Foto de Daniel Garcia
A professora Maria Adélia Aparecida de Souza, residente em Campinas, foi uma das dez mulheres homenageadas no fim de 2018 na sétima edição do projeto Pioneiras da Ciência no Brasil.
“A importância desta iniciativa está em atribuir visibilidade às mulheres e às suas contribuições para a ciência e tecnologia, nas diversas áreas do conhecimento, principalmente como figuras exemplares e modelos para meninas e jovens”, disse a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini.
Maria Adélia é a terceira geógrafa a receber a homenagem, concedida a Bertha Becker, na segunda edição, e a Rosa Ester Rossini, na quarta edição.
Maria Adélia Aparecida de Souza (1940)
Geógrafa. Nasceu em Espírito Santo do Pinhal (SP) em 29 de outubro de 1940. Em 1959, ingressou no curso de graduação em Geografia da Universidade de São Paulo, formando-se em 1962. No ano seguinte, obteve bolsa do Comité Catholique contre la Faim et pour le Développement [CCFD-Terre solidaire] para cursar Especialização em Planejamento Territorial no Institut de Formation en vue du Developpement Harmonisé – IRFED (1963 – 1964). Os laços intelectuais com a França permanecem em toda a trajetória acadêmica da geógrafa, de modo que obterá como bolsista do governo francês o Diploma de Estudos Superiores (DES) em Ciências Econômicas, Políticas e Sociais pela Universidade de Paris (1966), com dissertação orientada por Celso Furtado e o doutorado em Geografia pela Universidade de Paris I (1975), com tese orientada por Michel Rochefort e realizará três pós-doutorados, em meados dos anos 1990, na Universidade de Paris, campus I, VII e XII. Em 1971, Maria Adélia é convidada a trabalhar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP como professora associada, efetivando-se por concurso público nessa Faculdade em 1983, transferindo-se, posteriormente, para o Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas em 1985, após submeter-se a um processo de seleção interna de professores. Nessa época, incentiva o professor Milton Santos a prestar um concurso para Professor Titular naquela Faculdade, selando uma amizade iniciada em Paris em 1966 e que perdurou até o falecimento do professor em São Paulo, em 2001. Maria Adélia e Milton Santos trabalharam juntos na Geografia da USP construindo e divulgando a Geografia Nova, proposta por esse grande intelectual brasileiro. Em 1989, a professora obteve o título de livre-docente com o trabalho A identidade da metrópole: a verticalização em São Paulo. Prestou concurso para professora titular de Geografia Humana em 1996. Obteve títulos de Doutor Honoris Causa na Universidade Estadual Vale do Acaraú de Sobral (UVA – Ceará) e Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL – Arapiraca). A pesquisadora é Catedrática de Direitos Humanos da Universidade Católica de Lyon (França) e recebeu da Academia de Paris o I Prêmio Internacional da Francofonia, em Urbanismo por seus livros publicados na França. Atuando, teórica e praticamente, com Planejamento Urbano e Regional, Maria Adélia elaborou as primeiras políticas urbanas do Brasil, da Região Sul e do Estado de São Paulo e tem elaborado propostas de Planos de Governo a candidatos a Prefeito da Cidade de São Paulo e a Governadores daquele Estado. Atuante em várias frentes acadêmicas e científicas, foi Pró-Reitora de Graduação da Universidade da Integração Latino-americana (UNILA) e sua pesquisadora visitante. Foi membro de comitês assessores do CNPq, tendo sido presidenta de seu CCCA e assessora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da FINEP e várias fundações de amparo a pesquisa de vários estados brasileiros. A pesquisadora foi presidente do Instituto de Pesquisa, Informação e Planejamento Territorial, com sede em Campinas, e do Centro de Documentação e Estudos da Cidade de São Paulo – CEDESP, criado pela prefeita Luiza Erundina. Recentemente, a geógrafa dedica-se aos temas de pesquisa: Lugar, Território Usado e Cidadania, Desigualdades Socioespaciais, Dinâmicas dos Lugares e Geopolítica e Geopoética.
Autoria do verbete: Sandra Rodrigues Braga, doutora em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e analista em Ciência e Tecnologia do CNPq.
AGB-Campinas
"A Geografia tem a obrigação de conhecer o Espaço Geográfico. E é nele, que a pandemia acontece."
Questões levantadas pela professora-pesquisadora: Por que em Wuhan? Por que se espalhou tanto pela Europa? Os Estados Unidos que viveram da guerra no século XX, está perdendo a guerra comercial para a China.
"Não podemos deixar de dizer que a nova racionalidade do mundo não é mais econômica." A racionalidade política resolve os problemas econômicos.
"Por que tanta preocupação com a pandemia e não com a fome".
AGB-Campinas
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VAMOS ASSISTIR O VÍDEO DA PROFESSORA!
Geografia e Pandemia 01