Mobilizados pela Academia de Ciências da Bahia, pesquisadores e professores defendem a Ciência e a Educação no tradicional desfile do Dois de Julho.
A defesa da ciência e da educação foi bandeira em destaque no tradicional desfile do Dois de Julho, ocorrido hoje, terça-feira, em Salvador, marcando as celebrações pelas lutas de Independência do Brasil na Bahia. A manifestação partiu de dezenas de professores e pesquisadores mobilizados pela Academia de Ciências da Bahia que, durante o desfile iniciado no bairro da Lapinha, denunciaram a falta de apoio e investimentos para as ciências no Brasil. Entre os presentes, representantes de diversas universidades públicas, além de entidades de pesquisa e educação como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
“Se a data de hoje marca a independência que o Brasil já conquistou com a luta popular, estamos aqui para dizer que o país ainda precisa garantir a independência para a Ciência e para a Educação, ainda ameaçadas pelo governo atual, que é anticientífico e demonstra sérias restrições aos direitos”, destacou Sidarta Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN) e diretor da SBPC.
Interiorização da ciência
Os cortes de orçamento das universidades públicas, promovidos sistematicamente pelo atual governo federal, atingem diretamente as novas instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), conforme explica a reitora Iracema Veloso, presente no ato coordenado pela Academia de Ciências da Bahia. “A UFOB acaba de completar seis anos e ainda precisa de investimentos para a sua estruturação e para continuar realizando o importante trabalho de interiorização da ciência e de transformação positiva da vida da população, em especial dos jovens”.
“Estamos na Bahia, então podemos dizer que estreamos no desfile ano passado (2018) e este ano a participação da Academia de Ciências da Bahia já se tornou uma tradição, crescendo em participação de instituições e na defesa das bandeiras da ciência nesta que é a data máxima para a história do Estado”, comemorou o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Jailson Andrade. “Estamos cumprindo o nosso objetivo que é alertar a população para a importância da ciência para o pleno desenvolvimento do país. E reforçar que são imprescindíveis os investimentos em Ciência, Educação e Cultura, bases para que tenhamos um conhecimento científico sólido”.
Andrade chamou atenção para o fato de a Academia de Ciências da Bahia ser pioneira em articular as diversas áreas de atuação da ciência. “Somos a única academia do Brasil que possui representação das diferentes manifestações das ciências, pois na Academia estão reunidos pesquisadores das Ciências da Vida, Humanas, da Cultura e das Artes, presentes de forma expressiva neste ato”.
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