativa àquela que vem sendo debatida no parlamento há pelo menos cinco anos.

Mais cedo, aliados do presidente tentaram adiar a votação na Câmara dos Deputados para a semana que vem, argumentando a necessidade de participação do novo ministro da Educação. Por hora, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou a votação para amanhã. 

Exame

domingo, 19 de julho de 2020

QUANDO A CIÊNCIA NÃO É OUVIDA, RESTAM: A SORTE, A FÉ E A ESPERANÇA DE SE TER EM MÃOS UM BILHETE PREMIADO.





“Apesar de amplamente divulgado, o alerta de entidades científicas catarinenses e brasileiras contra o uso da ivermectina na prevenção da covid-19 não foi suficiente para impedir o uso descontrolado desse vermífugo por parte da população de Santa Catarina”, apontam André Ramos, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Santa Catarina (SBPC-SC), e Guilherme Pasetto Fadanni, pesquisador do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos


Apesar de ter sido amplamente divulgado, via imprensa e redes sociais, um alerta de entidades científicas contra o uso da Ivermectina na prevenção da covid-19, em um manifesto (veja link do documento original abaixo) assinado por diversas entidades catarinenses e brasileiras, incluindo a Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Regional de SC (SBPC-SC), além de Programas, Departamentos e Núcleos de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a propaganda irresponsável feita por alguns médicos e gestores públicos teve efeito ainda mais forte do que o argumento científico e da razão.

O resultado observado foi uma corrida às farmácias e um consumo descontrolado e em massa do medicamento para vermes em Santa Catarina.

Um fato omitido (propositalmente ou por desconhecimento) pelos médicos e gestores públicos que alardeiam os efeitos supostamente inibitórios do vermífugo Ivermectina na multiplicação do vírus SARS-CoV-2, é que esse efeito, observado somente in vitro (ou seja, fora de um organismo animal ou humano) ocorre em doses muito mais altas do que aquelas toleradas por seres humanos.

No entanto, há uma informação ainda mais relevante que está sendo escondida nessa propaganda desesperada: é o fato de que em pesquisas por novos medicamentos, as chances de que uma droga que teve um novo efeito verificado in vitro, venha a confirmar esse efeito terapêutico quando for testado em pessoas reais (em um processo que envolve longas pesquisas clínicas chamadas de Fases I, II e III), é ínfimo.

Podemos estimar que uma porcentagem muito pequena (algo em torno de 1%) dos fármacos que forneceram resultados promissores in vitro (fora de animais ou de pessoas), chegará um dia a ser usada para tratar pacientes humanos.

Dito de outra maneira, considerando-se uma droga candidata como a Ivermectina, que forneceu resultados promissores em um estudo in vitro, podemos inferir que ela tem uma probabilidade em torno de 99% de nunca vir a ter sua eficácia e segurança comprovadas para tratar Covid-19 em humanos, restando apenas algo em torno de 1% de esperança para seus usuários de que ela realmente venha a ter algum efeito desejado.

Isso ocorre porque, entre os efeitos observados in vitro e aqueles desejados clinicamente, há uma infinidade de fatores a serem superados e demonstrados cientificamente, como a forma de administração, o espectro de doses, a absorção da droga, sua farmacocinética, sua farmacodinâmica, sua eficácia, sua toxicidade, suas interações medicamentosas e, enfim, seus efeitos adversos em humanos.

Quando a Ciência não é ouvida, restam: a sorte, a fé e a esperança de se ter em mãos um bilhete premiado

Leia na íntegra o manifesto dos cientistas de 7 de julho de 2020:

Jornal da Ciência

Assista reportagem do Jornal do Almoço -NSC(SC):

Facebook SBPC


Sobre os autores:

André Ramos (PhD) é secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Santa Catarina (SBPC-SC)

Guilherme Pasetto Fadanni, pesquisador do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP)

sábado, 18 de julho de 2020

NÃO SE COMBATE COVID SEM AS CIÊNCIAS SOCIAIS

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A mortalidade por covid-19 no Estado de São Paulo está concentrada na periferia, tendo como fatores principais as condições precárias de saneamento, habitação e transporte coletivo. Foi o que afirmou o médico patologista Paulo Saldiva, durante o primeiro painel da Mini Reunião Anual Virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Com o tema “A Situação da Pandemia da Covid-19”, coordenado pela bioquímica Selma Bezerra Jeronimo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o painel teve como expositores, além de Saldiva, o pneumologista Marcelo Amato, da Universidade de São Paulo (USP), a biocientista Daniela Barretto Barbosa Trivella, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o infectologista Estevão Portela Nunes, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na linha de frente do enfrentamento à covid-19, estes profissionais apresentaram seus estudos e as últimas descobertas sobre a pandemia. Saldiva explicou que o perfil dos mais atingidos pela doença na cidade foi obtido em entrevistas com as famílias de 70 pessoas mortas, da qual foram feitas autópsias para pesquisa sobre o coronavírus.

As vítimas fatais, relatou, estavam cientes da necessidade de isolamento, mas não conseguiram “pagar o preço”, pois, ou não tinham condições de evitar o convívio com outras pessoas por habitarem casas pequenas, ou foram obrigados a frequentar o transporte público já que “têm que trabalhar de manhã para comprar o almoço”.

Ao fazer uma análise histórica, Saldiva frisou que a desigualdade e as condições de saneamento da população sempre estiveram na raiz da disseminação de epidemias no mundo. Ele explicou que os vírus sempre mutaram e se disseminaram devido ao adensamento populacional e aos fluxos migratórios. No entanto, alertou que o fenômeno está se acelerando. “De duas pandemias virais no século passado, passamos a duas por década, isso impõe desafios à ciência que são, primeiro, testagem e verificação de vírus em todos os países”, afirmou o médico.

Saldiva disse que, embora torça para que se encontre uma vacina, não será o suficiente, visto que algumas doenças para as quais já se havia encontrado vacina – como sarampo e poliomielite – voltaram a circular no mundo devido à falta de estrutura de saúde nos países onde elas são endêmicas e que tornaram a vacina ineficaz.

Apontou a influência dos aspectos culturais antivacina e anticiência – “o antavirus (sem ‘h’) da ignorância circula enormemente e é transmitido pelas redes sociais”, ironizou. Ele chamou a atenção para a necessidade de investimentos constantes no sistema de produção de vacinas que, no Brasil, foi em grande parte sucateado. Além da vacina que, para Saldiva, “não pode ser tratada como commodity, mas sim como um bem comum”, tem que haver maior cooperação internacional, financiamento e ocupação dos espaços de saúde que envolve as humanidades. “Não se controla as epidemias sem antropologia, história e urbanismo”, concluiu.

Medicamentos

A pesquisadora no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Daniela Barretto Barbosa Trivella, relatou a evolução dos estudos sobre o vírus que estão sendo desenvolvidos no Sirius, o maior acelerador de elétrons da América Latina, e as estratégias farmacológicas adotadas para combater os sintomas da covid-19. O acelerador, sediado no CNPEM em Campinas (SP) e vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizou semana passada os primeiros experimentos em uma nova estação de trabalho chamada Manacá, capaz de revelar detalhes da estrutura de moléculas biológicas, como proteínas virais.

“Uma das coisas importantes quando a gente se coloca frente a uma pandemia como essa é entender o máximo possível do agente causador da doença, como o ciclo de vida ocorre e como podemos, a partir dessa informação, racionalizar e interferir nesse ciclo de vida do vírus”, comentou Trivella.

Segundo ela, os estudos visam encontrar substâncias capazes de bloquear a maturação das proteínas que envolvem o material genético do vírus e que viabilizam sua interação com o corpo humano. “Isso nos dá a visão de raio x do vírus que traz nossa pesquisa para outro patamar”, comentou.

Enquanto as pesquisas tentam desvendar os mecanismos de ataque do coronavírus, a primeira estratégia da comunidade científica, segundo Trivella, tem sido o reposicionamento de fármacos, o que envolve medicamentos já aprovados para outras doenças, com eficácia comprovada em evitar a replicação dos vírus em células. Atualmente, de acordo com a pesquisadora, há dez substâncias em estudo no mundo, entre elas a cloroquina e a hidroxicloroquina. “A hidroxicloroquina foi retirado da iniciativa porque não vem mostrando bons resultados”, afirmou.

Ventiladores

O médico pneumologista Marcelo Brito, do HC/USP, explicou como um dos equipamentos mais importantes no combate à covid-19 e às demais síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), os ventiladores, podem causar lesões posteriores. “Os pacientes sobreviventes da covid, que precisaram do auxílio de ventiladores, têm fibrose pulmonar muito extensa, seis meses depois”, relatou.

Para Brito, a pandemia trouxe desafios enormes, tanto para quem está fora, quanto para quem está dentro do ventilador porque a força que o paciente faz para respirar não é visível e pode causar lesões.

No entanto, afirmou, não é possível generalizar as respostas, elas têm que ser individualizadas de acordo com as condições do paciente. “Percebemos que quando a gente vai mapear os doentes, existe uma variabilidade individual tremenda”. Ele defendeu que se apliquem terapias adequadas às condições de cada pessoa, porque cada um tem uma fisiologia própria que deve ser respeitada, “mais ainda na covid-19, que é uma doença inflamatória na qual o erro do ventilador se soma à doença.”

Testagem

Ao analisar os testes existentes para detecção da doença, o infectologista Estevão Portela Nunes, da Fiocruz, disse que os mais utilizados, os PCR, têm mais eficácia nos primeiros dias da doença. “A partir do sétimo, oitavo dia, a gente tem dificuldade de ter o diagnóstico pelo PCR e vamos precisar de outras ferramentas para identificar os pacientes”.

Ele criticou a grande quantidade de testes sorológicos aprovados pela Anvisa hoje disponíveis no varejo e que, na visão dele, não trazem resultados confiáveis. “Fomos invadidos por diversos métodos, todos com sensibilidade não tão boa e que vai caindo com o tempo”, afirmou.

Assista ao debate na íntegra no canal do YouTube: 

Mini Reunião Anual da SBPC



sexta-feira, 10 de julho de 2020

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA PROMOVEU MAIS UM ENCONTRO DO PROJETO EducAcão ComVIDA. EVENTO VOLTADO PARA A DIVULGAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA REDE ESTADUAL DE ENSINO.


A Secretaria da Educação do Estado (SEC) promoveu, na quarta-feira (8), a live “Deu match na Ciência: experiências científicas da rede pública". O encontro virtual foi realizado dentro do projeto EducAção ComVIDA: arte, cultura, esporte, saúde, ciência e educação ambiental e saúde na escola, que visa estabelecer um diálogo semanal com a rede de Educação do Estado, envolvendo professores, estudantes, família e demais profissionais da área. 
 
No diálogo entre as participantes – as professoras orientadoras Rafaela Lima e Ana Paula Rocha e as estudantes pesquisadoras Luciele Santos, Tainá Pires e Julya Pires, sob a mediação da professora Tereza Cristina Fidelis –, agradeceram pelo incentivo à pesquisa que o Ciência na Escola, projeto de fomentação à Educação Científica na Educação Básica, desenvolvido pela SEC, promove na rede estadual de ensino. 

Estudantes de todo o Estado apresentam 240 projetos na Feira de ...
8ª FECIBA
 
Mediados pela professora Tereza Cristina Fidelis, do Complexo Integrado de Educação de Itabuna, a professora de Química, Rafaela Lima, do Colégio Estadual do Campo Hermínio Manoel de Jesus, no povoado de Bonfim, em Valença, ressaltou a importância do processo de pesquisa na aprendizagem e do papel transformador da Ciência em uma realidade. “O fazer pesquisa na Educação Básica é uma realidade em toda a rede estadual e me orgulho muito do fato de termos, na Bahia, uma grande produção científica dentro do ambiente escolar”. A partir da criação do Clube de Iniciação Científica na unidade escolar, contou, foi desenvolvido o projeto “Entre gotas e sabores”, que surgiu “a partir de um olhar transformador para aquela realidade em que aqueles estudantes estão inseridos” e levou a diversas feiras de Ciências.

8ª FECIBA
 
Uma das integrantes do projeto, a estudante Luciele Santos, 20, 3º ano, relatou que ela e os colegas desenvolveram, com o projeto “Entre gotas e sabores”, copos biodegradáveis para uso como suporte na plantação de sementes. Para fazer o produto, utilizaram como base a casca do aipim e o coração da banana. “Provamos que podemos transformar uma matéria-prima natural que iria ser jogada fora em plástico biodegradável. Enfrentamos muitas dificuldades, inclusive com a descrença de muita gente na nossa comunidade sobre o resultado da nossa pesquisa. Mas não desistimos, persistimos e conseguimos mostrar que podemos reutilizar, ser sustentáveis”. A estudante disse, ainda que, com o projeto, ela e os colegas aprenderam a reutilizar a água do ar-condicionado da escola para uso na horta escolar, por meio de sistema com canos de PVC.
 
Representando o Colégio Estadual João Vilas Boas, no município de Livramento de Nossa Senhora, as estudantes Tainá Pires e Julya Pires, ambas de 16 anos, 3º ano, falaram sobre a sua experiência com o projeto “Lima da pérsia como solução alternativa e natural para desinfecção da água”, com o qual ganharam três prêmios na 18ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). “Quando a gente desenvolve uma pesquisa, nosso objetivo é buscar uma solução para um problema de uma comunidade. Descobrimos a lima da pérsia como uma solução alternativa que pode ser usada em comunidades carentes e sem acesso à água tratada, por conta de seu potencial antibacteriano”, explicou Tainá Pires. 
 
A professora orientadora de Tainá e Julya, Ana Paula Rocha, enfatizou sobre a experiência de fazer ciência na escola. “Desenvolvemos outros projetos, mas este foi destaque, ganhou prêmios, e as protagonistas são elas. Nosso objetivo é estimular os nossos estudantes para que, cada vez mais, participem de projetos de iniciação científica. Torcemos para que o Ciência na Escola incentive sempre, mais e mais, a pesquisa na Educação Básica”.

Com informações de: