ENTENDA POR QUE A
SUSPENSÃO DAS EXPORTAÇÕES DE CARNE PARA A CHINA PREOCUPA O SETOR
Quem acompanha as notícias do
mercado agro lembra que na semana passada os pecuaristas ficaram tensos por
conta de casos registrados da Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida
popularmente como “mal da vaca louca”, em Minas Gerais e Mato Grosso.
Imediatamente, a China suspendeu as importações. A decisão está prevista no
acordo assinado entre os dois países quando há identificação positiva da
doença.
Após o susto inicial, ficou
comprovado que os casos foram atípicos, quando a encefalopatia se desenvolve no
próprio organismo dos animais. Mas mesmo após a divulgação do relatório da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), as exportações para a China
continuam suspensas. E, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, não há previsão para a retomada das compras.
Por enquanto, os frigoríficos
exportadores seguem aguardando um posicionamento da China e torcem para uma
resposta rápida. Os estoques destinados ao mercado externo ainda não foram
remanejados para os consumidores brasileiros. Se a suspensão continuar por mais
tempo, é possível que essa carne seja oferecida internamente – e os preços
devem baixar momentaneamente.
A Arábia Saudita também anunciou
na terça-feira (14) a suspensão da compra de carne bovina brasileira após a
identificação positiva dos dois casos da doença. Embora seja mais importante
como comprador de carne de frango, o país árabe pode acabar motivando atitudes
semelhantes de outras nações.
Nesse impasse, alguns
frigoríficos resolveram dar férias coletivas para seus funcionários até a
situação se regularizar.
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