quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO: ENTENDA SUA IMPORTÂNCIA E AS RAZÕES DE VÁRIAS GUERRAS E BLOQUEIOS ECONÔMICOS PARA TER OU CONTROLAR SUAS RESERVAS!

Foto: Divulgação


Há dois séculos, ele é o emblema da industrialização e do capitalismo. Suas propriedades são notáveis, mas a lógica de infinitude associada a ele nos projetou em crise ambiental e civilizatória. Substituí-lo exigirá criar outra sociedade.

O petróleo bruto, convencional, tornou-se a substância mais decisiva e determinante na evolução da civilização humana. Não há outro recurso que possua a mesma densidade energética por unidade de massa e volume; nenhum é tão versátil e contínuo, nem tão fácil de transportar e armazenar: um litro de diesel contém a energia suficiente para fazer um caminhão de 40 toneladas andar ao longo de três quilômetros. Nenhuma bateria elétrica conseguiria fazer o mesmo.

SEM PETRÓLEO, NÃO HÁ GLOBALIZAÇÃO!

Energia é economia: não existe produção de bens ou de serviços que não envolva o consumo de energia fóssil. O PIB é proporcional ao consumo de petróleo. A globalização não teria sido possível sem a potência energética do petróleo. A economia industrial moderna, em escala global, não funciona sem os hidrocarbonetos que movimentam sem parar bilhões de turbinas de combustão e motores diesel. Quando alguém fala sobre o fim da era dos combustíveis fósseis, essa pessoa está falando sobre o fim da globalização — mas, talvez, ela nem saiba disso.

Os derivados do petróleo são absurdamente baratos: um litro de diesel custa menos do que um dólar (média mundial). É mais barato do que uma xícara de café! Se a potência de um galão de diesel, que custa menos do que US$ 4 dólares, tivesse de ser gerada por trabalho humano (pago com o salário mínimo dos Estados Unidos), custaria quase US$ 835 dólares. Como pode uma riqueza energética tão imensa custar tão pouco, como ocorre com o petróleo e seus derivados? Apesar disso, os analistas falam do fim da era dos combustíveis fósseis como se estivessem tratando de um assunto qualquer. Como que a economia global poderia abandonar a substância mais importante e decisiva na história da civilização, se ela é tão barata? É claro! “Nossa consciência sobre as mudanças climáticas é tão forte, que decidimos parar de utilizar o petróleo, de forma voluntária”.

O preço do petróleo está cada vez mais baixo


Mas o seu custo de produção é cada vez mais elevado. À medida em que o petróleo convencional e acessível vai se esgotando, a indústria do petróleo tenta extrair petróleo convencional inacessível debaixo do Ártico ou de áreas em conflito, petróleos não-convencionais (como o petróleo de xisto, areias betuminosas ou petróleo bruto pesado), outros combustíveis líquidos (de gás natural ou biocombustíveis), ou tenta contabilizar ganhos no volume do refinamento (graças a novos procedimentos) como aumentos de produção. Tudo isso ajuda a aparentar uma produção crescente. E até que é verdade, em termos de volume. Mas a questão mais importante na produção de petróleo, não é quantos barris podemos encher, e sim quanto trabalho ou quanta potência ele gera. Esses líquidos, que não servem do mesmo jeito que o petróleo convencional, estão saturando os mercados e gerando uma ilusão de superabundância.

Os petróleos não convencionais representam a produção com maior rapidez de crescimento nos últimos anos, mas só conseguem ser vendidos a preços rebaixados, por causa de sua má qualidade. Um barril de petróleo saudita tem um rendimento líquido de energia, expresso em unidades de trabalho (joules) ou potência (watts), muito mais alto do que um barril de óleo obtido a partir de areias betuminosas em Alberta, Canadá, ou o de um barril de óleo de xisto obtido por fraturamento hidráulico (fracking) em Eagle Ford, Texas. A diferença é tão grande quanto a que existe entre o café expresso e o café americano. A diferença de qualidade é tão grande que, nas palavras de Andrew Leach, “quase qualquer refinaria pode processar petróleo da Arábia Saudita, mas apenas uma grupo de elite das refinarias mais complexas do mundo pode converter o alcatrão de Alberta em gasolina”.

Nos primeiros anos do século XXI, as grandes empresas petrolíferas investiam cada vez mais dinheiro e produziam menos petróleo. Essa situação foi sustentável por certo tempo só porque a economia global conseguia pagar quase que US$ 150 dólares no barril, até o verão de 2008. Mesmo depois do colapso financeiro de 2008, os preços permaneceram na faixa de US$ 90 a 130 por barril, entre 2011 e 2014. Só então os preços começaram a cair e veio a espiral: uma volatilidade alternada de preços baixos, que destroem a oferta; e de preços altos, que destroem a demanda.

Finalmente, como prevaleceram os preços baixos, as petrolíferas acumularam dívidas e recordes negativos nos fluxos de caixa. Ainda assim, os “preços baixos” são “tão altos” do ponto de vista dos consumidores, que a demanda continua caindo. Existe um limite no preço que a economia pode pagar pelo petróleo antes de entrar em recessão. Se a economia paga uma conta petrolífera muito elevada, os consumidores tendem a diminuir o consumo de bens não essenciais e a economia fica estagnada.

A indústria de fracking endividou-se constantemente na última década. A queda do preço reduziu seus ingressos econômicos e as dívidas tiveram que ser refinanciadas, o que não seria possível sem as taxas de juros que banco central norte-americano (Federal Reserve) tem reduzido sistematicamente. O fracking é uma bolha financeira que funciona com a mesma lógica das hipotecas de alto risco ou subprime.

Mas não só o petróleo não convencional está em apuros. Com o aumento dos custos de produção e um cenário de preços baixos, o investimento de capitais na exploração e produção da indústria global de petróleo caiu em 2015 e 2016. Dada a gravidade da situação, a Agência Internacional de Energia (IEA) observou que o fornecimento de petróleo mundial poderia não atender à demanda em 2020, a menos que os investimentos aumentassem. Uma leve recuperação nos anos seguintes não impediu que o investimento em 2019 fosse ainda assim 36% menor do que em 2014. (Para entender o golpe contra Dilma, a Lava Jato e os ataques a PETROBRÁS. E também para compreender a crise na Venzuela IEAIEA 2).

O PAPEL DA PANDEMIA NESSA CRISE GLOBAL

A indústria global de petróleo vem experimentando um impacto inédito em sua história. A IEA calcula que até o final de 2020, o investimento ficará 30% abaixo do realiado em 2019. Sem investimento, a produção cairá e não haverá petróleo disponível quando a economia voltar a demandá-lo normalmente. Se o petróleo convencional já está sofrendo, o fracking está em colapso total. A Chesapeake Energy Corporation, considerada pioneira no setor, anunciou que pode ter de pedir proteção contra falência. E as demissões na indústria do petróleo estão na ordem do dia.

Em abril de 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo chegou a um acordo com outros produtores para reduzir os níveis de produção em mais de 20% durante maio e junho. Muitos países exportadores de petróleo enfrentarão enormes dificuldades com a redução de seus gastos públicos. Os mais debilitados podem vir a sofrer uma “falência petrolífera“: uma situação de instabilidade e violência política derivada de uma redução drástica na renda obtida pelo petróleo.

A pandemia de covid-19 tem atuado como o maior disruptor da história da humanidade, afetando um sistema que já estava em crise. O “coma induzido” da economia global pode ser visto como o “golpe de misericórdia” para a indústria petrolífera, e as consequências serão revolucionárias. A globalização, que tem uma dimensão metabólica inevitável, consiste, essencialmente, em estabelecer um padrão de fluxos globais de matéria e energia. Sem esse padrão de fluxos, a globalização não é possível, independentemente das intenções políticas, dos desejos do consumidor, dos planos de investimento empresarial ou das geoestratégias das grandes potências. A interrupção prolongada do fluxo pode levar a panes simultâneas em escala global.

Isto não é uma apologia ao petróleo. Estou convencido de que as mudanças climáticas em curso (em conjunto com os outros limites do planeta) podem nos levar, em poucas décadas, a atravessar o limiar de um planeta assolado pelo efeito-estufa, incompatível com a civilização humana. Devemos abandonar os combustíveis fósseis e nos refugiar em energias renováveis, apesar de todas as suas limitações. Mas, à medida em que o suprimento global de petróleo diminuir, a economia estará se desglobalizando. E se o processo é caótico, pode também ser violento. O vínculo entre economia e energia é tão próximo que as consequências econômicas da pandemia já causam uma escalada da violência, que já estava em andamento mesmo antes de o elefante entrar na loja de cristais.

O problema não é a pandemia. O problema é que atingimos os limites de produção da energia líquida e da biocapacidade do planeta. Nosso problema tem nome: crise civilizatória. Para sobreviver, precisaremos reinventar tudo: o modo de produzir alimentos, de construir habitação, de nos aquecermos, de nos locomovermos, de nos relacionarmos com a natureza e, principalmente, a forma de nos relacionarmos entre nós todos.

Fontes consultadas:

Outras Palavras 

THE ROYAL SOCIETY

New York Times

SCIENCE DIRECT

SCIENCE DIRECT 2

National Post

Reuters

Excelsior

IEA

IEA 3

FORBES

FORBES 2

The Oil Crash

SCIENCE DIRECT 3

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

PÊNIS MENOR. ENFRAQUECIMENTO DA EREÇÃO: SÃO SEQUELAS DEIXADAS PELA COVID-19, SEGUNDO ESTUDO.



O estudo envolveu mais de 3700 pessoas, após 07 meses de infecção.

Conforme o tempo passa fica mais claro para os cientistas o que a covid-19 provoca no corpo humano a médio prazo. Em um estudo publicado no último domingo (27/12), pela plataforma MedRxiv, mais de 3 mil pessoas (de 56 países diferentes), que haviam sido contaminadas com a doença, compartilharam algumas das sequelas que o vírus provocou após sete meses da infecção.

O estudo apontou que 15% dos homens afirmaram que tiveram algum tipo de disfunção sexual após o início dos sintomas e 3% relataram diminuição no tamanho do pênis. No caso das mulheres, 26% indicaram irregularidade no ciclo menstrual e 8% reclamaram de alguma disfunção sexual.

No total, das 3.762 pessoas do estudo, 19,1% se classificaram como homens, 78.9% como mulheres e 1.7% como gênero não binário.

O mal-estar após esforço físico fica em segundo lugar de reclamação geral, com 72,2% dos envolvidos no estudo (entre 40 a 49 anos) citando o problema. Por fim, a disfunção cognitiva fecha as três principais sequelas relatadas após a infecção de covid, com 55,4 % de reclamação (dos envolvidos no estudo com 40 a 49 anos).

O estudo é assinado pelos pesquisadores Hannah E Davis, Gina S Assaf, Lisa McCorkell, Hannah Wei, Ryan J Low, Yochai Reem, Signe Redfield, Jared P Austin e Athena Akrami.

Fonte:

Correio Braziliense

Characterizing Long COVID in an International Cohort: 7 Months of Symptoms and Their Impact

Hannah E. DavisGina S. AssafLisa McCorkellHannah WeiRyan J. LowYochai Re’em
Signe Redfie

Jared P. Austin

Athena
 Akrami

medRxiv

GERÔNIMOOOOOOOOOOO!!! SABE POR QUÊ EXISTE O COSTUME DE AO SE PULAR DE UM LUGAR MUITO GRITAR GERÔNIMO???


No final do século 19, um famoso chefe Apache chamado Gerônimo, fugia da cavalaria americana perto do forte Sill, no Estado de Oklahoma, até que ficou encurralado na borda de uma ribanceira, em vez de se render, tomou impulso e saltou, montado em seu cavalo. Na queda, antes de afundar no pequeno rio que passava lá embaixo, o índio gritou seu nome com toda a força: “Gerônimooooooooo!”.

Ele não morreu e neste dia, conseguiu fugir!

Anos depois já na Segunda Guerra Mundial, os pára-quedistas americanos assistiram um filme sobre a vida do chefe apache ainda no campo de treinamento em Carolina do Norte e adotaram o grito nos saltos da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército americano sobre a Europa.

Foi o suficiente para viralizar e hoje e comum ouvir o brado: Gerônimo!! De alguém que está saltando de um lugar muito alto!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

UM PAÍS SEM PLANEJAMENTO. UM PAÍS SEM OLHAR PARA O FUTURO. UM PÁIS SEM COMPROMISSO COM O PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL. UM PAÍS QUE NÃO PODE CRESCER. UM PAÍS QUE NÃO PODE CONSUMIR.

                                                                                                              Foto: Divulgação                                                                                    

Presidente da República fala em suas redes sociais em possibilidade de apagões em 2021. Inclusive já começou na rede televisiva campanha do governo para economia de energia!

O nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do País está entre os mais baixos da série histórica.  O órgão, que é responsável por monitorar o fornecimento de energia em todo o país, divulgou nota um dia após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidir retomar o sistema de bandeiras tarifárias, com acionamento da bandeira vermelha patamar dois, o mais caro. 

                                                          Imagem: ABRAÃO WYLLAMS/PREFEITURA DE ÁGUAS BELAS

Segundo o ONS, as afluências (quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas) no Sudeste/Centro-Oeste registraram o terceiro pior resultado da série histórica entre maio e novembro deste ano - época em que se caracteriza o período seco.

Para contornar o problema, o Brasil tem aumentado uso de outras fontes, principalmente termelétricas, e está importando energia da Argentina e do Uruguai. Isso aumenta o custo da eletricidade e foi um dos motivos que levou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a acionar a bandeira vermelha 2, a mais cara para o consumidor.

Planejamento equivocado deixou governo nessa situação.

O governo errou ao não utilizar antes termelétricas mais baratas, como as de gás natural. Agora, o Brasil está apelando para a energia fornecida por termelétricas mais caras (movidas a petróleo e carvão, principalmente), num momento em que a tarifa já está na bandeira vermelha 2.

A pandemia fez os níveis de consumo de energia despencarem junto com a atividade econômica em 2020. Mas, após uma queda histórica no segundo trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 7,7% no terceiro trimestre.

No pior dos cenários do ponto de vista energético, o governo terá que pedir as indústrias que reduzam suas atividades, com o objetivo de evitar um apagão. Essa medida seria um freio para o crescimento econômico e geraria demissões em massa no setor produtivo.

UOL

ESTADÃO CONTEÚDO

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA PUBLICA PORTARIA SOBRE REGRAS PARA APROVEITAMENTO DE ESTUDOS DOS CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO DA BAHIA.



PORTARIA N° 985/2020.

Dispõe sobre as regras de aproveitamento de estudos para os concluintes do Ensino Médio, em todas as ofertas e modalidades integrantes do Sistema Estadual de Ensino da Bahia, em caráter excepcional, em decorrência da situação emergencial de saúde pública, de importância internacional, decorrente do Coronavírus.

 

O SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, que lhe são conferidas pela alínea “h”, do inciso I, do art. 18, do Regimento da Secretaria da Educação, aprovado pelo Decreto nº 8.877, de 19 de janeiro de 2004, tendo em vista a Declaração de Emergência em Saúde Pública, de Importância Internacional, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, em decorrência da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e,

CONSIDERANDO as medidas temporárias de enfrentamento de situação de Emergência em Saúde Pública, adjunta à Lei Federal nº. 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, à Portaria do Ministério da Saúde nº. 188, de 3 de fevereiro de 2020;

CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 19.586, de 16 de março de 2020, que ratifica a declaração de Situação de Emergência em todo o território baiano, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19, e regulamenta, no Estado da Bahia, as medidas temporárias para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;

 

CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 19.549 de 18 de março de 2020, que declara Situação de Emergência em todo o território baiano, afetado por Doença Infecciosa Viral - COBRADE 1.5.1.1.0, conforme a Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional nº 02, de 20 de dezembro de 2016, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19, e dá outras providências;

 

CONSIDERANDO a Resolução CEE/BA nº 27, de 25 de março de 2020, que orienta as instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino sobre o desenvolvimento das atividades curriculares, em regime especial, enquanto permanecerem os atos decorrentes do Decreto Estadual nº. 19.529, de 16 de março de 2020, que estabelece as medidas temporárias para o enfrentamento de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional - ESPIN, para fins de prevenção e enfrentamento à COVID-19;

 

CONSIDERANDO a Lei Nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, que estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020; e altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009;

 

CONSIDERANDO o Parecer CNE/CP nº 5, de 28 de abril de 2020, que trata da reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Destacando-se o item 2.1 Dos Direitos e Objetivos de Aprendizagem;

 

CONSIDERANDO o Parecer CNE/CP nº 11, de 07 de julho de 2020, que trata das Orientações Educacionais para a Realização de Aulas e Atividades Pedagógicas Presenciais e Não Presenciais no contexto da Pandemia. Assim como a retificação do Parecer CNE-CP nº 11, de 15 de julho de 2020;

 

CONSIDERANDO a Resolução CEE/BA nº 50, DE 09 DE novembro DE 2020, que normatiza procedimentos para a integralização da carga horária mínima do ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública e para a reorganização do calendário escolar do ano letivo de 2020, à luz da Lei Federal nº 14.040, de 18 de agosto de 2020.

 

CONSIDERANDO o inciso V do Art. 24 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que trata das regras comuns de organização da Educação Básica, incluindo os critérios de verificação do rendimento escolar;

 

CONSIDERANDO o Art. Nº 14, da Resolução CEE/BA nº 127, de 17 de dezembro de 1997, que trata da verificação do rendimento escolar, desvinculada do controle de assiduidade, basear-se-á em avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os resultados finais;

 

CONSIDERANDO a Resolução CEE/BA nº 14, de 11 de março de 2019, que estabelece normas sobre classificação, reclassificação e regularização da vida escolar de estudantes da Educação Básica nas suas diferentes modalidades, com fundamento nos Artigos 23 e 24 da Lei 9394/96, no Sistema Estadual de Ensino da Bahia;

CONSIDERANDO o inciso VII, do art. 3º da Resolução CEE/BA nº 239, de 12 de dezembro de 2011, que dispõe sobre a oferta da Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Sistema Estadual de Ensino da Bahia;

 

CONSIDERANDO o §2º do art. 52 do Regimento Escolar das unidades integrantes do Sistema Público Estadual de Ensino, aprovado pela Portaria nº 5.872 de 15 de julho de 2011, que faculta ao estudante o direito da realização do aproveitamento de estudos.

 

CONSIDERANDO a Portaria nº 2.116 de 06 de dezembro de 2019, que estabelece novas diretrizes, parâmetros e critérios para o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral - EMITI, em conformidade com a Lei Nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017;

 

CONSIDERANDO a Portaria nº 249 de 21 de janeiro de 2014, que dispõe sobre a implantação, organização e funcionamento do Programa de Educação Integral em unidades escolares da Rede Pública Estadual.

 

RESOLVE:

 

Art. 1º Definir as regras de aproveitamento de estudos para fins de conclusão do Ensino Médio, em todas as ofertas e modalidades do sistema estadual de ensino, para o ano letivo de 2020, para estudantes concluintes, em caráter excepcional, em virtude da situação de emergência de saúde pública, de importância internacional, decorrente do Coronavírus.

Art. 2º Aproveitamento de estudos é o procedimento que as escolas e as unidades certificadoras adotam para compor o resultado final de um curso ou etapa de ensino, por meio dos resultados alcançados em exames, histórico escolar, certificações e outros meios formais.

§ 1º O aproveitamento de estudos valida os saberes e conhecimentos dos estudantes obtidos por meios formais, de modo integral ou complementar.

§ 2º São considerados para fins de aproveitamento de estudos no sistema estadual de ensino, em 2020, para os estudantes concluintes do Ensino Médio, os resultados obtidos:

I) No Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM;

II) No Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos - ENCCEJA;

III) Nos exames de certificação aplicados pela Comissão Permanente de Avaliação - CPA;

IV) Nas atividades com características de terminalidade desenvolvidas pelas Unidades Escolares da rede estadual de ensino, sob coordenação da SEC.

§ 3º O aproveitamento de estudos não é obrigatório, cabendo ao estudante interessado manifestar pessoalmente ou através do seu responsável legal essa opção, na secretaria escolar, dentro dos prazos estipulados pela SEC.

§ 4º O estudante continuará regularmente matriculado, devendo dar continuidade às atividades letivas, conforme o novo calendário escolar de 2020, até a conclusão do Ensino Médio ou quando da obtenção da sua aprovação, se for o caso, por aproveitamento de estudos ou certificação.

Art. 3º Para o aproveitamento de estudos a partir dos resultados no ENEM, no ENCCEJA e/ou na CPA, observar-se-á:

a) Os resultados do ENEM/2020 serão computados integralmente desde que a pontuação média seja igual ou superior a 400 pontos, em cada Área de Conhecimento, e que não seja zerada a redação;

b) Os resultados do ENCCEJA serão computados integralmente desde que a pontuação média seja igual ou superior a 80 pontos, em cada Área de Conhecimento e que não seja zerada a redação;

c) Os resultados parciais iguais ou superiores a 400 pontos no ENEM, e 80 pontos no ENCCEJA, em uma ou mais Áreas de Conhecimento, poderão ser utilizados como resultado parcial para composição da nota final, associada a outras opções.

d) Os resultados dos Exames de Certificação da CPA serão computados integral ou parcialmente desde que a pontuação seja igual ou superior a 5,0 pontos em cada Área de Conhecimento.

e) Para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM) os resultados dos Exames supracitados nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, terão validade, para fins de certificação profissional, mediante a realização de Exame para os componentes específicos da EPTNM e por meio da comprovação de conclusão do Estágio Curricular/Civil ou apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Parágrafo Único: Caberá ao estudante apresentar à unidade escolar a qual está vinculado, dentre outros, os documentos comprobatórios, espelho dos resultados e/ou do boletim de desempenho em uma ou mais das alternativas descritas no Art. 3º, a fim de que seja feita a análise e o eventual aproveitamento dos estudos, nas diferentes Áreas de Conhecimento, para posterior emissão do histórico escolar e do certificado de conclusão.

Art. 4º No caso do aproveitamento de estudos obtido por meio de atividades com características de terminalidade, previstas no inciso IV, § 1º, do Art. 2º, considerar-se-á:

I) Para os concluintes do Ensino Médio regular: média dos resultados acadêmicos da 1ª série e da 2ª série do Ensino Médio, por Área de Conhecimento, somada à média dos resultados dos simulados disponibilizados pela Secretaria de Educação e aplicados pela escola, também por Área de Conhecimento, na proporção de 60% e 40%, respectivamente;

II) Para os concluintes da Educação de Jovens e Adultos: Histórico Escolar dos Eixos V, VI, VII do Tempo Formativo, Etapa 4, do Tempo Juvenil e Tempo de Aprender I e II, acrescidos do resultado dos exames referenciados pela CPA e aplicados pelas unidades escolares, com características de terminalidade;

III) Para os concluintes dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM), na forma articulada Integrada: média dos resultados acadêmicos da 1ª e 2ª séries, para currículos de 3 anos e média dos resultados acadêmicos da 2ª e 3ª séries, para currículos de 4 anos, por Área de Conhecimento da Base Comum Curricular do Ensino Médio, mediante a realização de Exame para os componentes específicos e conclusão do Estágio Curricular/Civil, ou apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

IV) Para os concluintes dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM), na forma articulada integrada PROEJA: média dos resultados acadêmicos do 3º e 4º módulos, por Área de Conhecimento da Base Comum Curricular do Ensino Médio, mediante a realização de Exame para os componentes específicos do 5º módulo e conclusão do Estágio Curricular/Civil, ou apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

V) Para os concluintes dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM), na forma articulada Concomitante e Subsequente: realização de Exame para os componentes específicos do 3º módulo/semestre da EPTNM e por meio da comprovação de conclusão do Estágio Curricular/Civil, ou apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

VI) Para os concluintes da Educação Integral: para a parte comum, serão adotados os mesmos critérios indicados no inciso I deste artigo e, para a parte diversificada, as aprendizagens serão registradas em um único documento avaliativo (diário de bordo, estações dos saberes, relato de experiências ou metodologias e experiências afins), orientado pela unidade escolar onde o estudante tem vínculo de matrícula.

Art. 5º Caberá à unidade escolar a lavratura da Ata de Resultados Finais, com os resultados alcançados pelos estudantes, fazendo constar a assinatura dos membros do Conselho de Classe e Colegiado Escolar.

Art. 6º As Comissões Permanentes de Avaliação - CPA ficam autorizadas, excepcionalmente, a certificarem os resultados obtidos pelo ENEM 2020, para os maiores de 16 anos, concluintes do Ensino Médio.

Art. 7º Os estudantes concluintes do Ensino Médio em 2020 matriculados em unidades escolares não vinculadas à rede estadual de ensino, que desejem promover o aproveitamento de estudos, deverão encaminhar solicitação formal junto a uma unidade escolar da rede estadual no município, acompanhada dos documentos indicados no Parágrafo Único do Art. 3º, dentre outros que venham a ser solicitados.

Parágrafo Único A SEC definirá, no âmbito das suas unidades organizacionais, a competência para a análise, manifestação e emissão dos certificados de conclusão de etapa para os estudantes matriculados em unidades escolares não vinculadas à rede estadual de ensino.

Art. 8º Os casos omissos serão decididos pela Secretaria de Educação da Bahia.

Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

 

Salvador, 18 de dezembro de 2020.

JERÔNIMO RODRIGUES SOUZA

Fonte:

Diário Oficial da Bahia do dia 19 de dezembro


sábado, 19 de dezembro de 2020

O GRANDE CONFRONTO FUTEBOLÍSTICO-FILOSÓFICO: ALEMANHA X GRÉCIA. FINAL NA CIDADE DE MUNIQUE-ALEMANHA!!!

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GRANDE FINAL FUTEBOLÍSTICA-FILOSÓFICA ENTRE: 

ALEMANHA X GRÉCIA

Já antes do nascimento de Cristo se esperava esse confronto! 

Era INEVITÁVEL!

A Grécia vinha selecionando seu "plantel", desde antes de Cristo. A Alemanha também deveria estar selecionando o seu plantel. Mas, como todos já conhecem os alemães: eles adoram uma guerra. E enquanto preparavam seu time, fizeram alguns ataques à Grécia, alguns anos depois do nascimento de Cristo. Nada comprometedor, mas mostrou que a relação iria azedar alguns milhares de anos depois...

A Grécia armou seu selecionado a mais de 2 mil anos atrás e como era de se esperar, não tinham espartanos no time apenas atenienses. Não era uma guerra, como espartanos e os godos(ostrogodos e visigodos) gostariam, era uma atividade esportivo-mental! Não cabiam espadas e escudos.

Os Godos por outro lado, não preparam seu time desde antes de Cristo. Foram invadir e destruir o Império Romano, invadir a Ásia, invadir a África, fazer a I e II Guerras Mundiais. Isso retardou a formação do selecionado. Mas, por fim armaram a seleção foram para o mundial.

Este vídeo mostra a final entre os dois selecionados. Arbitrado por um chinês como não poderia deixar de ser nesse momento da história humana.