Foto: Divulgação
Presidente da República fala em suas redes sociais em possibilidade de apagões em 2021. Inclusive já começou na rede televisiva campanha do governo para economia de energia!
O nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do País está entre os mais baixos da série histórica. O órgão, que é responsável por monitorar o fornecimento de energia em todo o país, divulgou nota um dia após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidir retomar o sistema de bandeiras tarifárias, com acionamento da bandeira vermelha patamar dois, o mais caro.
Imagem: ABRAÃO WYLLAMS/PREFEITURA DE ÁGUAS BELAS
Segundo o ONS, as afluências (quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas) no Sudeste/Centro-Oeste registraram o terceiro pior resultado da série histórica entre maio e novembro deste ano - época em que se caracteriza o período seco.
Para contornar o problema, o Brasil tem aumentado uso de outras fontes, principalmente termelétricas, e está importando energia da Argentina e do Uruguai. Isso aumenta o custo da eletricidade e foi um dos motivos que levou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a acionar a bandeira vermelha 2, a mais cara para o consumidor.
Planejamento equivocado deixou governo nessa situação.
O governo errou ao não utilizar antes termelétricas mais baratas, como as de gás natural. Agora, o Brasil está apelando para a energia fornecida por termelétricas mais caras (movidas a petróleo e carvão, principalmente), num momento em que a tarifa já está na bandeira vermelha 2.
A pandemia fez os níveis de consumo de energia despencarem junto com a atividade econômica em 2020. Mas, após uma queda histórica no segundo trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 7,7% no terceiro trimestre.
No pior dos cenários do ponto de vista energético, o governo terá que pedir as indústrias que reduzam suas atividades, com o objetivo de evitar um apagão. Essa medida seria um freio para o crescimento econômico e geraria demissões em massa no setor produtivo.
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