sexta-feira, 19 de junho de 2020

SENADO APROVA SUSPENSÃO DE PAGAMENTOS DE CONSIGNADOS POR QUATRO MESES.

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (18) o projeto que suspende por quatro meses os pagamentos das prestações de créditos consignados de aposentados e pensionistas. Também serão beneficiados os servidores e empregados públicos e do setor privado, ativos e inativos. A matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

As prestações suspensas serão convertidas em prestações extras e deverão ser pagas nos meses subsequentes à data de vencimento da última prestação prevista para o financiamento. Além disso, o texto proíbe a incidência de multa ou de juros sobre as parcelas suspensas.

De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), o projeto original (PL 1.328/2020) suspendia a cobrança das prestações de crédito consignado a aposentados enquanto durar a calamidade decorrente do novo coronavírus. No entanto, o texto foi modificado pelo relator, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que considerou a solução proposta por Alencar “uma interferência abusiva” do Poder Público em contratos privados.

Segundo Oriovisto, o texto poderia causar insegurança jurídica e ser declarado inconstitucional por ferir a livre iniciativa e a propriedade privada. Contudo, depois da aprovação do texto principal, os senadores aprovaram, contra o voto do relator, um destaque que retomava pontos-chave do texto original de Otto Alencar.

Além de retomar a suspensão dos pagamentos, foi retirada do texto a exigência de comprovação de redução salarial. O relator condicionava  a renegociação de empréstimos consignados a quem estive com a remuneração reduzida ou com o contrato de trabalho suspenso.

“A medida não representa qualquer anistia aos valores devidos, mas apenas a suspensão temporária dos descontos referentes a empréstimos consignados contratados por empregados, servidores públicos, pensionistas e aposentados”, escreveu o autor da emenda, senador Weverton (PDT-MA). “Está na hora de quem ganha muito neste país também fazer a sua parte”, disse ele.

Outro ponto do texto refere-se aos empregados que forem demitidos até o final deste ano, quando termina o estado de calamidade. Esses empregados terão direito à transferência do saldo devedor do empréstimo consignado para um contrato de empréstimo pessoal, com as mesmas condições de prazo e taxas de juros originalmente pactuadas e carência de quatro meses.

Justiça do DF havia determinado suspensão

Em 20 de abril, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou a suspensão do débito em folha de empréstimos consignados tomados por aposentados em bancos. A decisão do juiz Renato Coelho Borelli, em ação popular, suspendeu os pagamentos pelo prazo de quatro meses, tanto para os aposentados do INSS quanto para os do serviço público.

Outra proposta de alteração do texto acabou rejeitada pelos senadores. Tratava-se de um destaque proposto pelo senador Fernando Collor (Pros-AL) que visava suspender o pagamento de prestações de financiamento imobiliário durante a pandemia. O texto não conseguiu o apoio da maioria dos senadores.

Com informações:

Congresso em Foco - Empréstimos consignados

quinta-feira, 18 de junho de 2020

UNIÃO INDISSOCIÁVEL: NEOLIBERALISMO & NEOFASCISMO

UNIÃO INDISSOCIÁVEL: NEOLIBERALISMO & NEOFASCISMO

Há equívoco de ordem aparentemente conceitual que paira no ar, e as suas consequências imediatas e mediatas são consideráveis tanto no plano teórico quanto empírico. Dissemina-se entre setores do campo político progressista a percepção de que é possível separar o neofascismo do neoliberalismo, e que no campo da política ambos correm em vias paralelas. Inversamente, o que proponho é que a presente quadra histórica está marcada pela existência de novo modelo teórico em matéria filosófico-política refletido na emersão de regime híbrido até então estranho, todavia, não explorado em sua inteireza, ao qual classifico como fáscio-neoliberalismo,[1] que reúne indissociavelmente neofascismo e neoliberalismo.

Há equívoco de ordem aparentemente conceitual que paira no ar, e as suas consequências imediatas e mediatas são consideráveis tanto no plano teórico quanto empírico. Dissemina-se entre setores do campo político progressista a percepção de que é possível separar o neofascismo do neoliberalismo, e que no campo da política ambos correm em vias paralelas. Inversamente, o que proponho é que a presente quadra histórica está marcada pela existência de novo modelo teórico em matéria filosófico-política refletido na emersão de regime híbrido até então estranho, todavia, não explorado em sua inteireza, ao qual classifico como fáscio-neoliberalismo,[1] que reúne indissociavelmente neofascismo e neoliberalismo.


Este novo modelo teórico mobiliza categorias típicas das versões clássicas do fascismo, italiano e alemão, às quais acresce sofisticados recursos tecnológicos, atribuindo-lhes função central para realizar os seus propósitos de fins estritamente econômicos, instrumentalizando todas as demais instâncias de valor da vida, prestando-se a manipular fortemente a massa de indivíduos tanto do ponto de vista ideológico como cultural e religioso. Para fins de maximização de seus interesses econômico-financeiros operativos em escala planetária são adensadas as massas junto ao corpo do rei, não desprezando qualquer recurso, nem sequer a aplicação de políticas compatíveis com a produção de vítimas humanas em escala exponencial, observável na adoção de políticas de restrição de verbas para a saúde pública mesmo em tempos críticos de pandemia como aqueles em que atualmente vivemos.


Partindo desta premissa teórica mostra-se um equívoco a tentativa de separar o que seja um modelo político neofascista em curso em diversos países do âmbito econômico neoliberal que o acompanha. O que postulo é que ambos não são estranhos, são uma e inseparável realidade. Setores da esquerda cometem equívoco ao conceber a separação do neofascismo enquanto modelo político do neoliberalismo enquanto modelo econômico, pois ambos não podem realizar os seus propósitos sem a concorrência do outro, e por isto compactuam e organizam a aplicação da violência radical. A arregimentação do ódio relativamente a um grupo qualificado como “inimigo” é a alavanca para a violência, instrumento eficiente e indispensável para o cumprimento de seu fim superior de expropriação econômica popular.


O equívoco de propor a separação entre neofascismo e neoliberalismo foi recentemente compartilhado pela expressiva voz de liderança da ex-Presidente Dilma Rousseff ao declarar que “Parte da direita rompeu com neofascismo, mas sustenta o neoliberalismo de Guedes”. O raciocínio da ex-Presidente supõe a viabilidade de diferenciação entre o neofascismo no poder e sua visão autoritária de um grupo concorrente que depositaria fé absoluta no neoliberalismo. Neste segundo caso trata-se de espécie de fé que reúne interessadamente em um só bloco ideologia e teologia, específica construção ultraconservadora endereçada ao específico fim de expropriação de riquezas da população e a subsequente intensificação do processo de concentração nas mãos da elite. A violência típica do neofascismo é instrumento indispensável para a concretização deste propósito econômico, configurando assim a aliança ideológica constitutiva do conceito aqui apresentado como fáscio-neoliberalismo, cuja dimensão teológico-financista é o seu arremate prático.


O equívoco da proposta da separação entre neofascismo e neoliberalismo tem a importante dimensão prática de supor que inexiste um bloco rígido a enfrentar. O erro de interpretação consiste na admissão da separabilidade deste marmóreo bloco, pois a prática e continuada sustentação do que a ex-Presidente Dilma reputa ser o “neoliberalismo de Guedes”, em realidade, está visceralmente articulado com a dimensão neofascista que depende da aplicação da violência em diversos níveis e da provocação da perda de vidas em diversa quantificação. Contudo, acerta a ex-Presidente ao sustentar que a política econômica de Guedes recebe apoio da elite em face de que apenas vislumbra ampliar ainda mais a sua amplíssima e, sublinho o caráter pornográfico, de sua fatia de detenção das riquezas do país.  


Avalio ser equívoco compartilhado entre setores da esquerda a suposição de que “Uma parte da direita brasileira rompeu com o neofascismo, mas sustenta o neoliberalismo de Guedes”, e a inviabilidade disto é expressa na indispensável instrumentalização da violência que apenas o neofascismo pode disponibilizar para que “o neoliberalismo de Guedes” consiga atingir os seus fins. É uma segmentação cuja proposição apresentada qualifica como teoricamente inviável, e o plano empírico de nossa política não a contraria, e eventuais enfrentamentos traduzem disputas internas pelo poder mais do que fragmentação teórica neste marmóreo bloco que reúne neofascismo e neoliberalismo.


Considerando que é possível o enfrentamento e disputa por maior fatia de poder entre atores predominantemente persuadidos pelo neofascismo e os neoliberais, no plano empírico é inviável a caminhada em separado, e o eventual enfrentamento entre diversos setores do mesmo bloco da extrema-direita ocorre por posições de poder e de maior privilégio na obtenção dos resultados da expropriação das riquezas nacionais, mas não denota diferenciação. Não há que considerar a relevância da tantas vezes alegada “vergonha” do personagem que deprimiria qualquer moralidade média como decisiva para causar a fragmentação do bloco da extrema-direita, pois a dimensão econômica se sobrepõe e triunfa com sobras sobre qualquer noção de moralidade. Não está em jogo uma disputa entre moralidades concorrentes, nem de que setores disponham de versão mais elevada senão, exclusivamente, está em causa a disputa por posições de poder que redundem em condições de acesso privilegiado a maior fatia dos resultados da exploração das riquezas do povo brasileiro.


A instituição do fáscio-neoliberalismo e o seu recurso a manipulação de conceitos e categorias de corte teológicas e culturais para fins de maximização de interesses financistas são recorrentes na periferia global. É neste espaço que o marmóreo bloco de poder lança mão de outro importante recurso, a instrumentalização das Forças Armadas nacionais como substitutas locais cooptadas para operar como genuínos exércitos de ocupação aplicando todo potencial coercitivo e grau de força para cumprir a sua missão instrumental de assegurar aos grupos políticos no poder que efetivamente disponham das condições ideais para a implementação de política econômica formalmente legitimadora da substancial expropriação, e que possa ser aplicada com o menor sobressalto possível.


Nesta medida propomos ser equívoco supor que esteja em curso a aplicação de agenda neoliberal em matéria de política econômica, por mais brutal que seja, e que ocorra em paralelo, e possível conflito, com o neofascismo. Estas linhas contém a proposta de que estamos experimentando um grave momento da história das relações internacionais e das formas de neocolonialismo em que tem ocorrência a constituição de uma fase superior da exploração do capital em escala planetária que demandou a articulação de marmóreo bloco marmóreo que reúne neofascismo e neoliberalismo.


Observo ser equívoca a proposta de segmentação de grupos autoritários neofascistas e neoliberais por descortinar horizonte político problemático ao admitir que possam correr em vias paralelas e talvez concorrentes em algum momento histórico quando, em verdade, permanecem radicalmente unidas. Reconhecer o plano do real é o primeiro passo para nele intervir exitosamente em favor dos interesses populares e democráticos. É radical a união dos atores que coordenam o fáscio-neoliberalismo impondo manipulações teológico-culturais com orientação econômico-financista, força antípoda a qualquer versão que a democracia popular possa encarnar.


[1] Tenho em preparação para próxima publicação livro de minha autoria especificamente sobre este tema.

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Professor Associado da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Doutor em Filosofia do Direito (UFPR). Mestre em Filosofia (Universidade Federal do Ceará / UFC). Mestre em Filosofia do Direito e Teoria do Estado (UNIVEM). Especialista em Direito Constitucional e Ciência Política (Centro de Estudios Políticos y Constitucionales / Madrid). Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Direito (UnB) (2016-2019). Pós-Doutor em Filosofia do Direito e Teoria do Estado (UNIVEM). 


REDEPT - Artigos - Roberto Bueno

quarta-feira, 17 de junho de 2020

E AÍ? PAULO GUEDES GANHOU 500 BILHÕES NO MERCADO FINANCEIRO? ÁREA QUE CONHECE E ATUOU E GANHOU DINHEIRO PARA ELE OU É MAIS UMA FAKE NEWS OU MAIS MODERNO AINDA: UMA PÓS-VERDADE?

 Foto: Alexandro Martello/G1


Existe circulando pela velha e boa internet que Paulo Guedes GANHOU 500 BILHÕES NO MERCADO FINANCEIRO PARA O BRASIL. O Banco Central transferiu para o Tesouro Nacional essa cifra: 500 BILHÕES DE REAIS!

FAKE NEWS OU PÓS-VERDADE??

Nesse caso específico temos uma FAKE NEWS SUSTENTADA POSTERIORMENTE PELO CONCEITO DA PÓS-VERDADE.

É sabido por todos que quando o PT "quebrou o Brasil", entregou a Michel Temer/Jair Bolsonaro. Uma reserva cambial de quase 380 BILHÕES DE DÓLARES.

Lula recebeu de FHC em 2002 com a seguinte realidade:

Reservas de 37 bilhões de dólares, porém, DEVENDO 20 bilhões de dólares ao FMI. A reserva líquida era então algo em torno de 17 bilhões de dólares.

Em 2005, o Brasil antecipa o pagamento da dívida que venceria em 2007 e PAGA TUDO QUE DEVE AO FMI. Com isso, economiza DE FATO 900 MILHÕES DE DÓLARES DE JUROS!

Em 2009, o país está TÃO QUEBRADO que empresta 10 BILHÕES DE DÓLARES AO FMI. O empréstimo foi feito por meio da aquisição de bônus do FMI, expressos em Direito Especial de Saque (DES), um ativo financeiro do Fundo.

Situados, vamos aos fatos!

Cotação do dólar em dezembro de 2018: US$ 1,00  = R$ 3,88.  

Reservas cambiais em dezembro de 2018: US$ 374,72 BILHÕES

Se fosse vendida a reserva cambial pela cotação do mês dezembro/2018, o Banco Central do Brasil conseguiria algo em torno de: R$ 1.453 TRILHÃO. 

Cotação do dólar em dezembro de 2019: US$ 1,00 = R$ 4,01

Reservas cambiais em dezembro de 2019: US$ 356,88 BILHÕES.

Se fosse vendida a reserva cambial pela cotação do mês dezembro/2019, o Banco Central do Brasil conseguiria algo em torno de: R$ 1.431 TRILHÃO

Mesmo com a venda de TODA A RESERVA CAMBIAL no final 2019, o Banco Central conseguiria MENOS REAIS QUE NO FINAL DE 2018, mesmo com a valorização do dólar. Donde se conclui que houve venda desses ativos ou fuga de dólares do país feito por especuladores que aplicavam na bolsa de valores do Brasil.

Em junho de 2019, as reservas cambiais chegaram a ser de US$ 390,50 BILHÕES. Maior volume histórico. Até o mês de julho de 2019, o governo não tinha vendido nada das reservas cambiais.  Já em agosto de 2019, as reservas cambiais estavam em aproximadamente US$ 388 BILHÕES. Mostrando já uma leve queda.

DESVENDANDO PAULO GUEDES!

Ao tomar posse em 1º de janeiro de 2019, o novo governo encontrou as reservas cambiais 

Cotação do dólar em 02, de janeiro de 2019: US$ 1,00  = R$ 3,88.  

Reservas cambiais em 02, de janeiro de 2019: US$ 374,72 BILHÕES.

Se fosse vendida a reserva cambial pela cotação do dia 02, de janeiro de 2019, o Banco Central do Brasil conseguiria algo em torno de: R$ 1.453 TRILHÃO. Isto não foi feito. Conforme já citado acima, as vendas começaram em agosto de 2019.

Em 31, de dezembro de 2019, o Brasil apresentava uma reserva cambial de aproximadamente US$ 356,88 BILHÕES. E a cotação do dólar em US$ 1,00 = R$ 4,01. 

Houve uma queda de aproximadamente US$ 18 BILHÕES de dólares. 

Contudo é necessário explicar como se comportou as contas brasileiras em 2019. Números frios não se explicam, complicam!

Na balança comercial, fluxo de importações exportações obteve-se um SALDO POSITIVO de aproximadamente US$ 17,47 BILHÕES de dólares.

Já na questão do fluxo financeiro a realidade foi de uma saída líquida de US$ 62,24 BILHÕES de dólares. Sendo US$ 44,5 BILHÕES da Bolsa de Valores. Uma total falta de confiança do mercado internacional no "Posto Ypiranga" que comanda a economia nacional.

O Brasil vendeu em 2019, algo em torno de US$ 37 BILHÕES À VISTA, ou seja, de fato a moeda SAIU dos cofres do Banco Central. Isso ocorreu de agosto até dezembro de 2019. A cotação mais alta do ano que foi no dia 27, de novembro que foi vendido na cotação de: US$ 1,00 = R$ 4,26. Cotação mais alta do ano para venda.

Considerando que os US$ 37 BILHÕES VENDIDOS À VISTA, fossem vendidos na cotação maior, o Banco Central teria arrecadado algo em torno de R$ 157,62 BILHÕES. Muito longe dos FESTEJADOS E OVACIONADOS R$ 500 BILHÕES. Se for considerar descontar o preço de compra dessa moeda, afinal, o Banco Central compra dólares no mercado também, esse valor vai cair mais ainda. Afinal, lucrar é vender mais caro do que se compra.

Considerando a cotação do dólar no dia 01 de fevereiro de 2019, US$ 1,00 = R$ 3,36. Cotação mais baixa para compra, o Banco Central teria comprado os US$ 37 BILHÕES, por aproximadamente R$ 124,32 BILHÕES

Operando essas contas, o "Posto Ypiranga", teria de fato lucrado com essa operação R$ 33,3 BILHÕES. Mas, não foi isso que aconteceu!!

O ano de 2020, começou com o dólar pressionando para cima. O Real perdia valor a cada dia. Com a desvalorização do real os contratos SWAP, começaram a impor fortes prejuízos ao BCB (Banco Central do Brasil). 

Até o dia 08 de abril, informações dão conta que o BCB, vendeu US$ 25 BILHÕES à vista. Isso rendeu algo em torno de R$ 148,25 BILHÕES. Venda pela cotação do dólar do dia 14 de maio, cotação mais alta do período. US$ 1,00 = R$ 5,93. Se for feito o desconto do custo, vai cair mais ainda a margem de "lucro". 

Em resumo, PAULO GUEDES fez o que sempre soube fazer: Operação no mercado financeiro. Deixou o Real se desvalorizar fortemente ao longo do período de agosto de 2019 até o mês de maio de 2020. Com a desvalorização do Real frente ao dólar as reservas cambiais tiveram um crescimento MERAMENTE CONTÁBIL. Essa diferença a imprensa sabendo que o brasileiro NÃO ENTENDE DE MERCADO FINANCEIRO, apelidou de "LUCRO". 

Bem, a desvalorização do Real foi ao topo. Agora começar a baixar. O Real começa a se valorizar. Os especuladores já sacaram a " jogada". Ele não terá esse "TRADE" pela segunda vez.

Inclusive esse repasse de recursos do Banco Central para o Tesouro Nacional era permito até 2019, quando ao governo atual vetou essa por lei essa transferência. Mas, deixou uma brecha: em caso de crise econômica e falta de liquidez do Tesouro Nacional. 

Vamos aguardar a longo prazo como essa jogada vai refletir e suas consequências. Os contratos de SWAP, irão vencer, nesse momento veremos se essa jogada foi realmente a jogada.

























domingo, 14 de junho de 2020

LABORATÓRIO CHINÊS FECHOU COM GOVERNO DE SÃO PAULO PARA FAZER TESTE DA FASE 3 COM VACINA PARA A COVID-19. ATÉ O MOMENTO 90% DAS PESSOAS QUE RECEBERAMA VACINA PRODUZIRAM ANTICORPOS PARA A COVID-19

(iStock/Getty Images)


O laboratório chinês Sinovac, um dos mais avançados na corrida por uma vacina contra o novo coronavírus, anunciou neste domingo dois novos promissores avanços. Segundo a agência Bloomberg, mais de 90% das pessoas que receberam doses da vacina produziram anticorpos contra a covid-19 num intervalo de 14 dias. E não foram observados efeitos colaterais que coloquem em risco o prosseguimento do testes da vacina batizada de Coronavac.

O Sinovac é o mesmo laboratório que fechou parceria com o governo de São Paulo para uma fase de testes com 9.000 pessoas, conforme anunciou o governador João Doria na sexta-feira. O estado foi escolhido para uma terceira fase de testes, fundamental para a confirmação da eficácia da vacina, por ainda ter transmissão comunitária ativa do coronavírus. Segundo Doria, se tudo der certo a vacina, que pode vir a ser fabricada em parceria com o Instituto Butantã no Brasil, pode estar disponível no Sistema Único de Saúde em 2021.

O anúncio deste domingo refere-se a estágios anteriores de testes, as fases 1 e 2, feitas na China. Um total de 743 pessoas saudáveis com idades entre 18 e 59 anos receberam ou doses da vacina ou doses placebo de comparação. Segundo a Sinovac, as descobertas mais recentes serão publicadas em artigos científicos.

Exame

EMPRESA MARCOPOLO JÁ TEM ESTUDOS PARA ADPTAÇÃO DE VEÍCULOS PARA O PÓS PANDEMIA COVID-19

Com novo desenho, ônibus terão dois corredores e cortinas (Foto: Gelson da Costa/Divulgação)



Na esteira da paralisia na economia provocada pela pandemia do coronavírus, a Marcopolo correu contra o tempo para desenvolver ferramentas de segurança e tentar dar um respiro ao setor de transporte. O grupo está levando ao mercado uma série de adaptações que pode ser feita nos ônibus para mitigar o risco de contaminação e preparar o setor para o “novo normal” das viagens. O ajuste promete ser uma fonte nova de receita para o grupo, que viu as demandas por novos ônibus recuar de forma significativa.

Segundo o presidente da empresa, James Bellini, as ferramentas e serviços chegaram em um momento de grande apreensão para os clientes. “Podemos dizer que 80% da frota dos nossos clientes pararam. Eles não vão ter a menor condição de comprar ônibus novos.

A preocupação hoje é como colocar os carros que eles têm para trabalhar. A única forma de conseguir isso é retomar a confiança do passageiro”, disse Bellini 

Entre as inovações estão um novo desenho de posicionamento de poltronas, com dois corredores, cortinas de proteção antimicrobianas, desinfecção dos veículos por névoa e uso de raios ultravioletas nos sanitários. 

Fretados

Enquanto o segmento de fretados consegue manter alguma demanda, Bellini traçou um cenário desafiador para o turismo. Na visão do executivo, a pandemia levará a uma mudança no comportamento dos passageiros no transporte rodoviário tal qual 11 de setembro representou para o setor aéreo. 

O kit faz parte do programa BioSafe, que consiste em uma série de soluções para tornar o transporte coletivo mais seguro contra contaminações de vírus. Os equipamentos podem ser adaptados também nos ônibus mais antigos. O custo da mudança representa entre 18% e 20% do valor de um ônibus. “A gente precisa faturar. Precisamos ajudar a movimentar o mercado. Não temos possibilidade de uma empresa desse tamanho ficar de braço cruzado esperando as coisas acontecer”, defendeu. O lançamento oficial do BioSafe será no próximo dia 16, em evento online.

As soluções foram desenvolvidas em apenas 60 dias. Segundo Bellini, o sistema foi o primeiro resultado do Marcopolo Next, uma divisão de inovação voltada para soluções em mobilidade. A divisão começou a ser estruturada no ano passado, quando a área de inovação deixou de ser subordinada ao segmento de estratégias e passou a responder à presidência.

Há desafios e incertezas ainda, sobretudo no Brasil. Enquanto a Europa começa a se preparar para sair da quarentena, o Brasil hoje ocupa a segunda posição no número de casos. “Estamos acompanhando o cenário no Brasil com muita preocupação. Não só a questão da saúde, mas também a crise política. Isso atrapalha muito os investidores. Mas está havendo uma retomada controlada. Graças a Deus temos bons governadores que estão levando a sério o assunto”, disse o presidente da Marcopolo.

Notícia Limpa

segunda-feira, 8 de junho de 2020

QUAIS SÃO OS IMPACTOS E OS BENEFÍCIOS DO ENSINO A DISTÂNCIA? ESTUDO REALIZADO NOS ESTADOS UNIDOS MODELAM OS PREJUÍZOS. E NO BRASIL? COMO FICAMOS?

Crédito: Pixabay

Pandemia expôs ‘várias patologias que talvez ficassem um pouco mascaradas no dia a dia’, diz Carol da Costa, do Insper.

Quase 80% dos estudantes, no mundo, foram afetados pelo fechamento das escolas devido à pandemia da Covid-19. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) são exatos 1,38 bilhão de crianças e adolescentes. 

Uma parcela desse grupo passou a usar ferramentas de Ensino à Distância (EaD). Mas quais foram os aprendizados que esse novo método de ensino impulsionou em comparação com o modelo clássico, anterior à pandemia? Promove benefícios? Essa questão é pauta de muitas discussões sobre o sistema educacional no período de crise.

Um estudo da McKinsey & Company apresentou uma estimativa dos impactos do EAD no aprendizado dos alunos nos Estado Unidos  (COVID-19 and student learning in the United States: The hurt could last a lifetime(link abaixo). O levantamento dividiu os alunos em três categorias: aqueles que tiveram aulas online com estrutura de qualidade, estudantes com acesso precário aos conteúdos e jovens que ficaram sem estudar. 

Na categoria de ensino dentro da média de qualidade, o impacto é de três à quatro meses de atraso. 

Já na categoria abaixo da média, é de sete a onze meses. 

Para alunos que não tiveram aula, é de um ano a quatorze meses de perda. “Se lá (EUA) está ruim, aqui deve estar muito pior”, diz Carolina da Costa, professora do Insper e sócia da Mauá Capital.

Costa participou, nesta sexta-feira (5/6), do webinar promovido pelo JOTA em parceria com o Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper. Estavam presentes também Tadeu da Ponte, mestre em Matemática pelo IME-USP, professor e coordenador do Centro de Educação do Insper, e Jorge Lira, professor titular do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Segundo Ponte, “uma vez que passamos a utilizar ferramentas e tecnologias para ensinar, não voltamos ao estado anterior”. Para ele, é como se os estudantes não se lembrassem mais dos modelos de ensino anteriores à pandemia, havendo a criação de uma descontinuidade ou disrupção no aprendizado.

O conceito de “disrupção” não pertence ao dicionário português. Costa explica o termo traduzindo-o para “descontinuidade”, dentro dos processos educacionais. Quando uma criança aprende a andar, ela não precisará mais engatinhar. Isso não significa que ela não sabe praticar o movimento, e sim que não faz mais sentido. De acordo com a professora, “todo processo de disrupção é um processo de aprendizagem”. 

A avaliação foi uma das partes mais afetadas pelo ensino à distância. Segundo Ponte o método “não é só importante pelo ponto de vista de a escola avaliar a aprendizagem dos alunos, mas também é indutora de comportamentos e atitudes. A avaliação faz com que o aluno se preocupe com os estudos”, diz. 

Apesar das dificuldades enfrentadas atualmente no ensino, existem qualidades que foram desenvolvidas. “O WhatsApp trouxe ao professor uma intimidade maior para a deficiência que o aluno tem. Houve uma brecha, toda uma suspensão a pensar em como o currículo deve se aproximar dos percursos individuais dos alunos”, afirma Lira. 

“A tecnologia, para aqueles que tiveram acesso, não gerou a percepção de um modelo melhor, que substitui o ensino tradicional. Ela expôs várias patologias que talvez ficassem um pouco mascaradas no dia a dia normal da escola e que temos uma oportunidade enorme de discutir”, afirma Costa sobre o modelo atual de ensino remoto. Para ela, o ensino brasileiro tinha muitas dificuldades e agora tem suas “rachaduras” mais visíveis.

Fontes:



domingo, 7 de junho de 2020

EM TEMPOS DE CRISE, NÃO BASTA A SIMPATIA, TEM QUE SE TER EMPATIA. A REALIDADE ATUAL EXIGE URGÊNCIA!!




Empresas parceiras 

A Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, vinculada a Loja Maçônica 28 de julho, Itabuna-Ba, está mais uma vez em campanha!

Agora serão contempladas com essa ação de filantropia as entidades:

Fundação Dr. Balduíno Lopes de Azevedo 

Abrigo São Francisco de Assis 

Albergue Bezerra de Menezes

Antes da pandemia essa entidades já viviam momentos de carências diversas, agravadas por esse momento tão atípico, mas, real e impondo necessidades.

A limpeza, higienização, desinfecção e sua manutenção constante são pré-requisitos primários para evitar a contaminação pelo SARS CoV-2, causador da COVID-19. 

Numa residência já se exerce a limpeza geral e mesmo assim sabemos de contaminações comunitárias dentro de casa iniciadas por contato externo.

Em um Albergue, Abrigo ou similar que concentra pessoas e nesses casos específicos, pessoas idosas, tem-se ai, o lócus onde o patógeno poderá ser o mais invasivo possível. 

O momento econômico não é o melhor mas, o momento de saúde e vigilância sanitária não poderia ser o de maior necessidade. 

Tanto empresas como pessoas físicas podem participar dessa campanha. O momento é de TODOS POR TODOS!

Infelizmente a Região Sul da Bahia, mais conhecida como Região Cacaueira,  está vivendo o pior momento dessa crise de saúde e sanitária. As duas maiores cidades(Ilhéus/Itabuna) lideram o ranking das mais infectadas e com doentes ativos, depois de Salvador. As cidades polarizadas por elas, seguem correndo por fora mas, ganhando lugares no topo da lista. 

Essas entidades contempladas na ação solidária e de filantropia, tem vital importância para o controle desses números tão negativos. Elas acolhem pessoas que os dados até o momento divulgados são as mais fragilizadas ao vírus!

A comunidade sul baiana agradece a sua empatia por essa causa!

CONTATOS:
Daniela Moreira (73)98854-0370 
Laiane Campos (73)99118-1825



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