sábado, 20 de abril de 2019

MINISTRO MARCOS PONTES : UM DIFERENCIAL A SER RESPEITADO NESSE GOVERNO QUE PATINA NA INCOMPETÊNCIA.

Com chamada de R$ 100 milhões, MCTIC e Ministério da Educação lançam programa Ciência na Escola.

ASCOM/MCTIC

Documento assinado na solenidade autoriza o lançamento da chamada pública para instituições; outras três ações do programa que integra as Metas dos 100 Dias já foram lançadas.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Astronauta Marcos Pontes e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, participaram nesta quarta-feira (17), em Brasília, da cerimônia de lançamento do programa Ciência na Escola. O programa é uma iniciativa dos dois ministérios para aprimorar o ensino de ciências nas escolas públicas de ensino fundamental e médio.

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Na cerimônia, os ministros do MCTIC e do MEC assinaram documento que autoriza a chamada pública para instituições, com recursos de R$ 100 milhões provindos do MEC, a ser publicada nos próximos dias. Outras três iniciativas já foram lançadas dentro do programa Ciência na Escola – uma chamada pública para pesquisadores, a Olimpíada Nacional de Ciências e a plataforma “Ciência é 10!”, para especialização de professores. Todas as etapas do programa serão acompanhadas por meio de uma plataforma desenvolvida pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que inclui mecanismos de gestão, monitoramento e avaliação das ações.


Durante o evento de lançamento do programa, o ministro Marcos Pontes falou da importância de encorajar alunos e professores e ajudar as crianças a realizarem seus sonhos. “Temos milhões de crianças que necessitam apenas de um empurrãozinho para se tornarem professores, empresários, cientistas e cidadãos produtivos,” disse o ministro. “Ciência e tecnologia são a ponta de lança do desenvolvimento de qualquer país e são coisas apaixonantes, que podem motivar a garotada para o estudo.”



O ministro do MCTIC também ressaltou o fato de que o programa irá ajudar a formar a nova geração de cientistas brasileiros. “Nossos pesquisadores estão envelhecendo e formar novos cientistas leva tempo,” afirmou. “O Ciência na Escola terá parte nesse processo – em 15 ou 20 anos teremos uma nova geração de profissionais, mas precisamos dar a partida agora.”



Participaram da mesa de abertura do evento, além dos ministros, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) João Luiz Filgueiras de Azevedo, o Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Ribeiro Correia, e o Presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Curi.



Após a solenidade de assinatura, foi realizada uma mesa redonda com a presença da vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, e a coordenadora-geral da Febrace, Roseli Lopes. Em seguida, foram realizadas apresentações de experiências relacionadas ao ensino de ciências da professora Débora Garofalo, uma das dez finalistas do Global Teacher Prize, considerado o 'Nobel' da Educação, e da professora Dávila Correa, diretora adjunta do Instituto do Desenvolvimento Social Sustentável do Instituto Mamirauá.



O secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales, concluiu as apresentações com uma palestra sobre o funcionamento do programa.



O Programa Ciência na Escola



O programa é uma iniciativa conjunta do MCTIC, CNPq, MEC e Capes, dividido em quatro ações simultâneas.



A chamada pública institucional no valor de R$ 100 milhões, que será publicada nos próximos dias, irá selecionar propostas apresentadas por redes de instituições que envolvam escolas de educação básica, instituições de ensino superior, espaços de ciência e outras instituições de ciência, tecnologia e inovação.



As instituições serão encorajadas a apresentar propostas em consórcios, com recursos distribuídos da seguinte forma: até R$ 4 milhões de reais para o nível estadual, com uma unidade da federação de uma mesma 
grande região do país envolvida, até R$ 10 milhões de reais para o nível interestadual, em que menos duas unidades da federação de uma mesma grande região do país são envolvidas, e até R$ 20 milhões de reais para o nível regional, com ao menos três unidades da federação de uma mesma grande região do país envolvidas.



“Esta é a principal ação do programa,” afirma o secretário Morales. “É o que irá levar os alunos e professores para dentro dos equipamentos de ciência das instituições.”



As demais ações já foram lançadas. Uma delas é a Chamada MCTIC/CNPq nº 05/2019 – Programa Ciência na Escola: o Ensino de Ciências na Educação Básica, com investimento previsto de R$ 10 milhões. Serão apreciados projetos que versem sobre o ensino de qualquer uma das disciplinas que fazem parte do currículo escolar dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. O objetivo é privilegiar o letramento científico, o uso de abordagens investigativas e de metodologias ativas de ensino, a aproximação entre as Instituições de Ensino Superior (IES) e as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) com as escolas públicas, a disseminação dos métodos científicos das diferentes áreas do conhecimento, a integração entre as disciplinas e o despertar da vocação dos alunos e professores da educação básica para as carreiras científicas.



“É uma chamada para pesquisadores,” explica Morales. “Eles irão pensar em como trazer a ciência para dentro da sala de aula e as metodologias associadas.”



Também no âmbito do programa, foi lançada pela Capes, com investimentos de R$ 3 milhões, a Especialização à Distância em Ensino de Ciências - "Ciência é Dez!". Trata-se de um curso de especialização para professores graduados que estão atuando no sistema público de ensino e dando aulas de ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano.



É um curso na modalidade ensino a distância (EAD), com garantia de qualidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e certificação do Ministério da Educação (MEC).



A última das ações iniciais do programa, que também já está em operação, é a expansão da Olimpíada Nacional de Ciências, promovida pelo MCTIC em parceria com a Universidade Federal do Piauí e implementado o programa de quatro Sociedades Científicas: a Sociedade Brasileira de Física (SBF) a Associação Brasileira de Química (ABQ), o Instituto Butantan e a Sociedade Astronômica Brasileira.



Com recursos no valor de R$ 1 milhão, o objetivo é atingir um milhão de participantes neste ano, com ampliação da capilaridade e do escopo de disciplinas.



O secretário Marcelo Morales também deu destaque à plataforma de gestão, monitoramento e avaliação do programa, desenvolvida pela RNP. Ela permitirá que o programa seja acompanhado em tempo real. “A cada três meses vamos extrair os impactos dessas ações, por um período de dois anos,” afirma. “De posse dessas informações poderemos então renovar nossos investimentos, totalmente baseados em uma metodologia científica.”

ASCOM


Mais informações sobre o programa estão disponíveis no site.





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