domingo, 1 de março de 2020

A BALBÚRDIA NA UFBA DEU RESULTADOS!

Pesquisadores da Ufba reduzem em 16 horas diagnóstico do coronavírus.
Pesquisadores da Ufba reduzem em 16 horas diagnóstico do coronavírus
É um vírus que tem deixado todo mundo em alerta. Até 16 de fevereiro, foram contabilizadas 1.770 mortes e 70.548 casos confirmados. Mas em meio a tanta tensão e tanta propagabilidade, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) conseguiram trazer uma boa notícia: dá para identificar a presença do novo coronavírus em três horas.
O sucesso é fruto do trabalho do Laboratório de Virologia da universidade. A pesquisa, coordenada pelo virologista Gúbio Soares e realizada em conjunto com as pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, também membros do grupo, reduziu 16 vezes o tempo de diagnóstico da contaminação pelo Covid-19.
A rapidez é possibilitada pelo uso do equipamento Real Time, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos. Os pesquisadores ainda usaram trabalhos científicos produzidos na China para orientar as análises.
O principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Não foi considerado, por exemplo, a possível interferência de outros vírus.

Como ocorre o diagnóstico

Para chegar ao diagnóstico, os pesquisadores seguiram algumas etapas. Primeiro, a coleta das secreções respiratórias de um paciente com suspeita da infecção pelo coronavírus. As amostras foram resfriadas a 4°C.
Depois de extraído o material genético, foram adicionados nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros, sendo apenas 15 por vez.
Três horas depois, o teste fica pronto. É possível acompanhar pela tela do equipamento todo o processo em tempo real. Quando o resultado é positivo para a infecção, é possível visualizar uma aparência ondulada nas amostras.

Grupo pioneiro

Essa não é a primeira vez que o Laboratório de Virologia da Ufba se destaca nacionalmente. O grupo foi o primeiro a descobrir o zika vírus, também com suporte do Real Time. Veio dos pesquisadores baianos o primeiro diagnóstico comprovado, em 28 de abril de 2015, quando o Ministério da Saúde ainda acreditava se tratar de infecção por parvovírus.
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