quarta-feira, 26 de junho de 2019

A CIÊNCIA TERÁ ESPAÇO NO 02 DE JULHO - INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

Cientistas baianos se mobilizam para defender a ciência no cortejo do Dois de Julho.


Universidades e outras instituições estão apoiando a iniciativa
Pesquisadores e professores baianos estão se mobilizando para marcar presença novamente no desfile do Dois de Julho, chamando a atenção da sociedade para o grave momento vivido pela ciência no Brasil (particularmente na Bahia), carente de recursos para financiamento de pesquisas e outros projetos. A articulação está sendo feita pela Academia de Ciências da Bahia, fundada pelo ex-governador Roberto Santos e que tem hoje como presidente o pesquisador Jailson Andrade. O desejo do grupo é reunir cerca de 500 cientistas baianos, além de reitores e professores representantes de diversas universidades.
A falta de apoio à ciência no Brasil chegou a uma situação dramática, como argumenta o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Jailson Andrade, observando que a mobilização da sociedade se faz necessária como forma de chamar a atenção para o problema, levando o governo a recompor o orçamento reduzido.
A Universidade Federal da Bahia manifestou o seu apoio à iniciativa da ACB através do reitor João Carlos Salles, que está especialmente empenhado em conseguir outros apoios de instituições acadêmicas.
Presença na Lapinha
A participação da Academia de Ciências da Bahia e entidades apoiadoras a favor da ciência ocorrerá às 8 horas do dia 2 de Julho, no Largo da Lapinha, próximo ao Coreto, exatamente onde tradicionalmente ocorre a concentração para a saída do desfile.

FONTE:

AVIÃO DA COMITIVA AVANÇADA PRESIDENCIAL TRANSPORTAVA 39 KG DE DROGAS - COCAÍNA

NÃO PODEMOS NEGAR: CHEGAMOS AO FUNDO DO POÇO!!

O modelo do avião Embraer 190 que faz parte do Grupo Especial de Transporte Especial da FAB Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira
O modelo do avião Embraer 190 que faz parte do Grupo Especial de Transporte Especial da FAB Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira


Se o país não consegue combater o tráfico de drogas no avião da comitiva presidencial, vai combater onde??

O país está totalmente dominado pelas drogas. Não há mais o que se dizer. Não é endêmico ou epidêmico, virou pandêmico. Perdemos totalmente o controle da situação. 

Imaginemos ter que fazer vistoria na bagagem das comitivas presidenciais para combater o tráfico internacional de drogas. Dá para imaginar uma situação dessa magnitude?

A presidência da República correr o risco de ser no futuro acusada de tráfico internacional de drogas. Isso sim é o verdadeiro "FIM DA PICADA".

Temos hoje uma situação completamente fora da normalidade e controle. 

Subir morro? Prá quê? O problema está na Avenida!  

Morro é apenas micareta, carnaval é na Avenida! 

As drogas cocaína e demais industrializadas/refinadas, não são produzidas no território nacional de forma geral, entram muito mais no país pelas suas fronteiras terrestres. E de helicópteros e aviões, como várias matérias jornalísticas têm mostrado.

Como sempre tenho dito: combater as drogas não é tão somente prender PPP, que são as mulas do sistema, é preciso avançar sobre os donos das récuas. Quem terá a coragem devida???

Matéria:

Um tripulante do voo que transportava a equipe avançada do presidente Jair Bolsonaro para a reunião de cúpula do G20 no Japão foi preso no sul da Espanha com 39 kg de cocaína em sua mala, informou nesta quarta-feira Guarda Civil espanhola.
Na terça-feira, durante uma escala do avião da Força Aérea Brasileira no aeroporto de Sevilha, "o militar foi interceptado durante um controle com 39 quilos de cocaína divididos em 37 pacotes" em sua mala, disse à AFP uma porta-voz da força policial em Sevilha. "Em sua mala, havia apenas drogas", afirmou.
De acordo com o porta-voz, o militar se apresentou ante um tribunal nesta quarta-feira, acusado de cometer delito contra a saúde pública, uma categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha.
Ele estava em um avião reserva da presidência, que antecede a aeronave onde estava o presidente brasileiro, que decolou na terça-feira à noite para Osaka, no Japão, para participar da reunião do G20.
Em nota, o Ministério da Defesa confirmou a detenção, e informou que foi determinada a instauração de um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos.
Fontes da Guarda Civil da Espanha disseram ao El País que o flagrante ocorreu quando os membros da tripulação e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório, na chegada a Sevilha.

FONTE:




terça-feira, 25 de junho de 2019

PRESIDENTE CHINÊS VAI NA RAIZ DO PROBLEMA: TECNOLOGIA - CIÊNCIA - CONHECIMENTO

Presidente da China, Xi Jinping
Presidente da China, Xi Jinping - Xinhua/Xie Huanchi


Virão tempos difíceis. adverte presidente da China.


Em meio a guerra comercial, Xi Jinping diz a chineses que situação internacional é complexa


Guerra comercial entre EUA e China se intensifica

A disputa se intensificou com Washington colocando a empresa chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei em uma lista suja de comércio, um golpe potencialmente devastador para a empresa que agitou as cadeias de fornecimento de tecnologia e investidores.
Durante uma viagem de três dias nesta semana para a província de Jiangxi, um dos berços da revolução comunista da China, Xi pediu às pessoas que aprendam as lições das dificuldades do passado.
"Hoje [...] precisamos superar vários grandes riscos e desafios nacionais e estrangeiros e conquistar novas vitórias para o socialismo com características chinesas", afirmou Xi.
"Nosso país ainda está em um período de importantes oportunidades estratégicas para o desenvolvimento, mas a situação internacional é cada vez mais complicada", acrescentou.
"Devemos estar conscientes da natureza complexa e de longo prazo de vários fatores desfavoráveis em casa e no exterior, e nos preparar adequadamente para várias situações difíceis."
Xi também falou sobre a importância da tecnologia e "enfatizou que a inovação tecnológica é a força vital das empresas".
"Somente tendo propriedade intelectual e tecnologia de base é possível produzir produtos que possuam competitividade central, e só então uma posição invencível pode ser alcançada em meio à competição acirrada."
A China precisa dominar mais tecnologias essenciais e aproveitar o "terreno elevado" no desenvolvimento industrial.


segunda-feira, 24 de junho de 2019

CENTENÁRIO DO ECLIPSE DE SOBRAL - A COMPROVAÇÃO DA TEORIA DA RELATIVIDADE DE ALBERT EINSTEIN!


No dia 29 de maio de 1919, o céu amanheceu nublado sobre a cidade cearense de Sobral, distante 240 quilômetros da capital Fortaleza. Tivesse o Sol permanecido encoberto, todo o esforço da comitiva de astrônomos teria sido em vão. Perderiam o eclipse total e a chance de provar, pela primeira vez, se as ideias revolucionárias de Albert Einstein eram corretas.

Mas, pouco antes das 9 da manhã, uma oportuna brecha entre as nuvens revelou a todos o glorioso momento em que o disco solar foi obscurecido pela Lua. Muita gente acompanhava o fascinante fenômeno em uma das praças centrais da cidade, bem em frente ao Jockey Clube e à Paróquia do Patrocínio. As reações foram as mais diversas.

Sobralenses amedrontados buscaram refúgio na igrejinha, temendo o Juízo Final; os galos ao redor, confusos, cantaram pensando que já era noite; enquanto isso, os cientistas davam duro para extrair o máximo de resultados dos instrumentos de alta precisão cuidadosamente montados em um misto de observatório e laboratório improvisado no coração de Sobral. Os brasileiros focavam-se no estudo da coroa solar; os britânicos tiravam fotos. Muitas fotos.

Cinco minutos e treze segundos mais tarde, o Sol voltou a brilhar no Ceará. Aquele eclipse solar total não tinha nada de tão especial, mas acabou eternizado nos anais da história da ciência como um dos mais importantes de todos os tempos. Foi uma espécie de rito de passagem. Marcou o ocaso do mecanicismo clássico de Isaac Newton como melhor explicação do Universo e a aurora das arrojadas ideias relativísticas de Albert Einstein.

O século 20 nunca mais foi o mesmo. "Foi um momento de mudança revolucionária, dizer que esse modelo de universo newtoniano incrivelmente importante não era, na realidade, o correto", diz à GALILEU o britânico Richard Dunn, pesquisador da Universidade de Leicester e curador das exposições de história da ciência do Observatório de Greenwich. "E essa expedição foi vista como um teste crucial." Meio sem querer, a pequena Sobral ganhou fama internacional por ter sido o palco da comprovação da teoria da relatividade geral.

Dunn veio ao Brasil para proferir uma palestra sobre o Eclipse de Sobral no último dia 19 de outubro. O evento, realizado no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), no Rio de Janeiro, marcou a abertura das comemorações do centenário do histórico fenômeno astronômico, que ocorre em maio do ano que vem.

Talvez não por acaso, 2019 foi proclamado como o Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação pelo governo dos dois países — o evento no MAST faz parte do calendário de atividades. "Podemos fazer boas parcerias nesse sentido, nós com nossa criatividade, e a Inglaterra com a sua tradição em pesquisa", diz a física Anelise Pacheco, diretora do MAST. "Sem cooperação, inexiste ciência." A afirmação é tão verdadeira hoje quanto era em 1919.

Na época, foi necessária uma intensa colaboração entre cientistas ingleses e brasileiros para garantir que a expedição tivesse êxito. O arquiteto por trás da empreitada foi o célebre astrônomo inglês Arthur Eddington, da Royal Astronomical Society. Com auxílio de Henrique Morize, então diretor do Observatório Nacional (ON), Sobral foi escolhida por apresentar a melhor visibilidade do eclipse. Morize garantiu grande suporte logístico e até supervisionou a montagem de uma estação meteorológica no local, para monitorar a atmosfera durante o fenômeno e evitar que as condições climáticas estragassem os resultados.

Uma outra comitiva britânica foi enviada à costa africana para documentar o evento a partir da Ilha do Príncipe, local também com observação privilegiada do evento. Os ingleses Andrew Crommelin e Charles Davidson vieram à Sobral, e os colegas Arthur Eddington e Frank Dyson foram à Roça Sundy, em Príncipe, onde o tempo não colaborou.

"Pense nas dificuldades práticas de se transportar instrumentos sofisiticados até territórios tão pouco familiares, e fazer com que trabalhem nos níveis mais altos de precisão", observa Dunn. Este foi o principal tema que abordou na conferência. Ambas as expedições partiram da Inglaterra no dia 8 de março de 1919 — Crommelin e Davidson chegaram em Sobral cerca de um mês antes do eclipse. Ficaram hospedados na casa de um deputado. Com eles estavam as placas fotográficas que testariam a teoria de Einstein.

Um século depois, pouquíssimos duvidam da relatividade geral. Mas, naquela época, o modelo einsteiniano do Universo ainda dava seus primeiro passos, encarado com bastante descrença pela comunidade científica por ainda não ter sido verificado. Publicada em 1916, a teoria havia levado oito anos para ficar pronta: foi o tempo que Einstein levou para generalizar os postulados da relatividade especial, de 1905, e incluir a gravidade na jogada.

De acordo com a teoria, o espaço e o tempo formam um único tecido, um contínuo maleável que é distorcido por corpos de muita massa como um buraco negro, um aglomerado de galáxias ou o Sol. Nem mesmo a luz escapa dessa distorção: quando os fótons atravessam regiões distorcidas do Universo, suas trajetórias também sofrem um desvio.

Os eclipses solares totais forneciam as condições perfeitas para testar se essa previsão de Einstein fazia, ou não, algum sentido. Com a Lua bloqueando temporariamente o brilho ofuscante do Sol, tornava-se possível enxergar (e fotografar) as estrelas posicionadas bem próximas a ele no céu. Por estarem praticamente encobertas pelo Sol quando vistas da Terra, isso significava que os raios dessas estrelas distantes necessariamente atravessaram o espaço-tempo distorcido pelo campo gravitacional solar. Esse desvio podia ser verificado.

O segredo era fotografar essas estrelas durante o eclipse e, um tempo depois, fotografá-las novamente quando estivessem na mesma região do céu, só que sem a interferência do Sol. Foi justamente o que a delegação britânica fez em Sobral. "Eles estavam procurando por variações comparáveis aos mais finos fios de cabelos humanos", explica Dunn. Precisavam de estabilidade e rigor extremos nos instrumentos para produzir resultados confiáveis.

O segundo conjunto de fotos foi tirado em julho do mesmo ano, para serem comparadas aos registros de maio. Segundo a teoria de Einstein, a comparação deveria revelar uma diferença de 1,75 segundo de arco, enquanto a de Newton previa um número bem menor, de 0,86. Um segundo de arco equivale ao tamanho de uma estrela a olho nu. "Passaram os meses seguintes analisando aquelas placas e conseguiram centenas de páginas de cálculos baseados nas fotos", diz Dunn. Então, em novembro, os olhos do mundo se voltaram para Londres, onde os cientistas anunciaram que Einstein estava certo.

Nos anos que antecederam Sobral, pesquisadores de vários países organizaram expedições para tentar acompanhar eclipses totais do Sol em cantos distintos do mundo. Todas fracassaram. Uma delas, inclusive, foi no Brasil, na cidade mineira de Passa Quatro (MG), em 1912. Além da expedição brasileira, Inglaterra, França, Argentina e Chile também enviaram representantes para acompanhar o fenômeno, que contou com a presença ilustre do então presidente da república Hermes da Fonseca. Mas a chuva estragou tudo.

A equipe que participou da expedição a Sobral (Foto: Divulgação/ Observatório Nacional)
A EQUIPE QUE PARTICIPOU DA EXPEDIÇÃO A SOBRAL (FOTO: DIVULGAÇÃO/ OBSERVATÓRIO NACIONAL)

A astrofísica Patrícia Spinelli, do MAST, pensa que as coisas acabaram acontecendo no momento certo. "Fico imaginando, se Passa Quatro tivesse sido o eclipse da comprovação, não teria dado a fama e repercussão que Sobral deu a Einstein", observa. Um bom pedaço da relatividade geral ainda estava confinada na mente brilhante do físico teórico alemão. "Quando os céus se abriram em 1919, a teoria já estava completa e pôde ser comprovada."

O principal entrave para as comitivas anteriores não era o mau tempo, mas sim a guerra. Desde 1914, a Primeira Guerra Mundial impedia o ir e vir dos cientistas. As coisas só melhoraram após o armistício de novembro de 1918, que pôs fim às batalhas, mas foi só em junho do ano seguinte que o conflito acabou oficialmente, com o Tratado de Versalhes. Durante o eclipse de Sobral, o mundo ainda estava tecnicamente em guerra.

Muitos na Inglaterra olhavam torto para a ideia de patrocinar expedições a cantos remotos do planeta com o objetivo de comprovar as ideias de um astrônomo alemão. Não Eddington. "Ele acreditava no internacionalismo e no pacifismo, e encarou isso como uma oportunidade de remendar um mundo fraturado através da ciência", explica Dunn. São ideais que, assim como a relatividade geral, nunca envelhecem.


FONTE:

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/10/historia-do-eclipse-de-sobral-ce-que-comprovou-teoria-da-relatividade.html

ITAJUÍPE EM LUTO!! FALECEU O DR. GENEBALDO SOUZA SANTOS -EX-PREFEITO POR DOIS MANDATOS



Itajuípe perdeu ontem (23/06),  o ex-prefeito Dr Genebaldo Souza Santos. Nascido em Itajuípe em 07 de julho de 1925, formou-se em odontologia na capital do estado com especialização em cirurgião-dentista.  Nos fins da década de 1950, ingressou na política se elegeu vereador. Como presidente do Poder Legislativo em 1961, assumiu a Prefeitura por quatro meses devido o afastamento do prefeito Domingos Chaves.  Em 1966, após mais um mandato de vereador, Dr. Genebaldo é eleito prefeito pela primeira vez. Na ocasião, construiu no distrito do Sequeiro Grande o Colégio Brasilino José dos Santos, comprou também o terreno para construção do Colégio Estadual Polivalente. Foi eleito novamente prefeito  para o período de 1977 a 1982, quando fez o saneamento básico do bairro Santa Rita de Cássia e construiu a ponte que liga o Bairro Alto da Liberdade à Ilha Valentim Neves. Fica o legado do cidadão – homem público e professor que ajudou no desenvolvimento da nossa querida cidade. O velório está acontecendo na Loja Maçônica Acácia do Sul, – o sepultamento será às 16 horas no Cemitério Campo Santo. Que o Criador do Universo permita-lhe um bom lugar para descanso eterno.
Fonte: Memória Histórica de Itajuípe - Vicente Pires - 2001.
FONTE: BLOG DO ERÊ

quinta-feira, 20 de junho de 2019

CORPUS CHRISTI - TRANSMUTATIO AUTEM CELEBRATIONEM

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De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Corpus Christi se celebra a "presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho".

A festa foi instituída pelo papa Urbano IV, no ano de 1264 - ele publicou uma bula papal sobre o tema, chamada de "Transiturus", instituindo a data e concedendo indulgências às pessoas que fossem à missa neste dia. Segundo alguns biógrafos, o papa medieval incumbiu o filósofo e teólogo italiano São Tomás de Aquino (1255-1274) de redigir um rito ("ofício") para a celebração da data.

História

Uma primeira coisa a saber é que não existe registo do culto ao Santíssimo Sacramento fora da Missa no primeiro milênio. Nesse período, a Eucaristia ministrada fora da Missa era somente para os doentes.
A partir do segundo milênio, no entanto, por meio de um movimento eucarístico, cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124, pelo Bispo Albero em Liége, na Bélgica, podemos constatar costumes eucarísticos: exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e, consequentemente, a festa do Corpus Christi.
A Solenidade em honra ao Corpo do Senhor – “Corpus Chisti” –, que hoje celebramos na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, mais precisamente depois da festa da Santíssima Trindade, é oficializada somente em 1264 pelo Papa Urbano IV.
Como bem sabemos, Deus costuma se revelar aos humildes e pequenos, e Ele se utilizou de uma simples jovem para lhe revelar a festa de Corpus Christi.  Segundo os registros da Igreja, Santa Juliana de Cornillon, em 1258, numa revelação particular, teria recebido de Jesus o pedido para que fosse introduzida, no Calendário Litúrgico da Igreja, a Festa de Corpus Domini.
Santa Juliana nasceu, em 1191, nos arredores de Liège, na Bélgica. Essa localidade é importante, e, naquele tempo, era conhecida como “cenáculo eucarístico”. Nessa cidade, havia grupos femininos generosamente dedicados ao culto eucarístico e à comunhão fervorosa.
Tendo ficado órfã aos cinco anos de idade, Juliana, com a sua irmã Inês, foram confiadas aos cuidados das monjas agostinianas do convento-leprosário de Mont Cornillon. Mais tarde, ela também uma monja agostiniana, era dotada de um profundo sentido da presença de Cristo, que experimentava vivendo, de modo particular, o Sacramento da Eucaristia.
Com a idade de 16 anos, teve a primeira visão. Via a lua no seu mais completo esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. Compreendeu que a lua simbolizava a vida da Igreja na Terra; a linha opaca representava a ausência de uma festa litúrgica, em que os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.
Durante cerca de 20 anos, Juliana, que entretanto se tinha tornado priora do convento, conservou no segredo essa revelação. Depois, confiou o segredo a outras duas fervorosas adoradoras da Eucaristia: Eva e Isabel. Juliana comunicou essa imagem também a Dom Roberto de Thorete, bispo de Liége. Mais tarde, a Jacques Pantaleón, que, no futuro, se tornou o Papa Urbano IV. Quiseram envolver também um sacerdote muito estimado, João de Lausanne, pedindo-lhe que interpelasse teólogos e eclesiásticos sobre aquilo que elas estimavam.
Foi precisamente o Bispo de Liége, Dom Roberto de Thourotte, que, após hesitações iniciais, aceitou a proposta de Juliana e das suas companheiras, e instituiu, pela primeira vez, a solenidade do Corpus Christi na sua diocese, precisamente na paróquia de Sainte Martin. Mais tarde, também outros bispos o imitaram, estabelecendo a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais. Depois, tornou-se festa nacional da Bélgica.

A festa ficou conhecida

Dessa forma, a festa foi crescendo cada vez mais, e outros bispos faziam a mesma coisa em sua diocese. Tomou tal proporção, que veio a tornar-se não só uma festa do território da Bélgica, mas sim de todo o mundo. Sendo que, a festa mundial de Corpus Christi foi decretada oficialmente somente, em 1264, seis anos após a morte de irmã Juliana, em 1258, com 66 anos.
Na cela onde jazia, foi exposto o Santíssimo Sacramento e, segundo as palavras do seu biógrafo, Juliana faleceu contemplando, com um ímpeto de amor, a Jesus Eucaristia, por ela sempre amado, honrado e adorado.
Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada, em 1599, pelo Papa Clemente VIII. Como vimos, ela morreu sem ver a procissão de forma mundial.
Depois da morte do Papa Alexandre IV, foi eleito o novo Papa, o cardeal Jacques Panteleón. Naquela época, a corte papal era em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde, em 1264, aconteceu o famoso Milagre de Bolsena.
Em que consiste esse milagre? Um padre da Boemia, Alemanha, que tinha dúvidas sobre a verdade da transubstanciação, presenciou um milagre. Durante uma viagem que fazia da cidade de Praga a Roma, ao celebrar a Santa Missa na tumba de Santa Cristina, na cidade de Bolsena, Itália, no momento da consagração, viu escorrer sangue da Hóstia Consagrada, banhando o corporal, os linhos litúrgicos e também a pedra do altar, que ficaram banhados de sangue.
O sacerdote, impressionado com o que viu, correu até a cidade de Orvieto, onde morava o Papa Urbano IV, que mandou a Bolsena o Bispo Giacomo, para ter a certeza do ocorrido e levar até ele o linho ensanguentado. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. O Pontífice foi ao encontro do Bispo até a ponte do Rio Claro, hoje atual Ponte do Sol. O Papa pegou as relíquias e mostrou à população da cidade.
O Santo Padre, movido pelo pelas visões de Santa Juliana, pelo prodígio e também a petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula Transiturus de hoc mundo, em 11 de agosto de 1264. Esses fatos foram marcantes para se estabelecer a festa de Corpus Christi.
A morte do Papa Urbano IV, em 2 de outubro de 1264, um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena, em 1311, ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317, foi promulgada uma recompilação das leis por João XXII e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.
Foi assim que a festa de Corpus Chisti aconteceu, tendo como testemunho estes dois fatos: as visões de Santa Juliana e o milagre eucarístico de Bolsena.