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Vírus é muito contagioso, mas cerca de 97% dos doentes se recuperam. Doença causou quase 3 mil mortes em três meses; tuberculose mata 1,5 milhão por ano.
China Daily/Reuters)
São Paulo — Enquanto o brasileiro pulava carnaval, o coronavírusvoltava a chacoalhar os mercados globais diante de novos surtos em lugares como Irã e na Itália. A sensação é de que a ampliação da epidemia é questão de tempo, e o próprio Brasil confirmou seu primeiro caso nesta quarta-feira (26).
Grande parte da preocupação mundial com a doença é econômica, já que seu epicentro ocorre na China. A segunda maior economia do mundo está enfrentando ruas vazias, comércios fechados, fábricas interrompidas e voos cancelados, gerando uma série de efeitos cascata.
Já são quase 80 mil casos e 3 mil mortes no país desde o início dos registros em dezembro. A doença é muito contagiosa, mas relativamente pouco letal. No mundo, os dados apontam para 80.239 casos confirmados e 2.700 mortes, um índice de letalidade de 3,4%. Fora da China, esse porcentual é de 1,4%.
Todos os 12 que morreram até agora no surto na Itália, por exemplo, eram idosos e a maioria tinha outros problemas de saúde.
Do ponto de vista de escala de mortalidade, o coronavírus ainda não compete com uma série de outras doenças infecciosas que existem há muito mais tempo e estão entre as principais causas de morte no mundo, especialmente em países de baixa renda.
Tuberculose
Em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas contraíram tuberculose no mundo e 1,5 milhão morreram da doença, que mata mais gente do que o HIV e a Malária juntos.
O maior número de novos casos foi no Sudeste Asiático (44%), seguido por países da África (24%) e do Pacífico Ocidental (18%). No mesmo ano no Brasil, 72 mil pessoas foram diagnosticadas e 4,5 mil morreram em decorrência da doença.
A tuberculose é causada por bactérias que afetam, principalmente, os pulmões. A transmissão é feita de pessoa para pessoa através do ar, por meio de tosse, espirro ou cuspe.
Nos últimos anos, o número de mortes por tuberculose vem diminuindo constantemente — mas apesar de a doença ter tratamento e cura, sua carga permanece alta entre populações de baixa renda, pouco acesso ao sistema de saúde e em situação de vulnerabilidade e baixa imunidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima um déficit de US$ 3,3 bilhões para prevenção e tratamento da doença. No ano passado, o financiamento internacional para isso foi de US$ 0,9 bilhão.
Hepatites B e C
As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas em todo o mundo e levam 1,34 milhão à óbito anualmente. Elas são as principais causas do câncer de fígado.
A transmissão mais comum da hepatite B é a perinatal, de mãe para filho, ou por transmissão horizontal pela exposição ao sangue infectado. É possível haver transmissão sexual.
Já a hepatite C é mais comumente transmitida por contato com sangue contaminado, seja por transfusão, acidentes com material contaminado ou drogas injetáveis. A transmissão sexual é rara.
Segundo a OMS, a baixa cobertura de testes e tratamentos é o principal obstáculo para atingir a meta global de eliminar a infecção até 2030.
Na população brasileira foram identificados em 2018 cerca de 13 mil casos de hepatite B e 26 mil de C, que levaram à óbito 2 mil pessoas.
HIV/AIDS
A OMS classifica a o vírus do HIV como um dos maiores problemas globais de saúde pública. Só em 2018, 770 mil pessoas morreram por complicações pela doença e 1,7 milhão de pessoas foram infectadas. Desde que o vírus surgiu, são 75 milhões de infectados e 32 milhões de mortes.
O HIV pode ser transmitido através da troca de uma variedade de fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, leite materno, sêmen e secreções. Não há infecção através do contato diário comum, como beijar, abraçar, apertar as mãos ou compartilhar objetos pessoais.
Nas últimas décadas a doença teve um avanço considerável, tanto em termos de tecnologia quanto de acesso, na prevenção, diagnóstico, tratamento e assistências médicas eficazes a quem contrai o HIV.
Hoje existem aproximadamente 37,9 milhões de pessoas que têm o vírus, mas que vivem de forma saudável e com carga viral indetectável.
No Brasil, a epidemia é considerada estabilizada e são 866 mil pessoas vivendo com o vírus. Nos últimos cinco anos, o número de mortes pela doença caiu 22,8%, de 12,5 mil em 2014 para 10,9 mil em 2018.
Gripe
Uma das doenças mais comuns do mundo é a gripe, que anualmente leva cerca de 650 mil pessoas à óbito devido a complicações respiratórias.
Em 2018, o Brasil registrou aumento de 194,4% no número de mortes por gripe em relação ao mesmo período de 2017: 839 contra 285 no ano anterior. O número de casos também mais que duplicou no período, com 4 mil infecções em 2018, contra 1.782 em 2017.
A doença vive variações periódicas, em versões tanto transmitidas por animais, como a H1N1, como pandemias, como a “Gripe Espanhola”, e as sazonais, que aparecem principalmente no inverno.
Com vacinas para prevenir a maior parte das gripes, a OMS desenvolveu uma Estratégia Global de Gripe para 2019-2030. O objetivo é fortalecer a prevenção, o controle e a preparação para futuras pandemias.
Malária
A malária é causada por parasitas que são transmitidos às pessoas através das picadas de mosquitos fêmeas infectados. A doença não tem vacina, mas é evitável e pode ser curada.
Em 2018, o número estimados de casos de malária no mundo chegou a 228 milhões, com 405 mil óbitos. A doença tem predomínio em países subdesenvolvidos, principalmente no continente africano. Em 2018, a região abrigava 93% dos casos e 94% das mortes pela doença.Apesar da
estatística recente, as mortes por malária caíram 42% desde o ano 2000. Mas o fato de ela estar concentrada em áreas tropicais de menor peso econômico e renda mais baixa torna elas menos atrativas do ponto de vista da pesquisa farmacêutica.
Este é um dos motivos que levaram o bilionário Bill Gates a investir através da sua fundação bilhões de dólares em busca de uma vacina.
No Brasil, a OMS estima que houve cerca de 218 mil casos em 2017, mas não há estimativas de mortes.
Meningite
A meningite é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus, bactéria ou fungo, que atinge cerca de 1 milhão de pessoas por ano no mundo.
O grande desafio para o tratamento da meningite, é que normalmente é difícil reconhecer a doença nos estágios iniciais, já que os sintomas podem ser semelhantes aos da gripe comum
A meningite bacteriana, que é a forma mais grave e comum da doença, causa cerca de 170 mil mortes em todo o mundo a cada ano. Em 2018, o Brasil registrou 934 casos e 282 mortes.
Cólera
Com menos precisão de informações sobre transmissão e mortes, é estimado que a cada ano haja 143 mil mortes em todo o mundo por conta da cólera.
Em 2016, último dado disponível, foram reportados 132 mil casos e 2.420 mortes, mas a OMS considera que há subnotificação porque ela costuma ocorrer em países pouco desenvolvidos.
A doença consiste em uma infecção diarreica aguda causada por comer ou beber alimentos ou água que está contaminada com uma bactéria.
Além de vacina, a maioria dos pacientes com cólera pode ser tratado através da administração imediata de solução de reidratação oral (SRO).
Raiva
O vírus da raiva (Lyssavirus) infecta mamíferos e é transmitido aos seres humanos através da saliva, normalmente por mordida de cachorro. A infecção pela doença é fatal em mais de 99% dos casos, o que a torna uma das mais mortais do mundo.
Não existe tratamento após o início dos sinais ou sintomas, mas há a profilaxia pós-exposição (PEP), chamada de vacina anti-rábica, que impede eficazmente a doença. Anualmente, cerca de 59 mil pessoas morrem por conta da raiva.
Febre amarela
A febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente, e pode causar desde doença febril autolimitada até doença hepática grave com sangramento.
Anualmente, a estimativa é que a febre atinja 200 mil pessoas e cerca de 30 mil mortes a cada ano. O Brasil teve 483 mortes por febre amarela entre julho de 2017 e junho de 2018. A propagação da doença é evitável via vacina.
Dengue
Presente em 141 países, a cada ano cerca de 390 milhões de pessoas no mundo são infectadas pela dengue e 25 mil pessoas morrem da doença.
Em 2019, o Brasil registrou o segundo maior número de mortes por dengue em 21 anos, com 754 mortes, atrás apenas de 2015, ano da pior epidemia já registrada. O número de casos prováveis da doença ultrapassou 1,5 milhão.
A incidência global cresceu muito nas últimas décadas e, hoje, 40% da população mundial têm risco de contrair a infecção transmitida por mosquitos fêmeas principalmente da espécie Aedes aegypti.
Ebola
A doença do vírus Ebola (DVE) é considerada uma das mais graves e mata em um a cada dois casos. Os primeiros surtos foram em aldeias remotas na África Central, perto de florestas tropicais, nos anos 70.
Entre 2014 e 2016, houve o maior e mais complexo surto na África Ocidental, que resultou em 28 mil casos e 11 mil mortes.
Desde julho de 2019, a República Democrática do Congo vive uma epidemia da doença, ainda não controlada. Até agora, há 3,4 mil casos e 2,2 mil mortes.
AS BOLHAS DE CRESCIMENTO FANTASIOSOS DA BOLSA DE VALORES BRASILEIRA ESTÁ MOSTRANDO A SUA FACE.
Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados
Em meio à crise gerada pelo
coronavírus, o mercado financeiro está em um dia de forte turbulência. A bolsa
de valores de São Paulo, a B3, já acionou duas vezes o circuit break somente
nesta quinta-feira (12) e o dólar chegou a superar R$ 5.
O circuit breaker é acionado em
momentos de forte queda de preço dos papéis negociados na bolsa. O acionamento
é feito em três estágios: quando o índice Ibovespa desvaloriza 10% em relação ao
valor de fechamento do índice do dia anterior, a negociação é interrompida por
30 minutos; após reabertas as negociações, caso a variação atinja oscilação
negativa de 15% em relação ao valor de fechamento do dia anterior, a negociação
é novamente interrompida por uma hora. Com as negociações reabertas, se o
Ibovespa cair 20% em relação ao índice de fechamento do dia anterior, a B3 pode
determinar a suspensão da negociação por um período a ser definido.
A primeira interrupção dos
negócios foi por volta 10h20, quando o Ibovespa caiu 11,65%. Por volta de
11h15, o índice caía 15,43% e o circuit break foi acionado novamente.
Dólar
Na manhã de hoje, o dólar chegou
a R$ 5,01 mas houve redução na cotação com a atuação do Banco Central (BC). No
primeiro leilão, foram ofertados US$ 2,5 bilhões, com US$ 1,278 bilhão em
propostas aceitas. Em seguida, o BC ofertou US$ 1,250 bilhão e vendeu US$ 332
milhões. Houve ainda uma terceira ação para injetar US$ 1 bilhão, mas nenhuma
proposta foi aceita.
Por volta das 13h40, o dólar
estava cotado a R$ 4,87. O Ibovespa registrava queda de 19,6%, aos 68.488
pontos.
Além da crise do coronavírus, o
mercado reage à tensão política, com a aprovação ontem pelo Congresso Nacional
da ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), com estimativa de gastos
extras em R$ 20 bilhões.
BC e Tesouro
O Tesouro Nacional comunicou na
manhã desta quinta-feira que fará leilões de compra e venda de títulos
públicos, em coordenação com o Banco Central, entre hoje e o próximo dia 18. “O
objetivo da atuação é fornecer suporte ao mercado de títulos públicos, garantindo
bom funcionamento desse e de outros mercados correlatos”, diz comunicado do
Tesouro.
Em outro comunicado, o Tesouro
anunciou o cancelamento de leilão de Letras Financeiras do Tesouro Nacional
(LFT), programado para esta quinta-feira. “O Tesouro Nacional seguirá
acompanhando a evolução das condições de mercado, para garantir o bom
funcionamento do mercado de títulos públicos e de outros mercados correlatos”.
O avanço do novo novo coronavírus (Covid-19) levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar pandemia (epidemia em nível mundial) da doença ― e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suspender por 30 dias os voos entre seu país e a Europa.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira que o órgão está “profundamente preocupado” com "níveis alarmantes de propagação e severidade, bem como com níveis alarmantes de inação”.
O novo coronavírus já atinge mais de 118.000 pessoas em 114 países. O anúncio de pandemia fez com que a bolsa brasileira suspendesse a operação pela segunda vez na semana (circuit breaker), após o Ibovespa cair mais de 10% nesta quarta à tarde. “Pelo menos 4.291 pessoas perderam a vida e milhares estão lutando nos hospitais para sobreviver”, declarou. “Avaliamos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia”.
Após o Ministério da Saúde atualizar o número de infectados no Brasil para 52, o hospital Albert Einstein divulgou que confirmou mais 16 casos em São Paulo ― esse número só deve ser acrescido nesta quinta-feira ao balanço nacional.
Aluna do IF Baiano apresenta projeto de biocarrapaticida em evento na Espanha.
A aluna do curso técnico em alimentos do Campus Catu, Ana Luiza dos Santos, representou o IF Baiano no evento científico Exporecerca Jove, que ocorreu entre os dias 26 e 29 de fevereiro em Barcelona, na Espanha. A estudante de 18 anos apresentou no evento um projeto de pesquisa sobre o controle de carrapatos em bovinos a partir dos extratos de duas plantas: a arruda e o neem.
O projeto, que também tem a participação da estudante Ewellin Serafim, está em desenvolvimento há cerca de um ano e é orientado pelos professores do IF Baiano, Saulo Luis Capim e Morgana Brasileiro. O trabalho consiste na produção de um biocarrapaticida capaz de combater carraças em bovinos e assegura uma eficiência de 95 a 99%.
Ana Luiza conta que o projeto começou através da observação pessoal da eficiência da arruda no processo de combate a dor de ouvido. “Foi então que começaram as pesquisas sobre a planta. Pensei na possibilidade de elaborar um projeto de pesquisa na área da saúde. Só que nos próprios estudos, percebi que já existiam projetos que envolviam a arruda na área. Como estudamos em uma escola agrotécnica, resolvemos mudar o enfoque da pesquisa”.
Junto aos professores e à colega de turma, foi descoberto que o extrato, não só da arruda como o do neem podem colaborar com o processo de eliminação de carrapatos em bovinos. “E foi com essa inovação que conseguimos levar o nosso trabalho a outro continente”, comenta a estudante.
Segundo o professor Saulo Capim, a aluna apresentou o trabalho na 21ª edição do Exporecerca Jove, em Barcelona, e foi elogiada por outros pesquisadores. “A participação da Ana Luiza no evento foi maravilhosa e ela pôde representar a instituição com um excelente projeto”, avalia o professor e orientador do trabalho, Saulo Luís Capim.
A Exporecerca Jove acontece anualmente desde o ano de 2000 e conta com a participação de alunos do ensino médio de todo o mundo. A apresentação dos trabalhos consiste na exposição de stands personalizados, os quais recebem visitas de pesquisadores, cientistas e curiosos da cidade de Barcelona e outros países.
“Foi muito importante esse evento. Foi uma experiência única poder conviver com pessoas de diferentes países, trocar conhecimentos e ampliar minha visão sobre culturas. Isso me faz refletir e confirmar a importância da educação científica dentro das escolas”, concluiu a estudante Ana Luiza que ainda pretende investir em mais pesquisas na área.
Bolsonaro e Guedes já queimaram US$ 42 bilhões das reservas acumuladas nos governos do PT e vão vender ainda mais.
O Banco Central anunciou ontem segunda-feira, 9, a realização de leilão de dólares à vista hoje, 10, referenciado à Ptax.
Ontem segunda-feira, o BC realizou vendeu US$ 3 bilhões em leilão à vista referenciado à Ptax, pela manhã. À tarde, a autoridade monetária realizou outro leilão à vista, com a venda de US$ 465 milhões.
AS RESERVAS CAMBIAIS QUE SALVARAM O BRASIL DA CRISE EM 2008, TRATADA COMO MAROLA POR LULA NA ÉPOCA, ESTÁ SALVANDO O GOVERNO ATUAL DE UMA CRISE AINDA MAIOR!
Paulo Guedes sempre quis TORRAR essas reservas, era um desejo dele desde agosto de 2019. Não ENTENDE NADA DE ECONOMIA, MAS DE MERCADO FINANCEIRO E BENEFÍCIOS A QUEM TEM APLICAÇÕES EM BOLSA DE VALORES É COM ELE!
No fim de semana, muitas áreas de instabilidades vão atuar sobre grande parte do Nordeste do Brasil e grandes volumes de chuva poderão ser observados.
No sábado, o sistema meteorológico chamado de "cavado" estará atuando no sul da Bahia e vai colaborar para espalhar muitas áreas de instabilidade sobre a região. O tempo fica bem fechado em grande parte da Bahia e a região de Vitória da Conquista pode voltar a registrar grandes volumes de chuva. O alerta é para o risco de temporais em quase todo o estado. Somente o norte da Bahia, é que o sol aparece mais forte, mas mesmo assim há condições para pancadas de chuva de moderada a forte intensidade com raios e rajadas de vento.
Foto: Ryan Carlos - Vitória da Conquista - BA
No Maranhão e o Piauí, as condições de chuva também aumentam. O tempo fica mais instável com previsão de chuva a qualquer hora e risco de temporais. De Aracaju a João Pessoa, o sol brilha forte e não chove. Em Natal, o sol aparece faz calor e a chuva acontece de forma passageira.
No Ceará, áreas de agreste e sertão da Paraíba e de Pernambuco o sol aparece e por causa do calor e da umidade alta há condições para pancadas de chuva de moderada a forte intensidade com raios e rajadas de vento.
No domingo, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) espalha muitas áreas de instabilidade sobre a costa norte do Nordeste entre Maranhão, Piauí e Ceará e provoca várias pancadas de chuva a qualquer hora do dia com risco de chuvas fortes. Por outro lado, a costa leste do Nordeste, terá um domingo de muito sol e tempo firme.
O centro-sul da Bahia, continua com tempo bastante instável com previsão de chuva no decorrer dia com risco de chuvas fortes, principalmente no sul da Bahia. Nas demais áreas da Região, predomínio de sol aumento de nuvens e pancadas de chuva com raios e rajadas de vento.
A Semana Fashion Revolution 2020 debaterá os temas consumo, composição das roupas, condições de trabalho e incentivo às ações coletivas.
O movimento global Fashion Revolution luta por uma indústria da moda mais limpa e justa e propõe temas para serem debatidos ao longo do ano e durante a Semana Fashion Revolution – principal campanha que em 2020 acontece de 20 a 26 de abril. Este ano os temas da campanha são: Composição, Condições de Trabalho, Ação Coletiva e Consumo. “Os temas representam uma visão sistêmica do problema e apontam possibilidades para que as soluções sejam trabalhadas”, diz Fernanda Simon, diretora executiva do movimento no Brasil.
A mensagem do movimento se baseia na questão do consumo global de moda que continua a ganhar velocidade em níveis insustentáveis e se baseia em uma cultura de descartabilidade. Em todo o mundo, são produzidas inúmeras roupas, a partir de materiais não sustentáveis, muitas das quais acabam incineradas ou em aterros. O Fashion Revolution prega que é necessário repensar todo o sistema, passando de um modelo construído sobre o consumo excessivo e a descartabilidade para um modelo circular, em que os materiais e produtos podem ser utilizados por muito mais tempo.
A maior parte das roupas são feitas de materiais e processos que requerem a extração de recursos naturais não renováveis e produzem impactos ambientais negativos consideráveis. O poliéster, por exemplo, representa cerca de 60% da produção global de fibras, e utiliza cerca de 342 milhões de barris de petróleo por ano (dados da Ellen MacArthur Foundation, 2017). Não é sustentável que a indústria do poliéster continue utilizando recursos virgens em sua produção. Desde a criação dessa fibra, em 1941, a utilização do poliéster vem crescendo exponencialmente na indústria da moda, e ao considerar que essa fibra pode levar até 400 anos para se decompor, todo o poliéster produzido nos últimos 80 anos ainda existe em algum lugar do planeta. Para estimular mais transparência e informações sobre a composição das roupas, o Fashion Revolution lança a hashtag #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas, para assim aprofundar o questionamento sobre a maneira como as roupas são produzidas.
Sobre a questão das condições de trabalho, há mais pessoas escravizadas hoje do que nunca antes na história. Milhões de pessoas são forçadas a trabalhar, com baixos ou nenhum pagamento, e sob ameaças e violência. Do trabalho infantil nas plantações de algodão ao trabalho forçado nas fábricas de vestuário, a indústria global da moda é uma das que mais contribuem para a escravidão moderna, mas este continua a ser um crime oculto. O Fashion Revolution incentiva maior transparência na cadeia de valor, do campo à fábrica e para os centros de distribuição, a fim de eliminar as diversas formas de exploração.
Assim como os temas complexos de consumo, composição e condições de trabalho, o movimento também se debruça no poder das ações coletivas, entendendo que ações individuais são importantes, mas não são suficientes para trazer a mudança sistêmica necessária a fim de acabar com a exploração das pessoas e do planeta. O que não se pode alcançar sozinho, pode ser defendido coletivamente, tanto para produtores da cadeia de valor quanto para consumidores e ativistas. As pessoas que fazem as roupas estão mais aptas a conseguir melhores salários e condições quando têm uma voz coletiva no local de trabalho. É por isso que os sindicatos são uma força crucial para a mudança.
Com a Semana Fashion Revolution 2020, o movimento alcança uma nova proporção ao promover debates aprofundados e envolver outros atores da sociedade para marcar a história da moda rumo a um setor mais transparente, ético e limpo.