Primeiro-ministro
do país havia se negado a fechar estabelecimentos comerciais, mas salto para
401 mortes provocou mudança radical no enfrentamento à doença.
A Suécia foi forçada a recuar da estratégia de manter estabelecimentos comerciais abertos e já estuda a implementação de medidas restritivas para combater a disseminação do novo coronavírus. Criticado por autoridades sanitárias, o governo do primeiro-ministro Stefan Lofven teve de voltar atrás após o país atingir 401 mortos neste sábado, 04. A administração está preparando um pacote de ações emergenciais para proibir aglomerações e controlar o acesso ao transporte público.
Lofven vinha dizendo que não podia “proibir tudo” em função da pandemia. A Suécia, no entanto, registrou o maior número de casos confirmados entre todas as nações nórdicas. O governo afirma que 6.830 pessoas foram infectadas, mas admite que a quantidade é muito superior devido ao atraso nos resultados dos testes.
Países
vizinhos à Suécia, como Dinamarca e Noruega, têm obtido bons resultados no
controle da doença e atribuem os números à quarentena que impuseram em seus
territórios. A Finlândia isolou a área em torno da capital Helsinque, mas, na
Suécia, a população ainda é autorizada a frequentar shoppings, restaurantes,
escolas e até salões de beleza.
O
governo pedirá ao Parlamento a aprovação de uma medida que lhe garantirá por
três meses a autorização para limitar aglomerações e fechar supermercados,
boates, academias, restaurantes e arenas esportivas. Também será controlado o
acesso dos suecos a ônibus, trens, aeroportos e portos.
Lofven
concedeu uma entrevista no sábado e admitiu que a Suécia terá de “contar
milhares de mortos” pelo coronavírus. Ele disse que só as medidas implementadas
pelo governo não irão surtir efeito. “Todos teremos de arcar com a
responsabilidade”, declarou.
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