quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: POR QUE A SIMPLES TRANSMISSÃO DE CONTEÚDOS JÁ NÃO ATENDE AOS ANSEIOS DAS "JUVENTUDES?"

Investigação 
 

Pesquisa como princípio pedagógico 

A produção acelerada de conhecimentos, característica deste novo século, traz para as escolas o desafio de fazer com que esses novos conhecimentos sejam socializados de modo a promover a elevação do nível geral de educação da população. O impacto das novas tecnologias sobre as escolas afeta tanto os meios a serem utilizados nas instituições educativas, quanto os elementos do processo educativo, tais como a valorização da ideia da instituição escolar como centro do conhecimento; a transformação das infraestruturas; a modificação dos papeis do professor e do aluno; a influência sobre os modelos de organização e gestão; o surgimento de novas figuras e instituições no contexto educativo; e a influência sobre metodologias, estratégias e instrumentos de avaliação. 

O aumento exponencial da geração de conhecimentos tem, também, como consequência que a instituição escolar deixa de ser o único centro de geração de informações. A ela se juntam outras instituições, movimentos e ações culturais, públicas e privadas, além da importância que vão adquirindo na sociedade os meios de comunicação como criadores e portadores de informação e de conteúdos desenvolvidos fora do âmbito escolar. 

Apesar da importância que ganham esses novos mecanismos de aquisição de informações, é importante destacar que informação não pode ser confundida com conhecimento. O fato dessas novas tecnologias se aproximarem da escola, onde os alunos, às vezes, chegam com muitas informações, reforça o papel dos professores no tocante às formas de sistematização dos conteúdos e de estabelecimento de valores. 

Uma consequência imediata da sociedade de informação é que a sobrevivência nesse ambiente requer o aprendizado contínuo ao longo de toda a vida. Esse novo modo de ser requer que o aluno, para além de adquirir determinadas informações e desenvolver habilidades para realizar certas tarefas, deve aprender a aprender, para continuar aprendendo. 

Essas novas exigências requerem um novo comportamento dos professores que devem deixar de ser transmissores de conhecimentos para serem mediadores, facilitadores da aquisição de conhecimentos; devem estimular a realização de pesquisas, a produção de conhecimentos e o trabalho em grupo. Essa transformação necessária pode ser traduzida pela adoção da pesquisa como princípio pedagógico. 

É necessário que a pesquisa como princípio pedagógico esteja presente em toda a educação 164 escolar dos que vivem/viverão do próprio trabalho. Ela instiga o estudante no sentido da curiosidade em direção ao mundo que o cerca, gera inquietude, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na busca de informações e de saberes, quer sejam do senso comum, escolares ou científicos. 

Essa atitude de inquietação diante da realidade potencializada pela pesquisa, quando despertada no Ensino Médio, contribui para que o sujeito possa, individual e coletivamente, formular questões de investigação e buscar respostas em um processo autônomo de (re)construção de conhecimentos. Nesse sentido, a relevância não está no fornecimento pelo docente de informações, as quais, na atualidade, são encontradas, no mais das vezes e de forma ampla e diversificada, fora das aulas e, mesmo, da escola. O relevante é o desenvolvimento da capacidade de pesquisa, para que os estudantes busquem e (re)construam conhecimentos. 

A pesquisa escolar, motivada e orientada pelos professores, implica na identificação de uma dúvida ou problema, na seleção de informações de fontes confiáveis, na interpretação e elaboração dessas informações e na organização e relato sobre o conhecimento adquirido. 

Muito além do conhecimento e da utilização de equipamentos e materiais, a prática de pesquisa propicia o desenvolvimento da atitude científica, o que significa contribuir, entre outros aspectos, para o desenvolvimento de condições de, ao longo da vida, interpretar, analisar, criticar, refletir, rejeitar idéias fechadas, aprender, buscar soluções e propor alternativas, potencializadas pela investigação e pela responsabilidade ética assumida diante das questões políticas, sociais, culturais e econômicas. 

A pesquisa, associada ao desenvolvimento de projetos contextualizados e interdisciplinares/ articuladores de saberes, ganha maior significado para os estudantes. Se a pesquisa e os projetos objetivarem, também, conhecimentos para atuação na comunidade, terão maior relevância, além de seu forte sentido ético-social. 

É fundamental que a pesquisa esteja orientada por esse sentido ético, de modo a potencializar uma concepção de investigação científica que motiva e orienta projetos de ação visando à melhoria da coletividade e ao bem comum. 

A pesquisa, como princípio pedagógico, pode, assim, propiciar a participação do estudante tanto na prática pedagógica quanto colaborar para o relacionamento entre a escola e a comunidade.

Fonte: 

Portal do MEC

sábado, 21 de novembro de 2020

TENHAM CALMA! NA "DEMOCRACIA" NORTE-AMERICANA, NEM SEMPRE QUEM TEM MAIS VOTOS DA POPULAÇÃO GANHA A ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE.


E FIQUE SABENDO: NÃO ESTÁ HAVENDO A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE, ESTÁ HAVENDO A ELEIÇÃO DOS DELEGADOS!!

A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE SERÁ EM 14 DE DEZEMBRO DE 2020, QUANDO OS 538 DELEGADOS ESCOLHERÃO O PRESIDENTE!

Na "democracia" estadunidense, se vota diretamente no presidente da república, mas não se elege diretamente. Que isso fique bem claro para início de conversa! 

Apesar de na urna se votar no seu candidato, é o Colégio Eleitoral composto por 538 assentos que escolhem o presidente através dos seus votos. 

Detalhe POUCO DEBATIDO pela imprensa mundial e escondida na imprensa norte americana: EXISTEM OUTROS CANDIDATOS ALÉM DOS MIDIÁTICOS REPUBLICANOS E DEMOCRATAS! Inclusive eles são tão "democráticos" que em alguns Estados, nem nas cédulas eleitorais esses candidatos aparecem. Apesar, de não terem chances reais de ganhar, DEMOCRACIA É DEMOCRACIA ou não é? Ou tem níveis?

Conheça os candidatos que a mídia não divulga ou oportuniza espaço:

Roque 'Rocky' De La Fuente é o candidato do Partido da Aliança para a presidência dos Estados Unidos. Darcy Richardson compõe a chapa como vice.

Jo Jorgensen é professora de psicologia da Clemson University e candidata pelo Partido Libertário em chapa composta com Jeremy ‘Spike’ Cohen como vice.

Howie Hawkins concorre pelo Partido Verde ao lado de Angela Nicole Walker. Ele conquistou a indicação do partido em junho, após ganhar mais de 176 delegados durante as primárias.

Don Blankenship concorre como candidato do Partido da Constituição. Seu companheiro de chapa é William Mohr.

Kanye West concorre como membro independente de seu próprio partido, que ele batizou de "Birthday Party", em um trocadilho com a palavra "party", que pode ser entendida como "partido" ou "festa". Michelle Tidball, uma pregadora do Wyoming que se define como "coach da vida bíblica", é a vice na chapa.

Gloria La Riva é a candidata do Partido para o Socialismo e Libertação à presidência dos EUA. Sunil Freeman acompanha a chapa como vice. Ela já foi candidata  a presidência ou vice-presidência por 10 VEZES.

Alyson Kennedy concorre ao lado de Malcolm Jarrett pelo Partido Socialista dos Trabalhadores. 

Brock Pierce concorre em uma chapa independente com Karla Ballard como vice. Candidato independente SEM PARTIDO.

Brian T. Carroll é um professor aposentado e concorre pelo Partido da Solidariedade Americana, criado em 2011. Seu companheiro de chapa é Amar Patel.

Vamos a mais um detalhe das eleições americanas: NÃO EXISTE UM TSE POR LÁ. Quem "indica" os vencedores é a IMPRENSA baseada nas projeções das pesquisas. Pense isso no Brasil!!!!! Ninguém lá bate martelo! 

Por não ser obrigatório o voto nos EUA, não existe VIA DE REGRA, voto do exterior. O cidadão deve estar nos EUA para poder votar. E como cada Estado tem sua legislação, tudo vai depender das Leis de cada Estado americano.


Os Estados de cor azul venceu Biden. Os Estados de cor vermelha venceu Trump.

Binden venceu nesses estados:

Arizona, Califórnia, Colorado, Conecticute, Delaware, Geórgia, Hawaii, Illinois, Maine, Maryland, Massachusetts, Michigan, Minesota, Nevada, New Hampshire, New Jersey, New Mexico, Nova Iorque, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Vermonte, Virgínia, Washington e Wisconsin.

Biden: 77,98 milhões de votos (50,8%), com 306 delegados

Trump 72,66 milhões de votos (47,4%), com 232 delegados

No exemplo acima, Biden está ganhando em números confortáveis de delegados e no somatório da população. Mas, nem sempre é assim!

No ano de 2000, Al Gore teve mais votos da população que George W. Bush, porém, perdeu a eleição nos votos dos delegados.

Em 2016, Hillary Clinton teve mais votos populares que Donald Trump, mas perdeu nos votos dos delegados.

E nos anos de 1888, 1876 e 1824, foram anos em que os candidatos que tiveram mais votos diretos, perderam por conseguirem menor número de delegados.



O Estado da Geórgia recontou os votos e por três vezes fez anúncios de vitória. Na terceira confirmou de vez a vitória de Biden. Agora os 16 delegados do Estado devem votar em Biden no dia efetivo da eleição  presidencial: 14 de dezembro próximo.

Porém, é preciso dizer que: OS DELEGADOS NÃO SÃO OBRIGADOS A VOTAR EM QUEM GANHOU NO SEU ESTADO. Não há Lei específica que os obrigue e nem tão pouco punições severas. Tudo depende da fidelidade do escolhido como delegado.

Contagem de votos nos EUA

Na história das eleições americanas já ocorreram 90 votos contrários ao indicado pelo partido que indicou o delegado. Nenhum mudou desses votos mudou o resultado das eleições. Mas, isso pode ocorrer numa votação muito apertada. Na eleição de 2016, 07 delegados mudaram seus votos para presidente.

Não se esquecer que isso também pode ocorrer nos votos para vice-presidente!!

Isso é uma complicação!!!

Interessante anotar que, muitas das vezes que isso ocorreu, o delegado "traidor", votou em outro candidato fora dos dois partidos que dominam com MÃO DE FERRO as eleições americanas.








terça-feira, 17 de novembro de 2020

ALGUÉM ACREDITOU QUE O PARTIDO DOS TRABALHADORES TINHA SOFRIDO UMA AVASSALADORA DERROTA ELEITORAL EM 2020? SINTO MUITO EM LHE INFORMAR: CRESCEMOS E FOI MUITO!


NOTA PÚBLICA | PT Bahia | Eleições 2020

Fechamos mais um processo eleitoral. A democracia se fortalece e, por todo o Brasil, a chama da esperança reascende com a visível derrota do bolsonarismo. Na Bahia, as eleições municipais consolidaram a vitória do nosso projeto, este projeto que vem mudando a Bahia há 14 anos e onde a Base do Governo elegeu prefeitos e prefeitas em aproximadamente 350 cidades.

Subimos de 762.365 para 1.119.698 milhões de votos majoritários; elevamos de 315 para 426 o número de vereadores e vereadoras petistas; e elegemos 32 prefeitos – sendo oito companheiras mulheres. Graças à força da nossa militância, a Bahia foi o estado que mais elegeu prefeitos do PT no país.

Mas a batalha não se encerrou no último domingo. Temos uma importantíssima missão pela frente: vencer o segundo turno nas cidades de Feira de Santana e Vitória da Conquista. Conclamamos os filiados, militantes, dirigentes e parlamentares do PT de toda a Bahia para se juntar às campanhas de Zé Neto e Zé Raimundo. Vamos mostrar nossa vitalidade para eleger estes dois valorosos companheiros e libertar Feira e Conquista das amarras do atraso e do retrocesso.

Agradecemos a todos e todas que construíram nossas campanhas pela Bahia inteira e desejamos muita sorte aos novos eleitos.

Sigamos na luta!

Salvador, 16 de novembro de 2020

Fonte: Partido dos Trabalhadores Bahia

                                                   Éden Valadares Presidente do PT Bahia

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

ITAJUÍPE RECONHECEU A GESTÃO MARCONE AMARAL E LÉO DA CAPOEIRA E RENOVOU POR MAIS 04 ANOS SEUS MANDATOS.


Marcone Amaral e Léo da Capoeira. Mandato RENOVADO!

A vitória da chapa Marcone/Léo, foi dentro do que a pesquisa de intenção de votos divulgada na semana da eleição indicava: 55% acima, E FOI:

2020
Marcone Amaral:  56,84% ------------> 7.126 votos válidos
Sí Dantas:              40,83% ------------> 5.119 votos válidos
DIFENÇA:                                             2007 votos.


2016
Marcone Amaral: 52,51% ----------> 6787 votos válidos
Sí Dantas:              47,49% ----------> 6.139 votos válidos 
DIFERENÇA:                                     648 votos


2012
Gilka Badaró: 49,94% ----------> 6.285 votos válidos 
Sí Dantas:        44,13% ------> 5.553 votos válidos.
DIFERENÇA:                          732 votos

Acessado em 16/11/2020

Para a candidata Sí Dantas esta foi a sua pior eleição em resultados percentuais e em diferença de votos. 

Não é fácil enfrentar uma gestão que apresenta de maneira geral uma aprovação entre regular, bom e ótimo de mais de 70% da população. É preciso ter mais que discursos é preciso ter propostas.

A gestão Marcone Amaral/Léo da Capoeira, primou pela LEGALIDADE, MORALIDADE e EFICIÊNCIA. Tanto é verdade que não se tem nenhuma denúncia, julgamento ou condenação por improbidade administrativa. Tem equívocos? Sim, os têm. Poderia ter avançado mais em alguns setores? Sim, poderia. Porém, no somatório do realizado e do como foi realizado, o resultado é muito, muito positivo.

Itajuípe já não aceita pagamento de salários como mérito de governança, isso é obrigação legal. Mesmo sendo obrigação legal, muitos deixaram para trás esse princípio da legalidade e AFUNDARAM A PREFEITURA EM PRECATÓRIOS TRABALHISTAS. Precatórios que comprometem até os dias de hoje a eficiência administrativa do município.

Por ser a terceira tentativa da candidata ao executivo municipal, era esperado que viesse renovada, com propostas mais concretas, que saísse do lugar comum, construir uma alternativa ao que está sendo produzido pela governança atual. Ao contrário: veio com o mesmo discurso, as mesmas promessas genéricas e com uma fala com forte toque amargo, como ficou demonstrado no debate realizado pela Rede Portal. 

Ao longo dos últimos três anos viu seu grupo político minguar. Perdeu simpatizantes, apoiadores, financiadores e vereadores. Não teve a competência de manter coeso e articulado seu grupo político. Faltou articulação, composição e recomposição.

A gestão Marcone Amaral/Léo da Capoeira, sabedora que a candidata derrotada em 2016, vinha em crescimento de 2012, conforme dados acima, procurou logo de início neutralizar possíveis pontos nevrálgicos e que servissem de trampolim para a oposição se promover. Deu certo! Pouco restou à oposição para críticas. E o pouco restado não era agravante de uma gestão, era ponto de discussão e recomposição.

O executivo municipal logo tomou ciência e consciência que, com os recursos próprios e os repasses de Lei, não conseguiria ir além do pagamento da folha de servidores em dia. Buscou-se pela primeira vez na história de Itajuípe uma relação com deputados Estadual e Federal que fosse além da oferta de votos vezeira e costumeira na cidade. Foi estabelecido uma parceria de governança, onde os deputados antes de eleitos contribuíam com a municipalidade e esta lhe devolveria em votos na PRÓXIMA ELEIÇÃO. 

Acordado e feito. Várias emendas parlamentares vieram para a cidade. Os votos foram dados! Uma nova relação foi estabelecida: VOCÊS NOS REPRESENTAM E NÓS OS MANTEMOS NOS REPRESENTANDO. Um avanço!

Ao contrário da oposição que tem a tradição de a cada eleição de mudar de partido e nas eleições para deputados apoiar candidatos diferentes e até de linhas políticas adversárias históricas. Um erro estratégico sem igual! Ou interesse particular sem compromisso político. Não nos cabe julgar!

A fidelidade partidária de Marcone Amaral é um diferencial na política itajuipense: foi eleito prefeito pelo PSD. Na eleição para deputados, senadores, governador e presidente, apoiou deputado federal do PSD, senador do PSD, deputado estadual do partido do governador e apoiou o governador e candidato a presidente do seu grupo político. Disputou a reeleição pelo mesmo PSD. Isso o qualifica para voos maiores na política estadual e quiçá nacional. Fidelidade política é coisa rara e por isso muito valorizada.

Agora é assumir mais 04 anos e continuar o projeto que em apenas 04 anos não foi possível concretizar.

Sucesso Marcone Amaral e Léo da Capoeira!!! Itajuípe no caminho certo!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A INCRÍVEL PROMONIÇÃO DE DIAS GOMES EM SUCUPIRA: O PREFEITO BOICOTA A VACINA DO ADVERSÁRIO. A REALIDADE É MUITO MAIS FANTÁSTICA QUE A FICÇÃO!


Odorico Paraguaçu com as irmãs Cajazeiras. Foto: Reprodução

Há 47 anos, entrava no ar a novela:

"O Bem Amado"

Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, segue fazendo escola. Depois de todo esse tempo, ele continua muito atual.

VAMOS TWITTAR!

Luis Nassif Twitter

VAMOS FICAR ATENTOS À RESOLUÇÃO Nº 23.610, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2019. ARTIGO 87, INCISO IV. DIVULGAR PROPAGANDA ELEITORAL VIA INTERNET EM REDES SOCIAIS NO DIA DA ELEIÇÃO É PROIBIDO.

   

                                                      CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES PENAIS RELATIVAS À PROPAGANDA ELEITORAL

Art. 87. Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta centavos) a R$ 15.961,50 (quinze mil, novecentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos) (Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 5º, I a IV):

I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata;

II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna;

III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos;


IV - a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações de internet de que trata o art. 57-B da Lei nº 9.504/1997, podendo ser mantidos em funcionamento as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.

§ 1º O disposto no inciso III deste artigo não inclui a manutenção da propaganda que tenha sido divulgada na internet antes do dia da eleição.

§ 2º As circunstâncias relativas ao derrame de material impresso de propaganda no dia da eleição ou na véspera, previstas no § 7º do art. 19 desta Resolução, poderão ser apuradas para efeito do estabelecimento da culpabilidade dos envolvidos diante do crime de que trata o inciso III deste artigo.

Fonte:

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

PANDEMIA DE COVID: POR QUE HÁ TANTAS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO SOBRE O CORONAVÍRUS?



Cerca de 26 mil pessoas de 25 países participaram da pesquisa realizada pelo YouGov-Cambridge Globalism Project, em parceria com o jornal britânico The Guardian.

Desde que a pandemia do coronavírus estourou, passaram a ser bem mais proeminentes na mídia as vozes de cientistas explicando como é o novo vírus, as formas complexas como ele interage em nosso corpo e os últimos avanços nas pesquisas em busca de uma vacina e de um tratamento eficazes. No entanto, o acesso fácil — e principalmente de graça — a informações científicas confiáveis, explicadas em termos simples, não tem sido suficiente para impedir a proliferação de teorias da conspiração que não têm qualquer base científica.

As ideias de que o Sars-CoV-2 foi deliberadamente criado em um laboratório pela indústria farmacêutica de olho no lucro com a venda de uma vacina, ou que foi espalhado pelos governos da China ou dos Estados Unidos, ou que é disseminado por meio do sinal 5G, são aceitas por um número significativo de pessoas em todo o mundo, segundo revelou uma pesquisa global feita recentemente. Entre as mais populares está a teoria que questiona a veracidade do número de mortos — que ,em 2 de novembro, passava de 1,2 milhão de pessoas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Das cerca de 26 mil pessoas de 25 países que participaram da pesquisa realizada pelo YouGov-Cambridge Globalism Project, em parceria com o jornal britânico The Guardian, cerca de 40% em países como México, Grécia, África do Sul e Polônia consideraram que o número de vítimas é muito menor do que o relatado. Esse percentual só foi superado na Nigéria, onde 60% dos participantes consideram esse número um exagero.

No entanto, a teoria que tem, de longe, o maior número de seguidores é aquela que sustenta que há "um único grupo de pessoas que secretamente controla os eventos e governa o mundo" além dos governos nacionais. Essa ideia, indica a pesquisa, foi classificada como "definitiva ou provavelmente verdadeira" por 78% dos nigerianos, 68% dos sul-africanos, 55% dos espanhóis, 47% dos poloneses, 45% dos italianos, 37% dos Americanos, 36% dos franceses e 28% dos britânicos entrevistados.

TEMPOS DE INCERTEZA

Por que a pandemia se tornou um campo fértil para o surgimento de teorias da conspiração? "Não é uma surpresa", disse à BBC News Mundo Stephan Lewandowsky, professor de psicologia cognitiva da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e especialista em desinformação. "Qualquer situação assustadora em que as pessoas sintam que estão perdendo o controle de suas vidas tornará algumas delas suscetíveis a teorias da conspiração."

"Nos Estados Unidos, por exemplo, as teorias da conspiração aparecem toda vez que há um tiroteio em massa, como o que ocorreu na Sandy Hook Elementary School (2012). Elas aparecem um ou dois dias depois e duram bastante tempo." "Esse é basicamente o pano de fundo. E uma pandemia é o caso supremo de algo que assusta as pessoas e as deixam em dúvida."

Em meio a esse mar de perguntas sem respostas, as teorias da conspiração cumprem a função psicológica de oferecer alívio para as pessoas que acreditam nelas, "porque agora elas têm alguém para culpar pelo que está acontecendo". Os perigos que elas criam, especialmente em tempos de pandemia, são muitos. Aqueles que acreditam nelas têm maior probabilidade de ignorar as recomendações sanitárias — como o uso de máscaras, manter distanciamento social ou lavar as mãos com frequência — para limitar a propagação da doença e, no pior dos casos, cometer atos de violência.

GRUPOS VULNERÁVEIS

Nem todos nós somos igualmente suscetíveis a cair nessas explicações falaciosas da realidade. "Os jovens tendem a acreditar mais do que os mais velhos nas teorias conspiratórias. E as pessoas com um nível de educação mais elevado têm menos probabilidade de acreditar nelas", afirmou à BBC Karen Douglas, professora de psicologia social na a Universidade de Kent, no Reino Unido.

O vínculo com a tendência política, por outro lado, é mais complicado. "Pessoas nos extremos — tanto à direita quanto à esquerda — tendem a acreditar fervorosamente nelas, ao contrário da ideia geral de que as teorias da conspiração são domínio da direita", diz Douglas.

Quanto aos traços de personalidade que nos tornam comparativamente mais vulneráveis, a situação também não é tão preto no branco. "Os psicólogos se afastaram da ideia de que há um perfil do 'teórico da conspiração', porque o contexto é muito importante", explica a psicóloga à BBC Mundo. "Em vez disso, elas parecem atrair pessoas quando necessidades psicológicas importantes delas não estão sendo atendidas: a primeira está relacionada ao conhecimento e à certeza. A segunda está relacionada à necessidade de segurança e a terceira, de se sentir bem consigo mesmo."

A BUSCA POR UM CULPADO

É difícil prever que tipo de teoria surgirá em uma determinada crise, nem quais durarão mais tempo. Sobre a teoria que acusa a tecnologia 5G de espalhar a covid-19, que ganhou força no início da pandemia e desencadeou uma queima de antenas de telefonia celular em diferentes partes do mundo, Lewandowsky lembra que, no passado, circulou uma ideia muito semelhante.

"Na pandemia de gripe em 1918, havia pessoas que pensavam que a gripe era causada por ondas de rádio de longa distância." "Alguém juntou duas coisas invisíveis: um vírus e ondas de rádio. A maioria não entende nenhum dos dois, então, se você ligá-los, (a teoria) pode colar." 

Assim, as ondas de longa distância e a tecnologia 5G tornam-se "um alvo que pode ser atacado ou responsabilizado", acrescenta o especialista.

Em relação à teoria do exagero da letalidade do vírus, a função dela é mais evidente.

O atrativo é que "a vida cotidiana não deve ser afetada como está agora. É uma desculpa para desconsiderar as restrições recomendadas e continuar como se nada estivesse acontecendo", diz Douglas. "Isso faz você se sentir melhor", afirma Lewandowsky. "Se você pode descartar uma ameaça, sua vida fica muito mais fácil. Você não tem nada com que se preocupar e você não tem medo de nada."

Todas essas teorias têm um elemento em comum: uma profunda desconfiança sobre tudo o que é oficial (podem ser organizações internacionais, governos, grande imprensa etc).

"Não há nada que os teóricos da conspiração acreditem estar livre de corrupção. O que muda (nessas teorias) é como elas se manifestam", diz o especialista. Embora não seja responsabilidade dos governos, Lewandowsky acredita que "quanto mais ambígua e confusa a mensagem oficial, mais terreno os divulgadores de teorias da conspiração ganham para vender sua mensagem".

COMO LIMITAR SEU IMPACTO

Quando se trata de reduzir seu impacto, a imprensa tem um papel complexo. "Acredito que, com poucas exceções, a imprensa geralmente tem feito um trabalho bastante razoável de reportagem sobre a covid", diz o pesquisador da Universidade de Bristol. No ponto de vista dele, ignorar as teorias da conspiração não é uma opção porque isso contribui para o seu florescimento, mas "levá-las a sério também prejudica o discurso público, porque há evidências de que as pessoas que estão expostas a elas, mesmo que não acreditem, perdem confiança no governo, nas burocracias ou na sociedade."

O que se pode fazer é recorrer à chamada "inoculação", que consiste em alertar com antecedência que, dada a situação, surgirão teorias da conspiração e que todas se caracterizam pelos mesmos defeitos. "Há evidências de que isso funciona", diz Lewandowsky. O especialista esclarece que, embora os números revelados pela pesquisa sejam elevados, os defensores linha-dura das teorias da conspiração não são muitos. "Os números são altos, mas de todas essas pessoas que parecem apostar nessas teorias, muitas não acreditam nelas com tanta veemência. Apenas se convencem delas para poder dormir à noite. Se você pedir que articulem o que pensam, o argumento desmorona. É apenas um escudo protetor."

Fonte:

Academia de Ciências da Bahia

Fonte: BBC News Brasil (Laura Plitt - BBC News Mundo)