As commodities são produtos elaborados
em larga escala e que funcionam como matéria-prima, possuem qualidade e características uniformes. Ou seja, não se
diferenciam de local para local, nem de produtor para produtor. São exemplos as
agrícolas (trigo, milho, açúcar), óleo e minerais (minério de ferro, petróleo,
gás natural, metais (ouro, prata alumínio). Os preços das commodities são
determinados pelas leis da oferta e da demanda no mercado internacional.
O que são commodities?
Commodities são produtos que funcionam como matéria-prima. Eles, geralmente, são produzidos em larga escala e podem ser estocados sem perder a qualidade. Dessa forma, o mercado de commodities tem seus preços definidos pela oferta e procura desses materiais primários.
A palavra commodity significa mercadoria, em tradução livre do inglês. Originalmente, o termo commodities era usado para quaisquer tipos de mercadorias. Ao longo do tempo, essa designação passou por algumas mudanças.
Outras características das commodities:
- Grande importância mundial.
- Produtos de origem primária.
- Alto nível de comercialização.
- Pouca industrialização.
- Qualidade e traços uniformes de produção.
- Não há diferenciação de marca.
Quais são os principais tipos de commodities?
Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não existe apenas uma categoria de commodity, mas várias delas. Cada um desses tipos tem suas particularidades — por isso, é importante conhecê-las. Veja só:
Agrícolas
Essa categoria é formada por commodities ligadas ao agronegócio. E muitas delas são bastante relevantes para a economia brasileira. Exemplos desse tipo são:
- Suco de laranja;
- Milho;
- Café;
- Soja;
- Trigo;
- Açúcar;
- Algodão;
Ambientais
Estão relacionadas aos bens produzidos a partir de recursos naturais. São essenciais para a produção agrícola e industrial, assim como:
- Madeira;
- Energia (geração);
- Água;
Minerais
São recursos ligados à energia, minerais e metais diversos. Os exemplos mais comuns do segmento são:
- Ouro;
- Petróleo;
- Etanol;
- Gás natural;
Financeiras
São títulos emitidos pelo governo e moedas negociadas em vários mercados, como:
- Euro;
- Dólar americano;
- Real;
- Títulos públicos do governo federal (Tesouro Direto).
Agora que você conhece os tipos de commodities, a seguir vamos apresentar os principais exemplos de produtos brasileiros. No entanto, você já pode começar a pensar no seu futuro, investindo nas principais modalidades do mercado. E, para isso, nada melhor do que aprender com quem realmente entende do assunto.
Quais são as principais commodities brasileiras?
Como dissemos logo aqui em cima, os produtos do agronegócio estão entre as principais commodities brasileiras. Ainda assim, existem outros bens que influenciam nosso mercado. Entre eles, vale mencionar:
- Petróleo;
- Café;
- Boi Gordo;
- Suco de Laranja;
- Minério de Ferro;
- Soja;
- Alumínio;
As commodities agrícolas realmente ocupam um lugar de destaque na produção nacional. Isso acontece por conta da abundância de recursos naturais que há no nosso país. Outro ponto que ajuda a explicar esse fator é a extensão do território brasileiro, que nos permite produzir uma boa variedade.
Se somos destaque na exportação dos bens listados acima, entre outros produtos, você já deve imaginar que a nossa economia sofre forte influência do mercado de commodities. Por exemplo: em 2014, havia uma estimativa de que essas essas mercadorias representavam cerca de 65% do valor total das exportações do país. Em 2015, essas exportações corresponderam algo em torno de US$191 bilhões — uma quantia muito expressiva, não acha?
Existe um lado negativo nessas negociações. O Brasil comercializa itens muito consumidos mundialmente — café, milho, etc. —, que em geral se associam a uma alta procura. Porém, ficamos expostos à decisão externa dos preços.
Apesar de vender as commodities, o país não tem liberdade para precificá-las como bem entender. As vendas, muitas vezes, são feitas por valores menores do que poderiam ter.
Na prática, funciona assim: se a demanda internacional por uma commodity está alta, o preço aumenta e os produtores brasileiros lucram mais. Por outro lado, se ocorre uma crise global, ela se desvaloriza e quem produz acaba se prejudicando.
Isto é, mesmo se estiver bem em sua economia interna, o Brasil pode ser afetado pela crise em outros países. Se a cotação da soja aumentar internacionalmente, é provável que seu preço também suba no mercado interno, por maior que seja a produção brasileira. Nesse cenário, as pessoas que produzem vão preferir exportar em vez de vender para o comércio local.
No Brasil, são os agricultores familiares e campesinos, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, neorruralistas, extrativistas, agrofloresteiros, pescadores e os integrantes dos movimentos sem terra que produzem 70% do que comemos com apenas 25% do orçamento destinado à agricultura no Brasil. E se esse subsídio fosse dividido equitativamente entre a agricultura familiar e o agronegócio? Nenhum especialista sensato pensa que é possível acabar com o agronegócio. Mas é preciso repensar as prioridades do Estado e separar essas duas dinâmicas produtivas tão diferentes.
A agricultura moderna concentrou-se em aumentar o rendimento, sem, no entanto, conseguir acabar com a fome que, em termos gerais, tem relação com a capacidade de acesso aos alimentos e a promoção de condições de vida dignas.
O sistema agroalimentar moderno
produz alguns alimentos mais baratos, mas não são saudáveis. Essa é, na
verdade, a grande ironia da união da Monsanto com a Bayer, uma empresa de
venenos e outra de medicamentos sintéticos.
De toda essa produção agrícola, porém, pouco vai para a mesa dos brasileiros. Em 2017, o Brasil aumentou o volume do produto mais vendido pelo país: soja. Das 115 milhões de toneladas colhidas, 78% foram para a China. A exportação de milho também cresceu. "O milho brasileiro está se consolidando como grande commodity internacional", afirma Geller.
Quando se consideram alimentos
consumidos no país, 70% vêm da agricultura familiar, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São pequenos agricultores que
plantam para abastecer a família e vendem o que sobra da colheita – como
mandioca, feijão, arroz, milho, leite, batata.