segunda-feira, 2 de março de 2020

AS BRASILEIRAS QUE LIDERARAM O SEQUENCIAMENTO DO NOVO CORONAVÍRUS

Ester Cerdeira Sabino (à esq.) e Jaqueline Goes de Jesus fazem parte da equipe que fez o sequenciamento do sequenciamento do genoma do novo coronavírus, que teve casos confirmados no Brasil em fevereiro (Foto: USP Imagens; Currículo Lattes)
Ester Cerdeira Sabino (à esq.) e Jaqueline Goes de Jesus fazem parte da equipe que fez o sequenciamento do sequenciamento do genoma do novo coronavírus, que teve casos confirmados no Brasil em fevereiro (Foto: USP Imagens; Currículo Lattes)

Duas cientistas brasileiras tiveram papel essencial no sequenciamento do novo coronavírus, que teve primeiro caso na América Latina confirmado em 26 de fevereiro. Publicado em uma rapidez surpreendente – apenas dois dias após a verificação do primeiro paciente com a doença no Brasil –, o estudo que elas conduziram ao lado de outros pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz (IAL), da Universidade de Oxford e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) ajudará epidemiologistas, virologistas e especialistas em saúde pública a desenvolverem vacinas e testes diagnósticos.

Uma das pesquisadoras envolvidas no estudo é Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP e coordenadora do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), que é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp) e pelos britânicos Medical Research Council e Fundo Newton. A intenção do CADDE é reunir cientistas para realizar estudos em tempo real de epidemias de arboviroses, como é o caso da zika e da dengue. "A proposta é realmente ajudar os serviços de saúde e não apenas publicar as informações meses depois que o problema ocorreu”, explicou Sabino à Agência FAPESP.

Graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz - Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e Doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia. Desenvolveu atividades de pesquisa no Laboratório de Biologia Molecular na Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP) e no Laboratório de Biologia Celular e Molecular do Câncer da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Desenvolve pesquisas na área das arboviroses emergentes ZIKV, DENV, CHIKV, YFV, ORV e MAYV. É integrante do ZIBRA Consortium e participa do ZIBRA project - Zika in Brazil Real Time Analisys (http://www.zibraproject.org/), projeto itinerante de mapeamento genômico do vírus Zika no Brasil. Realizou estágio de doutoramento sanduíche na Universidade de Birmingham, Inglaterra, desenvolvendo e aprimorando protocolos de sequenciamento de genomas completos pela tecnologia de nanoporos dos vírus Zika, HIV, além de protocolos para sequenciamento direto do RNA. Atualmente desenvolve pesquisas como bolsista FAPESP, em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - Universidade de São Paulo (IMT-USP), no âmbito do CADDE - Brazil-UK Centre for Arbovirus Discovery, Diagnosis, Genomics and Epidemiology (http://caddecentre.org). (Fonte: Currículo Lattes)

A pesquisa sobre o novo coronavírus de que Sabino e Goes de Jesus participaram determinou a sequência completa do genoma viral encontrado no Brasil, que foi chamado de SARS-CoV-2. Ela foi divulgada no fórum de discussão Virological.org. “Ao sequenciar o genoma do vírus, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia", aponta Sabino.

Embora outros países tenham levado cerca de duas semanas para fazer o sequenciamento do coronavírus, a pesquisa brasileira foi concluída em dois dias; os cientistas já previam que, cedo ou tarde, a doença chegaria aqui.

Fonte:

CONCURSO DE DESENHO DA 17ª SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, EDIÇÃO 2020!

O Próximo Tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – 2020 é:


“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”



Estão abertas até 16 de março de 2020, as inscrições para o IV Concurso de Desenhos para Escolha da Identidade Visual da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Edição 2020, uma parceria do Museu Itinerante Ponto UFMG juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Governo Federal.
Podem participar do concurso estudantes do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio regularmente matriculados em escolas públicas e privadas de todo o Brasil.
O concurso tem por objetivo selecionar e premiar o desenho que será utilizado para a criação da identidade visual da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2020 (SNCT 2020). O tema desta edição é “Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”.
O autor do trabalho vencedor será premiado com uma viagem a Brasília durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia para participar da Cerimônia de abertura do evento, com direito a um acompanhante. Além de receber certificado de participação e ter seu nome divulgado no site do MCTIC e em eventos relacionados às atividades da SNCT 2020.

domingo, 1 de março de 2020

A BALBÚRDIA NA UFBA DEU RESULTADOS!

Pesquisadores da Ufba reduzem em 16 horas diagnóstico do coronavírus.
Pesquisadores da Ufba reduzem em 16 horas diagnóstico do coronavírus
É um vírus que tem deixado todo mundo em alerta. Até 16 de fevereiro, foram contabilizadas 1.770 mortes e 70.548 casos confirmados. Mas em meio a tanta tensão e tanta propagabilidade, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) conseguiram trazer uma boa notícia: dá para identificar a presença do novo coronavírus em três horas.
O sucesso é fruto do trabalho do Laboratório de Virologia da universidade. A pesquisa, coordenada pelo virologista Gúbio Soares e realizada em conjunto com as pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, também membros do grupo, reduziu 16 vezes o tempo de diagnóstico da contaminação pelo Covid-19.
A rapidez é possibilitada pelo uso do equipamento Real Time, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos. Os pesquisadores ainda usaram trabalhos científicos produzidos na China para orientar as análises.
O principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Não foi considerado, por exemplo, a possível interferência de outros vírus.

Como ocorre o diagnóstico

Para chegar ao diagnóstico, os pesquisadores seguiram algumas etapas. Primeiro, a coleta das secreções respiratórias de um paciente com suspeita da infecção pelo coronavírus. As amostras foram resfriadas a 4°C.
Depois de extraído o material genético, foram adicionados nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros, sendo apenas 15 por vez.
Três horas depois, o teste fica pronto. É possível acompanhar pela tela do equipamento todo o processo em tempo real. Quando o resultado é positivo para a infecção, é possível visualizar uma aparência ondulada nas amostras.

Grupo pioneiro

Essa não é a primeira vez que o Laboratório de Virologia da Ufba se destaca nacionalmente. O grupo foi o primeiro a descobrir o zika vírus, também com suporte do Real Time. Veio dos pesquisadores baianos o primeiro diagnóstico comprovado, em 28 de abril de 2015, quando o Ministério da Saúde ainda acreditava se tratar de infecção por parvovírus.
Fonte:

sábado, 29 de fevereiro de 2020

DAVIDSON MAGALHÃES - BARRAR O FASCISMO, JÁ!


As quatro vitórias eleitorais consecutivas para a presidência da República do campo democrático e popular no Brasil, as nossas limitações e erros, a ofensividade e agilidade da direita e do grande capital contra o nosso Projeto Político, não nos permitiram fazer com a urgência necessária uma análise mais ampla e densa das mudanças ocorridas no mundo e suas consequências no Brasil.

Em 2013, nas manifestações contra o aumento das passagens, em 2014 contra a realização da Copa, a espionagem na Petrobras e da presidenta Dilma, e finalmente a operação Lava Jato e todas as suas implicações faziam parte de táticas e ações de Guerras Híbridas, já implementadas com sucesso em outras partes do mundo.
A alteração na correlação de forças políticas com ascensão de grupos fascistas ao poder é um fenômeno mundial, resultante de um período de instabilidade iniciado em 2008.


A crise financeira de 2008 foi mais que um episódio de desequilíbrio cíclico do processo de produção capitalista. Sua amplitude demonstrou os desajustes e contradições sistêmicas de um regime de acumulação, que sob a hegemonia do capital rentista e num contexto de novos paradigmas científicos e tecnológicos e de grande interrelação das economias no mercado global, tem ampliado as desigualdades sociais e as disparidades entre as nações.
Paralelo a esta crise na geopolítica, um novo confronto pela hegemonia mundial entre EUA x China e a retomada do protagonismo russo romperam a configuração unipolar do final do século XX. As medidas adotadas de enfrentamento da crise econômica-financeira nos EUA e na Europa e as ações militares e econômicas decorrentes desta disputa pela hegemonia mundial criaram um ambiente favorável à demagogia fascista do anti-sistema e nacionalismo.
No Brasil, depois das manifestações contra o aumento das passagens e a Copa, o resultado das eleições presidenciais de 2014 já apresentaram uma substancial alteração da correlação de forças. Mesmo assim, prevaleceu no campo democrático popular uma subestimação do novo cenário. Iniciou-se o processo do golpe institucional, a frágil barragem de contenção, ilusão no caráter democrático das instituições do Estado brasileiro, o apoio da grande mídia e o isolamento da esquerda, levaram ao triunfo do golpe institucional. O caminho para a extrema-direita estava se pavimentando rapidamente.
O protagonismo da Lava Jato e o seu ativismo político partidário decisivo no golpe continuou ditando o ritmo das iniciativas políticas. Prendem Lula, o maior líder da história recente do país, retirando da campanha de 2018 quem liderava nas pesquisas. Criminalizam a política, nocauteando inclusive líderes da direita tradicional. O sentimento contra a esquerda, especialmente concentrado no anti-petismo disseminado pela Lava Jato, e massivamente apoiado pela mídia e redes sociais, afasta importantes segmentos sociais, notadamente no eixo Sul e Sudeste, do apoio e simpatia às forças de centro-esquerda.
A todos estes fatores, e alguns mais, se somam os graves erros políticos de concepção e condução do projeto eleitoral 2018, que terminaram por produzir um resultado, para alguns inesperado, mas já detectado por fartas pesquisas: a vitória de Jair Bolsonaro, político fascista e exaltador da ditadura militar no Brasil.
A chegada de Bolsonaro à presidência da República não significa, como alguns querem fazer crer, ou se iludem, uma simples alternância de poder dentro de um processo democrático. Passa a ocupar o maior cargo executivo da República uma força fascista. Não só um mero tresloucado, como aparenta suas atitudes, ou um destemperado acompanhado de um bando de fanáticos incompetentes com teorias absurdas, cuja ridicularização e chacota das teses são suficientes para demonstrar as suas inconsistências. Não, não e não! Bolsonaro e sua camarilha estão, desde que chegaram ao governo, pondo em prática um conjunto de táticas fascistas, cujo objetivo é alterar o regime de governo e subverter a frágil democracia brasileira.
PRESIDENTE SEGUE CARTILHA FASCISTA
O fascismo, regime de cunho autoritário estabelecido por Benito Mussolini na Itália na década de 20 do século XX e que acabou servindo de modelo para outros regimes totalitários, surgiu num contexto de crise do capitalismo, como uma resposta de setores da burguesia e do capital financeiro ao receituário liberal, que demonstrava ser insuficiente para o enfrentamento daquela crise.
Estamos hoje diante do mesmo dilema, evidentemente com outras características e contradições, que mundialmente contrapõem setores das elites, entre liberais e extrema direita, no diagnóstico e remédio para a atual crise e suas repercussões. Portanto, achar que do ponto de vista das condições objetivas e históricas, não se pode falar em fascismo, é um erro téorico, que pode implicar em sérias limitações do ponto de vista político e prático de enfrentamento da atual situação.
As experiências e os resultados das táticas fascistas empregadas na Itália e Alemanha na década de 20 do século XX e as de Mianmar (antiga Birmânia), Turquia, Hungria, Polônia e Estados Unidos de hoje, são determinadas por condições históricas específicas e pode conduzir ou não a um estado explicitamente fascista. Mesmo quando não conduzem, representam um risco e trazem graves consequências sociais e civilizatórias.
O Bolsonaro, filho da caserna, defensor eloquente da tortura e do arbítrio, desde que chegou ao governo, tem seguido à risca a cartilha das políticas fascistas. Criminaliza e persegue trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais, promove o anti-intelectualismo e a anti-cultura, atacando os instrumentos de promoção e difusão culturais, as universidades e sistemas educacionais, que são centros naturais de contestações às suas idéias retrógradas e sem base científica.
É um contumaz plantador de fake news nas redes sociais, desde as eleições. Misógino e racista, propaga a política do “nós” X “eles”, dividindo a população, com a consequente desumanização de segmentos amplos do povo. Com esta polarização objetiva interditar o debate.
A incompetência administrativa, os pífios resultados da economia, os escândalos de corrupção, os avanços nas investigações que evidenciam os vínculos da família Bolsonaro com o submundo das milícias, tem feito o governo perder apoio e reduz a sua base política, inclusive no Congresso.
A incompatibilidade da convivência democrática e os ataques às instituições (Supremo Tribunal Federal e Congresso) e à liberdade de imprensa, presentes de diversas formas, desde a posse do Bolsonaro, estão crescentes. Estes recorrentes ataques buscam a normalização das agressões, visam desarmar a vigilância e criar a ilusão de impossibilidade de um golpe.
Bolsonaro, seus militantes e militares, estão testando permanentemente a capacidade de mobilização e resposta da sociedade civil e dos poderes na defesa do regime democrático. O episódio recente, a publicação na rede social do presidente de uma convocação de mobilização contra o Congresso Nacional e o STF, depois do General Heleno ter chamado os parlamentares brasileiros de chantagistas é grave, é muito grave.Isto ocorre num momento de aumento da presença de militares no staff presidencial e de incentivo às manifestações e motins de PMs no país pelos bolsomínions.
Estamos na antessala de uma séria crise institucional. Os fascistas aceleram os passos em busca do seu objetivo maior: mudar o regime para impor o conjunto da sua política sem resistência. É urgente articular um amplo movimento que envolva os governadores, os distintos partidos, movimentos sociais, OAB, CNBB, ABI, personalidades e povo em defesa da democracia e das suas instituições.
Esta é a tarefa central da conjuntura. O resultado desta batalha determinará inclusive os rumos de 2020 e 2022.
Fonte:

PROJETO PROÍBE ORGANIZAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL EM CICLOS

Novas perspectivas para uma sociedade de paz - Entregar o título de Embaixador da Paz. Dep. Carla Zambelli (PSL-SP)
Carla Zambelli: "Ciclos são uma tentativa de camuflar o fracasso escolar e as altas taxas de reprovação"

O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), que hoje permite essa possibilidade
O Projeto de Lei 6/20 veda aos sistemas de educação organizar o ensino fundamental em ciclos.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), que hoje permite essa possibilidade.
Autora da proposta, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) explica que no Brasil o ensino fundamental possui duas formas básicas de ensino: por séries ou por ciclos.
“O ensino por série pressupõe que cada aluno com desempenho insatisfatório seja reprovado ao final do ano letivo, ao passo que os que apresentem desempenho satisfatório devem progredir para a próxima série”, diz. “Já o ensino por ciclo tem outra perspectiva: os estudantes devem obter as habilidades e competências em um ciclo que, em geral, é mais longo do que um ano ou uma série”, completa.
“Como, dentro de um ciclo, normalmente, não está prevista a repetência, mas sim a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço, usa-se o termo progressão continuada”, acrescenta. Para ela, essa é “uma tentativa de camuflar o fracasso escolar e as altas taxas de reprovação”.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. Carla Zambelli) 

Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para tornar ilegal a progressão continuada em escolas de todo país, abolindo a organização por ciclos. 

O Congresso Nacional decreta: 

Art. 1º Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para tornar ilegal a progressão continuada em escolas de todo país.

 Art. 2º. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações: 

“Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar...........................................................................................................................” (NR) 

“Art.32........................................................................................................................ ................................................................................................................................... 
§ 1º É vedado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 

§ 2º (revogado). ..........................................................................................................................” (NR) 


Art. 3º Revoga o § 2º do art. 32 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.” 

JUSTIFICAÇÃO 
No Brasil, o Ensino Fundamental possui duas formas básicas de ensino: por séries ou por ciclos. O ensino por série pressupõe que cada aluno com desempenho insatisfatório seja reprovado ao final do ano letivo, ao passo que os que apresentem desempenhem satisfatório devem progredir para a próxima série. Já o ensino por ciclo tem outra perspectiva: os estudantes devem obter as habilidades e competências em um ciclo que, em geral, é mais longo do que um ano ou uma série. Como, dentro de um ciclo, normalmente, não está prevista a repetência, mas sim a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço, usa-se o termo progressão continuada. A referida progressão continuada, também chamada de "aprovação automática", é uma tentativa fracassada de regularizar o fluxo dos alunos ao longo dos anos na escola, camuflando o fracasso escolar e as altas taxas de reprovação.

Ademais, insta salientar que evitar a reprovação em si faz com que as crianças inconscientemente sejam ensinadas a não lidar com as frustrações naturais da vida, que não são uma vergonha, mas sim apenas um processo natural pelo qual a criança pode passar para se tornar um adulto mais forte e preparado para a realidade do mercado de trabalho, que é muito mais dura que a escola, uma vez que envolve também as relações humanas e de poder. 

Ainda, a ideia de fazer com que os estudantes tenham acesso ao ensino por ciclos, ou seja, sem interrupções ou repetências, cria desânimo para o estudo e prejudica o aprendizado, razão pela qual deve ser extirpada da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e abolida do ensino brasileiro. 

Com base nessas razões, conto com o apoio dos nobres pares no sentido da aprovação do presente projeto de lei. Sala das Sessões, em de de 2020. Carla Zambelli Deputada Federal (PSL/SP)

PL n.6/2020 Apresentação: 03/02/2020 15:23 


SABE POR QUE NA FINLÂNDIA AS FAKE NEWS NÃO CONSEGUEM SUCESSO???

Resultado de imagem para nÃO À FAKES NEWS
Devemos ler e pesquisar. 

OS FINLANDESES AMAM OS LIVROS. CADA CIDADÃO COMPRA 04 TÍTULOS E FAZ EMPRÉSTIMO DE MAIS 12 NA BIBLIOTECA, ANO APÓS ANO.

A literatura sempre esteve no coração dos finlandeses, e talvez hoje esteja mais presente do que nunca. Mais de 20 milhões de livros são vendidos na Finlândia a cada ano, o que representa uma média de 4 livros por pessoa, incluindo o público infantil. 

Na Finlândia, assim como em qualquer outro lugar, os leitores são claramente divididos em: compradores assíduos de livros e outros. Aproximadamente um em cada seis finlandeses com idade entre 15 e 79 compra pelo menos 10 livros por ano. Juntos, esses compradores assíduos adquirem mais de metade de todos os livros vendidos. Em geral, a aquisição de livros é algo bastante comum: três entre quatro finlandeses compram pelo menos um por ano.
Mesmo após o advento da internet, os finlandeses continuam atraídos pelos livros.
Mesmo após o advento da internet, os finlandeses continuam atraídos pelos livros.
O advento da internet não parece ter afetado a popularidade dos livros em uma grande escala. Por exemplo, em 1995 (antes do uso da internet se tornar global), uma quantidade ainda menor de livros eram comprados na Finlândia comparada à realidade de hoje. Portanto, a popularidade dos livros aumentou mesmo com as grandes proporções tomadas pela mídia eletrônica. E não é só isso: os preços dos livros aumentaram em uma proporção maior do que seus volumes. Os leitores estão dispostos a pagar mais por seus livros.
Os livros de ficção finlandesa permanecem no topo da lista de mais populares no país, apesar de obras do mesmo gênero traduzidas de outros idiomas venderem muito bem também (mesmo após registrar uma ligeira queda nos últimos tempos). Aproximadamente um em cada três finlandeses leu algum livro de ficção nacional no ano passado. Outros livros bastante adquiridos são os de história, economia doméstica (livros de culinária em especial), memórias, crime e infantis. Os leitores do país estão lendo cada vez mais traduções de livros de ficção escritos em outras línguas.
Os livros se tornaram um presente bastante tradicional na Finlândia. Porém, este cenário está mudando bastante, pois as pessoas estão comprando cada vez mais livros para si mesmas. Aproximadamente metade dos livros comprados como presentes são destinados a membros da família (e provavelmente serão lidos no futuro por quem os comprou).

A terra das bibliotecas

Em média, cada finlandês faz empréstimo de mais de uma dezena de livros a cada ano. Nesta foto, temos uma das bibliotecas móveis finlandesas.
Em média, cada finlandês faz empréstimo de mais de uma dezena de livros a cada ano. Nesta foto, temos uma das bibliotecas móveis finlandesas.
Foto: Heikki Saukkomaa / Lehtikuva
A Finlândia é um país repleto de bibliotecas, há pelo menos uma por município. As mais de 300 bibliotecas centrais do país têm 500 filiais, especialmente em áreas esparsamente populadas. Também há bibliotecas móveis (em forma de ônibus especialmente equipados). As bibliotecas móveis realizam apenas 10% dos empréstimos em todo o país. A Finlândia tem até mesmo um barco-biblioteca. Incrível, não? Um sistema de reserva permite que bibliotecas móveis ofereçam os mesmos livros que as bibliotecas centrais.
A moderna biblioteca móvel abriga uma seleção de aproximadamente 4000 títulos, que vão de livros a revistas, jornais e material audiovisual. Os itinerários das bibliotecas móveis contêm dezenas de pontos. Mesmo em uma região com população relativamente densa, como a do norte do país, uma biblioteca móvel pode registrar até 50.000 quilômetros percorridos por ano (no norte, as distâncias são maiores).
Tendo como base os padrões europeus, os serviços prestados pelas bibliotecas públicas finlandesas são tecnologicamente avançados e substanciais em termos de volume. As bibliotecas são gratuitas, e cobram apenas pequenas multas para atrasos na entrega.
Seus serviços são extremamente populares e elas são usadas com bastante frequência (aproximadamente 40% dos cidadãos são usuários assíduos e visitam a biblioteca pelo menos duas vezes ao mês). Em média, os finlandeses fazem empréstimos de livros mais de uma vez em um prazo de 30 dias. Ainda, analisando o caso por outra perspectiva, as bibliotecas contêm pouco mais de 7 livros por pessoa, e cada livro é lido em média duas vezes e meia por ano.
Bibliotecas também adquirem grandes quantidades de livros. A cada ano, elas investem mais de 300 euros por cidadão na aquisição de livros e outros materiais. As bibliotecas também beneficiam escritores: autores e tradutores podem se candidatar para receber uma bolsa de financiamento para a produção de suas obras. Essas bolsas também são dadas como prêmio para autores que não podem trabalhar por causa de restrições impostas pela idade ou doenças.
Apesar dos livros serem o item em maior proporção nas coleções de bibliotecas públicas, há muitas outras coisas à disposição dos frequentadores: revistas, jornais e material audiovisual.
Por Matti Sovijärvi, março de 2014



sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

FÁBRICA EM ITAJUÍPE EXPORTARÁ MASSA DE CACAU PARA O ORIENTE MÉDIO


Itajuípe vai exportar massa de cacau para a Arábia Saudita, graças ao investimento de um grupo de empresários árabes que tem sede em Dubai. A fábrica baiana, que está quase pronta, vai produzir a massa, matéria prima usada no chocolate junto com líquor. A expectativa é de geração de, ao menos, 30 empregos diretos.
A produção de Itajuípe será enviada para a Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio. Além de aquecer o comércio e a indústria no município, o novo empreendimento é a garantia de novos empregos no município.
A experiência do prefeito Marcone Amaral, que foi ídolo de futebol no Oriente Médio, ajudou. Revelado no Vitória, ele jogou nos times Al-Shamal, Al-Gharata, El-Jaish, Al-Rayyan e Al-Arabi, além de ter defendido a seleção do Qatar na eleiminatória das copas de 2010 e 2014 e na Olimpíada Asiática na China. Foi tricampeão baiano e bicampeão do Qatar.
Marcone diz que está muito feliz com a escolha de Itajuípe para este projeto. “Viajarei em maio para o Oriente Médio para conhecer as lojas deste grupo de investidores, lojas que receberão a matéria prima de nossa fábrica. Isso será desenvolvimento não só para Itajuípe, mas para toda a região”, disse ao Blog do Thame.
Com informações do Blog Pimenta.