quarta-feira, 9 de março de 2022

POLÔNIA SE DIZ PRONTA PARA DEIXAR CAÇAS À DISPOSIÇÃO DOS EUA

Nesta terça-feira (8), o governo da Polônia colocou todos seus caças Mikoyan MiG-29 à disposição dos Estados Unidos para que sejam enviados à Ucrânia em apoio à resistência contra a invasão militar da Rússia. Entretanto, o Pentágono sinalizou a proposta como não sendo “sustentável” e afirmou que o governo americano continuará em contato com Varsóvia e outros aliados da Otan sobre a questão.

Segundo comunicado da chancelaria polonesa, as aeronaves podem ser enviadas imediatamente e de forma gratuita à base operada pelos EUA na Alemanha, Rammstein, para serem posteriormente enviadas à Ucrânia. Os ucranianos têm em suas frotas as mesmas aeronaves, portanto, não seria necessário um treinamento adicional para os pilotos locais.

“Ao mesmo tempo, a Polônia solicita aos EUA que proporcionem aviões usados com as correspondentes capacidades operacionais. A Polônia está disposta a estabelecer imediatamente as condições de compra dos aviões”, diz o comunicado.

Polônia na OTAN

Em entrevista coletiva, o chanceler polonês, Mateusz Morawiecki, disse que só tomaria uma decisão final sobre o envio com o aval de todos os países da Otan. “Por isso estamos dispostos a entregar toda nossa frota de caças à Rammstein, mas não estamos dispostos a fazer nenhum movimento por conta própria porque, como disse, não somos parte dessa guerra”, afirmou.

De acordo com a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos do governo americano, Victoria Nuland, os poloneses não consultaram os americanos antes de fazerem a oferta. Mais tarde um porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse em comunicado que a oferta não é “sustentável”.

Durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nuland afirmou que a prioridade, neste momento, é avaliar as necessidades de segurança da Polônia, que compartilha 520 km de fronteiras com a Ucrânia. Hoje, o país é o principal ponto de entrada de refugiados ucranianos.

Fonte:

DCM

 

terça-feira, 8 de março de 2022

CONFLITO, ONDE A CENSURA TRANSFORMA INFORMAÇÃO EM PROPAGANDA


Chegamos a um ponto em que precisamos de adultos na sala, de preferência mulheres, mas adultos, que deixam seus chapéus do lado de fora.

Nunca pensei que me encontraria em uma posição em que veria um mundo bipolar se formando diante dos meus olhos, com oceanos de ódio saindo da boca de políticos ocidentais e dos teclados de jornalistas ocidentais, como catracas do “nós e eles” chegando a proporções astronômicas. Há mais de vinte anos que escrevo sobre meu desejo de ver um mundo multipolar em que a gestão de crises ocorre no Conselho de Segurança das Nações Unidas e em que todos os lados podem sentar-se à volta de uma mesa, ouvir uns aos outros, repito, OUVIR UNS AOS OUTROS e desfazer as crises antes que elas se concretizem.

Há vinte anos tenho escrito sobre a barbárie da abordagem ocidental, impondo a democracia e removendo governos de 30 mil pés de altura, bombardeando países, bombardeando civis e depois reivindicando o alto terreno moral por meio de artigos de opinião pueris dirigidos a leitores e espectadores pueris facilmente conduzidos e ingénuos.

Sempre anti-Rússia, sempre anti-Russo

Há setenta anos ou mais, a Rússia e os russos leram e viram o ódio sendo vomitado pelos meios de comunicação ocidentais, nunca uma história positiva, sempre uma versão distorcida dos eventos. Sempre anti-Rússia, sempre anti-Russo.

Agora que a Rússia está envolvida em uma operação militar ativa na Ucrânia, o vitríolo atinge a estratosfera. Fica-se curioso quanto ao tratamento dado nos meis de comunicação ocidentais sobre, por exemplo, nos anos 90 aviões militares dos EUA e do Reino Unido estavam atacando campos de cereais no Iraque para que as crianças morressem de fome (claro que não informaram, apenas a RAI UNO mostrou imagens que foram rapidamente retiradas da Internet para enganar o público crédulo); como os meios de comunicação ocidentais relataram a carnificina no Iraque em que 1.200.000 civis foram assassinados direta ou indiretamente pela intervenção chamada Choque e Pavor. Lembram-se? Quando crianças iraquianas foram cegos, quando as suas carinhas foram desfiguradas, seus corpos rebentados, seus membros queimados e suas famílias destruídas? Eu poderia continuar com esse tipo de informações sobre Kosovo, Líbia e sobreo apoio dado aos terroristas takfiri, na Síria.

E assim por diante. E quantos outros conflitos que andam por aí, esquecidos porque faltam-lhes aquele toque para serem designados como “sexy”. Estas crianças morrem sem ninguém usar as imagens da sua infelicidade como peça de propaganda.

Neste mundo “nós e eles”, alguém tem que ser sensato, pois estamos enfrentando uma situação em que uma qualquer escalada pode ver bombas nucleares voando sobre as nossas cabeças. Depois de ver a constante humilhação da Rússia, depois de ver a OTAN intrometendo-se para o leste em direção às fronteiras da Rússia (por quê?), depois de ver que ninguém disse nada sobre os moradores de Donbass sendo massacrados há oito anos (quem disse algo sobre os ucranianos russófonos sendos massacrado pelo batalhão Azov de neonazistas com insígnias fascistas? Quem falou das crianças em Donbass, vítimas de bombardeios do lado ucraniano? Quem disse algo sobre o tratamento de etnias menores, pessoas não-brancas pelas autoridades, quem disse algo sobre oficiais com retratos de Hitler nos seus escritórios?) Minha opinião nos últimos anos foi que a Rússia deveria bater a porta, trancá-la, fechar com chave e jogar fora a chave, virar as costas e abrir mercados no Irã, Índia, China, Vietnã, Indonésia, Filipinas, Nigéria, África do Sul, Brasil (um BRICS ampliado). Mas nunca pensei que isso realmente aconteceria.

Agora, eu também não quero que isso aconteça. Preferiria que todos fóssemos amigos. Então, o que precisamos hoje é de alguns adultos na sala enquanto o mundo muda de marcha. Estamos olhando para uma divisão leste-oeste com muitos pontos de inflamação esperando para explodir.

Queremos uma Terceira Guerra Mundial com mísseis nucleares voando sobre nossas cabeças, enviando a civilização de volta à idade da pedra, matando civis inocentes, chacinando animais, queimando plantas? Queremos acordar a uma manhã escura com bolhas na pele, vomitando sangue?

A censura remove o contrapeso

Então, o que precisamos é de informações de todos os lados, não de censura. A censura não respeita ninguém. Então, por que a União Européia tenta sufocar o RT e o Sputnik? Por que há ataques DDOS constantes a meios de comunicação russos a partir da Ucrânia? Sufocar o livre fluxo de informação de um lado para que a “informação” do outro se torne propaganda? A censura transforma informação em propaganda e vitríolo. A censura transforma informação em ódio. A informação torna-se vitríolo, sem contrapeso.

Se alguém está planejando algo, eu quero saber; se alguém está dizendo algo, eu quero ouvir. Quero ler o que diz o Ministério da Defesa ucraniano e, com certeza, quero ler o que diz o Ministério da Defesa russo, não quero ignorá-lo. Quero ouvir russos e ucranianos em todas as esferas da vida para obter uma imagem global. Eu, e a maioria do público informado, somos capazes de tomar nossas próprias decisões depois ler os factos e opiniões apresentados de todos os lados. Isso é pedir demais? Por que desligar o lado russo das comunicações? Faz alguma diferença? Impede que os eventos aconteçam? Ou facilita o fluxo unidirecional de informações de só um dos lados?

Que tipo de reportagem o lado ocidental quer? Tecidos de mentiras como esta:

Uma menina ucraniana carregando um atirador de ervilhas conseguiu destruir sessenta mil soldados Spetsnaz em três segundos usando ervilha seca e seu traseiro depois de comer um prato de feijão, enquanto um menino de 4 anos destruiu toda a força aérea russa em três segundos com um laser que ele havia fabricado no galpão de seu avô usando cocô de galinha e pedaços de madeira podres. Os soldados russos estão assando bebês depois de sugar seus miolos pelas órbitas oculares depois de peidarem o hino nacional ucraniano ruidosamente sentados em troncos de árvores.

Esse é o tipo de bobagem que eles querem? Esta é a verdade? Isso é respeitar todos os lados ou fazer palhaços do lado ucraniano? Então deixem o RT falar, deixem o Sputnik falar, vamos ouvir todos os lados, o que significa respeitar todos os lados.

Crimes de ódio

Isso também não significa que eu queira ler histórias de ódio propagadas na mídia, como “Os russos estão bombardeando as escolas”. Claro que eles não são bombardeando as escolas. Se alguém coloca uma peça de artilharia perto de uma escola e atira contra os soldados, o quê são supostos a fazer, fazer cócegas nas costas uns dos outros com espanadores e dar risadinhas? A pergunta depois virá, então por quê eles estão lá? A resposta: pela mesma razão que os moradores de Donbass choram há oito anos enquanto o oeste armava o outro lado. Qualquer coisa para ferrar os russos. Eles denunciam um lado, abafam informações do outro e criam lendas de monstros, gerando ódio. Por quê é que o CIA tinha tantos laboratórios de manipulação de virus na Ucrânia? Ai, não ouviram pois não? Claro. E das tropas da OTAN já na Ucrânia antes da tempestade rebentar? Por quê? E o equipamento militar que a OTAN vendeu à Ucrânia. Para quê?

E veja onde isso nos levou.

Se eu quisesse, poderia detalhar algumas revelações chocantes sobre a Ucrânia e a história do fascismo naquele país, poderia detalhar crimes chocantes contra crianças, por exemplo, na verdade tenho ao meu lado uma pilha de documentos detalhando o que eles fizeram, a ponto onde só de olhar para os papéis eu fico doente. Eu poderia escrever centenas de páginas sobre isso.

Mas não vou. Não vou porque meu foco não é espalhar ódio como muitos estão fazendo. Eu não odeio a Ucrânia, nem odeio os ucranianos, nem ninguém (exceto suas vítimas, é claro). Eu não sou ucraniano, então minha posição é manter meu nariz fora dos assuntos dos outros, mas eu insisto, quero ouvir informações de ambos os lados. A censura transforma informação em propaganda e vitríolo, alimentando o ódio. Não estou aqui para isso, mas muitos que trabalham na comunicção social estão.

Dito isto, quero sugerir soluções (conversações de paz e cessar-fogo; a Ucrânia não adere à OTAN, mas adere à UE mais tarde, uma solução comercial e não militar? Por exemplo). Quero combater crimes de ódio. Quero ver gerações de crianças educadas respeitando umas às outras, não odiando seus vizinhos nas próximas gerações. Quero promover eventos esportivos, eventos culturais entre os dois lados para deixar isso para trás. Mas como podemos fazer isso, se um dos lados está incitando o ódio e censurando o livre fluxo de informações?

Portanto, precisamos de um fluxo livre de informações, não de censura, e precisamos de alguns adultos na sala que deixem seus chapéus do lado de fora, se sentem e ouçam uns aos outros.

Só para terminar, gostaria de terminar esta peça com a experiência de minha mãe na última grande guerra. Ela faleceu há dois anos, muito idosa, tendo tido uma tremenda influência na vida de seus dois filhos, meu irmão gêmeo e eu, e era uma enorme referência na vida de tantas pessoas, mais de noventa anos de vida trabalhando incansavelmente para as comunidades, e uma consequência de seu falecimento foi minha incapacidade de escrever qualquer coisa de qualquer substância nos últimos dois anos, exceto diatribes sobre o Covid. Essa coisa me chocou de volta em algum tipo de reação.

A experiência na infância da minha mãe faria com que as crianças de hoje passassem décadas em terapia, embora sua vida familiar fosse muito feliz. Sua escolaridade foi cravejada com o som de bombas caindo e vidros se estilhando, sua própria casa foi atingida diretamente por uma bomba e destruída (se eles não tivessem se mudado no dia anterior, teriam sido mortos). Uma aula típica seria interrompida pelo aviso de ataque aéreo, todos debaixo das mesas, bombas caindo, vidro quebrando, e depois do sirene soar que o ataque tinha terminado, sairam de debaixo das mesas, sacudiam o vidro dos livros, escovavam os estilhaços das mesas e continuavam com a lição.

Uma noite, ela estava caminhando para casa, já uma jovem, e viu um bombardeiro alemão pego pelas lanternas com balas traçantes subindo e atingindo o avião, que tentava desesperadamente escapar. Todos ao seu redor gritavam “Vá lá, pegue o cabrão!” e ela disse que só pensava era que havia rapazes lá em cima naquele avião, apavorados, que queriam voltar para suas mães.

Ela nunca odiou os alemães depois da guerra e sempre nos disse que eles mesmos experimentaram as mesmas coisas. Isso, apesar de toda a sua vida ter sido vivida sob as nuvens criadas por aqueles cinco anos de conflito, nos quais ela se envolveu diretamente e quanto mais velha ela crescia, mais ela falava de suas memórias... apesar de tudo isso, ela os perdoou e nós gozávamos, quando crianças, de umas férias muito felizes na Alemanha. Então eu termino minha peça com o exemplo da minha mãe. Podemos todos, por favor, tentar segui-lo?

Obrigado. Significaria muito para mim e para tantos outros. Incluindo russos e ucranianos. Menos ódio. Menos tomar lados, Mais reportagens objectivos apresentando o contexto. Ninguém gosta de ver crianças a chorarem, sejam quem forem, até iemenis, mas estas são invisíveis.

Timothy Bancroft-Hinchey pode ser contatado em timothy.hinchey@gmail.com

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FORÇAS RUSSAS ABREM CORREDORES HUMANITÁRIOS, UCRÂNIA RECUSA

A Rússia abriu seis corredores humanitários na Ucrânia. O regime de cessar-fogo foi declarado - disse o Ministério da Defesa da Federação Russa em comunicado.

No entanto, algum tempo depois, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, disse que os corredores humanitários propostos pela Rússia eram inaceitáveis, e Kiev decidiu recusá-los.

As unidades das Forças Armadas russas assumiram o controle dos assentamentos de Urozhaynoye, Novodonetskoye, Novomayorskoye, Dorozhnyanka, Zagornoye e Charivnoye.

Bombardeiros e aviões de assalto atingiram três sistemas de mísseis antiaéreos Buk M1 e duas estações de radar das Forças Armadas da Ucrânia.

Para o período de corredores humanitários, as Forças Armadas de RF realizarão monitoramento objetivo contínuo da evacuação com o uso de veículos aéreos não tripulados.

A milícia LPR assumiu o controle total de 54 assentamentos da república.

Durante a operação especial, o exército russo destruiu 2.203 objetos da infraestrutura militar da Ucrânia: 76 postos de comando e centros de comunicação das forças armadas ucranianas, 111 sistemas de mísseis antiaéreos S-300, Buk M-1 e complexos de Osa, como bem como 71 estações de radar, 69 aeronaves em terra e 24 aeronaves no ar, 778 tanques e outros veículos blindados de combate, 77 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 279 peças de artilharia de campanha e morteiros, 553 unidades de veículos militares especiais e 62 aeronaves não tripuladas veículos.

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domingo, 6 de março de 2022

GUERRA ENTRE UCRÂNIA E RÚSSIA TEM DIA DE FORTE MOVIMENTAÇÃO DIPLOMÁTICA


  

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O avanço da guerra entre Ucrânia e Rússia fez deste sábado (5) um dia movimentado na alta diplomacia mundial.

Até agora, representantes dos dois lados se encontraram duas vezes, ambas na fronteira de Belarus. A última, na quinta-feira (3), determinou a abertura de corredores humanitários com cessar-fogo para retirada de civis das zonas de combate --os ucranianos, no entanto, acusam os russos de terem desrespeitado a medida.

Uma terceira rodada de negociação deve acontecer na segunda-feira (7). Até lá, países como EUA, China, Israel, Alemanha e França seguem movimentando suas peças nos bastidores.

O premiê israelense, Naftali Bennett, foi a Moscou e passou três horas no Kremlin conversando com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo um porta-voz, conversaram sobre a guerra, a grande população judaica na Ucrânia e até sobre o acordo nuclear do Irã. Não foram divulgadas mais informações.

Fonte:

MSN

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

ESTUDANTES DE LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA REPRESENTAM A BAHIA EM EVENTO CIENTÍFICO EM DUBAI


As estudantes da rede estadual de ensino, Tainá Nascimento e Júlya Pires, ambas com 18 anos, que concluíram os estudos em 2021, no Colégio Estadual João Vilas Boas, localizado no município de Livramento de Nossa Senhora, estão representando a Bahia na MILSET Expo-Sciences Asia 2022, iniciada neste domingo (20) e que segue até 25 de fevereiro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Trata-se de um dos maiores eventos científico do mundo, realizado pelo Movimento Internacional para o Recreio Científico (MILSET), onde se apresentam participantes vindos de mais de 30 países.

As jovens cientistas, que viajaram juntamente com a orientadora Ana Paula da Rocha, estão apresentando o projeto “Lima-da-pérsia como solução alternativa e natural para a desinfecção da água”, desenvolvido por meio do Programa Ciência na Escola, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC). Com o projeto, elas conquistaram o 1º lugar na área de Meio Ambiente na 16ª edição da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (FENECIT), ocorrida em 2020, em Recife, no Estado de Pernambuco. Como premiação, elas receberam credenciais para participar da Milset Expo-Sciences Ásia 2022.


Com o mesmo projeto, também em 2020, as estudantes ganharam três prêmios na 18ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), realizada de forma virtual. O projeto também foi apresentado na Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), em 2019, na qual conquistou o 3º lugar.

A estudante Júlya Pires explicou sobre a pesquisa. “Fizemos o projeto no intuito de procurar um meio natural para desinfecção da água. O método mais usado é o cloro que, quando usado excessivamente, traz prejuízos à nossa saúde. Fizemos pesquisas baseadas em estudos da John Hopkins School e chegamos à conclusão de que 15 ml por litro associado ao método Solar Water Disinfection (SODIS) consegue matar as bactérias, assim como o cloro. Esta é uma forma natural e sustentável, como também de fácil acesso a comunidades carentes”.




Tainá Nascimento falou da experiência de participar do evento internacional. “É uma oportunidade de crescimento, porque a partir do momento que vamos para outro país, ampliamos a nossa network, através do contato com pessoas de outras culturas e que têm ideais parecidos com os nossos. Além disso, conhecemos outros projetos, realidades e perspectivas. Voltamos para casa recheados de informações que poderemos aplicar ao longo de nossas vidas”.

Segundo a orientadora Ana Paula da Rocha, a participação no evento impactará diretamente no aprendizado das jovens cientistas. “Somos do sertão da Bahia e jamais imaginaríamos participar de um evento de extrema importância como este. É uma experiência imensurável no currículo das alunas e que marcará a história do colégio e minha na Educação da Bahia”, comentou.

Fonte: 



sábado, 12 de fevereiro de 2022

MÉDICO QUE DIVULGOU DESINFORMAÇÃO SOBRE VACINA NÃO SERÁ INDENIZADO POR CHECAGEM - MÉDICO PEDIU INDENIZAÇÃO POR SITE DE CHECAGEM DIVULGAR QUE A AFIRMAÇÃO DELE ERA UMA FAKE NEWS.

Vacinação / Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Para juíza, médico assumiu o risco de ser taxado de propagador de fake news. Profissional arcará com R$ 7 mil de honorários.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Um médico renomado ser taxado como propagador de fake news numa checagem de informação sobre a vacinação da Covid-19 pode afetar a reputação do profissional a ponto de que ele seja indenizado? A resposta, para a juíza Patricia Persicano Pires, da 16ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, é que, muito embora este fato possa trazer certa angústia ao profissional, ao divulgar informações que não encontram respaldo na realidade, o profissional assumiu o risco desse resultado.

Numa gravação divulgada em 12 de junho de 2021 no YouTube e que circulou no WhatsApp, o médico Paulo Porto responde a uma pergunta de uma internauta sobre o intervalo entre uma infecção pelo coronavírus e o posterior recebimento da vacina contra Covid-19: “Quem teve a doença está imunizado pela própria doença”, afirmou o médico, que tem 145 mil seguidores no Instagram e 112 mil inscritos em seu canal principal no YouTube.

Diante da afirmação que não encontra respaldo nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e de outras autoridades sanitárias, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo postou uma checagem com a chamada de “fake news” junto a uma imagem do médico retirada do vídeo. “Não caia em #FakeNews. Vacine-se, independentemente de ter tido COVID-19, e procure sempre os canais oficiais para se informar”, publicou a secretaria.

O profissional de saúde acionou a Justiça para requerer uma indenização de R$ 70 mil por danos morais sob a justificativa de que a checagem o “angustiou profundamente” a repercussão “maculou a imagem e a credibilidade desse renomado cientista”.

A juíza não comprou a tese, e como a ação foi julgada improcedente, o médico foi condenado a pagar 10% do valor da causa em honorários, ou seja, R$ 7 mil.

Quanto ao uso de usa imagem, ela entendeu que, uma vez publicada em redes sociais, ela se torna pública, tendo o próprio médico renunciado à intimidade quando decidiu pela criação de um canal no qual expõe sua pessoa. Já em relação ao fato de ter sido apontado como propagador de uma fake news, Pires citou estudo publicado no “Jornal da USP” e informações de autoridades sanitárias para concluir que: “não é verdadeira a afirmação de que a infecção por Covid-19 garante a imunização natural. E o que não é verdadeiro, é falso”.

Além disso, ela afirma que o Estado agiu no exercício regular de seu direito-dever de informar, o que afasta a ilicitude. Para a magistrada, a Secretaria de Saúde paulista “tinha o dever de informar a população sobre a falsidade da afirmação, uma vez que o autor da falsidade não se trata de pessoa comum, como o próprio autor se qualifica na inicial”.

Para Marco Antonio Sabino, sócio de Mannrich e Vasconcelos e professor da FIA e do Ibmec, há um consenso de que figuras públicas têm menos proteção quantos aos direitos de personalidade que as comuns. A visibilidade à qual estão submetidas se traduz em maior responsabilidade e as sujeitam ao escrutínio público.

Por se tratar de médico renomado, com milhares de seguidores em suas redes, o profissional já estava ciente da repercussão que o caso poderia tomar, opina Mayra Mallofre Ribeiro Carrillo, sócia do Damiani Sociedade de Advogados, que acrescentou: “ainda mais considerando que estamos vivenciando uma das maiores crises pandêmicas da história da humanidade e que os estudos e orientações da Organização Mundial da Saúde são contrários ao posicionamento dele”.

Matéria de:

JOTA

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

SÉRGIO MORO NÃO DECOLA E HÁ DOIS MOTIVOS.


 

Um país faminto não tem tempo pra bravatas eleitorais

Sérgio Moro tem um problema para além de todos os demais problemas que tem. Historicamente, no Brasil, os temas mais relevantes em anos eleitorais giram em torno de Saúde, Segurança, Educação e Renda, conforme mostra o histórico dos institutos de pesquisa. Houve, no entanto, um momento em que uma palavra se intrometeu entre as preocupações correntes da população: no auge da Lava Jato, a Corrupção chegou a ser a segunda mais citada. 
 
Na semana passada eu conversei com Mauro Paulino (Datafolha) e Márcia Cavallari (Ipec, o ex-Ibope). Os mais experientes executivos de institutos de levantamento popular do país disseram o mesmo: a corrupção não deve ser eleitoralmente relevante, este ano, para decidir as eleições. Sabem quantas vezes Moro falou a palavra “corrupção” em uma entrevista dia desses? O canal Galãs Feios contou: 50. É morotemático.

Moro tem outro problema: o antipetismo está voltando a seu curso natural pré-Lava Jato. Sempre houve antipetismo no Brasil. Na eleição de 1989, lembro claramente da circulação de fake news pré-internet dizendo que o PT, caso vencesse as eleições, iria colocar estranhos morando nas nossas casas. Uma amiga, ainda criança, assustada, chegou a separar as bonecas que mais gostava – todas as outras ela teria que dar, compulsoriamente, para crianças que não tinham bonecas. A mando do PT, claro.
 
O antipetismo que definiu a eleição de Jair Bolsonaro não deve ter a mesma força esse ano. A popularidade do PT voltou a aumentar depois de junho de 2019, quando vocês sabem o que aconteceu. Moro teria muita força eleitoral caso antipetismo e combate à corrupção estivessem entre as prioridades da população. A impactante foto registrada no ano passado pelo jornalista Domingos Peixoto deveria gritar no rosto de Moro: há coisas mais urgente lá fora, e o governo que o senhor ajudou a eleger e do qual participou é responsável por elas.

Fonte:

The Intercept Brasil 

Leandro Demori