Morte de Napoleão em Santa Helena - Carl Von Steuben
05 DE MAIO DE 1821: NAPOLEÃO BONAPARTE MORRE, NA ILHA DE
SANTA HELENA
Ao vencerem Napoleão Bonaparte na batalha de Leipzig, as nações que lutaram contra o célebre general esperavam enterrar de vez as promessas liberais que fomentaram a chegada deste militar ao poder. Após a derrota de Napoleão houve o cuidado de isolar o imperador francês na ilha de Elba. A precaução aparentemente exagerada acabou por justificar-se quando Napoleão fugiu e voltou a França no chamado “Governo de Cem Dias”.
Tentando
reassumir o poder, Napoleão Bonaparte acabou novamente derrotado na Batalha de
Waterloo. Desta vez, preocupados em não cometer o mesmo equívoco, as forças que
o venceram decidiram isolá-lo na ilha de Santa Helena, situada no Atlântico
Sul. A grande preocupação da época era anular a figura de Napoleão sem que para
isso fosse necessário matá-lo. Isso porque a morte pela espada poderia conferir
ao antigo imperador a condição de mártir do ideário liberal.
Passados
seis anos de isolamento em Santa Helena, Napoleão Bonaparte acabou por falecer
de uma complicação gástrica não muito bem conhecida na época, a 05 de Maio de
1821. Com o passar do tempo, sugeriu-se que o estadista sofresse de algum tipo
de cancro. No entanto, outros ainda debatiam sobre a possibilidade de Napoleão
ter morrido por envenenamento.
Na
segunda metade do século XX, vários cientistas mostraram-se interessados em
descobrir de que modo o imperador
francês havia morrido. Na década de 1960, uma junta de cientistas britânicos
conseguiu detectar a presença de arsénio no organismo de Napoleão ao analisar
os fios do seu cabelo. Sendo um tipo de
veneno muito comum na época, diversas pessoas logo concluíram que os inimigos
de Napoleão prepararam a sua morte pela ingestão da substância tóxica.
Passado
algum tempo, algumas pesquisas colocaram em dúvida que o envenenamento tivesse
ocorrido tendo em vista que diversos remédios dessa época integravam o mesmo
elemento na sua composição. Em tempos mais recentes, a teoria de que Napoleão tivesse
falecido devido a um cancro acabou por ser
comprovada pelas roupas do general. Com o passar do tempo, o tumor
estomacal diminuiu o seu apetite e, consequentemente, provocou o seu emagrecimento.
De
acordo com a publicação Live Science, um estudo, liderado pelo pesquisador
Robert Genta, comparou 50 imagens actuais de úlceras benignas e 50 cancros
gástricos com as duas lesões de Napoleão descritas na autópsia original, uma
grande, no estômago, e uma menor, que atravessou a parede estomacal e chegou até
o fígado. Napoleão teve um caso severo de cancro que se espalhou para outros
órgãos. Mesmo que tivesse sido tratado nos dias actuais, ele não teria muito
mais do que um ano de vida.
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