terça-feira, 14 de abril de 2020

GEOGRAFIA E PANDEMIA - 02. SÉRIE DA PROFESSORA MARIA ADÉLIA APARECIDA DE SOUZA (VÍDEO 02) SERÁ QUE A GEOGRAFIA TEM ALGO A DIZER SOBRE A PANDEMIA?


"Chamaremos de espaços luminosos aqueles que mais acumulam densidades técnicas e informacionais, ficando assim mais aptos a atrair atividades com maior conteúdo em capital, tecnologia e organização. Por oposição, os subespaços onde tais características estão ausentes seriam os espaços opacos"

"Os espaços luminosos são áreas de grande fluidez, industrialização, dinamicidade e desenvolvimento tecnológico. Locais onde a política, técnica obedecem as necessidades das grandes empresas.  No Brasil podemos encontrar áreas com estas características no litoral paulista, litoral nordestino e etc."

"Os espaços opacos são áreas ausentes de desenvolvimento industrial, são pouco , dinâmico e não a fluidez. Locais onde poucas (ou nenhuma ) empresa se territorializou."
obs: fluidez no sentido de circulação de dinheiro, mercadoria e etc.
Referência Bibliográfica: SANTOS, M. O Brasil território e sociedade no início do século XXI.2001.


Livro: BAHIA, Brasil vida, natureza e sociedade. Geodinâmica


A professora Maria Adélia Aparecida de Souza, está estudando o fenômeno da pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS CoV2. A professora começou essa proposição no vídeo anterior, Veja aqui. Ela nesse vídeo trabalha os conceitos de espaços luminosos e espaços opacos. 


GEOGRAFIA E PANDEMIA - 01. SÉRIE DA PROFESSORA MARIA ADÉLIA APARECIDA DE SOUZA (VÍDEO 01) SERÁ QUE A GEOGRAFIA TEM ALGO A DIZER SOBRE A PANDEMIA?


 Foto de Daniel Garcia

A professora Maria Adélia Aparecida de Souza, residente em Campinas, foi uma das dez mulheres homenageadas no fim de 2018 na sétima edição do projeto Pioneiras da Ciência no Brasil.
“A importância desta iniciativa está em atribuir visibilidade às mulheres e às suas contribuições para a ciência e tecnologia, nas diversas áreas do conhecimento, principalmente como figuras exemplares e modelos para meninas e jovens”, disse a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini.
Maria Adélia é a terceira geógrafa a receber a homenagem, concedida a Bertha Becker, na segunda edição, e a Rosa Ester Rossini, na quarta edição.


Maria Adélia Aparecida de Souza (1940)
Geógrafa. Nasceu em Espírito Santo do Pinhal (SP) em 29 de outubro de 1940. Em 1959, ingressou no curso de graduação em Geografia da Universidade de São Paulo, formando-se em 1962. No ano seguinte, obteve bolsa do Comité Catholique contre la Faim et pour le Développement [CCFD-Terre solidaire] para cursar Especialização em Planejamento Territorial no Institut de Formation en vue du Developpement Harmonisé – IRFED (1963 – 1964).  Os laços intelectuais com a França permanecem em toda a trajetória acadêmica da geógrafa, de modo que obterá como bolsista do governo francês o Diploma de Estudos Superiores (DES) em Ciências Econômicas, Políticas e Sociais pela Universidade de Paris (1966), com dissertação orientada por Celso Furtado e o doutorado em Geografia pela Universidade de Paris I (1975), com tese orientada por Michel Rochefort e realizará três pós-doutorados, em meados dos anos 1990, na Universidade de Paris, campus I, VII e XII.  Em 1971, Maria Adélia é convidada a trabalhar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP como professora associada, efetivando-se por concurso público nessa Faculdade em 1983, transferindo-se, posteriormente, para o Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas em 1985, após submeter-se a um processo de seleção interna de professores. Nessa época, incentiva o professor Milton Santos a prestar um concurso para Professor Titular naquela Faculdade, selando uma amizade iniciada em Paris em 1966 e que perdurou até o falecimento do professor em São Paulo, em 2001. Maria Adélia e Milton Santos trabalharam juntos na Geografia da USP construindo e divulgando a Geografia Nova, proposta por esse grande intelectual brasileiro. Em 1989, a professora obteve o título de livre-docente com o trabalho A identidade da metrópole: a verticalização em São Paulo. Prestou concurso para professora titular de Geografia Humana em 1996. Obteve títulos de Doutor Honoris Causa na Universidade Estadual Vale do Acaraú de Sobral (UVA – Ceará) e Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL – Arapiraca). A pesquisadora é Catedrática de Direitos Humanos da Universidade Católica de Lyon (França) e recebeu da Academia de Paris o I Prêmio Internacional da Francofonia, em Urbanismo por seus livros publicados na França.  Atuando, teórica e praticamente, com Planejamento Urbano e Regional, Maria Adélia elaborou as primeiras políticas urbanas do Brasil, da Região Sul e do Estado de São Paulo e tem elaborado propostas de Planos de Governo a candidatos a Prefeito da Cidade de São Paulo e a Governadores daquele Estado. Atuante em várias frentes acadêmicas e científicas, foi Pró-Reitora de Graduação da Universidade da Integração Latino-americana (UNILA) e sua pesquisadora visitante. Foi membro de comitês assessores  do CNPq, tendo sido presidenta de seu CCCA e assessora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da FINEP e várias fundações de amparo a pesquisa de vários estados brasileiros. A pesquisadora foi presidente do Instituto de Pesquisa, Informação e Planejamento Territorial, com sede em Campinas, e do Centro de Documentação e Estudos da Cidade de São Paulo – CEDESP, criado pela prefeita Luiza Erundina. Recentemente, a geógrafa dedica-se aos temas de pesquisa: Lugar, Território Usado e Cidadania, Desigualdades Socioespaciais, Dinâmicas dos Lugares e Geopolítica e Geopoética.

Autoria do verbete: Sandra Rodrigues Braga, doutora em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e analista em Ciência e Tecnologia do CNPq.
AGB-Campinas

"A Geografia tem a obrigação de conhecer o Espaço Geográfico. E é nele, que a pandemia acontece."

Questões levantadas pela professora-pesquisadora: Por que em Wuhan? Por que se espalhou tanto pela Europa? Os Estados Unidos que viveram da guerra no século XX, está perdendo a guerra comercial para a China.
"Não podemos deixar de dizer que a nova racionalidade do mundo não é mais econômica." A racionalidade política resolve os problemas econômicos.

"Por que tanta preocupação com a pandemia e não com a fome".

VAMOS ASSISTIR O VÍDEO DA PROFESSORA!
Geografia e Pandemia 01



segunda-feira, 13 de abril de 2020

LOJAS MAÇÔNICAS COBRAM DA PREFEITURA DE ITABUNA ATITUDES MAIS CONCRETAS PARA O COMBATE A COVID-19 E TRATAMENTO AOS DOENTES.


A cidade de Itabuna NÃO ESTÁ PREPARADA para a COVID-19, apesar de toda movimentação do governo Estado e do governo municipal, o "bate cabeça", tomou lugar à decisões práticas.

Primeiro era todo o HOSPITAL DE BASE; depois o SÃO LUCAS; depois parte do COSTA DO CACAU, depois parte do HOSPITAL DE BASE. E por ai vai...!!

Os números continuam aumentado, o crescimento exponencial Veja aqui, é uma verdadeira e não desprezível ameaça. Se entrarmos nessa ciranda, não haverá saída. 

Não adianta cobrar e exigir quarentena das pessoas, fechar comércio, indústria e serviços, levando a economia a uma crise nunca antes vista, se onde alojar os doentes, não foi ainda decidido, organizado e preparado adequadamente. 

A sociedade de forma geral tem buscado dentro das possibilidades fazer a sua parte, mesmo com sacrifício de renda que até sobrevivência compromete, porém, se adoecer da COVID-19, vai para onde receber os devidos e adequados tratamentos??

É preciso parar de bater a cabeça e acertar o passo, não estamos brincando de pandemia ou epidemia, estamos vivendo essa realidade. 

Espera-se que os entes federados façam a sua parte, por que a sociedade tem procurado fazer a dela, por mais sacrificado que esteja sendo, de forma geral, está dando sua contribuição. Inclusive com possível falência de negócios, desemprego, sobrevivência mínima comprometida e com possibilidade de convulsão social pela crise econômica que se desenha e ainda faltar para onde ir quando acometido da doença mais "cantada em versos e prosas" nos últimos meses é completamente absurdo.

O Brasil é o décimo quarto país em número de casos notificados e sabemos das sub-notificações. E somos o terceiro país das Américas e o primeiro país da América Latina. Somos o quarto país subdesenvolvido em número de casos. Mas, dos subdesenvolvidos, nossas condições sociais são as mais complexas. Então, não estamos brincando de pandemia!



domingo, 12 de abril de 2020

VOCÊ SABE O PERIGO DE UM CRESCIMENTO EXPONENCIAL? EM QUAL PONTO POR MAIS QUE SE FAÇA A GUERRA JÁ ESTARÁ PERDIDA?

gráfico_guia-03





O grande segredo do crescimento exponencial é saber o momento limite de intervir ou a partir desse momento não tendo intervenção, não adianta fazer mais nada pois não haverá solução para o problema.

No crescimento exponencial, o acréscimo de 01 dia pode ser a diferença entre a vida e morte. 

Pelo exemplo acima, no vídeo, muito bem explicado. No vídeo ele tem a capacidade de retirar 50 Vitória Régia por dia. No crescimento exponencial o comportamento é este:

1º dia - 01 Vitória Régia
2º dia - 02 Vitórias Régias
3º dia - 04  "              "
4º dia - 08 "               "
5º dia - 16 "               "
6º dia - 32 "               "
7º dia - 64"            " AQUI É O DIA LIMITE PAR VOCÊ ATUAR, DEPOIS DESSE DIA VOCÊ PERDEU A BATALHA E SEU LAGO VAI ENCHER DE QUALQUER MANEIRA, VAI DEMORAR MAIS, PORÉM, IRÁ ENCHER INEXORÁVEL.
Se você tem 64 Vitórias Régias  e retira 50, ficam 14. No outro dia terá 28, como você pode retirar 50 por dia, retirar as 28 E ACABA O PROBLEMA. Mas se você não agir NESTE DIA, PERDEU A BATALHA!

8º dia - 128 Vitórias Régias --> AQUI VOCÊ PERDEU A BATALHA, 01 DIA APENAS, APENAS E TÃO SOMENTE 01 DIA E VOCÊ PERDE A BATALHA.
Com 128 Vitórias Régias, você retira 50, sobram 78. No outro já terão 156 Vitórias Régias. Você retirar 50 por dia e o lago sempre estará enchendo de Vitórias Régias.
9º dia - 78 Vitórias Régias. Retirando no dia 50. Porém...
10º dia 156 Vitórias régias. Já não vai mais conseguir limpar o lago.

A mesma preocupação se tem com um vírus, se você não parar o crescimento dele no momento limite, não adianta mais, a batalha foi perdida e a partir dali é questão de tempo a epidemia evoluir para pandemia e a pandemia se tornar em epidemias locais.

Saber o momento certo e limite de agir para que casos isolados não se tornem epidêmicos, não é matéria de achismos e voluntarismos, é ciência. Desdenhar do conhecimento científico é o primeiro caminho para as grandes tragédias.

LEMBREM-SE TODO FILME DE CATÁSTROFE COMEÇA COM OS POLÍTICOS DESACREDITANDO OS CIENTISTAS, JOGANDO A SOCIEDADE CONTRA A CIÊNCIA E JUSTIFICANDO TUDO PELA QUESTÃO ECONÔMICA.

No fim, a tragédia acontece, um monte de inocentes morrem, a economia vai para o ralo e a ciência tinha razão!
Exemplo de filmes: Tubarão, O dia depois de Amanhã, A onda, Terremoto(Norueguês), Pandora, etc... Qualquer filme de catástrofe sempre será assim.

Para Aristóteles(Grécia antiga) "A ARTE IMITA A VIDA". Já Oscar Wilde é enfático em afirmar que: "A VIDA IMITA A ARTE MAIS DO QUE A ARTE IMITA A VIDA". 

Assim sendo, devemos frear o crescimento epidêmico da COVID-19, antes que o número de doentes que recebam alta das UTIs seja menor que o número de pacientes que precisam de internamento em UTIs. Nesse momento, o crescimento exponencial só irá servir para lamentar o TEMPO PERDIDO.

Segundo alguns dados e projeções, nosso crescimento de infectados tem sido menor que as primeiras projeções, muitos atribuem isto ao fato das diversas campanha de distanciamento social e fechamento de comércio e outras ações. Fato é que, crescendo em ritmo menos acelerado, não exponencial, temos tempo útil para criar e aplicar ações médicas que diminuirão mais ainda o números de pessoas que poderão precisar de UTIs ao mesmo tempo.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

EMPRESÁRIOS MAIS RICOS DO BRASIL: IGNORÂNCIA, CINISMO E GANÂNCIA QUE MATAM

Laranjeiras - UFFS: Campus promove palestra com Gaudêncio Frigotto
Foto-Assessoria

O texto critica multimilionários que apoiaram campanha "O Brasil não pode parar", que defende quebra da quarentena.

Gaudêncio Frigotto

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.
Albert Einstein
 

Escrevo este pequeno texto referindo-me, sobretudo, ao grupo de empresários multimilionários que financiaram ou os que apoiaram a campanha "O Brasil não pode parar". Mas, também, às mentes débeis e humanamente cínicas do núcleo ideológico e metafísico do governo federal que a encomendaram.
Desdenhar da ciência, das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos depoimentos dramáticos dos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, bombeiros etc. não é só, como Einstein afirma, uma infinita estupidez humana, mas a participação ativa e consentida em milhares de mortes que podem ser evitadas. 
"Os megaempresários são herdeiros de uma cultura cuja riqueza não se fez por seu trabalho, mas matando os índios como se fossem animais; em seguida, por quase quatrocentos anos, acumulando fortuna com o trabalho escravo e a compra e venda de seres humanos como gado."

Estas práticas não acabaram. A dizimação dos índios continua, assim como a escravidão, que foi abolida formalmente, mas continua nas relações sociais e econômicas.  Como herdeiros dessa cultura, a alta burguesia empresarial brasileira montou uma das sociedades mais desiguais do mundo. Uma desigualdade que vem sendo mostrada globalmente neste momento dramático da humanidade, causado pela covid-19.

As fortunas dos atuais megaempresários, do campo e da cidade, resultam de três estratégias que se potenciam, como mostrou Caio Prado Junior, antes mesmo das relações capitalistas se generalizarem no Brasil. A primeira se afirma na superexploração e espoliação do trabalhador, gerando uma assimetria descomunal entre os ganhos do patronato e do trabalhador. A segunda é a estratégia de preferir a compra da cópia, em vez de investir em ciência, tecnologia e inovação. Por fim, tomam dinheiro subsidiado pelo Estado, o que dá origem às dívidas externa e interna.

Por esse meio, concorrem deslealmente com médios e pequenos empresários, que são os que geram mais empregos, ou simplesmente inviabiliza-os. Também são hábeis e astutos em pressionar os governos para receberem o perdão das dívidas. Francisco de Oliveira definia estes empresários como vanguarda do atraso e atraso da vanguarda. É essa minoria supermilionária, do passado e do presente, que, quando minimamente ameaçados em seus interesses, organizam-se para apoiar e sustentar ditaduras e golpes. O último foi em agosto de 2016.

A postura insensata e genocida que estes empresários estão apoiando, insensíveis à clara possibilidade de um aumento exponencial de mortes que podem ser evitadas, explicita-se na cópia da campanha publicitária feita na cidade de Milão — "Milão não para" —, mesmo depois que o prefeito dessa metrópole pediu desculpas pelo erro. Milão contabiliza o maior número de mortes das mais de 11 mil ocorridas até hoje na Itália.

Por fim, fica claro na atitude dos que arquitetaram a campanha no seio do governo, dos empresários que a financiaram e dos que a apoiam uma regressão às teses absurdas do malthusianismo do final do século XVIII e meados do século XIX.

O pressuposto de Malthus era de que a produção da comida crescia em escala aritmética e a população em escala geométrica. Por outro lado, condenava as políticas  de assistência aos pobres no combate às pragas e epidemias, pois, de acordo com ele, era aconselhável nas cidades “construir as ruas mais estreitas, apinhar mais gente no interior das casas e provocar o retorno das pragas. No campo, deveríamos construir as aldeias perto de poços de água estagnados e, sobretudo, encorajar os estabelecimentos de colonos em terrenos pantanosos e insalubres”. Sua conclusão é que deste modo a natureza faria uma seleção natural e permitiria que os filhos da elite se casassem muito  cedo e tivessem quantos filhos quisessem.

A história mostrou que a dificuldade não é a falta de produção de alimentos. Há até superprodução, como mostra Jean Ziegler, consultor da Organização das Nações Unidas (ONU). O problema é que essa produção não está na lógica de satisfazer a necessidade elementar de comer, mas na ordem do lucro e, portanto, para quem pode comprar. O argumento de que vai faltar comida se os indivíduos não voltarem ao trabalho é falso. Onde estão os estoques de um país celeiro e um dos maiores produtores de carnes do mundo? Por outro lado, os cientistas, os médicos, os enfermeiros e todos os representantes da área da Saúde não estão solicitando que o país pare por seis meses, mas apenas por um período, para que não haja um colapso do sistema de saúde e possam salvar vidas.

O argumento do governo e dos empresários que financiaram a campanha "O Brasil não pode parar" é o mesmo de Malthus. Deixem que o vírus se espalhe, morrerão os que têm doenças crônicas e os mais velhos. O que os cientistas estão dizendo, inclusive o Ministério da Saúde, é que, se não for feito o controle, não haverá leitos para todos, e milhares morrerão por falta de aparelhos hospitalares suficientes para atendê-los. Os mais afetados serão os pobres das grandes metrópoles, apinhados em favelas. A campanha foi interrompida oficialmente pela Justiça, mas corre nas redes sociais. O que ela afirma é: não importa quantos irão morrer, o que importa é salvar a economia. O que não se diz é: salvar os lucros do patronato mais poderoso e rico e do capital financeiro.

Uma semana de panelaços em todo país, a emocionante solidariedade das comunidades pobres, a atitude da maioria dos governadores e prefeitos e uma nova consciência coletiva mostraram que o Brasil, assim como o mundo, não poderá ser mais o mesmo.

O grafite estampado num muro em Hong Kong — “Não podemos voltar ao normal, porque o normal era exatamente o problema” — aplica-se perfeitamente ao atual governo e aos financiadores da campanha que nos dizem que a vida não importa, mas sim os lucros.



* Gaudêncio Frigotto é filósofo, pesquisador e educador, professor titular (aposentado) na  Universidade  Federal Fluminense (UFF) e, atualmente, professor Associado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Edição: Camila Maciel

ITAJUÍPE TEM MAIS UM CASO CONFIRMADO DA COVID-19. SURTO EXPONENCIAL DA COVID-19 NO SUL DA BAHIA. CORONAVÍRUS CHEGANDO FORTE


O Secretário de saúde do Estado da Bahia acendeu a luz amarela para o sul da Bahia. Há um crescimento exponencial da COVID-19.


A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informa que registrou, nesta quinta-feira (9), o 19º óbito pelo novo coronavírus (Covid-19) no estado. O paciente era um homem de 65 anos, residente em Ilhéus, com histórico de pneumopatia crônica. O paciente foi internado em 4 de abril em um hospital público de Ilhéus e veio a falecer no dia seguinte. O resultado do exame laboratorial que confirmou o diagnóstico para Covid-19 foi divulgado na noite de ontem (8).






quarta-feira, 8 de abril de 2020

VAMOS ANALISAR O PERFIL DAS PESSOAS E AS COMORBIDADES MAIS ASSOCIADAS ÀS MORTES PELA COVID-19

Número de mortes por coronavírus na China sobe para 213; mais de 9 ...


08 em cada 10 mortos no Brasil pelo coronavírus têm comorbidades; cardiopatia e diabetes lideram.

Quase 90% dos óbitos tinham mais de 60 anos; resultados podem ajudar a decidir sobre isolamento.


No geral, o Brasil tem cerca de 2,2 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes —sendo que 95% no SUS e 80% na rede privada já viviam cheios antes da epidemia. Eis o nosso MAIOR GARGALO!

Nos epicentros do mundo, têm sido necessários 2,4 leitos por 10 mil, segundo a Amib (Associação Brasileira de Medicina Intensiva).

A decisão, no entanto, terá de levar em conta que mesmo as pessoas sem comorbidades ou mais jovens poderão acabar morrendo se não puderem ser tratadas em hospitais lotados —já que elas também têm precisado de internação em UTIs em grande número.
Outro problema é que tem sido gigantesca a subnotificação de casos, o que pode embaralhar a real necessidade de leitos hospitalares.



Para as pessoas com menos de 60 anos de idade diabetes, cardiopatia e obesidade lideram as as comorbidades que levam o paciente a óbito.
Obesos com diabetes e cardiopatia formam o grupo de maior risco. Essas comorbidades associadas são de mal prognóstico segundo os dados da pesquisa ora estudada.


Já para as pessoas acima dos 60 anos de idade, Cardiopatia, Diabetes e pneumopatia são as comorbidades mais perigosas para evolução de mal prognóstico. A obesidade que nos infectados abaixo dos 60 anos de idade tinha a terceira posição, cede lugar para a pneumopatia.

Pelos dados acima, as pessoas acima dos 60 anos com comorbidades são efetivamente o grupo de maior risco de mal prognóstico.


Folha UOL