quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O ANALFABETISMO É UM ATRASO. UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE DEVE SER O OBJETIVO DE TODO GOVERNO.

Domínio Público
Como os bolcheviques ensinaram os russos a ler e escrever (e se beneficiaram com isso).

Ao organizarem o sistema de ensino, os soviéticos quase liquidaram por completo o analfabetismo no país. Em troca, ganharam milhões de trabalhadores qualificados e leais, capazes de efetivamente industrializar o país.

Quando os bolcheviques tomaram o poder em 1917, eles assumiram um país com população predominantemente analfabeta. Mesmo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial e do caos revolucionário, o número de pessoas instruídas era extremamente baixo para um país que se considerava uma superpotência. Apenas 25 a 30% - uma a cada 3 ou 4 pessoas sabia de alguma forma ler e escrever.


A Grande Guerra, a Revolução e a Guerra Civil pioraram ainda mais a situação. Pessoas instruídas (nobres, intelligentsia e clero) foram assassinadas em massa ou fugiram da Rússia. A maioria dos territórios imperiais alfabetizados (atual Polônia, Finlândia e Estados Bálticos) tornou-se independente e seguiu seu próprio rumo, derrubando acentuadamente as estatísticas já deploráveis.

No final da década de 1910, metade da população da Rússia ocidental não tinha instrução. Na Sibéria, apenas 10 a 15% das pessoas recebiam algum tipo de educação; já na Ásia Central, mais de 97% das pessoas não sabiam ler e escrever.


Para os bolcheviques, educar os jovens não era o único objetivo – também era essencial instruir os adultos analfabetos, envolvê-los na ressurreição econômica e industrialização do país e na criação de um paraíso socialista. “Não se pode construir uma sociedade comunista em um país analfabeto”, declarou Vladímir Lênin.

Em 26 de dezembro de 1919, os bolcheviques adotaram um decreto para a “eliminação do analfabetismo”, conhecido como Likbez (abreviação russa de “likvidatsia bezgramotnosti”). A lei tornava obrigatória a alfabetização em russo (ou no idioma nativo da pessoa) para todos os cidadãos entre 8 e 50 anos.

Diversos Postos para a Eliminação do Analfabetismo (Likpunkts) foram estabelecidos em pequenos vilarejos e grandes cidades por todo o país. Nesses locais, as pessoas estudavam o básico de escrita, leitura e matemática – e de “analfabetas”, transformavam-se nos chamados cidadãos com “alfabetização básica”.


O conhecimento Geográfico sempre foi, é e será estratégico!




Com o tempo, as matérias estabelecidas pelo Likbez foram mudando e se aperfeiçoando. Em 1925, a alfabetização política básica tornou-se outro curso obrigatório.



Para consolidar os resultados, o Estado estimulava ativamente a leitura. “Se você não ler livros, esquecerá como ler e escrever!”, lia-se nos pôsteres soviéticos da época. Os alunos nota “A” eram elogiados e recompensados.

O dia útil foi reduzido em duas horas com créditos salariais concedidos a quem comparecia aos Lipunkts. Quem não estudava, porém, era estigmatizado e, às vezes, até processado.

O povo soviético aprendia gramática também por meio de cartazes, slogans, jornais para os cidadãos com “alfabetização básica” – além das cartilhas ideológicas, cheias de frases como “Não somos escravos” e “Estamos trazendo paz ao mundo”. Enquanto aprendiam gramática , as pessoas absorviam simultaneamente os ideais comunistas.



Mais de 50 milhões de adultos estudaram gramática durante os primeiros 20 anos após o decreto. No início da década de 1940, quase 90% das pessoas entre 16 e 50 anos eram, de uma forma ou de outra, alfabetizadas.

Fonte:

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

RÚSSIA CAI DE POSIÇÃO EM GASTOS MILITARES. ELA JÁ OCUPOU O TERCEIRO LUGAR E HOJE OCUPA O SEXTO LUGAR.

Com cortes no orçamento militar, Rússia sai do top 5 mundial de gastos com defesa.

Com a contínua redução de gastos militares, a Rússia deixou o top 5 de países que mais gastam com defesa no mundo. O país figura agora no sexto lugar da lista, com investimentos de US$ 61 bilhões, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI).
Cinco anos atrás, Moscou ocupava o 3º lugar no ranking.
Embora os investimentos russos em defesa tenham caído 7,7% quando comparados com o ano anterior, os gastos mundiais no setor continuam crescendo e atingiram o pico de US$ 1,82 trilhão em 2018 – um volume 24% superior ao registrado em 2008.
De acordo com o levantamento do SIPRI, os EUA permanecem na liderança do ranking, com orçamento militar de US$ 649 bilhões, seguidos por China (US$ 250 bilhões) e Arábia Saudita (US$ 68 bilhões). 
Orçamento adaptado
Necessidade e suficiência tornaram-se os princípios fundamentais dos programas militares russos após a última crise econômica de 2014, quando os preços do petróleo despencaram junto com o rublo, a moeda nacional russa.

O governo do país decidiu então parar de investir na manutenção de sistemas caros e obsoletos, bem como incentivar o desenvolvimento de armamentos novos.
Atualmente, cerca de 50% do orçamento anual do Ministério da Defesa russo é destinado à compra e criação de sistemas de armas de nova geração; entre 2018 e 2027, o país pretende gastar quase US$ 370 bilhões nessa área.
Os aspectos mais onerosos do programa de modernização incluem a compra de aviões de combate e a criação do primeiro míssil hipersônico para os militares.
Armas de nova geração
Os mísseis hipersônicos, considerados a principal arma da próxima década, são prioridade dentre os novos equipamentos que exigem investimento considerável.
O míssil russo Kinjal, por exemplo, deve ser adaptado para uso em aviões de ataque MiG-31. Esses mísseis permitirão atingir alvos a uma distância de mais de 2.000 km, ultrapassando todos os sistemas de defesa antiaérea existentes.

Outra arma esperada é o caça de quinta geração Su-57, que entrou em produção no final de 2018, quando o governo assinou o acordo com o fabricante, Sukhôi.
Os Su-57 foram projetados para competir no mercado internacional com os modelos americanos Raptor e Lightning II. O primeiro lote de doze caças foi entregue ao Ministério da Defesa da Rússia no ano passado. Os outros 76 aviões do tipo deverão se juntar às forças aéreas ao longo dos próximos anos.
Fonte:


ÁGUA! ÁGUA!!! Pela primeira vez, água é detectada em um planeta que fica em "zona habitável"

Com oito vezes a massa da Terra, esse planeta é o primeiro encontrado pelos cientistas que possui indícios de água e está localizado para além do Sistema Solar.

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Onde há água, há vida? Graças a informações obtidas pelo telescópio espacial Hubble, pesquisadores constataram a presença de água em forma de vapor na atmosfera de um planeta que está localizado para além do Sistema Solar e fica em uma região conhecida como "zona habitável" — ou seja, possui algumas características que possibilitam condições mínimas para o possível desenvolvimento de formas de vida, como uma distância adequada em relação à sua estrela.

Publicada nesta quarta-feira (11 de setembro) no periódico científico Nature Astronomy, a pesquisa é considerada um marco na história da Astronomia. "Encontrar água em um planeta potencialmente habitável é incrivelmente animador. Isso nos traz a uma questão fundamental: a Terra é única?", escreveu Angelos Tsiaras, principal autor do trabalho. Veja uma representação artística do planeta:

De acordo com os estudos, o planeta K2-18b possui oito vezes a massa da Terra e está localizado a 110 anos-luz de nosso planeta (cada ano-luz equivale a 9.461.000.000.000 quilômetros). Ao verificar os dados obtidos pelo Hubble, os pesquisadores afirmaram que o planeta orbita a estrela anã K2-18 e provavelmente possui uma atmosfera diferente da Terra, apresentando índices mais severos de radiação e sendo mais "hostil" ao possível desenvolvimento de vida.

O K2-18b foi descoberto pela primeira vez em 2015 e é um dos planetas chamados de "super-Terras", que possui uma massa superior ao nosso planeta, mas não conta com características tão colossais como Júpiter ou Saturno. Para constatar a presença de vapor de água, os astrônomos utilizaram um algoritmo para processar as informações captadas pelo telescópio Hubble: de acordo com o estudo, também foram identificados os elementos hidrogênio e hélio na atmosfera do K2-18b.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

ITAJUÍPE ESTÁ CLASSIFICADA PARA A SEGUNDA FASE DA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS



O município de Itajuípe estará representado na segunda fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas pela aluna Fernanda Santana de Souza, da Escola Municipal Professor Diógenes Vinhaes, 9º ano do turno vespertino.

Sob a coordenação e orientação da professora Luciene Alves Carvalho Reis, os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II, se empenharam bastante para que a escola obtivesse um resultado positivo. O esforço foi recompensado!  

A Olimpíada de Física é considerada uma das mais complexas pelos os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II. A matéria Física começa a ser tratada mais  especificamente  nessa série, sendo o primeiro contato mais direto que eles têm com essa área do conhecimento. 

Agora é torcer para que Fernanda consiga um bom resultado nessa segunda fase.

Estamos com Fernanda, torcendo pelo seu sucesso!

O Território Litoral Sul - BA, composto pelos 26 municípios: Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Una e Uruçuca. Estará representado na Olimpíada de Física das Escolas Públicas pelos municípios: Barro Preto, Itabuna e Itajuípe. Serão 11 estudantes realizando a segunda fase da Olimpíada.

O município de Barro Preto lidera a participação no Ensino Médio com 05 alunos classificados. Itabuna contribui com 05 alunos, sendo 03 do Ensino Médio e 02 do Ensino Fundamental II, e Itajuípe com 01 aluno, no Ensino Fundamental II.

Escolas que se credenciaram para a Olimpíada de Física 2019, no Território Litoral Sul:

COLÉGIO ESTADUAL LOMANTO JUNIOR - BARRO PRETO

COLÉGIO ESTADUAL EDUARDO CATALÃO - ILHÉUS

IFBA - CAMPUS ILHÉUS - ILHÉUS

COLÉGIO DA POLICIA MILITAR - CPM ANTONIO CARLOS MAGALHÃES - ITABUNA

COLÉGIO ESTADUAL JOSUÉ BRANDÃO - ITABUNA

COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE MÉDICI - TEMPO INTEGRAL - ITABUNA

COLÉGIO MODELO LUIS EDUARDO MAGALHÃES - ITABUNA

COMPLEXO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE ITABUNA - CIE ITABUNA ANTIGO DONA AMÉLIA AMADO - ITABUNA

COLÉGIO POLIVALENTE DE ITAJUÍPE - ITAJUÍPE

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR DIÓGENES VINHAES - ITAJUÍPE

COLÉGIO ESTADUAL DE SERRA GRANDE - URUÇUCA

IF-BAIANO - CAMPUS URUÇUCA  - URUÇUCA

Alunos classificados para a 2ª fase da Olimpíada de Física das Escolas Públicas.

1º ano - Ensino Médio
ALEXANDRE SILVA SOUSA  - ITABUNA
LAURA CARVALHO SILVA - ITABUNA
TIAGO OLIVEIRA SANTOS - BARRO PRETO

2º ano - Ensino Médio
NALANDA GUIMARÃES CLÁUDIO - BARRO PRETO

3º - Ensino Médio
ANA GABRIELLY DE OLIVEIRA ARAUJO - BARRO PRETO
DANIELE FRANCISCA SANTOS - BARRO PRETO
MONALISA BISPO BERTO DOS SANTOS - ITABUNA
VANESSA DE OLIVEIRA DA CRUZ - BARRO PRETO

9º ano Fundamental II 
FERNANDA SANTANA DE SOUZA - ITAJUÍPE
KAUANE SANTIAGO GOES - ITABUNA
PETRICK RIBEIRO MENDES - ITABUNA

Fonte:


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

UFBA LANÇA BOIA QUE FORNECE INFORMAÇÕES SOBRE CONDIÇÕES DO MAR


A boia foi lançada pela UFBA e FURG. Na foto, membros das duas instituições.
Apaixonados pelo mar, seja na vida pessoal ou profissional, têm agora um importante instrumento para se informar sobre as condições do mar. A primeira boia oceanográfica e meteorológica do Norte e Nordeste foi instalada na Baía de Todos os Santos (BTS), em 03 de agosto, e está sob a responsabilidade do curso de Oceanografia da UFBA. O equipamento é capaz de fornecer informações sobre a velocidade dos ventos, altura das ondas, temperatura da água, salinidade, concentração de clorofila, entre outras variáveis. Autossustentável, a boia é alimentada com energia solar e faz parte do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta), uma rede integrada de plataformas flutuantes ou fixas – atualmente, nove estão ativas no país -, capaz de coletar diariamente dados oceanográficos e meteorológicos, que ficam disponíveis no site do projeto, administrado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG): http://www.simcosta.furg.br. Em quatro anos de funcionamento, o projeto já permitiu estudos originais de variabilidade de parâmetros oceanográficos nunca antes estudados no país.
Além do site nacional do SIMCosta, as informações coletadas na Baía de Todos os Santos – que é a terceira maior baía do Brasil, com 1.233 km², atrás apenas das de São Marcos e São José (MA) – também estão disponíveis no endereço do  Sistema de Monitoramento e Previsão Oceanográfica da Baía de Todos os Santos, em https://btsoceanografia.ufba.br/. O site inclui dados adicionais, resultado de outros projetos do curso de Oceanografia da UFBA entre 2012 e 2015. Em ambos os sites, as informações estão disponíveis gratuitamente. “O fato de termos condição de continuar um monitoramento que já existiu e foi interrompido irá permitir entender melhor as variações da oceanografia da Baía de Todos os Santos, que têm sofrido os efeitos das mudanças do clima regional. Observa-se, por exemplo, uma forte tendência de aridificação do clima em toda a região nordeste nas últimas décadas (Recôncavo Baiano, inclusive), ou seja, o clima está se tornando mais seco e mais quente. A Baía de Todos os Santos está se tornando mais salgada, e em vários momentos no verão ela se torna um tanque de evaporação”, afirma Guilherme Lessa, professor de Oceanografia da UFBA.
Ele destaca alguns benefícios resultantes do uso das boias na costa brasileira. O leque de informações científicas que se pode prover com os dados alcança as áreas de física, química, geologia e biologia. “Do ponto de vista acadêmico, essas informações são valiosíssimas”, assegura. Lessa explica que não é apenas a Academia que colhe benefícios: a gestão pública se torna mais eficaz a partir das informações geradas pela boia. “A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, utiliza resultados do modelo matemático desenvolvido pela startup i4sea em colaboração com a UFBA para gerenciar o tráfego de passageiros entre Salvador e a Ilha de Itaparica. A depender das condições de mar previstas, e da leitura das boias em tempo real, a Capitania dos Portos aciona uma bandeira amarela, laranja ou vermelha para o tráfego”, destaca. Essa previsão, conforme explica, permite às pessoas que dependem da travessia possibilidades de se organizar melhor, decidindo entre ir de ferry ou lancha, por exemplo.
O uso da boia pode tornar também mais eficiente o funcionamento do porto. “A praticagem [serviço de auxílio de condução de embarcações em manobras de atracação e desatracação nos portos] precisa ter conhecimento das condições do mar para avaliar as dificuldades que terá para atracar o navio”, diz. Dessa forma, destaca ele, a gerência de tráfego repercute na vida social e econômica do município de uma forma geral. Além da melhoria do planejamento de atividades profissionais, o público interessado em lazer e esporte marítimo passa a ter uma relação mais intimista com o mar a partir da existência de informações em tempo real”, conta Lessa. O Sistema de Monitoramento e Previsão Oceanográfica da Baía de Todos os Santos disponibiliza as previsões sobre ventos, ondas e correntes para até três dias seguintes. Em breve estará fornecendo previsões sobre as condições de mar desde o farol da Barra até a ilha de Itaparica e Mont Serrat. A manutenção da boia é facilitada através da cooperação com o Yatch Clube da Bahia, que disponibiliza embarcação para acesso à boia.
Confira:

Fonte: 
UFBA / EdgarDigital

JOVEM FICA CEGO APÓS PASSAR ANOS COMENDO SÓ BATATA FRITA, PÃO E PRESUNTO

Um rapaz de 17 anos, que vive em Bristol, na Inglaterra, perdeu a visão por se alimentar, desde a infância, com um número muito restrito de alimentos – e opções pouco saudáveis. "A dieta dele era essencialmente uma porção de batata frita de uma loja local, todos os dias”, contou ao canal BBC Denize Atan, médica que tratou o garoto no Bristol Eye Hospital. “Ele costumava comer também batata frita de saquinho e, às vezes pão branco, fatias de presunto e nenhuma fruta ou vegetal.”
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O caso do menino, que sofre de transtorno alimentar restritivo, foi descrito por médicos em um estudo publicado no jornal Annals of Internal Medicine. Os efeitos dos maus hábitos alimentares surgiram quando o garoto tinha 14 anos e começou a reclamar de cansaço. Mas, aparentemente, ele era saudável: tinha peso e altura adequados para a idade e não apresentava sinais visíveis de desnutrição. 
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Porém, bastou uma bateria de exames para os médicos perceberem que o jovem estava com abstinência de vitamina  B12, essencial para formar células sanguíneas, hormônios e gorduras, além de ajudar o cérebro a trabalhar. A falta do nutriente – que está presente em peixes, carnes, laticínios e ovos – pode causar uma doença chamada neuropatia óptica, que leva à cegueira.
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Como o rapaz não seguiu as recomendações médicas de tomar suplementos com a vitamina B12, três anos depois, aos 17, ele voltou ao hospital já sem conseguir enxergar direito. “Ele não conseguia dirigir e achava muito difícil ler, ver TV e reconhecer rostos”, relatou Atan.

FONTE:


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

AFROFLIX REÚNE 100 FILMES QUE ROMPEM NARRATIVA ESTEREOTIPADA SOBRE POPULAÇÃO NEGRA

Seis mulheres selecionam audiovisuais em que pelo menos um afrodescentente participe da direção, roteiro ou atuação.

Gisele Brito

Cena do documentário Mwany, do alagoano Nivaldo Vasconcelos. Site conta com filmes de dez estados - Créditos: Reprodução
Cena do documentário Mwany, do alagoano Nivaldo Vasconcelos. Site conta com filmes de dez estados / Reprodução

Cerca de 100 filmes de dez estados que contam com a participação de negros em pelo menos uma área técnica da produção estão disponíveis no Afroflix, plataforma de pesquisa online lançada na última quarta-feira (17). Os filmes são enviados por seus autores e passam por uma curadoria da equipe do projeto, composta por seis mulheres afrodescendentes.
Apesar do nome, o site tem muitas diferenças em relação ao Netflix. Uma delas é que, enquanto a plataforma internacional disponibiliza filmes via streaming, esta iniciativa não armazena os vídeos, mas os linka para sua fonte original (seja o YouTube, o Vimeo ou o site do filme, por exemplo). A plataforma reúne filmes que já estão na internet, organizados de forma a facilitar a busca de referências.
"A gente não baixa o vídeo. Não gera visualizações para nós. Todo play que é dado vai para o próprio realizador. E já estamos recebendo retornos de que as visualizações aumentaram. Tem sido bem legal", afirma a cineasta Yasmin Thayná, idealizadora do projeto e diretora e roteirista de Kbela - O Filme, lançado em 2015.
O site também indica vlogs, programas, séries e videoclipes e não conta com nenhum tipo de financiamento. Todo ele foi produzido por meio da cooperação das participantes do coletivo. "É uma ideia para o futuro, um sonho nosso para que possamos ter conteúdos originais. Séries originais, filmes. A ideia é trabalhar no campo da produção, difusão e formação. Mas para isso precisamos de investimento", pondera Yasmin. 
Para assistir ou disponibilizar obras, acesse http://www.afroflix.com.br/.

Origem da ideia

Outras diferenças em relação ao Netflix são a gratuidade e a vontade de enegrecer as narrativas contadas no país. "Tem uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro que aponta que entre o ano 2002 e 2012, ou seja, em dez anos de cinema nacional, não teve nenhum filme dirigido por mulheres negras, nenhum filme escrito por mulheres negras e apenas 2% dos filmes produzidos no país são protagonizados por pessoas negras. Devem sair 100 filmes por ano, então multiplica isso por dez. É um número assustador", afirma Yasmin Thayná. "Muitos desses filmes são feitos com dinheiro público. Isso significa que o grupo que representa a maior parcela da população não está recebendo recursos", destaca.
Foi justamente durante os debates ocorridos após as exibições de Kbela,filme que trata da transição capilar de mulheres negras, que Yasmin teve a ideia inicial para criar o Afroflix. "Nos debates surgiam muitas perguntas sobre novas formas de divulgação de cinema, de novas formas de tornar as produções com foco em protagonismo negro mais visíveis no Brasil, já que tínhamos um número bastantes expressivo delas", explica Yasmin.

Novas narrativas

A cineasta enfatiza que a ideia não é apenas para negros, por isso basta que haja um em pelo menos uma das áreas de produção do filme. Mas pondera que o principal critério para que o filme seja incluído na curadoria do site é a criação de novas narrativas.
"Tem gente disputando esse campo da imagem que media nossas relações. A imagem é muito poderosa. É o que faz você acreditar nas coisas, dita o seu gosto. Então, é muito importante produzir narrativas alternativas àquelas que colocam o negro o tempo todo como bandido ou empregada doméstica. Essas produções do Afroflix tentam produzir outros sentidos. As características principais das produções é a desconstrução da narrativa clássica, da visão que se tem sobre o negro".
Edição: Camila Rodrigues da Silva
FONTE:

Brasil de Fato